17 de dez. de 2016

Papa a Nomadélfia: crianças e idosos constroem futuro dos povos

17/12/2016


Ao fim da manhã deste sábado (17/12) o Papa Francisco recebeu em audiência mais de 300 membros da Comunidade de Nomadélfia, particularmente conhecida pela vida de fraternidade e acolhimento às crianças e idosos.
No seu discurso Francisco falou do Advento, que nos ajuda a meditar no mistério do Filho de Deus que, com o seu nascimento, trouxe ao mundo a luz e a paz. No Natal, reiterou o Papa, Deus revela-se não como quem está no alto e domina o universo, mas como aquele que se abaixa e desce, assumindo o aspecto frágil de uma criança:
“Deste modo, Deus nos ensina que não devemos colocar-nos acima dos outros, mas que somos chamados a nos rebaixarmos, a servir com amor os mais fracos, a fazer-nos  pequenos com os pequenos”.
E o Papa indicou o exemplo de Don Zeno Saltini, fundador da Comunidade, que soube superar dificuldades e incompreensões para levar a boa semente do Evangelho mesmo aos terrenos mais áridos. Don Zeno apresenta-se-nos hoje como exemplo do fiel discípulo de Cristo que, à imitação do Divino Mestre, se inclina aos sofrimentos dos mais fracos e dos mais pobres, tornando-se testemunha de uma caridade incansável – ressaltou Francisco encorajando a Comunidade a fazer frutificar os germes de bem que o fundador semeou, animado por  paixão evangélica e sincero amor à Igreja.
O vosso património espiritual está ligado de modo especial à vida de fraternidade, caracterizada em particular pelo acolhimento às crianças  e o cuidado especial aos idosos – recordou ainda o Papa à Comunidade de Nomadélfia, a quem deixou também algumas recomendações:
“Encorajo-vos a dar à sociedade este exemplo de solicitude e ternura tão importante. As crianças e os idosos constroem o futuro dos povos: as crianças, porque levarão a história para frente; os idosos, porque transmitem a experiência e a sabedoria da sua vida. Não vos canseis de cultivar e alimentar este diálogo entre as gerações, fazendo da fé a vossa estrela polar e da Palavra de Deus, a lição principal a assimilar e viver na realidade da vida quotidiana”.
E o Papa desejou a todos uma boa caminhada para o Natal para poder celebrá-lo com alegria e paz do coração. “Que Deus vos abençoe e a Virgem Maria vos proteja” – concluiu Francisco – pedindo, por favor, para que não nos esqueçamos de rezar por ele. (BS)

Rádio Vaticano 

Missa para os 80 anos. Papa: minha velhice seja alegre e fecunda

17/12/2016



Uma velhice fecunda e feliz: é a oração que pede Francisco no dia em que completa 80 anos (17/12). E o Papa comemorou com uma missa concelebrada com os cardeais na Capela Paulina, no Vaticano.
Na homilia, inspirando-se na liturgia do dia, o Papa Francisco pediu a graça da memória. No percurso do Advento, em que a vigilante espera se transforma mais intensa, a liturgia nos faz parar um pouco para ler a origem de Jesus. Fazer memória, olhar para trás para poder prosseguir melhor avante. “Este é o significado da liturgia de hoje: a graça da memória, pedir esta graça. Não esquecer. É próprio do amor não esquecer, ter sob os olhos o bem que recebemos. É próprio do amor olhar para a história: de onde viemos, os nossos pais, os nossos antepassados. O caminho da fé. E esta memória nos faz bem, porque torna mais intensa esta vigilante espera pelo Natal.”
Os pilares da memória cristã
Assim é o caminho para o cristão, explicou o Papa: “Nos fizeram uma promessa, uma promessa que será plena no final, mas se consolida com cada aliança que nós fazemos com o Senhor, aliança de fidelidade, e nos faz ver que não somos nós quem elegemos, nos faz entender que todos nós fomos eleitos. A eleição, a promessa e a aliança são como os pilares da memória cristã.”
Francisco prossegue dizendo que quando ouvimos este trecho do Evangelho, há uma história de grande graça, mas também de pecado. “No caminho, sempre encontramos graça e pecado. Na história de salvação, tem grandes pecadores na lista. E há santos. Nós na própria vida encontraremos o mesmo. Momentos de grande fidelidade ao Senhor, de alegria no serviço e alguns momentos ruins de infidelidade, de pecado, que nos faz sentir a necessidade de salvação. E esta é também a nossa segurança. Porque quando precisamos de salvação, confessamos a fé.”
O Senhor não desilude
Ao parar e olhar para trás, acrescentou o Papa, vemos que o caminho foi belo, que o Senhor não nos desiludiu, que o Senhor é fiel. Vemos também que seja na história, seja na nossa vida, houve momentos de fidelidade e momentos tristes de pecado. “Mas o Senhor, com a mão estendida para nos levantar, vai avante e esta é a vida cristã.”
“Que este caminho jamais nos tire a graça da memória, de olhar para trás e ver tudo aquilo que o Senhor fez por nós e pela Igreja”, pediu por fim o Pontífice. Assim entenderemos porque hoje a Igreja nos faz ler este trecho, que pode parecer “tedioso”, a história de um Deus que quis caminhar com o seu povo e fazer-se, no final, um de nós.
“Que o Senhor nos ajude a retomar esta graça da memória. ‘Mas é difícil, é tedioso, houve tantos problemas......’ Mas a história da Carta aos Hebreus tem uma frase belíssima para as nossas lamentações: fique tranquilo, você ainda não chegou a dar o sangue. Um pouco de humorismo também daquele autor inspirado para nos ajudar a ir avante. Que o Senhor nos dê esta graça.”
Velhice
No final, o Papa agradeceu a presença dos cardeais no dia de seu aniversário e fez uma reflexão sobre a velhice:
“Há alguns dias, me vem à cabeça uma palavra que parece feia: velhice. Assusta. Mas lembro do que disse a vocês em 15 de março, no nosso primeiro encontro. A velhice é sede de sabedoria, esperamos que também para mim seja assim. Também penso em como chegou tão depressa, e penso no poema de Plínio: passo silencioso, e a velhice chega de uma só vez. Mas se pensar como uma etapa da vida para ter alegria, sabedoria e esperança, alguém começa a viver. E penso em outro poema que disse a vocês naquele dia: a velhice é tranquila e religiosa. Rezem para que a minha seja assim: tranquila, religiosa e fecunda e também alegre. Obrigado.”

