19 de nov. de 2014

Predestinação: o que é?

Livre-ArbítrioA predestinação diz respeito ao destino prévio para o qual Deus nos criou, ou seja, Deus nos criou “predestinados para a felicidade”, para a vida eterna em comunhão com Ele, saciados da Sua glória.
O nosso Catecismo diz logo no n.1: “Deus, infinitamente Perfeito e Bem-aventurado em si mesmo, em um desígnio de pura bondade, criou livremente o homem para fazê-lo “participar de sua vida bem-aventurada”. A felicidade consiste em conhecer, viver e amar o bem e o sumo bem é Deus.
Deus não criou alguém para que seja condenado. São Paulo disse com toda certeza: “Deus quer que todos se salvem e cheguem ao conhecimento da verdade” (1 Tm 2,4). E ele diz a Timóteo que “a Igreja é a coluna e o fundamento da verdade” (1Tm 3,15) que salva, que leva-nos à vida eterna. Dai a importância da Igreja.
O dom mais precioso que Deus nos deu foi a liberdade, que nem Ele e nem o demônio tira de nós. É ela que caracteriza a nossa “imagem e semelhança” com Deus. Se Deus a tirasse de nós, seriamos marionetes, teleguiados. Deus não quer isso porque nos anularia. Então, não existe destino e nem predestinação para a condenação. O futuro de cada um e a vida eterna de cada um depende de como viver hoje, agora, o seu presente, fazendo o bem ou o mal.
Só vale a pena fazer alguma coisa, gastar o tempo e a vida, com aquilo que não acaba; aquilo que deixa algo para sempre. Devemos olhar o temporário com um olhar de eternidade. Usando bem da liberdade devemos fazer o bem. “É para a liberdade que Deus nos libertou” (Gal 5,1). Seremos julgados por nossas obras, praticadas livremente:
“Porque teremos de comparecer diante do tribunal de Cristo, a fim de cada um ser remunerado pelas obras da vida corporal, conforme tiver praticado o bem ou o mal” (2 Cor 5,10).
“Vi os mortos, grandes e pequenos, de pé, diante do trono. Abriram-se livros, e ainda outro livro, que é o livro da vida. E os mortos foram julgados conforme o que estava escrito nesse livro, segundo as suas obras”. (Ap 20,12)
“Eis que venho em breve, e a minha recompensa está comigo, para dar a cada um conforme as suas obras” (Ap 22,12).
Nossas obras comprovam que nossa fé é autêntica.
Os que se perdem é porque usaram mal a liberdade, fazendo o mal e se afastando de Deus. Mas, graças à misericórdia de Deus, mesmo as pessoas que se encontram distanciadas do bem, podem se arrepender do mal e voltar para o bem, até o momento de seu último suspiro, pois a vontade de Deus é que “o pecador se converta e viva”.
Prof. Felipe Aquino

Cléofas 

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