27 de jun. de 2015

Pais de Santa Teresa de Lisieux serão canonizados

27/06/2015

Cidade do Vaticano (RV) – O povo de Deus terá em breve quatro novos santos a venerar, entre os quais os pais de Santa Teresa de Lisieux.
Na manhã deste sábado (27/06), o Papa Francisco, no decorrer do Consistório Ordinário Público para algumas causas de canonização, decretou que sejam inscritos no álbum dos santos quatro beatos.
São eles:
- Vincenzo Grossi, sacerdote diocesano, fundador do Instituto das Filhas do Oratório, beatificado pelo Beato Paulo VI em 1975;
- Maria da Imaculada Conceição, religiosa, Superiora-Geral da Congregação das Irmãs da Companhia da Cruz, beatificada em setembro de 2010;
- E os leigos Ludovico Martin e Maria Azelia Guérin, pais de Santa Teresa di Lisieux, proclamados beatos em 2008.
Os quatro serão proclamados santos no domingo, 18 de outubro, no decorrer do Sínodo ordinário sobre a família.
Fonte: Rádio Vaticano 

Papa: intensificar encontros entre católicos e ortodoxos

27/06/2015

Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco iniciou suas atividades na manhã deste sábado (27/6) recebendo, na Biblioteca Apostólica Vaticana, uma Delegação do Patriarcado Ortodoxo Ecumênico de Constantinopla, vinda a Roma para participar da celebração de São Pedro e São Paulo.

Esta visita faz parte do tradicional intercâmbio de Delegações, por ocasião das respectivas festas dos Santos Padroeiros: 29 de junho, em Roma, a celebração dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo; e 30 de novembro, em Istambul (Turquia), a celebração de Santo André Apóstolo, irmão de São Pedro.
Ao acolher, fraternalmente, os representantes do Patriarcado de Constantinopla, guiados pelo Metropolita Giovanni, o Papa Francisco disse:
“A sua presença nas celebrações da nossa festa testemunha, mais uma vez, a profunda relação que une as Igrejas irmãs, de Roma e Constantinopla, representada pelo vínculo que liga os respectivos Santos Padroeiros das nossas Igrejas, os Apóstolos Pedro e André, irmãos de sangue e na fé, unidos no ministério apostólico e no martírio”.
Aos veneráveis irmãos presentes, o Bispo de Roma recordou, com gratidão, a calorosa recepção que lhe foi reservada, no Fanar, pelo amado irmão Bartolomeu, pelo clero e pelos fiéis do Patriarcado Ecumênico, por ocasião da festa de Santo André, em novembro passado.
A vigília da festa e, depois, na Divina Liturgia, na igreja Patriarcal de São Jorge, acrescentou o Papa, deram-nos a possibilidade de louvar juntos o Senhor e de pedir-lhe, conjuntamente, que se aproxime o dia do pleno restabelecimento da comunhão visível entre ortodoxos e católicos.
O abraço de paz com o Patriarca Bartolomeu, recordou ainda Francisco, foi sinal eloquente daquela caridade fraterna, que nos anima no caminho da reconciliação, que, um dia, permitirá participarmos juntos da mesma Mesa Eucarística:
“Espero, portanto, que possam se multiplicar as ocasiões de encontro, de intercâmbio e de colaboração entre os fiéis católicos e os ortodoxos, de modo que possamos superar os preconceitos, as dificuldades e as incompreensões, consequentes de uma longa separação”.
Francisco concluiu seu breve pronunciamento à Delegação Ecumênica agradecendo a sua presença e os sentimentos de cordial solidariedade, e enviando suas sinceras saudações fraternas à Sua Santidade, o Patriarca Bartolomeu, e ao Santo Sínodo.
Fonte: Rádio Vaticano 

Rumo à América Latina: Papa saúda fiéis das "nações irmãs"