Rádio Vaticano 

Papa: cristãos abram a estrada a Jesus dando seu testemunho

16/12/2016




O Papa Francisco voltou a falar de João Baptista na homilia da missa celebrada na Casa Santa Marta, na manhã desta quinta-feira (16/12), que contou com a presença de religiosos, bispos, sacerdotes e casais que comemoram 50 anos de vida consagrada ou matrimonial.
Na liturgia de hoje, João Baptista é apresentado no Evangelho como a testemunha. “Esta é a sua vocação: testemunhar Jesus, indicar Jesus, como faz a lâmpada em relação à luz”, disse o Papa.
Testemunho
“Lâmpada que indica onde está a luz, que dá testemunho da luz. Ele era a voz. Ele diz de si mesmo: ‘Eu sou a voz que clama no deserto’. Ele era a voz, uma voz que dá testemunho da Palavra, indica a Palavra, o Verbo de Deus, a Palavra. Ele era o pregador da penitência que baptizava, o baptista, mas deixa claro: no meio de vós está alguém que não conheceis, e que vem depois de mim. Eu não mereço nem sequer desamarrar a correia das sandálias dele. Ele vos baptizará no fogo e no Espírito Santo.”
Humildade
João é o “provisório que indica o definitivo” e o definitivo é Jesus. “Esta é a sua grandeza demonstrada toda vez que o povo e os doutores da lei perguntavam a ele se era ou não o Messias, e ele claramente respondia: ‘Não sou’.
“Este testemunho provisório, mas seguro, forte, aquela chama que não se deixou apagar pelo vento da vaidade, aquela voz que não se deixou diminuir pela força do orgulho, se torna cada vez mais aquele que indica o outro e abre a porta a outro testemunho, ao do Pai, aquele que Jesus diz hoje: Eu tenho um testemunho superior ao de João, o testemunho do Pai. João o baptista abre a porta a este testemunho e se ouve a voz do Pai que diz: ‘Este é o meu filho’. Foi João Baptista quem abriu esta porta. João é grande, sempre fica de lado.”

“É humilde. João se diminui tomando a mesma estrada que Jesus tomará depois: a do rebaixamento de si”, disse ainda o Papa. Será assim até o fim: na escuridão de uma cela, no cárcere, decapitado por causa do capricho de uma bailarina, da inveja de uma adúltera e da fraqueza de um embriagado.”
Indicar Jesus
A seguir, o Papa se dirigiu aos fiéis presentes, religiosos, bispos e casais que celebram 50 anos de vida consagrada ou matrimonial:
“É um dia bonito para se interrogar sobre a própria vida cristã, se a própria vida cristã sempre abriu a estrada para Jesus, se a própria vida foi plena do gesto: indicar Jesus. Agradecer pelas muitas vezes que o fizeram, agradecer e recomeçar, depois de 50 anos, com essa velhice jovem ou juventude envelhecida, como o bom vinho! Dar um passo pra frente a fim de continuar sendo testemunhas de Jesus. Que João, grande testemunha, vos ajude nesta nova estrada que hoje estais a começar depois da celebração do 50º aniversário de sacerdócio, vida consagrada e matrimônio.”  (BS/MJ)

Rádio Vaticano 

16 de dez. de 2016

17/12 – Santo Lázaro de Betânia

Lázaro de Betânia, na Judeia, irmão de Marta e Maria, deve a amizade de Jesus, não só a estrondosa ressurreição do túmulo, mas também o culto com que a Igreja o honrou no curso dos séculos. Na sua hospitaleira casa, a três milhas de Jerusalém, Jesus costumava fazer breves pausas de descanso confortado pelas atenções de Marta e Maria e pela sincera e confiante amizade do dono da casa. Lembrando essa predileção do Redentor, todo ano (tem-se notícia já no século IV) os cristãos de Jerusalém, na vigília (do dia de Ramos iam em procissão até Betânia e sobre o túmulo de Lázaro o diácono proclamava o evangelho de João que narra com muitos particulares a ressurreição de Lázaro. João é de fato o único evangelista que faz referências ao milagre. A narração, com a insólita abundância de detalhes, constitui um dos pontos salientes do quarto evangelho, pois a ressurreição de Lázaro assume, além do fato histórico, o valor de símbolo e de profecia, como prefiguração da ressurreição de Cristo. A casa de Betânia e o túmulo foram meta de peregrinações já na primeira época do cristianismo, como refere o próprio são Jerônimo. Mais tarde, os peregrinos medievais nos informam que ao lado do túmulo de Lázaro tinha surgido um mosteiro beneficiado por Carlos Magno.
Lázaro teve o privilégio de ter dois túmulos, pois morreu duas vezes. O primeiro túmulo, de onde foi tirado e ressuscitado pelo amor de Cristo (“Vejam quanto o amava”, exclamaram os judeus ao perceberem uma lágrima de comoção no rosto de Jesus) ficou vazio, uma vez que uma antiga tradição oriental considera Lázaro bispo e mártir de Chipre. A notícia do século VI tomou consistência no ano 900, quando o imperador Leão VI, o Filósofo, fez transportar as relíquias de Lázaro de Chipre para Constantinopla. Antigos afrescos encontrados na ilha parecem confirmar a presença de Lázaro em Chipre. Não tem nenhum fundamento a narração segundo a qual Lázaro e suas duas irmãs teriam sido jogados sobre uma barca sem remo e sem leme e deixados assim a mercê das ondas, que teriam empurrado a barca até Provença. Eleito bispo de Marselha, Lázaro teria colhido a palma do martírio na época do perseguidor Nero.

