19 de mar. de 2016

VIVER A SEMANA SANTA! VIVER O AMOR DE DEUS!

Alerta: Somente praticamos aquilo que conhecemos e experimentamos. A Semana Santa é uma fonte de graças para quem a celebra com fervor. Dela participa quem se deixou tocar pelo chamado de Jesus, e se reconhece seu discípulo. Não se assuste se o texto parecer longo. Você poderá lê-lo por partes a cada dia ou de uma só vez. Rezo para que você celebre com o coração, cada dia desta semana de bênçãos.
 Estamos novamente às portas da semana mais importante da nossa vida cristã: a semana santa. Somos convidados a estar com Jesus desde o momento em que é acolhido pela multidão em Jerusalém (Domingo de Ramos), entrando na sala do cenáculo para a última Ceia (5°feira-santa), acompanhando-o até o monte Calvário (6°feira-santa) e por fim celebrando a vitória sobre a morte com a ressurreição (Vigília Pascal – Domingo de Páscoa).
Não se trata somente conhecer os detalhes da manifestação brilhante do amor de Deus por nós, mas entrar na cena dos acontecimentos. Significa reconhecer que tudo aconteceu por causa de nós, e por isso celebrar a Semana Santa é a oportunidade preciosa para renovar e fortalecer a nossa fé. Não somos cristãos para sermos somente boas pessoas, mas novas criaturas: ” Todo aquele que está em Cristo é uma nova criatura. Passou o que era velho; eis que tudo se fez novo!”(2Cor 5,17).


Primeiro momento: Domingo de Ramos
 Quando já se ia aproximando da descida do monte das Oliveiras, toda a multidão dos discípulos, tomada de alegria, começou a louvar a Deus em altas vozes, por todas as maravilhas que tinha visto.E dizia: Bendito o rei que vem em nome do Senhor! Paz no céu e glória no mais alto dos céus!” (Lc 19,37-38)
Trazer os ramos nas mãos para serem bentos, cantar Hosana, ouvir o relato da Paixão não é somente uma recordação de um passado distante. Ao celebrar este momento forte da entrada de Jesus em Jerusalém, é necessário lembrar: o cristão-nova criatura não permanece com Jesus somente na alegria, isto é, quando as coisas estão correndo bem. No Domingo de Ramos começamos com o povo aclamando Jesus, e no momento seguinte escutamos os gritos de “crucifica-o”. Este é o retrato das nossas inconstâncias, que nos fazem dizer: ” Onde esta Deus, que permitiu este mal em minha vida.”, ou “perdi a fé.”. Todos estamos sujeitos a alguma crise, e mesmo assim Deus continua fiel. Todos os anos a mesma celebração, as mesmas leituras, como oportunidade para aprender a se deixar restaurar pelo poder da cruz, e assim dizer: “Por nada te abandonarei Senhor, porque somente em Ti recebo a graça que transforma a minha fraqueza em força.”. O ramo bento levado para nossas casas, e colocado em um lugar de destaque junto a um quadro sacro ou à Bíblia em nossa sala, será o sinal da benção de Deus e de que desejamos realmente permanecer com Jesus.

 Segundo momento: Da última Ceia ao Domingo de Páscoa (Tríduo Sagrado)
Estes são dias participados com a atenção interior do coração, somente por quem é discípulo. O discípulo é o homem ou a mulher que acolheram a Palavra, tornando-a alimento, remédio e luz de suas vidas, e assim comprometeram com Jesus, dizendo como Pedro: “Tu tens as palavras da vida eterna. E nós cremos e sabemos que tu és o Santo de Deus!” (Jo 6,68-69). A fé é aceitação da Palavra de Jesus e comprometimento com Sua Pessoa. Fazemos isso, movidos pelo Espírito Santo, reconhecendo ser Jesus o único caminho, com a verdade que produz vida (bênção).

