07/09/2014 Ano A
Liturgia do Domingo
1° Leitura: Ez 33, 7-9
Sl 94 (95)
2° Leitura Rm 13, 8-10
Evangelho Mt 18, 15-20
Precisamos corrigir uns aos outros para crescermos na
vivência da fé, para não nos desviarmos do caminho reto e não perdermos a
direção no caminho da vida.
“Se o teu irmão pecar contra ti, vai corrigi-lo, mas em
particular, a sós contigo!” (Mateus 18, 15).
No dia do Senhor, somos alimentados pela Palavra de Deus,
que conduz nossos passos e ilumina a nossa vida. A correção fraterna é, muitas
vezes, difícil de ser vivida e interpretada pela nossa fé, mas é uma
necessidade para a vivência do Evangelho. Precisamos corrigir uns aos outros
para crescermos na vivência da fé, para não nos desviarmos do caminho reto e
não perdermos a direção no caminho da vida.
A correção fraterna é uma necessidade evangélica e para ser
vivida precisa de alguns elementos, que nos são mostrados pela própria Palavra
de Deus. Primeiro: a correção precisa ser feita no poder da autoridade
[cristã]; não pode ser no espírito da raiva, da vingança, do medo, do receio,
mas sim no espírito da caridade cristã: “Eu corrijo meu irmão porque o amo”.
Segundo: a correção fraterna precisa ser feita com a
discrição necessária. Jesus nos chama à atenção sobre isso, ensinado-nos que a
correção precisa ser a sós. Quando corrigimos alguém, precisamos fazer isso
sozinhos, em particular, não na frente dos outros, sem expor a fraqueza da
pessoa diante de alguém. Este é um aspecto muito particular da correção
fraterna, porque, algumas vezes, nós sabemos coisas da vida de alguém que
muitas pessoas sabem também, mas pode ser que ninguém o saiba, só você.
Há duas coisas importantes sobre isso. A primeira é que eu
não vou, nunca, compartilhar com os outros o que eu sei da vida do meu irmão.
Não caia naquela falsa armadilha do “vou partilhar”, quando, na verdade, você
vai fofocar da vida do seu irmão. Imbuído do espírito evangélico, vá até o seu
irmão, ganhe-o para Jesus e não o perca para o maligno; converse com ele em
particular sobre a situação em questão.
A segunda coisa: seu irmão não quis ouvi-lo e desprezou o
que você lhe falou? Então procure a autoridade da Igreja, procure um sacerdote;
fale daquilo que você sabe, do que está machucando o seu coração, da
preocupação que você tem. Mas, por favor, procure a autoridade da Igreja, não
procure uma pessoa que possa espalhar a situação ou que não tenha maturidade
para ouvir o que você tem a partilhar e poderá tornar a situação ainda mais
grave.
Por fim, tenha a maturidade de Jesus, a maturidade humana, a
maturidade no Espírito, para saber corrigir e, ao mesmo tempo, aceitar ser
corrigido.
Deus abençoe você!
Pe Roger Araújo
Fonte: Canção Nova
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