CLÉOFAS 

DENÚNCIA: Campanha no Brasil manipula o Papa Francisco para promover o aborto

Organização abortista descontextualiza palavras do Papa e mente a fim de assassinar bebês

Uma organização abortista brasileira, filial da multinacional Planned Parenthood (acusada de comercialização de partes de fetos assassinados), lançou nas redes sociais uma singular campanha que torna o Papa Francisco aliado na luta pelo assassinato de bebês em gestação, colocando-o como exemplo para transformar o aborto em “crime sem punição”.


Uma imagem do pontífice sorrindo acompanhada pela frase “Mulheres que abortam: são milhares no Brasil; todas perdoadas pelo Papa Francisco” está sendo intensamente divulgada no Facebook, Twitter e em grupos de WhatsApp desde o final de novembro.
A frase induz a pensar que o Santo Padre modificou a doutrina e a disciplina da Igreja sobre o aborto ou forneceu algum tipo de perdão automático a quem tenha praticado o aborto.
A FRASE É FALSA.
É uma manipulação grosseira do parágrafo 12 da Carta Apostólica Misericordia et misera, publicada no último 20 de novembro, na qual o Papa estende por tempo indefinido a faculdade que havia concedido temporariamente aos sacerdotes de perdoar em confissão o pecado do aborto.
Na Igreja Católica o aborto causa excomunhão imediata. O penitente, arrependido e recorrendo ao sacramento da confissão,  só poderia ser perdoado por um bispo. Agora, para que “nenhum obstáculo se imponha entre o pedido de reconciliação e o perdão de Deus“, qualquer sacerdote pode absolver quem está arrependido.


É somente esta a mudança: antes, todo sacerdote precisava de autorização expressa do seu bispo para perdoar o pecado gravíssimo do aborto; agora, todo sacerdote já conta com essa autorização sem precisar pedi-la ao bispo; mas o aborto continua sendo o mesmo pecado gravíssimo que sempre foi e sempre será.


Pode-se pensar que a campanha brasileira é apenas um erro infeliz, do tipo que é comum, por exemplo, em comunicados de imprensa. No entanto, juntamente com o “banner”, foi divulgado um artigo da antropóloga Débora Diniz intitulado “Papa Francisco e o perdão do aborto“.


via: aleteia

10 frases inspiradoras do cardeal D. Paulo Evaristo Arns

Um pouco de como pensava o religioso que queria "ser padre até na vida eterna"



O arcebispo emérito de São Paulo, cardeal Dom Paulo Evaristo Arns, dedicou 71 anos de sua vida à Igreja. Morreu aos 95 e deixou um grande legado para o Catolicismo e para a História do Brasil.
O franciscano sempre esteve ao lado dos pobres e foi um grande defensor dos direitos humanos e da justiça social. Por isso, era chamado de “cardeal da democracia”, “cardeal da liberdade”, “bispo do povo” e muitos outros carinhosos e merecidos apelidos.
Dom Paulo é considerado um dos mais importantes intelectuais brasileiros. Formado em Teologia e Filosofia, com Doutorado em Letras pela Universidade de Paris, deixou um pouco de seu pensamento registrado em 49 publicações, entre livros, teses e traduções.
Confira 10 frases para relembrar momentos célebres do cardeal :
1 – “Ninguém derrota o homem que quer ser justo.”
2 – “Eu gostaria de ser lembrado como amigo do povo.”
3 – “Quero ser padre na vida eterna.”
4 – “O Deus da justiça é o mesmo Deus do amor.”
5 – “Francisco de Assis, o encanto de toda a minha vida.”
6 – “Deus nos preserve de males semelhantes àqueles que tivemos de suportar.” (sobre a ditadura militar no Brasil).
7 – “Generosidade não é dar, mas dar-se, assim como Cristo se deu a todos nós.”
8 – “A graça de Deus não esquece ninguém, nem se regula por crachás.”
9 – “As grandes esperanças moram em horizontes distantes e ainda desconhecidos.”
10 – “O povo que não respeita a criança não respeita a si mesmo, e nem respeita o próprio futuro.”


Fonte: Aleteia 

Por que o Verbo se fez Homem?