5° feira Santa – Ultima Ceia
Esta é uma noite sagrada onde os amigos mais íntimos de Jesus são convidados a participar do encontro onde será celebrada a primeira Eucaristia. Dois sentimentos de Jesus ficaram guardados sobre deste momento: “Tenho desejado ardentemente comer convosco esta Páscoa…“(Lc 22,15), e “como amasse os seus que estavam no mundo, até o extremo os amou.”(Jo 13,1). No primeiro sentimento, Nosso Senhor não fala somente da ceia que esta para celebrar, mas enxerga todos os que irão se encontrar com Ele e recebê-lo como alimento e remédio de suas vidas; e o segundo traduz o significado de participar da Eucaristia, é um encontro de amor, que somente celebram os que experimentaram este amor de Jesus, restaurando suas vidas. Na Última Ceia, Jesus realiza o seu mais importante milagre, o pão e o vinho se tornam Seu Corpo e Sangue: Tomou em seguida o pão e depois de ter dado graças, partiu-o e deu-lho, dizendo: Isto é o meu corpo, que é dado por vós; fazei isto em memória de mim. Do mesmo modo tomou também o cálice, depois de cear, dizendo: Este cálice é a Nova Aliança em meu sangue, que é derramado por vós…” (Lc 22,19-20). Ele já havia explicado a necessidade e os efeitos da Eucaristia, para quem deseja merecer o nome de cristão: “se não comerdes a carne do Filho do homem, e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós mesmos.” (Jo 6,53); “Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele.” (Jo 6,56).
E um gesto, somente apresentado em Jo 13, o lava-pés, nos dá o modo como somos amados por Jesus. Ele se abaixa para lavar os pés, isto é, desce até nós, sem nenhuma condenação, nos aceitando como somos e estamos, para nos oferecer a si próprio como o remédio e nos tornar fortes e saudáveis. Aí esta também o testemunho se participamos bem da Eucaristia: quem foi tocado pelo amor de Jesus, deve fazer o mesmo com seus semelhantes. Por isso, Jesus, depois de ter lavado os pés dos apóstolos, diz:  Se compreenderdes estas coisas, sereis felizes, sob condição de as praticardes.” (Jo 13,17).

6°feira Santa
Neste dia temos a revelação do quanto somos preciosos para Deus:  Deus, que é rico em misericórdia, impulsionado pelo grande amor com que nos amou, quando estávamos mortos em conseqüência de nossos pecados, deu-nos a vida juntamente com Cristo – é por graça que fostes salvos!” (Ef 2,4-5). Deus não olhou para os nossos pecados, falhas, quedas, desânimos … mas unicamente nos amou ao ponto de enviar o Seu próprio Filho para abrir as comportas da Sua misericórdia. Nunca o esqueçamos, ” fomos resgatados por um elevado preço preço” (1Cor 6,20). Jesus derramou por nós o seu sangue, até à última gota. Sim, o Filho de Deus, Nosso Senhor Jesus Cristo aceitou tomar sobre si todos os nossos pecados, e assim realizou a profecia de Is 53,5:  ele foi castigado por nossos crimes, e esmagado por nossas iniqüidades; o castigo que nos salva pesou sobre ele; fomos curados graças às suas chagas.” Aí esta o segredo da conversão dos pecadores, a libertação dos dependentes dos vícios e das forças malignas, a recuperação da paz interior e cura das feridas emocionais, como também a recuperação da saúde dos enfermos. Quem se aproxima da cruz, recebe o remédio que jorra do coração misericordioso de Jesus. Temos que nos aproximar como somos e estamos, sem esconder nada. Não devemos nos julgar indignos, e nem imaginar merecer esta graça por algum mérito pessoal. Jesus nos da o tesouro do poder da cruz, unicamente em virtude do amor incondicional e gratuito de Deus. Quem se aproxima da cruz de Cristo pronto a morrer para a antiga vida, ressuscita como nova criatura. A hora da misericórdia acontece às 15hs, na chamada cerimônia da leitura da Paixão e adoração da cruz. Participar desta cerimônia significa ser o discípulo amado, que estava junto com a doce Virgem Maria aos pés da cruz. Quando nos é apresentada a cruz para adoração, não voltamos a nossa atenção simplesmente para o objeto, mas para o seu significado profundo. Ela foi o trono de Jesus, onde se acumulam todas as nossas feridas e necessidades, e onde Ele reina como vencedor de todos os sofrimentos por nós.