27/06/2015

Cidade do Vaticano (RV) – Faltando pouco mais de uma semana para o início da viagem do Papa à América Latina, Francisco enviou uma saudação aos fiéis dos três países que visitará: Equador, Bolívia e Paraguai.
“Meu desejo é estar com vocês, compartilhar suas preocupações, manifestar-lhes o meu afeto e proximidade e alegrar-me também”, afirma o Papa num vídeo divulgado pelas Conferências Episcopais dos três países.
De modo especial, a intenção de Francisco é manifestar "a ternura e a carícia de Deus" aos “filhos mais necessitados, aos idosos, aos enfermos, aos encarcerados, aos pobres, aos que são vítimas desta cultura do descarte”. O Pontífice convida a descobrir o rosto de Jesus em cada irmão e irmã. “Basta fazer-se próximo”, exorta.
Nações irmãs
Na mensagem, Francisco recorda aos fiéis das “três nações irmãs” que a fé que todos compartilham é fonte de fraternidade e solidariedade, constrói povos, forma família de famílias, fomenta a concórdia e alenta o desejo e o compromisso pela paz.
“Peço-lhes que unam suas orações às minhas, para que o anúncio do Evangelho chegue às periferias mais distantes. Que Nossa Senhora, como Mãe da América, cuide de todos vocês. Muito obrigado, até breve e, por favor, não se esqueçam de rezar por mim”, conclui.
Programação da viagem
O Papa irá estará na América Latina de 5 a 12 de julho próximo. Trata-se de sua 9ª viagem internacional, quando completará 14 países visitados. Todavia, esta viagem constitui a primeira em que os anfitriões falam o mesmo idioma de Francisco.
Durante uma semana, Francisco presidirá a cinco Missas, pronunciará 22 discursos, encontrará os presidentes dos três países, os bispos, a sociedade civil e os consagrados. No Equador, uma atenção especial será reservada aos idosos; na Bolívia, aos detentos e aos movimentos populares; no Paraguai, às crianças, aos pobres e aos jovens.
Fonte: Rádio Vaticano 

Sobre Deus, deus, deuses e deusesinhos...

Para alguém que creia realmente que Deus Se revelou em Jesus Cristo, o critério da verdade, do bem e do mal, do correto modo de viver nunca poderá ser a opinião dos homens, as modas do mundo ou mesmo a própria visão e sensibilidade e opinião que cada um tenha!
Crer consiste fundamentalmente num contínuo sair de si, procurando deixar o próprio modo de ver e sentir para aprender a ver e sentir como o Senhor, na perspectiva do Senhor. Ele mesmo disse: "Vinda a Mim! Aprendei de Mim! Convertei-vos!"
Sem esta capacidade de sair de si para acolher o Senhor e os Seus critérios, que não são os nossos, não creremos de verdade, não entraremos de verdade em comunhão com o Deus verdadeiro e libertador! Poderemos até nos sentir bem, poderemos até dizer que estamos de bem com Deus, mas trata-se de um deusinho feito por nós, à nossa imagem, do nosso tamanho!
O grande desafio para o crente - como Abraão, como Moisés, como Davi, como Jeremias, São Pedro, São Paulo... - é não tentar moldar Deus a si próprio e suas vontades, interesses ou sensibilidades, mas sair de si mesmo e ir se deixando moldar pelo Senhor, que é exigente e nos convida sempre à conversão. E isto vale para todo aquele que crê, sem exceção!
Hoje é comum ouvir pessoas dizendo "mas, o meu Deus...", "mas, o Deus que eu tenho no coração..."
Não! Esse "meu" Deus não existe: é somente um deus, um ídolo do meu tamanho, criação minha! Um deusinho fofinho, que me serve e me diz amém!
O Deus verdadeiro, quando está no nosso coração, quando é o nosso Deus, transforma, abrasa, incomoda, fere o nosso coração, exigindo de nós conversão, saída contínua de nós do nosso jeito para nós do jeito Dele!
Nunca esqueçamos que o próprio Senhor nosso Jesus "embora fosse o Filho, aprendeu a obedecer no sofrimento" e, chorando, com pavor e angústia, rezou: "Pai, não se faça a minha vontade, mas a Tua!"
O mundo atual coloca o homem no centro de tudo; pior ainda, coloca o indivíduo no centro: tudo do meu modo, tudo segundo o meu interesse, o meu critério, o meu sentimento... até Deus! Deus deve ser à minha medida, Deus Se deve converter a mim, satisfazer às minhas expectativas, caber na minha lógica... Eis a verdade: cada um se sente e se pensa Deus e usa, para sua serventia, um deusinho útil para satisfazer seus sentimentos e anseios "místicos". Mas, tudo isto nada tem a ver com o Deus verdadeiro!
O Deus Santo e Vivente, de Quem Jesus procede e a Quem Ele chama de Pai, o Deus que é amor, ternura, misericórdia e compaixão, é o Deus que aparece nas Escrituras Santas e nos convida à conversão! Eis o Seu tremendo apelo:
"Exorto-vos, irmãos, pela misericórdia de Deus, a que ofereçais vossos corpos como sacrifício vivo, santo e agradável a Deus: este é o vosso culto racional.
E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos,
renovando a vossa mente, a fim de poderdes discernir qual a vontade de Deus:
o que é bom, agradável e perfeito" (Rm 12,1).
Alguém pode crer num deus, em vários deuses, no "seu" deus...
O Deus verdadeiro, que Se manifestou a Israel, que veio a nós em Jesus Cristo, que Se dá como graça salvífica nos sacramentos por Ele instituídos, que enche e orienta de modo gratuito e soberano a Sua Igreja é este: amoroso, exigente, santo, que de todos nós - sem exceção - exige a conversão e a obediência da fé!
- Senhor, converte o meu coração!
Converte o coração dos filhos da Tua Igreja,
Converte o coração de cada ser humano e de toda a humanidade! Amém.