O maior acontecimento da história humana foi a Encarnação do Verbo. “Por nós, homens, e para a nossa salvação”, diz o nosso Credo, desceu à Terra, no seio virginal de Maria e se fez um de nós; “armou a sua tenda entre nós”; se fez nosso Irmão, e nos reconciliou com Deus por seu sacrifício na Cruz. “O Pai enviou seu Filho como o Salvador do mundo” (1Jo 4,14). “Este apareceu para tirar os pecados” (1Jo 3,5).
O pecado de todos os homens ofende a Majestade infinita de Deus; fere a justiça e o direito divinos; e isso não pode ser reparado por uma recompensa apenas humana. Só Deus poderia reparar uma ofensa infinita praticada contra Deus; então, Deus mesmo, na pessoa do Verbo encarnado, feito homem, veio reparar essa ofensa. No seio da Trindade o Verbo se ofereceu para essa Missão: fazer-se homem, para, no lugar do homem oferecer a oblação de valor infinito de sua vida pela salvação de todos os seus irmãos. “O´ Senhor, quanto Te custou nos ter amado!”, exclamou o doutor da Igreja Santo Afonso de Ligório.
A Carta aos Hebreus fala desse mistério: “Por isso, ao entrar no mundo, Ele afirmou: Não quiseste sacrifício e oferenda. Tu, porém, formaste-me um corpo. Holocaustos e sacrifícios pelo pecado não foram de teu agrado. Por isso eu digo: Eis-me aqui… para fazer a tua vontade” (Hb 10,5-7; Sl 40,7-9).
A Igreja reza na Liturgia: “No momento em que Vosso Filho assume nossa fraqueza, a natureza humana recebe uma incomparável dignidade: ao tornar-se ele um de nós, nós nos tornamos eternos.” (Prefácio da Or. Eucarística do Natal III). “Quando Cristo se manifestou em nossa carne mortal, vós nos recriastes na luz eterna de sua divindade” (Pref. Or. Euc. da Epifania).
O grande Padre da Igreja, São Gregório de Nissa (†340), assim explicou:
“Doente, nossa natureza precisava ser curada; decaída, ser reerguida; morta, ser ressuscitada. Havíamos perdido a posse do bem, era preciso no-la restituir. Enclausurados nas trevas, era preciso trazer-nos à luz; cativos, esperávamos um Salvador; prisioneiros, um socorro; escravos, um Libertador. Essas razões eram sem importância? Não eram tais que comoveriam a Deus a ponto de fazê-lo descer até nossa natureza humana para visita-la, uma vez que a humanidade se encontrava em um estado tão miserável e tão infeliz?” (Or. Cath. 15: PG 45,48B)

O nosso Catecismo explica que “o Verbo se fez carne para que, assim, conhecêssemos o amor de Deus”: “Nisto manifestou-se o amor de Deus por nós: Deus enviou seu Filho Único ao mundo para que vivamos por Ele” (1 Jo 4,9). “Pois Deus amou tanto o mundo, que deu seu Filho Único, a fim de que todo o que crer nele não pereça, mas tenha a Vida Eterna” (Jo 3,16).
O Verbo se fez carne “para ser nosso modelo de santidade”: “Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim…” (Mt 11,29). “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida; ninguém vem ao Pai a não ser por mim” (Jo 14,6). E o Pai, no monte da Transfiguração, ordena: “Ouvi-o” (Mc 9,7).
O Verbo se fez carne para tornar-nos “participantes da natureza divina” (2Pd 1,4): “Pois esta é a razão pela qual o Verbo se fez homem, e o Filho de Deus, Filho do homem: é para que o homem, entrando em comunhão com o Verbo e recebendo, assim, a filiação divina, se torne filho de Deus” (S. Irineu).
Não foi sem razão que o grande compositor alemão Johann Christian Bach (†1782) compôs a magnifica música “Jesus, alegria dos homens”.
Prof. Felipe Aquino

Cléofas 

16/12 – Santa Adelaide

Narrada por Santo Odilo, abade de Cluny, que conviveu com ela, a vida de Santa Adelaide emociona pelos sofrimentos que passou. De rainha tornou-se prisioneira, sofreu maus tratos e passou por diversas privações, para depois, finalmente assumir um império. Tudo isso dentro da honestidade, vivendo uma existência piedosa, de muita humildade e extrema caridade para com os pobres e doentes. Nascida em 931, Adelaide era uma princesa, filha do rei da Borgonha, atual França casado com uma princesa da Suécia. Ficou órfã de pai, aos seis anos. A corte acertou seu matrimônio com o rei Lotário, da Itália, do qual enviuvou três anos depois. Ele morreu defendendo o trono, que acabou usurpado pelo inimigo vizinho, rei Berenjário. Então, a rainha Adelaide foi mandada para a prisão. Contudo, ajudada por amigos leais, conseguiu a liberdade. Viajou para a Alemanha para pedir o apoio do imperador Oton. Esse, além de lhe devolver a corte, casou-se com ela. Assim, tornou-se a imperatriz Adelaide, caridosa, piedosa e amada pelos súditos. Durante anos tudo era felicidade, mas o infortúnio atingiu-a novamente. O imperador morreu e Adelaide viu-se outra vez viúva. Assumiu seu filho Oton II, que aceitava seus conselhos, governando com ponderação. Os problemas reiniciaram quando ele se casou com a princesa grega, Teofânia. Como não gostava da influência da sogra sobre o marido, conseguiu fazê-lo brigar com a mãe, por causa dos gastos com suas obras de caridade e as doações que fazia aos conventos e igrejas. Por isso exigiu que Adelaide deixasse o reino. Escorraçada, procurou abrigo em Roma, junto ao Papa. Depois passou um período na França, na corte de seu irmão, rei da Borgonha. Mas a dor da ingratidão filial a perseguia, Viu também que ele reinava com injustiça, dentro do luxo, da discórdia e da leviandade, devido a má influência de Teofânia. Nessa época foi seu diretor espiritual o abade Odilo, de Cluny. Ao mesmo tempo o abade passou a orientar Odon II. Após dois anos de separação, arrependido, convidou a mãe a visitá-lo e pediu seu perdão. Adelaide se reconciliou com filho e a paz voltou ao reino. Entretanto o imperador morreria logo depois. Como o neto de Adelaide, Oton III, não tinha idade para assumir o trono, a mãe o fez. E novamente a vida de Adelaide parecia se encaminhar para o martírio. Teofânia, agora regente, pretendia matar a sogra. Só não morreu, porque Teofânia foi assassinada antes, quatro semanas depois de assumir o governo. Adelaide se tornou a imperatriz regente da Alemanha, por direito e de fato. Administrou com justiça, solidariedade e piedade. Trouxe para a corte as duas filhas de sua maior inimiga e as educou com carinho e proteção. O seu reinado foi de obrigações políticas e religiosas muito equilibradas, distribuindo felicidade e prosperidade para o povo e paz para toda a nação. Nos últimos anos de vida Adelaide foi para o convento beneditino de Selz, na Alsácia, que ela fundara, em Strasburgo. Morreu ali com oitenta e seis anos de idade, no dia 16 de dezembro de 999.