Sábado Santo – Vigília Pascal
A noite da Vigília Pascal nos ajuda a viver a experiência cristã fundamental da Páscoa. A mensagem nos é apresentada por meio de três símbolos: luz, água e o cântico novo de aleluia!
Temos, em primeiro lugar, a luz. A criação de Deus começa com as palavras de Gen 1, 3:“Faça-se a luz!”. Onde há luz, nasce a vida, o caos é transformado em beleza e harmonia. A luz é a imagem mais imediata de Deus: Ele é todo Resplendor, Vida, Verdade.., que ilumina quem Dele se aproxima. Na ressurreição de Jesus temos uma explosão da luz divina, com o propósito de dar a todos a oportunidade de receber a vida nova. Esta certeza fica diante dos nossos olhos pela imagem do Círio Pascal – a grande vela acesa, com a Igreja escura, para indicar que o mundo sem Cristo esta nas trevas. Toda a Igreja irá acender as suas velas, na luz do fogo novo da ressurreição, testemunhando o propósito de permanecer na luz de Jesus.
A luz esta ligada ao fogo. A luz Círio Pascal brilha porque a cera se consome, do mesmo modo, como a luz da ressurreição veio da morte na cruz. Aí Nosso Senhor consumiu a sua vida por nós. Entramos na posse desta luz por meio do batismo, como ouvimos São Paulo revelar em Rm 6,4: “Fomos, pois, sepultados com ele na sua morte pelo batismo para que, como Cristo ressurgiu dos mortos pela glória do Pai, assim nós também vivamos uma vida nova.” No Batismo, acontece a nova criação, Deus renova as palavras do início da criação: «Faça-se a luz».
Neste sentido, o segundo símbolo da Vigília Pascal  é a água. Ela tem dois significados: morte e vida. Morte porque significa o fim da antiga existência longe de Deus. Vida, por não se tratar de um simples banho, mas de um novo nascimento. Neste sentido, esta é a noite de quem quer permanecer em Cristo, pois aqui renovamos a graça do nosso batismo.
E finalmente o terceiro grande símbolo da Páscoa: o cântico novo do Aleluia! O nosso coração se abre para louvor a Deus por todas as suas maravilhas. Quando uma pessoa experimenta uma grande alegria vinda de Deus, não pode guardá-la para si, isso seria egoísmo, o contrário do amor. Deste modo é necessário passar para frente, tornar conhecidas as obras de Deus, e isso se faz pelo testemunho. O louvor dado nesta noite santa torna-se verdadeiro e sinal de sincero agradecimento, se pelas nossas palavras e atitudes revelamos o amor de Deus em nós e conquistamos quem ainda não o conhece, para também receber este tesouro da misericórdia divina.

 Domingo de Páscoa
 Este é o Domingo dos domingos porque celebramos o ponto mais alto de nossa fé a certeza da ressurreição de nosso Senhor Jesus Cristo!
 Somos convidados a nos unir a Maria Madalena que “ foi ao sepulcro, de manhã cedo, quando ainda era escuro.” (Jo 20,1). Chama a atenção o fato de ela estar sozinha. E ao mesmo tempo, descobrimos que estamos diante de uma pessoa  agradecida, ela havia se convertido e entendido quem era Jesus. Ela não se deixou contaminar pelas mesmas emoções de alguns discípulos, que diante da morte repentina de Jesus, ficaram confusos, desorientados e cheios de medo.
Maria Madalena venceu as trevas das dúvidas, afinal ela sabia Ter sido real a transformação em sua vida. Foi ao sepulcro, de manhã cedo, quando ainda era escuro… o sol ainda não estava brilhando, mas em seu coração brilhava o desejo de reencontrar o Salvador.
Este nós o repetimos a cada domingo quando nos dirigimos para a Igreja. Todos os domingos do ano se transformam em Páscoa. Tudo isso esta a sua disposição nesta missa:
Primeiro passo: achegue-se sem medo da cruz de Cristo. Tome a decisão de entregar a Ele o seus pecados.
Segundo passo: Tome posse da certeza de que Jesus já colocou na cruz estes pecados.
Terceiro passo: Jesus não permaneceu morto na cruz. Declare pela fé ser esta vitória a sua vitória.
Quarto passo: se ainda existir alguma dúvida, hoje permita ao Espírito Santo remover a pedra que ainda tem feito você ficar preso no túmulo dos seus pecados.
Quinto passo: a melhor maneira de não perder a alegria da presença de Jesus é falar dele para outras pessoas.
Sexto passo: alimente a sua fé com a oração diária, a Palavra de Deus e a Eucaristia. E então você será uma pessoa realmente feliz!
FELIZ PÁSCOA! ALELUIA! ALELUIA! ALELUIA!

