15 de jun. de 2014

Francisco anuncia viagem à Albânia, "um país que sofreu longamente com as ideologias do passado"

2014-06-15 15




Cidade do Vaticano (RV) – No Angelus deste domingo, 15, o Papa Francisco anunciou sua viagem à Albânia: “Quero anunciar, que acolhendo o convite dos Bispos e das autoridades civis libanesas, pretendo ir à Tirana no domingo, 21 de setembro próximo. Com esta breve viagem desejo confirmar na fé a Igreja na Albânia e testemunhar o meu encorajamento e amor a um país que sofreu longamente em conseqüência das ideologias do passado”.

“Um anúncio muito alegre. O Papa escolhe a Albânia, vai de encontro às periferias, aos pobres e contribuirá ao diálogo inter-religioso e ecumênico”, disse aos jornalistas o Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi, ao comentar a primeira viagem européia, mas não italiana do Papa Francisco: “Existe uma perspectiva positiva e encorajadora”.

“Na Albânia – recordou o jesuíta – os católicos são uma minoria” e o nome do país evoca “as perseguições” e a idéia de contruir “o único país ateu do mundo”.

A Albânia também é a pátria de Madre Teresa de Calcutá, que nasceu na Macedônia, mas cujo nascimento é reivindicado pela Albânia. O país foi visitado por João Paulo II em 25 de abril de 1993, quando, logo após a queda do comunismo, celebrou na Catedral de Scutari restituída ao culto e ordenou os primeiros quatro bispos da hierarquia albanesa pós-comunismo.

Uma nota divulgada no final desta manhã pela Arquidiocese de Tirana - Durres, logo após o anúncio do Santo Padre, afirma que é “uma viagem apostólica na qual o Papa, como Chefe da Igreja Católica, encontrará os católicos, e não somente, mas todo o povo albanês”. Também foi realizada uma coletiva de imprensa da qual participaram o Núncio Apostólico na Albânia, Dom Ramiro Molinar Ingles, o Arcebispo Metropolita de Tirana - Durres, Dom Rrok Mirdita, e o Diretor Geral da Cáritas, Dr. Albert Nikolla.

Na nota é explicado que “a viagem é uma resposta a um duplo convite feito ao Santo Padre: um dos Bispos católicos da Albânia e o outro do Primeiro Ministro da Albânia, Edi Rama, que foi recebido em audiência no Vaticano em abril passado.

“O Papa Francisco – lê-se ainda no comunicado – escolheu visitar a Albânia como o país dos mártires da fé e o país onde existe uma convivência religiosa admirável”.

A Albânia foi uma nação comunista desde a Segunda Guerra Mundial até 1992. Rompendo relações com a ex-União Soviética em 1961, aliou-se à China, levando o país a separar-se dos contatos com a maioria dos outros países. A partir de 1978, as relações com a China ficaram estremecidas.

A Albânia fez parte do Império Otomano por mais de 400 anos. Conquistou sua independência em 1912. Tirana, com cerca de 343 078, habitantes é a capital e cidade mais populosa.



Texto proveniente da página http://pt.radiovaticana.va/

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