Cléofas 

Jornada Mundial do Doente 2017: publicada a mensagem do Papa

16/12/2016


O Vaticano publicou na manhã desta quinta-feira (15/12) a mensagem dedicada pelo Papa ao XXV Dia Mundial do Enfermo, evento celebrado anualmente em 11 de fevereiro. O tema da edição 2017 será «Admiração pelo que Deus faz: “o Todo-Poderoso fez em mim maravilhas” (Lc 1, 49)»
Instituído por São João Paulo II em 1992 e celebrado a primeira vez em Lourdes, na França, no ano seguinte, o Dia é ocasião para se prestar especial atenção à condição dos doentes e mais em geral, a todos os atribulados; ao mesmo tempo, convida familiares, profissionais de saúde e voluntários a dar graças pela vocação de acompanhar os irmãos doentes.
Na mensagem, o Papa se diz próximo a todos os que vivem a experiência do sofrimento e suas famílias, enaltece aqueles que nas estruturas de saúde espalhadas pelo mundo se ocupam das melhoras, cuidados e bem-estar diário dos enfermos; encoraja todos – doentes, atribulados, médicos, enfermeiros, familiares, voluntários – a olhar Maria, Saúde dos Enfermos, como a garante da ternura de Deus por todo o ser humano.
Como Santa Bernadete, pobre, analfabeta e doente, estamos sob o olhar de Maria. “Peçamos à Imaculada Conceição a graça de saber sempre relacionar-nos com o doente como uma pessoa que certamente precisa de ajuda”, escreve o Pontífice.
Por ocasião deste Dia, prossegue, “podemos encontrar novo impulso e contribuir para a difusão de uma cultura respeitadora da vida, da saúde e do meio ambiente; lutar pelo respeito da integridade e dignidade das pessoas, abordando correctamente as questões bioéticas e a tutela dos mais fracos”.
O Papa reafirma também a sua proximidade de oração e encorajamento a médicos, enfermeiros, voluntários e todos os homens e mulheres comprometidos no serviço dos doentes e necessitados; às instituições eclesiais e civis que trabalham nesta área; e às famílias que cuidam amorosamente dos seus membros doentes.
Na conclusão, recorda o testemunho luminoso de tantos amigos e amigas de Deus, como São João de Deus e São Camilo de Lélis, Padroeiros dos hospitais e dos profissionais de saúde, e Santa Teresa de Calcutá, missionária da ternura de Deus. E termina com a oração a Maria:
“Ó Maria, nossa Mãe,
que, em Cristo, acolheis a cada um de nós como filho,
sustentai a expectativa confiante do nosso coração,
socorrei-nos nas nossas enfermidades e tribulações,
guiai-nos para Cristo, vosso filho e nosso irmão,
e ajudai a confiarmo-nos ao Pai que faz maravilhas”.
(bs/cm)

Rádio Vaticano 

15 de dez. de 2016

Papa: não-violência é caminho para a paz

15/12/2016


Na manhã desta quinta-feira, 15 de dezembro o Papa Francisco recebeu embaixadores não residentes acreditados na Santa Sé dos seguintes países: Burundi, Ilhas Fiji, Moldávia, Suécia e Tunísia. Estes embaixadores apresentaram as suas cartas credenciais.
Na ocasião o Santo Padre falou sobre a sua Mensagem publicada esta semana, para o próximo Dia Mundial da Paz que se celebra a 1 de janeiro com o tema: “A não-violência estilo de uma política para a paz”:
“A não-violência é um exemplo típico de valor universal, que encontra no Evangelho de Cristo o seu cumprimento mas que pertence também a outras nobres e antigas tradições espirituais. Num mundo como o atual, infelizmente marcado por guerras e por numerosos conflitos, como também por uma violência difusa que se manifesta em diversas formas na convivência ordinária, a escolha da não-violência como estilo de vida torna-se cada vez mais uma exigência de responsabilidade a todos os níveis, da educação familiar, ao empenho social e civil, até às atividades políticas e às relações internacionais.”
“Trata-se de recusar a violência como método para a resolução de conflitos” – disse o Santo Padre – tendo afirmado que quem tem responsabilidades institucionais é chamado a “procurar verdadeiramente o bem comum” exercitando as suas funções num “estilo não violento” que não é “debilidade” mas “coragem”.
Francisco recordou o século XX percorrido por “guerras e genocídios de proporções inauditas” onde, no entanto, existiram “exemplos luminosos” de não-violência e “algumas populações e também inteiras nações, graças ao empenho de líderes não violentos, conquistaram metas de liberdade e de justiça de maneira pacífica” – disse o Papa.
“Este é o caminho da paz, não aquela proclamada por palavras, mas de facto negada pela prossecução de estratégias de dominação, apoiadas por despesas escandalosas em armamento, enquanto tantas pessoas estão privadas do necessário para viver.”
No final da sua alocução o Papa disse ser desejo da Santa Sé “levar em frente com os governos” dos países presentes nesta audiência um “processo de promoção da paz”.
(RS)