Fonte: http://encontrocomcristo.com.br/

O culto a São José

Segundo a tradição católica, celebra-se a festa de São Jose já no século IV, no templo que Santa Helena, mãe do imperador Constantino, mandou construir no lugar do Presépio de Belém, na capela dedicada a São José que existe ainda hoje naquele lugar, dentro da Basílica da Natividade em Belém. Há também tradições do século V de festa comemorando a fuga da Sagrada Família para o Egito. O nome de São Jose aparece pela primeira vez mencionada em 19 de março nos martirológios de Reims. Pela primeira vez esta festa foi celebrada pelos beneditinos de Abadia de Winchester no ano 1030. O Papa Bento XIV afirma que em 1124 em Bolonha, na Itália, se comemorava solenemente a festa de São José. No século XV, Gerson, o grande teólogo chanceler da universidade de Sorbone, pediu no Concílio de Constança (1417) uma festa em honra de São José e Maria. Em 1621 o Papa Gregório XV incluiu a festa entre as de preceito. Em 1651 a festa foi fixada em 19 de março. (GPSJ, p. 106)
São José recebe um culto especial da Igreja (prot-dulia); duas festas lhe são celebradas: 19 de março – Esposo da Virgem Maria; e 1º de maio – São José Operário. A festa de 19 de março normalmente cai no meio da Quaresma, então, a Igreja, abre neste dia uma exceção litúrgica e celebra com paramentos brancos a festa do glorioso pai de Jesus Cristo. É um dia da Quaresma que a Igreja retira o roxo.
A Igreja, antes de canonizar um Santo, faz um longo e cuidadoso exame de sua vida, e exige provas evidentes de sua santidade. Não faltam, porém, Santos constituindo exceção a essa regra, entre os quais São José.
“José era um homem justo”. Estas palavras encerram o exame, as provas e todo o processo de canonização. De fato, como os escritos dos Evangelistas são palavras de Deus, segue-se que José foi proclamado justo, isto é, santo, pelo próprio Deus.
A Igreja, para assegurar os fiéis a respeito de sua santidade, não fez mais que repetir-lhes as palavras inspiradas por Deus a São Mateus. A Igreja o fez desde os primeiros anos de sua existência; ao ler e explicar o Evangelho, porém, durante oitocentos anos aproximadamente, limitou-se ao que escrevera a seu respeito e não propunha publicamente a admiração e veneração dos cristãos, nem com festas, nem com funções solenes, nem com livros, como atualmente.
Naqueles tempos, a Igreja visava, antes de tudo, estabelecer profundamente na alma dos fiéis a fé em Cristo e propaga-la entre os hebreus e gentios. Por isso, devia insistir sobretudo nas verdades fundamentais da fé, esperando tempos mais adequados e tranquilos para as partes integrantes e acessórias.
Além disso, a Igreja devia manifestar Jesus Cristo verdadeiro Deus e verdadeiro homem. Estas verdades eram negadas por alguns hereges, ensinando que Jesus Cristo era um simples homem, nascido de Mara como todos os outros homens. Em tais circunstâncias, se a Igreja propusesse São José como Esposo de Maria e Pai adotivo de Jesus Cristo, os pagãos não teriam percebido tudo quanto ensina a fé a esse respeito; os próprios cristãos recém-convertidos não teriam compreendido bem como o Santo não é pai natural de Jesus, mas somente pai adotivo.
Antes de promover amplamente o culto a São José, a Igreja precisou lutar durante cerca de oitocentos anos para vencer as terríveis heresias que ameaçavam o conteúdo da fé deixada por Cristo; o que São Paulo chamava de a “sã doutrina da fé”. Umas heresias negavam o dogma da Santíssima Trindade (adocionismo, monarquianismo, patripassionismo), outras negavam a divindade de Jesus (arianismo), a divindade do Espírito Santo (macedonismo); negavam que Jesus fosse homem verdadeiro (monofisismo), que tivesse encarnado de verdade (docetismo), que tinha uma vontade humana (monoteletismo), etc. Enquanto esse mar agitado por falsos profetas e hereges não foi acalmado, a Igreja não pôde falar de devoção de São José e de outras importantes.
Mas se não existia naqueles tempos o culto público a São José, reinava, porém, no coração dos cristãos um culto privado. O Evangelho falava então do Santo Patriarca como atualmente. Muitos Padres e Doutores, entre os quais São João Crisóstomo, Santo Epifânio, São João Damasceno, Santo Ambrósio, São Jerônimo e Santo Agostinho, exaltaram as suas virtudes, e em especial a justiça, a virgindade e a paternidade espiritual em relação a Jesus. E os cristãos reverentes à doutrina do Evangelho e dóceis às exortações dos Padres, invocavam e honravam São José em suas casas.

