
Morto o bispo de Cracóvia, o papa Alexandre II nomeou-o para o alto cargo. A sua designação foi, além do povo e do clero, acalentada pelo próprio Boleslau II, que nos primeiros anos, consentiu na obra de evangelização em toda a região e na formação do clero local, secular, que devia ocupar progressivamente o lugar dos monges beneditinos na administração da Igreja polonesa. A boa harmonia entre o bispo e o soberano durou até que o corajoso Estanislau teve de antepor seus deveres pastorais à tolerância para com as faltas do amigo, pois a reprovável conduta do soberano corria o risco de alimentar os maus costumes dos súditos. As crônicas do tempo contam de fato que o rei, apaixonado por uma bela matrona, Cristina, esposa de Miecislau, sem demora mandou raptá-la, com grave escândalo para todo o país. Ameaçada e depois efetivada a excomunhão do soberano, este não mais conteve o seu furor, fazendo trucidar Estanislau em Cracóvia, na Igreja de são Miguel, durante a celebração da missa. O ignóbil assassinato na catedral parece ter sido perpetuado pelas mãos do próprio soberano depois que os guardas tiveram de se retirar, porque eram impedidos por força misteriosa. Venerado pelos poloneses desde o dia do seu martírio, santo Estanislau foi canonizado a 17 de agosto de 1253 na basílica de são Francisco de Assis e desde então o seu culto é muito difundido na Europa e na América.
Cléofas
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