Rádio Vaticano 

15/12 – Santa Maria Vitória de Fornari Strata

Pouco depois de sua morte, a bem-aventurada Maria Vitória apareceu a uma devota admiradora usando três vestes: a primeira era de cor escura, mas enfeitada de ouro e prata; a segunda também era escura, mas enfeitada com gemas luzentes; a terceira era azul-branca, com um branco fulgurante. Prescindindo da sua historicidade, essa visão resume os três estados de vida (casada, viúva e religiosa) através dos quais a santa passou: foi de fato filha, esposa, mãe, viúva e religiosa (fundadora, superiora e simples freira). Deu exemplo das mais diferentes virtudes. Maria Vitória nasceu em Gênova em 1562, sétima dos nove filhos de Jerônimo e Bárbara Veneroso. Cresceu num ambiente de amor e de piedade e também um pouco austero. A menina talvez tenha desejado entrar na vida religiosa, mas quando os pais lhe encontraram um noivo na pessoa de Ângelo Strata, uniu-se a ele em matrimônio aos 17 anos. Não demoraram a chegar os filhos. Quando Ângelo morreu, oito anos e oito meses após o matrimônio, cinco filhinhos se penduravam na saia da mãezinha de vinte e cinco anos e um sexto nasceria um mês depois. Não obstante a tranqüilidade financeira e os filhos, Maria Vitória se sentiu improvisamente sem nada e atravessou uma tremenda crise, durante a qual invocou muitas vezes a morte, Superada a crise, pronunciou três votos: de castidade, de nunca usar jóias e vestidos de seda e de não tomar parte em festas mundanas. Depois que suas filhas se tornaram cônegas lateranenses e os filhos entraram entre os mínimos, ela se uniu a Vicentina Lomellini Centurione, Maria Tacchini, Chiara Spinola e Cecília Pastori para fundar a Ordem das Irmãs da Anunciação Celeste no mosteiro preparado para elas no castelinho de Gênova por Estêvão Centurione, o marido de Vicentina. Ele também abraçou a vida religiosa e sacerdotal. A regra redigida pelo jesuíta Bernardino Zanoni, pai espiritual da Fornari, estimulava as religiosas a uma íntima devoção a Bem-aventurada Virgem da Anunciação e estabelecia uma intensa vida de piedade, uma pobreza genuína e uma clausura absoluta. Fundadora e priora, Maria Vitória transcorre os últimos cinco anos como simples religiosa, dando exemplos de humildade e de obediência. Morreu a 15 de dezembro de 1617 e foi beatificada por Leão XII em 1828.



Cléofas 

Audiência: Natal é abrir o coração à esperança

14/12/2016


Quarta-feira, 14 de dezembro, na audiência geral o Papa Francisco propôs mais uma catequese sobre a esperança cristã.
O Santo Padre recordou o profeta Isaías que nos convida a abrirmo-nos à esperança, acolhendo a Boa-Nova da salvação que está a chegar.
No fim do exílio na Babilónia, é a possibilidade de Israel reencontrar Deus. O Senhor aproxima-se – assinalou o Papa – e aquele «pequeno resto» que atravessou a crise e que continuou a crer e a esperar poderá ver as maravilhas do Senhor.
O pequeno resto a que se refere Francisco é o pequeno povo que ficou depois do exílio, aquele resto que “no exílio resistiu na fé, que atravessou a crise e continuou a crer e a esperar mesmo no meio da escuridão”.
O Papa na sua catequese sublinhou algumas das palavras do canto de Isaías no capítulo 52:
«O Senhor mostra a força do seu braço poderoso (…) e todos os confins da terra verão o triunfo do nosso Deus». «Diz a Sião: “O rei é o teu Deus!”».
Estas palavras mostram a fé num Deus que Se inclina misericordiosamente sobre o homem, para o libertar de tudo o que desfigura nele a imagem de Deus – observou o Santo Padre.
E a plenitude de tanto amor é precisamente o Reino instaurado por Jesus, aquele Reino de perdão e paz que chega no Natal e se realiza definitivamente na Páscoa – declarou.
Os motivos da nossa esperança são estes – disse Francisco – “quando tudo parece perdido, quando, à vista de tantas realidades negativas, torna-se difícil acreditar e vem a tentação de dizer que já nada tem sentido, faz-se ouvir a Boa Nova: Deus está a chegar, para realizar algo de novo, instaurar um Reino de paz, vem trazer liberdade e consolação. O mal não triunfará para sempre, acabará a tribulação”.
Somos chamados a ser homens e mulheres de esperança, que proclamam a vinda deste Reino feito de luz e destinado a todos. “Esta mensagem é urgente!” – lembrou o Papa dizendo que devemos também correr, como o mensageiro sobre os montes de que fala o profeta, porque o mundo não pode esperar, a humanidade tem fome e sede de justiça e de paz.
E a promessa cumpre-se no Menino de Belém, uma criança que nasce “necessitada de tudo” colocada “numa manjedoura”: ali está todo poder do Deus que salva. “É preciso abrir o coração – o Natal é o dia para abrir o coração!” – declarou o Santo Padre.
O Papa afirmou que no Natal é preciso abrir o coração a toda a “pequenez” que está ali naquele Menino. Um Natal que devemos preparar “com esperança neste tempo de Advento”. “É a surpresa de um Deus Menino, de um Deus pobre, de um Deus débil, de um Deus que abandona a sua grandeza para se fazer próximo de cada um de nós” – disse Francisco no final da sua catequese.
Nas saudações destaque para aquela dedicada aos peregrinos de língua portuguesa na qual o Papa fez votos de um “Santo Natal de Jesus, vivido com a mesma fé humilde e obediente de Maria e José”. O Santo Padre pediu para vermos na força do Menino Jesus “a vitória final sobre os poderes arrogantes da terra”.
O Papa Francisco a todos deu a sua benção!
(RS)
Rádio Vaticano 