Encontrou-se no Oriente uma preciosa gema, atribuída ao primeiro século, com a inscrição: “São José, assisti-me nos trabalhos e alcançai-me a graça”. Também nas Catacumbas de Roma, em algumas Igrejas antigas e casas particulares, foram descobertas imagens atribuídas aos primeiros séculos honravam privadamente a São José; o culto privado precedeu ao público.
Apenas consolidada a fé com o testemunho do sangue dos mártires, com os escritos dos Padres e Doutores, com a prova dos milagres e o magistério infalível da Igreja. Não tardaram os Papas a promover, com grande solicitude, o culto público a São José, instituindo festas em sua honra, aprovando práticas devotas para invocar lhe a proteção e enriquecendo-as com recorrerem com frequência a esse grande Santo.
A primeira festa de São José era celebrada, a princípio, somente na Igreja Grega, e estava fixada em 20 de julho. O Papa Xisto IV, em (1471-1484), incluiu-a no Breviário e no Missal, 19 de março. Julga-se ter sido este o dia da morte de São José.
Depois outros Papas ocuparam-se desta festa: Inocêncio VIII (1484-1492) elevou-lhe o Ofício a rito duplo; Gregório XV (1621-1623) estendeu-a a toda a cristandade e declarou o dia em que cai (19 de março) festa de preceito; Clemente X, em 1670, elevou- a rito duplo de segunda classe e compôs ele próprio o Hino “Te Joseph celebrent”, que se canta nas Vésperas.
Em 1714, Clemente XI recompôs todo o Ofício dessa festa: Ofício e Missa próprios de São José; e, finalmente, Pio IX, em 1870, elevou o Ofício a rito duplo de primeira classe.
Mas não parou aí o cuidado da Igreja em festejar dignamente o Pai de Jesus e Esposo de Maria. Paulo III (1534-2549) acrescentou à Festa de São José, a de seus “Esponsais de Maria”, festa que era celebrada a 23 de janeiro e depois estendida a toda a Igreja por Bento XIII em 1725.
A essas duas festas, acrescentou-se uma terceira chamada do “Patrocínio de São José”; festa que, introduzida na Igreja em fins do século XVIII, foi elevada a rito duplo de segunda classe, em 1741, por Bento XIV (1740-1758), e estendida a toda a Igreja em 1847 por Pio IX. Enfim, em 1956, o Papa Pio XII (1939-1958) instituiu a festa de São José Operário, a ser celebrada em rito duplo de primeira classe no dia 1º de maio, Dia Universal do Trabalho.
No culto público dos Santos, além das Missas, existem as práticas de devoção que a Igreja institui ou aprova para invocá-los em nossas necessidades. Ora, a respeito de São José, a Igreja fez o que já fizera para com a Virgem Santíssima. A Maria foi dedicado o dia de sábado e o mês de maio, por isso chamados dia e mês de Maria. Também a São José se dedicaram a quarta-feira e o mês de março, que se chamam dia e mês de São José. Desde o século XVII os fiéis costumam dedicar a São José as quartas-feiras. Essa prática nasceu num convento beneditino de Châlons e espalhou-se rapidamente pelo mundo todo católico.

As mesmas indulgências, concedidas pela Igreja a quem fazia com as devidas disposições o mês de Maria, eram concedidas a quem fazia o mês de São José. Em 1967 o Papa Paulo VI atualizou as indulgencias e alterou algumas formas de obtê-las na “Constituição Apostólica sobre as Indulgências”. (Veja o livro “O que são as Indulgências”; Ed. Cléofas).
Da mesma forma que há uma devoção especial: “Às sete dores e aos sete gozos de Maria”, há também uma devoção especial “Às sete dores e aos sete gozos de São José”.
A Igreja não quer que seja separado o doce nome de José dos de Jesus e Maria, quer portanto que se diga nas invocações: Jesus, José e Maria.
Para São José, da mesma forma que para Maria, existem rosários, coroinhas ladainhas, orações, jaculatórias, hinos, a fim de honrá-Lo e invocá-Lo.
A Igreja honra Maria com um culto especial (hiper dulia), de ordem superior ao culto dado aos outros Santos; e a São José, embora não tenha decretado isso, tributam todos os fiéis o culto de “proto-dulia”, ou seja, honram-no como o maior, o primeiro entre os Santos, depois de Maria.
A Igreja teve, portanto, extremo cuidado para que São José fosse honrado como convém. A Divina Providência lhes unira os nomes e destinos e a Igreja, seguindo o exemplo da Providência, uniu-os nos lábios e no coração de seus fiéis, unindo-os em muitas práticas de piedade.
Há um axioma que diz: “Glória sanctorum imitativo eorum” (A glória dos santos está na imitação de suas virtudes).
Na missa do Patrocínio de São José se reza: “De qualquer tribulação que clamem a mim ouvir-lhes-ei, dar-lhes-ei sempre a minha proteção”.
São José é o chefe da Sagrada Família e intercessor de todas as famílias cristãs; é o Patrono dos operários e trabalhadores, é o Patrono Universal da Igreja e protetor do Corpo Místico de Cristo e o Padroeiro da boa morte e das almas atribuladas.
Quando os egípcios carentes de alimentos imploravam ao Faraó que lhes desse comida, este dizia-lhes: “Ide a José”. Hoje, quando os povos são invadidos de novo por um neopaganismo que nega a Deus e seu Cristo, abandona a Igreja e a ataca; quando o sensualismo toma conta das mentes e dos meios de comunicação; e as misérias humanas afloram em toda parte, a Igreja, mais ainda, continua a dizer: “Ide a São José!”.
Na festa de São José Operário (1º de maio) a Igreja canta o Hino (Liturgia das Horas):
Nossas vozes te celebram,
Operário São José,
Que a oficina consagraste,
Trabalhando em Nazaré.
Tão humilde tu vivias,
Tendo em ti sangue de rei!
Em silêncio um Deus nutrias,
Ao cumprires sua lei.cpa_o_glorioso_s_o_jos_
O seu lar era um modelo
De trabalho e de oração,
Com o suor de tua face,
Conquistavas o teu pão.
Elimina os egoísmos,
Dá aos pobres de comer;
Possa a Igreja, Cristo místico,
Sob a tua mão crescer.
No Deus trino, autor do mundo,
Proclamamos nossa fé,
Imitando a vida e a morte
Do operário São José.
Trecho retirado do livro: O Glorioso São José, Editora Cléofas.