Por : Dom Henrique Soares da Costa 
Fonte: Página do mesmo 

26 de jun. de 2015

Convite: Novena de Nossa Senhora do Carmo de 07 a 16 de Julho 2015

Palavras do pároco 

Os cinco mandamentos da Igreja

Os mandamentos da Igreja situam-se na linha de uma vida moral ligada à vida litúrgica
Uma coisa que muitos católicos não sabem, – e por isso não cumprem,– é que existem os“Cinco Mandamentos da Igreja”, além dos Dez Mandamentos conhecidos. Eles não foram revogados pela Igreja com o novo Catecismo de João Paulo II (1992). É preciso entender que mandamento é algo obrigatório para todos os católicos, diferente de recomendações, conselhos, entre outros.
Os Cinco Mandamentos da Igreja
Cristo deu poderes à Sua Igreja a fim de estabelecer normas para a salvação da humanidade. Ele disse aos Apóstolos: “Quem vos ouve a mim ouve, quem vos rejeita a mim rejeita, e quem me rejeita, rejeita Aquele que me enviou” (Lc 10,16). E prossegue: “Em verdade, tudo o que ligardes sobre a terra, será ligado no céu, e tudo o que desligardes sobre a terra, será também desligado no céu.” (Mt 18,18)
Então, a Igreja legisla com o “poder de Cristo”, e quem não a obedece, não obedece a Cristo e, consequentemente, a Deus Pai.
De modo que para a salvação do povo de Deus, a Igreja estabeleceu cinco obrigações que todo católico tem de cumprir, conforme ensina o Catecismo da Igreja Católica (CIC). Este ensina: “Os mandamentos da Igreja situam-se nesta linha de uma vida moral ligada à vida litúrgica e que dela se alimenta. O caráter obrigatório dessas leis positivas promulgadas pelas autoridades pastorais tem como fim garantir aos fiéis o mínimo indispensável no espírito de oração e no esforço moral, no crescimento do amor de Deus e do próximo.” (§2041)
Note que o Catecismo diz que isso é o “mínimo indispensável” para o crescimento na vida espiritual dos fiéis. Podemos e devemos fazer muito mais, pois isso é apenas o mínimo obrigado pela Igreja. Ela sabe que, como Mãe, tem filhos de todos os tipos e condições, portanto, fixa, sabiamente, apenas o mínimo necessário, deixando que cada um, conforme a sua realidade, faça mais. E devemos fazer mais.
1º – Primeiro mandamento da Igreja: “Participar da Missa inteira aos domingos, de outras festas de guarda e abster-se de ocupações de trabalho”.
Ordena aos fiéis que santifiquem o dia em que se comemora a ressurreição do Senhor, e as festas litúrgicas em honra dos mistérios do Senhor, da Santíssima Virgem Maria e dos santos, em primeiro lugar participando da Celebração Eucarística, em que se reúne a comunidade cristã, e se abstendo de trabalhos e negócios que possam impedir tal santificação desses dias (Código de Direito Canônico-CDC , cân. 1246-1248) (§2042).