14/12 – São João da Cruz

Teresa de Jesus chamava-o de seu pequeno Sêneca, brincava amavelmente com a sua baixa estatura apelidando-o de meio homem, mas não hesitava em considerá-lo o pai de sua alma, afirmando também que não era possível discorrer com ele sobre Deus sem vê-lo em êxtase. Vinte e sete anos mais jovem que Teresa (nasceu em 1542 em Fontiveros) João de Yepes é uma das figuras mais desconcertantes e ao mesmo tempo mais transparentes da mística moderna. Verdadeiro mestre de vida espiritual, resumia o novo ideal de vida monástica em breves sentenças: “Não faça coisa alguma, nem diga palavra alguma, que Cristo não faria ou não diria se encontrasse nas mesmas circunstâncias de você, e tivesse a mesma saúde e idade suas.” “Nada peça a não ser a cruz, e precisamente sem consolação, pois isso é perfeito.” “Renuncie aos seus desejos e encontrará o que o seu coração deseja.” Ingressou na Ordem dos Carmelitas aos vinte e um anos, após ter dado prova da sua imperícia nas várias ocupações as quais a família, muito pobre, tentou encaminhá-lo. Foi atacado por uma grande desilusão pelo rebaixamento da vida monástica em que viviam os conventos carmelitas.
Quis remediar passando dos carmelitas aos cartuxos, cujas regras severas pareciam mais condizentes com o seu fervor ascético. Mas a essas alturas aconteceu o seu encontro com Teresa de Jesus, a reformadora das carmelitas. A santa fundadora tinha em mente ampliar a reforma também aos conventos masculinos da Ordem carmelita, e seu tino delicado fê-la entrever naquela jovem frade, pequeno, extremamente sério, fisicamente insignificante, mas rico interiormente, o sócio ideal para levar em frente o seu corajoso projeto. E o jovem de vinte e cinco anos deu logo prova de grande coragem. Desde esse dia trocou o nome, chamando-se João da Cruz e pôs mãos a obra na reforma, fundando em Durvelo o primeiro convento dos carmelitas descalços. Mas a volta a mística religiosidade do deserto custou ao santo fundador maus tratos físicos e difamações: em 1577 foi até preso por oito meses no cárcere de Toledo. Mas foi nessas trevas exteriores que se ascendeu a grande chama da sua poesia espiritual. “Padecer e depois morrer” era o lema do autor da Noite escura da alma, da Subida do monte Carmelo, do Cântico espiritual e da Chama de amor viva. Morreu no convento de Ubeda, aos quarenta e nove anos, a 14 de novembro de 1591. Canonizado em 1726, dois séculos depois Pio XI lhe conferiu o título de doutor da Igreja.

Cléofas 

13 de dez. de 2016

Ano Mariano no Brasil: Papa Francisco concede indulgência plenária aos fiéis

APARECIDA, 13 Dez. 16 / 12:00 pm (ACI).- Por ocasião do Ano Nacional Mariano, em comemoração pelos 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida no rio Paraíba do Sul, o Papa Francisco autorizou a concessão de indulgência plenária aos fiéis, conforme indicações apresentadas pela Penitenciária Apostólica.
 Para alcançar a indulgência plenária, é preciso cumprir com as condições habituais, que são a confissão sacramental, a comunhão eucarística e a oração na intenção do Santo Padre.
Além disso, documento enviado pela Penitenciária Apostólica explica que poderão obter a indulgência os fiéis que “verdadeiramente penitentes e impulsionados pela caridade, se em forma de peregrinação visitarem a Basílica de Aparecida ou qualquer Igreja paroquial do Brasil, dedicada a Nossa Senhora Aparecida”.


No local, explicam, os peregrinos deverão “devotamente participar das celebrações jubilares ou de promoções espirituais ou ao menos, por um conveniente espaço de tempo, elevarem humildes preces a Deus por Maria”.

Em seguida, a conclusão deverá acontecer com a Oração Dominical, pelo Símbolo da Fé e pelas invocações da Beata Maria Virgem, em favor da fidelidade do Brasil à vocação cristã, impetrando vocações sacerdotais e religiosas e em favor da defesa da família humana.
O documento estabelece ainda condição especial para os devotos impedidos de realizar peregrinação, especificamente os idosos e enfermos. Estes poderão lucrar a indulgência plenária se “assumida a rejeição de todo pecado, e com a intenção de cumprir onde em primeiro lugar for possível as três condições, espiritualmente se dedicarem diante de alguma pequena imagem da Virgem Aparecida, a funções ou peregrinações jubilares, ofertando suas preces e dores ao Deus misericordioso por Maria”.
Além disso, apresenta algumas orientações aos sacerdotes responsáveis pelo cuidado pastoral da Basílica de Aparecida e de paróquias dedicadas à Padroeira do Brasil. A estes, afirma que deverão ““com animo pronto e generoso” se oferecer para a celebração da Penitência e muitas vezes administrar “a Sagrada Comunhão aos enfermos”.
Ano Mariano
O Ano Nacional Mariano foi convocado pela presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), estabelecido como um tempo para celebrar, fazer memória e agradecer pelos 300 anos do encontro da imagem da Padroeira do país. Esta iniciativa foi aprovada pela 54ª Assembleia Geral da CNBB, teve início no dia 12 de outubro de 2016 e segue até o dia 11 de outubro de 2017.
Por sua vez, o Arcebispo emérito de Aparecida (SP), Cardeal Raymundo Damasceno Assis, solicitou a concessão da indulgência plenária durante o Ano Nacional Mariana.
O Purpurado explicou que durante o tempo jubilar na Igreja no Brasil serão realizadas “várias celebrações sagradas e peregrinações em honra da celeste Padroeira do Brasil não só na Basílica Nacional Santuário de Aparecida, mas também em todas as igrejas paroquiais dedicadas em honra dela”, para que cresça nos fiéis “piedoso afeto para com a ‘Virgem Aparecida’ e assim se tornem mais fortes nos veneradores dela a fé, a esperança e a caridade, e eles próprios, refeitos pelos sacramentos, sejam mais e mais estimulados a conformarem a vida ao Evangelho”.