Via: site Cléofas 

Papa aos bispos: "Olhem os fiéis nos olhos para ver o coração"

19/03/2016

Cidade do Vaticano (RV) – Neste sábado (19/03), o Papa presidiu na Basílica Vaticana à Santa Missa com duas ordenações episcopais: a de Dom Miguel Ángel Ayuso Guixot, espanhol, nomeado Secretário do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso, e a de Dom Peter Bryan Wells, estadunidense, nomeado Núncio Apostólico na África do Sul, Botsuana, Lesoto e Namíbia.



Na homilia, Francisco recordou que é Cristo que, no ministério do bispo, continua a pregar o Evangelho da salvação e a santificar os fiéis mediante os Sacramentos da fé; é Cristo que, na sabedoria e prudência do bispo, orienta o povo de Deus na peregrinação terrena até à felicidade eterna.
“Portanto, recebam com alegria e gratidão estes nossos irmãos que nós bispos, com a imposição das mãos, associamos ao colégio episcopal.” Vocês foram eleitos pelo rebanho, recordou Francisco: que nunca sobrevenham a vaidade, o orgulho e a soberba. E foram constituídos para os homens: que a atitude seja sempre de serviço.
Com efeito, prosseguiu, o episcopado é o nome de um serviço e não de uma honra, dado que ao bispo compete mais servir do que dominar, segundo o mandamento do Mestre: “Aquele que entre vós é o maior, torne-se como o último; e o que governa seja como o servo”.
Tarefa primeira: rezar
Francisco pediu que os novos bispos anunciem a Palavra em cada ocasião, oportuna e inoportuna. “A primeira tarefa do bispo é rezar. Se ele não reza, não poderá fazer nada!”, exclamou.
Na Igreja a vocês confiada, recomendou o Papa, sejam guardiões e dispensadores dos mistérios de Cristo. “Atrás de cada carta que receberem, há uma pessoa. Procurem conhece-la. Olhem os fiéis nos olhos, não de maneira oblíqua. Assim poderão ver o coração.”
Francisco concluiu: “Sigam sempre o exemplo do Bom Pastor, que conhece as suas ovelhas, é por elas conhecido e, por elas, não hesitou oferecer a própria vida”.
(BF)

Fonte: Rádio Vaticano 

Papa no Instagram "para percorrer a estrada da misericórdia"

19/03/2016 



Cidade do Vaticano (RV) – Com um tuíte, o Papa Francisco anunciou sua presença em outra rede social, no Instagram. "Inicio um novo caminho, no Instagram, para percorrer com vocês a estrada da misericórdia e da ternura de Deus", escreve o Papa, que no sábado, 19 de março, inaugurou sua conta @franciscus no Instagram. A primeira foto, postada pelo próprio Pontífice, o mostra em oração.

A data foi escolhida seja por marcar o início solene do pontificado de Francisco, ocorrido em 19 de março de 2013, seja pelo fato de a Igreja celebrar São José - a quem Francisco já manifestou sua devoção por ser uma imagem relacionada à missão de educar.
Em declarações à Rádio Vaticano, o Prefeito da Secretaria para as Comunicações, Mons. Dario Viganò, explicou como a conta será administrada: “Escolheremos algumas fotos feitas pelo serviço fotográfico que enfatizem os aspectos de proximidade e de inclusão que o Papa Francisco vive todos os dias”.
“A ideia é compartilhar, também com um aspecto emocional, este Pontificado”, explicou o prefeito.
A presença de uma conta oficial do Pontífice no Instagram soma-se àquela doTwitter que, somente em língua portuguesa, registra quase 2 milhões de seguidores.
Este novo passo, destaca o prefeito, segue o caminho sugerido por Francisco em sua última mensagem para as Comunicações Sociais. No documento, o Papa escreve que a “Internet pode ser bem utilizada para promover o crescimento de uma sociedade saudável e aberta à partilha”.
“Queremos narrar o Pontificado por meio de imagens que convidam todos a participar dos gestos de ternura e de misericórdia do Papa Francisco”, concluiu Mons. Viganò.
(rb/bf)