Os Dias Santos – com obrigação de participar da Missa são esses conforme o Catecismo: “Devem ser guardados [além dos domingos] o dia do Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo, da Epifania (domingo no Brasil), da Ascensão (domingo) e do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo (Corpus Christi), de Santa Maria, Mãe de Deus (1º de janeiro), de sua Imaculada Conceição (8 de dezembro) e Assunção (domingo), de São José (19 de março), dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo (domingo) e, por fim, de Todos os Santos (domingo)” (CDC, cân. 1246,1; n. 2043 após nota 252) (§2177).
2º – Segundo mandamento: “Confessar-se ao menos uma vez por ano”.
Assegura a preparação para a Eucaristia pela recepção do Sacramento da Reconciliação, que continua a obra de conversão e perdão do Batismo (CDC, cân. 989). É claro que é pouco se confessar uma vez ao ano, seria bom que cada um se confessasse ao menos uma vez por mês, pois fica mais fácil de se recordar dos pecados e de ter a graça para vencê-los.
3º – Terceiro mandamento: “Receber o sacramento da Eucaristia ao menos pela Páscoa da ressurreição” (O período pascal vai da Páscoa até a Festa da Ascensão) e garante um mínimo na recepção do Corpo e do Sangue do Senhor em ligação com as festas pascais, origem e centro da Liturgia cristã (CDC, cân. 920).
Também é muito pouco comungar ao menos uma vez ao ano. A Igreja recomenda (não obriga) a comunhão diária.
4º – Quarto mandamento: “Jejuar e abster-se de carne, conforme manda a Santa Mãe Igreja” (No Brasil, isso deve ser feito na Quarta-feira de Cinzas e na Sexta-feira Santa). Esse jejum consiste em um leve café da manhã, um almoço leve e um lanche também leve à tarde, sem mais nada no meio do dia, nem o cafezinho. Quem desejar, pode fazer um jejum mais rigoroso; o obrigatório é o mínimo. Os que já tem mais de sessenta anos estão dispensados da obrigatoriedade, mas podem fazê-lo se desejarem.
Diz o Catecismo que o jejum “determina os tempos de ascese e penitência, os quais nos preparam para as festas litúrgicas, contribuem para nos fazer adquirir o domínio sobre nossos instintos e a liberdade de coração (CDC, cân. 882)”.
5º – Quinto mandamento: “Ajudar a Igreja em suas necessidades”
Recorda aos fiéis que devem ir ao encontro das necessidades materiais da Igreja, cada um conforme as próprias possibilidades (CDC, cân. 222). Não é obrigatório que o dízimo seja de 10% do salário, nem o Catecismo nem o Código de Direito Canônico obrigam essa porcentagem, mas é bom e bonito se assim o for. O importante é, como disse São Paulo, dar com alegria, pois “Deus ama aquele que dá com alegria” (cf. 2Cor 9, 7). Essa ajuda às necessidades da Igreja pode ser dada uma parte na paróquia e em outras obras da Igreja.
Nota: Conforme preceitua o Código de Direito Canônico, as Conferências Episcopais de cada país podem estabelecer outros preceitos eclesiásticos para o seu território (CDC, cân. 455) (§2043).
Demos graças a Deus pela Santa Mãe Igreja que nos guia. O Papa Paulo VI disse que “quem não ama a Igreja não ama Jesus Cristo”.

Por Prof Felipe Aquino 
Fonte Canção Nova 

Quais são os motivos para louvarmos ao Senhor?