Fonte: ACI Digital 

Papa Francisco celebra hoje 47 anos de ordenação sacerdotal

Vaticano, 13 Dez. 16 (ACI).- Em 13 de dezembro de 1969, apenas quatro dias antes de completar 33 anos de idade, o jesuíta Jorge Mario Bergoglio, agora Papa Francisco, foi ordenado sacerdote pelo Arcebispo Emérito do Córdoba (Argentina), Dom Ramón José Castellano.
Aquele 13 de dezembro, há 47 anos, foi um sábado, vésperas do terceiro domingo de Advento. Na liturgia da Igreja, este dia é conhecido como domingo do Gaudete ou domingo da alegria, para muitos o selo do Pontificado do Papa Francisco.
Segundo o livro “O jesuíta: Conversações com o cardeal Jorge Bergoglio”, Francisco descobriu a sua vocação ao sacerdócio enquanto estava a caminho para celebrar o Dia da Primavera. Quando passou por uma igreja para se confessar, finalmente acabou sendo inspirado por aquele sacerdote.

Em outra oportunidade, o Santo Padre contou que, inicialmente, sua mãe não apoiou sua decisão de ser sacerdote, apesar de ser uma católica devota. Entretanto, no momento em que foi ordenado, aceitou seu chamado e pediu a sua bênção ao final da cerimônia.
Em seus primeiros anos como sacerdote, Jorge Mario Bergoglio continuou sua formação como jesuíta entre 1970 e 1971 na Espanha. Em 22 de abril de 1973, emitiu suas profissões perpétuas na Companhia de Jesus.
Quando retornou para a Argentina, serviu como professor na faculdade de teologia de São José, na localidade de San Miguel (nos subúrbios da cidade de Buenos Aires), reitor do Colégio e, aos 36 anos, foi designado Provincial dos jesuítas da Argentina.

Fonte: ACI Digital 

Papa: Clericalismo um mal que afasta o povo da Igreja

13/12/2016

O espírito do clericalismo é um mal presente também hoje na Igreja e a vítima é o povo, que se sente descartado, abusado. Foi o que disse o Papa na missa celebrada na manhã de terça-feira (13/12) na capela da Casa Santa Marta. Concelebraram com o Papa os membros do Conselho dos Cardeais (C9).
O povo humilde e pobre que tem fé no Senhor é a vítima dos intelectuais da religião, os seduzidos pelo clericalismo, que no Reino dos céus serão precedidos pelos pecadores arrependidos. O Papa cita o Evangelho do dia, em que Jesus se dirige aos chefes dos sacerdotes e aos anciãos do povo, para falar justamente sobre o seu papel. “Tinham a autoridade jurídica, moral e religiosa, decidiam tudo. Anás e Caifás, por exemplo, explicou Francisco, “julgaram Jesus”, eram os sacerdotes e os chefes que “decidiram matar Lázaro” ou ainda, “negociaram com Judas”, que vendeu Jesus. Francisco questionou: mas como chegaram a este “estado de prepotência e tirania”, instrumentalizando a lei?:
“Mas uma lei que eles refizeram inúmeras vezes: tantas vezes até chegar a 500 mandamentos. Tudo era regulado, tudo! Uma lei cientificamente construída, porque essas pessoas eram sábias, conheciam bem. Faziam todas essas nuances, não? Mas era uma lei sem memória: tinham esquecido o primeiro mandamento, que Deus deu ao nosso pai Abraão: “Caminha em minha presença e seja irrepreensível”. Eles não caminhavam: sempre estiveram parados nas próprias convicções. E não eram irrepreensíveis!
Eles – prossegue o Papa – “haviam esquecido os Dez Mandamentos de Moisés”: “com a lei feita somente por eles”, “intelectual, sofisticada, casuística”, “cancelam a lei do Senhor”. E a vítima, assim como foi Jesus, todos os dias é o “povo humilde e pobre que confia no Senhor”, “aqueles que são descartados”, destaca o Papa, que conhecem o arrependimento também se não cumprem a lei, mas sofrem estas injustiças. Sentem-se “condenados”, “abusados”, sublinha outra vez o Papa por quem é “presuntuoso, orgulhoso, soberbo”. “Um descarte destas pessoas”, observou o Papa, foi Judas:
“Judas foi um traidor, pecou fortemente, eh! Pecou com força. Mas então o Evangelho diz: “Arrependido, foi a eles dar de volta as moedas”. E eles o que fizeram? “Mas você foi nosso ‘sócio’. Fica tranquilo... Nós temos o poder de perdoar tudo!”. Não! “Te vira. É um problema teu”. E o deixaram sozinho: descartado! O pobre Judas traidor e arrependido não foi acolhido pelos ‘pastores’. Porque eles haviam esquecido o que é ser um pastor. Eram os intelectuais da religião, aqueles que tinham o poder, que levavam adiante as catequeses do povo com uma moral feita pela sua inteligência e não a partir da revelação de Deus”.
“Um povo humilde descartado e surrado por esta gente”: também hoje, é a observação de Francisco, acontecem estas coisas na Igreja. “Há aquele espírito de clericalismo”, explica: “os clérigos se sentem superiores, se afastam das pessoas”, não têm tempo para escutar os pobres, os que sofrem, os presos, os doentes”:
“O mal do clericalismo é uma coisa muito feia! É uma nova edição desta gente. E a vítima é a mesma: o povo pobre e humilde, que tem esperança no Senhor. O Pai sempre procurou se aproximar de nós: enviou seu Filho. Estamos esperando, uma espera alegre e exultante. Mas o Filho não entrou no jogo desta gente: o Filho foi com os doentes, os pobres, os descartados, os publicanos, os pecadores – é escandaloso isso... – as prostitutas. Também hoje Jesus diz a todos nós e também a quem está seduzido pelo clericalismo: “Os pecadores e as prostitutas entrarão primeiro no Reino dos Céus”. (bs/bf/rb)
Rádio Vaticano 

Natividade de São João Batista: o maior dos profetas

A natividade de  São João Batista  é  uma solenidade muito importante no ano litúrgico, porque nesse dia lembramos o maior dos profetas, com...