Fonte: Rádio Vaticano 

18 de mar. de 2016

18/3 – São Cirilo de Jerusalém

Desde os tempos apostólicos a heresia tinha se infiltrado na Igreja, mas não havia provocado ainda nas comunidades eclesiais as profundas divisões que produziram o arianismo e o nestorianismo nos séculos IV e V. Mas se por um lado essas heresias diminuíram a evangelização dos pagãos, por outro lado suscitavam grandes figuras de pastores, teólogos, pregadores, de escritores com suas obras monumentais, uma catequese sistemática, homilias e sermões, tudo isso conseguiu dar uma exposição clara da doutrina cristã. Então os próprios intelectuais pagãos podiam ter explicações racionais da religião. Através da defesa da ortodoxia o povo cristão vivia uma fé consciente. São Cirilo foi uma dessa grandes figuras. Regeu a diocese de Jerusalém de 350 até à morte, 386. Cirilo nasceu em 315 de pais cristãos. No começo da sua carreira teológica quase se comprometeu com os semi-arianos, mas logo aderiu à doutrina ortodoxa (do Concílio de Niceia).
Por isso foi três vezes mandado ao exílio pelos imperadores Constâncio e Valente. O primeiro concílio ecumênico de Constantinopla, do qual participou, reconheceu a legitimidade do seu episcopado. Porque no começo foi titubeante seu pensamento teológico, isso atrasou sua canonização. Sua festa foi instituída somente em 1822. O título de doutor da Igreja, conferido por Leão XIII, foi graças às 24 catequeses que escreveu para os catecúmenos da sua diocese. Das primeiras 19, treze são dedicadas à exposição geral da doutrina e cinco, ditas mistagógicas, referem-se ao comentário dos ritos dos sacramentos de iniciação. As Catequeses de são Cirilo chegaram até nós graças a um estenógrafo em sua íntegra simplicidade com que o santo se comunicava com a comunidade cristã da época; nas três igrejas de Jerusalém, segundo o pregador, não simplesmente se ouve, mas se vê e se toca.

Cléofas 

Francisco: unidade, glória e mundo para a missão

18/03/2016

Cidade do Vaticano (RV) – O Papa encontrou-se no final da manhã desta sexta-feira, (18/03), com cerca de 7 mil integrantes do Caminho Neocatecumenal, na Sala Paulo VI.
Muitos dos presentes foram enviados pelo Papa em missão ad gentes. No discurso que lhes dirigiu, Francisco destacou três palavras como um mandato para a missão: unidade, glória e mundo.
Fecundidade
A Igreja não é um instrumento para nós, mas nós somos a Igreja, uma Igreja que é Mãe. Não somos um grupo que segue em frente baseando-se nas suas ideias, mas “uma Mãe que transmite a vida recebida de Jesus” – afirmou o Papa. Uma Igreja fecunda que vive na unidade radicada na fonte do Espírito Santo.
Segunda palavra, Glória: “Jesus preanuncia que será ‘glorificado’ na cruz”. Mas esta não é a glória mundana dos bens e do sucesso, mas uma “glória paradoxal”, sem aplausos, que se “revela na cruz”. “Mas só esta glória torna o Evangelho fecundo” – declarou Francisco.


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Finalmente, a palavra mundo: Deus amou tanto o mundo que enviou Jesus. “Mostrai aos filhos o olhar terno do Pai e considerai um dom as realidades que encontrareis” – disse o Pontífice.
No final do seu discurso, Francisco observou que a boa notícia a ser anunciada não deve ser doutrina fria e sem vida: é preciso “evangelizar como famílias, vivendo a unidade e a simplicidade, que já é um anúncio de vida, um belo testemunho”.
(rs/rb)