A palavra meditada hoje está em São Lucas 17,11-19:Caminhando para Jerusalém, Jesus passava entre a Samaria e a Galiléia. Estava para entrar num povoado, quando dez leprosos vieram ao seu encontro. Pararam a certa distância e gritaram: “Jesus, Mestre, tem compaixão de nós!” Ao vê-los, Jesus disse: “Ide apresentar-vos aos sacerdotes”. Enquanto estavam a caminho, aconteceu que ficaram curados. Um deles, ao perceber que estava curado, voltou glorificando a Deus em alta voz; prostrou-se aos pés de Jesus e lhe agradeceu. E este era um samaritano. Então Jesus perguntou: “Não foram dez os curados? E os outros nove, onde estão? Não houve quem voltasse para dar glória a Deus, a não ser este estrangeiro?” E disse-lhe: “Levanta-te e vai! Tua fé te salvou”.
Pe Wagner Ferreira_Sorrindo pra Vida
“Na correria do nosso dia a dia e na negatividade do mundo em que vivemos, estamos desaprendendo a louvar a Deus”, afirma padre Wagner / Foto: Wesley Almeida – cancaonova.com
O convite que a Palavra de Deus nos faz é que recuperemos o louvor em nossas vidas. O agradecimento a Deus tem feito parte de nossas orações? Na correria do nosso dia a dia e na negatividade do mundo em que vivemos, estamos desaprendendo a louvar a Deus. Nossas orações têm sido dirigidas ao Senhor com pedidos e súplicas; clamar a Deus é necessário, porém não nos esqueçamos que é preciso louvar.
Louvemos ao Senhor pelo dom da vida, pelos talentos, pelo trabalho, por nossa família. Quais são os motivos para louvarmos a Deus? Não sejamos indiferentes ao Altíssimo. Prostremo-nos diante do Senhor e agradeçamos a Ele por tudo o que nos faz.
Rendamos louvores a Deus por nossas lutas e dificuldades, pois a certeza que temos é que uma hora Ele nos atenderá. O louvor cura, liberta e abre nosso coração para a experiência de fé no poder do nome de Jesus.
Soframos as demoras que Deus, as quais são um mistério para nós. Somos tentados a apressar os acontecimentos em nossa vida. Confiemos em Deus e esperemos que Sua vontade se manifeste em nós. Enquanto esperamos, não cessemos de dar graças ao Senhor.
Padre Wagner FerreiraSacerdote da Comunidade Canção Nova
 Transcrição e Adaptação: Ariele Silva
Fonte: Canção Nova 

O MARTÍRIO DA RIDICULARIZAÇÃO

Os cristãos precisam estar preparados, nos dias de hoje, para o martírio da ridicularização, no qual se declarar cristão, carregar um crucifixo no peito ou até uma bíblia na mão, vai lhe custar zombarias e indiferença
A perseguição ao Cristianismo não acontece somente pela prisão, tortura e morte de cristãos por todo o mundo. Existe um segundo tipo de perseguição que é incruento (sem derramamento de sangue), no qual os que creem sofrem um “ataque” ideológico por parte do secularismo, da mídia anticristã e do ateísmo militante. É uma perseguição contra os valores e a moral cristã.
Foto: Daniel Mafra/cancaonova.com
Foto: Daniel Mafra/cancaonova.com
“Temos aqui dois ‘campos de batalha’. Por um lado, todas as questões envolvendo o tema da bioética como o aborto, a eutanásia, pesquisas com células-tronco embrionárias etc. Por outro, temos a questão da ética sexual e dos valores da família como divórcio, barriga de aluguel, casamento homossexual etc; e a Igreja aparece como ‘inimiga’ (para os que defendem essas posições). Por que? Porque ela se levanta como uma das únicas resistências que defendem os valores tradicionais. E não importa que argumentos usaremos para tratar desses assuntos, há um preconceito muito forte para denegrir a imagem da Igreja atualmente”, disse padre Demétrio Gomes da arquidiocese de Niterói 

Segundo o professor Felipe Aquino, apresentador da TV Canção Nova e professor de teologia, os cristãos precisam se preparar para um novo tipo de martírio.
“O Papa Bento XVI falou, esses dias, algo muito marcante: os cristãos precisam se preparar para o martírio da ridicularização, ou seja, se você carregar um crucifixo no peito e for para uma universidade você é ridicularizado. Se você anda com a sua Bíblia, vão falar que você é alienado, que acredita em crendices. Então, o Papa tem alertado os cristãos sobre o fato de viverem também este tipo de martírio”, disse professor Felipe Aquino.
Esta perseguição tem mostrado, sobretudo pelos veículos de imprensas internacionais, que não poupam mentiras e críticas à Igreja Católica, difamações e zombarias a sacerdotes, bispos e, principalmente, à figura do Papa.
Confira abaixo a reportagem com padre Demétrio e do professor Felipe Aquino
Um exemplo clássico deste “martírio da ridicularização” aconteceu, este ano, quando os jornais BBC e The New York Times publicaram charges zombando da figura do Papa, mas se negaram a fazer o mesmo contra o profeta Maomé, por exemplo, alegando “ser um perigo”. O veterano jornalista da BBC Roger Bolton disse que a redação do jornal está tomada por “liberais céticos humanistas” que “riem e zombam do Cristianismo”. E ainda acrescentou: “Qualquer um que se oponha ao casamento gay ou à fertilização in vitro, por exemplo, é tratado como um ‘louco’ por causa de suas crenças religiosas”.
Essa perseguição da moral cristã tem se espalhado pelo mundo; e segundo padre Demétrio, só os que possuem uma fé firme e pura sobreviverão a ela. “É muito importante não se assustar com essa apostasia, pois o Senhor mesmo já tinha dito que seríamos um pequeno rebanho. Quando o mundo se cansar dessas propostas contemporâneas, ele vai encontrar, na Igreja, a luz no fim do túnel.”

