São Luís Maria nos explica por que a pureza da intenção faz toda a diferença na oração do Rosário de Nossa Senhora.
São Luís Maria Grignion de Montfort, no livro “O Segredo do Rosário”, nos ensina que é importante a pureza da intenção na oração do Rosário e que “não é tanto a duração de uma oração, mas o fervor com a qual é rezada que agrada a Deus Todo-Poderoso e toca seu Coração. Mais vale uma única Ave Maria rezada com devoção e fé, que cento e cinquenta rezadas distraidamente”1. A maioria dos católicos reza o Rosário, todos os quinze mistérios, ou vinte se incluirmos os Mistérios da Luz, ou pelo menos um Terço, ou algumas dezenas. Sendo os católicos tão devotos do Santo Rosário, São Luís pergunta: “porque será que tão poucos abandonam seus pecados e progridem na vida espiritual?”2 Em seguida, ele responde: “com certeza deve ser porque não rezam como se deve! É necessário pensar bem em como se deve orar, se realmente queremos agradar a Deus e nos tornar santos”
São Luís Maria nos explica: “para que se reze o Rosário com fruto é necessário estar em estado de graça ou ao menos que se esteja completamente determinado a abandonar o pecado mortal”4. Pois, as boas obras e as orações são obras mortas, caso sejam feitas em estado de pecado mortal. Estas não são agradáveis a Deus, como diz o livro do Eclesiástico: “O louvor não tem beleza na boca do pecador”5, nem nos ajudam a ganhar a vida eterna. Os louvores a Deus, a Ave Maria e o Pai Nosso, e outras orações, não são do Seu agrado se forem rezadas por pecadores não arrependidos. A este respeito, Jesus disse: “Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim”6. É como se Ele estivesse dizendo: ‘Aqueles que se inscrevem na Minha Confraria e rezam o Rosário todo dia, mas sem se arrependerem de seus pecados, Me honram com os lábios apenas, mais seus corações estão longe de Mim’”7.
Para rezar o Rosário da Virgem Maria com maior proveito espiritual, devemos estar em estado de graça, ou pelo menos com firme decisão de deixar de cometer pecados, principalmente os pecados mortais. Pois, Deus só ouve as orações dos que estão em estado de graça e, como consequência, poderíamos concluir que as pessoas em estado de pecado mortal não deveriam rezar. Porém, este ensino não é verdadeiro e é condenado pela santa Mãe Igreja, pois os pecadores necessitam muito mais da oração do que os justos. Por isso, mesmo que sejamos pecadores devemos rezar continuamente, mas para que a nossa oração produza em nós frutos abundantes de conversão é necessário orar com a firme decisão de evitar todo pecado, em primeiro lugar o pecado mortal.
Os pecadores que entram em uma Confraria e rezam o Rosário, ou outra oração, sem a intenção de abandonar o pecado, fazem parte dos falsos devotos de Nossa Senhora. “Estes devotos impenitentes, escondidos sob um manto, usando um escapulário e com o Rosário na mão gritam: ‘Ave Maria, boa Mãe, Santa Maria!…’ E ao mesmo tempo, por seus pecados, eles crucificam Nosso Senhor Jesus Cristo, dilacerando sua carne outra vez. É uma grande tragédia, pois mesmo dentro das santíssimas Confrarias de Nossa Senhora, almas se precipitaram no fogo do Inferno.
Fonte: http://blog.cancaonova.com/tododemaria
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