Fonte: Rádio Vaticano 

Ecumenismo é tema da última pregação de Quaresma

18/03/2016


Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco participou na manhã desta sexta-feira, (18/03), da quinta e última pregação de Quaresma feita pelo Fr. Raniero Cantalamessa, OFM Cap.
O Pregador da Casa Pontifícia dedicou sua reflexão à unidade dos cristãos, comentando o decreto sobre o ecumenismo do Concílio Vaticano II, Unitatis Redintegratio.
“Cinquenta anos de caminho e progresso no ecumenismo estão demonstrando as potencialidades contidas naquele texto”, disse o frade capuchinho.
As realizações ou frutos deste documento foram de dois tipos, explicou Fr. Cantalamessa. “No âmbito doutrinal e institucional, foi constituído o Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos; foram também lançados diálogos bilaterais com quase todas as confissões cristãs, a fim de promover um melhor conhecimento mútuo, um debate de posições e a superação dos preconceitos.”
Reconciliação
Com este ecumenismo oficial e doutrinal, desenvolveu-se desde o início um ecumenismo do encontro e da reconciliação dos corações.
Neste âmbito, o frade capuchinho destacou alguns encontros célebres que marcaram o caminho ecumênico nestes 50 anos: o de Paulo VI com o patriarca Atenágoras, os inúmeros encontros de João Paulo II e de Bento XVI com os líderes de diferentes igrejas cristãs, do Papa Francisco com o patriarca Bartolomeu em 2014 e, mais recentemente, com o Patriarca de Moscou, Kirill, em Cuba, que abriu um novo horizonte para o caminho ecumênico.
“O fato extraordinário sobre esse caminho para a unidade baseado no amor é que ele já está escancarado diante de nós”, finalizou Fr. Cantalamessa. “Não podemos ‘queimar etapas’ no tocante à doutrina, porque as diferenças existem e devem ser resolvidas com paciência nas instâncias apropriadas. Podemos, porém, ‘queimar etapas’ na caridade e ser totalmente unidos desde já. O sinal verdadeiro e certo da vinda do Espírito não é, como escreve Santo Agostinho, o falar em línguas, mas o amor pela unidade.”
(BF)

Fonte: Rádio Vaticano 

Francisco no Instagram a partir de sábado

18/03/2016

Cidade do Vaticano (RV) – O aniversário do início de Pontificado de Francisco será marcado pela criação da conta @franciscus no Instagram. A primeira foto vai ser publicada no sábado, dia 19.



“Escolheremos algumas fotos feitas pelo serviço fotográfico que enfatizem os aspectos de proximidade e de inclusão que o Papa Francisco vive todos os dias”, declarou à Rádio Vaticano o prefeito da Secretaria para as Comunicações, Mons. Dario Viganò.
“A ideia é compartilhar, também com um aspecto emocional, este Pontificado”, explicou o prefeito.
A presença de uma conta oficial do Pontífice no Instagram soma-se àquela doTwitter que, somente em língua portuguesa, registra quase 2 milhões de seguidores.
Este novo passo, destaca o prefeito, segue o caminho sugerido por Francisco em sua última mensagem para as Comunicações Sociais. No documento, o Papa escreve que a “Internet pode ser bem utilizada para promover o crescimento de uma sociedade saudável e aberta à partilha”.
“Queremos narrar o Pontificado por meio de imagens que convidam todos a participar dos gestos de ternura e de misericórdia do Papa Francisco”, concluiu Mons. Viganò.
(rb)

Fonte: Rádio Vaticano 

17 de mar. de 2016

Dez ensinamentos de Santo Agostinho sobre o Demônio

1 – O Demônio não pode fazer mais do que lhe é permitido por Deus.
2 – Fecha a porta para que não entre o tentador. Ele não deixa de chamar, mas se vê que a porta está fechada vai em frente. Só entra quando te esqueces de fechá-la ou não a fechas com segurança.
3 – O demônio não influência nem seduz ninguém se não encontra terreno propício. Quando o homem ambiciona uma coisa; sua concupiscência legítima as sugestões do demônio. Quando um homem teme algo, o medo abre uma brecha em sua alma pela qual se infiltram suas insinuações. Por essas duas portas, a concupiscência e o medo, o demônio se apodera do homem.
4 – Não culpes o demônio por tudo que vai mal. Muitas vezes o homem é seu próprio demônio.
5 – O homem não come o trigo sem triturá-lo para fazer o pão. Assim, o demônio não subjuga ninguém sem antes tê-lo abatido pela tribulação. Abate para subjugar. Quando fores açoitado pela tribulação, permanece íntegro como o grão e não te perturbes.
6 – O diabo não tem poder para dominar, mas tem astúcia para persuadir.
7 – A inveja é filha e escrava do orgulho. Por esses dois vícios, orgulho e inveja, o demônio é o que é.
naescoladossantos8 – Como te livras de um homem? Evitando-o. Como podes livrar-te do demônio? Orando contra ele. Tuas orações são a seta que o mantém na raia.
9 – Em vão se ufana um homem, pretendendo vingar-se de outro homem. Enquanto procura vencer publicamente o adversário, é vencido pelo demônio.
10 – O demônio é como um cão preso na coleira, Cristo o prendeu; só morde quem dele se aproxima.

Fonte: Cléofas 

Natividade de São João Batista: o maior dos profetas

A natividade de  São João Batista  é  uma solenidade muito importante no ano litúrgico, porque nesse dia lembramos o maior dos profetas, com...