Fonte: http://destrave.cancaonova.com/

Quem é o autor do Apocalipse?

O João do último livro da Bíblia é o mesmo que o do Evangelho e das cartas? Uma resposta surpreendentemente esclarecedora.



Pergunta
 
Na Bíblia, além do Evangelho de João, encontramos 3 cartas escritas por São João Apóstolo e o último livro, que é o Apocalipse, ou seja, a visão que João teve sobre os que um dia serão “novos céus e novas terras”. Minha pergunta é: todos estes são escritos do apóstolo São João em pessoa?
 
Resposta
 
Na origem do Evangelho de João encontra-se o “discípulo amado”: isso é o que sabemos pela tradição da Igreja antiga, que identifica o discípulo amado convertido em testemunha (João 21, 24) com João, filho de Zebedeu. Esta tradição nunca foi discutida seriamente antes do começo do século XIX.
 
A análise literária dos textos levou os especialistas a pensarem que os escritos de João poderiam ter sido realizados por vários autores. Mas isso não significa que o testemunho do apóstolo João não seja a fonte original de todos eles.
 
É preciso compreender que o conceito de “autor” na Bíblia não se refere tanto ao escritor material dos livros, e sim ao autor no sentido amplo, ou seja, aquele que inspirou e cuja experiência e/ou ensinamento é a base desse texto.
 
Apesar das diversas teorias, podemos dizer, contudo, que, ainda que o autor material seja diferente, a base do Evangelho de João continua sendo o filho de Zebedeu e seu cuidado particular em anunciar a memória de Jesus, bem como o esforço por penetrar no mistério da sua pessoa e da sua vida terrena.
 
A data da redação do Evangelho de João é calculada entre os anos 85-95 d.C., quando o judaísmo excluiu os discípulos de Jesus da sinagoga (o Templo de Jerusalém havia sido construído quase 20 anos antes), e o começo do século II. A descoberta do célebre Papiro 52, encontrado no Egito e datado de 125 d.C., já fala da existência desse Evangelho.
 
O mesmo acontece com relação às Cartas: aceita-se hoje que elas foram escritas por um representante autorizado da “tradição joânica”: o autor se identifica nelas com o nome de “presbítero”. Ainda que a tradição antiga seja unânime ao atribuí-la ao apóstolo João, o bispo Papias de Gerápolis (70-130) fala de um “presbítero João, discípulo do Senhor”.
 
Justamente sobre o Apocalipse, a questão se torna muito complexa. O autor tem uma importante familiaridade com toda a tradição judaica, um conhecimento tão vasto e profundo das Escrituras, que inclusive supera o próprio apóstolo Paulo: no livro são contadas mais de 800 passagens do Antigo Testamento, tomadas diretamente do texto judaico, contra cerca de 200 utilizadas por Paulo, quem costumava utilizar a tradição grega.
 
Finalmente, é preciso acrescentar que, dada a natureza do escrito – um livro de revelação (é este o significado de “apocalipse”) – em tempos de perseguição declarada (como a ocorrida durante o reinado de Domiciano, 81-96) se caracteriza pelo anonimato do autor, quem, de qualquer maneira, remete à autoridade do próprio apóstolo.
sources: ALETEIA

Oração para pedir a Deus a luz do entendimento

rezandoprayerIluminai-me, interiormente, oh, bom Jesus! Fazei brilhar vossa luz em meu coração e dissipai todas as trevas que o escurecem. Refreai as divagações de meu espírito e quebrantai as tentações violentas que me combatem.
Pelejai fortemente por mim, e afugentai essas feras péssimas, esses apetites que nos lisonjeiam para perder-nos, a fim de que a minha alma consiga a paz pelo vosso esforço, e venha a ser um templo puro, onde se entoam à vossa glória perenes louvores.
Mandai aos ventos e às tempestades; dizei ao mar: “Sossega-te; ao vento: não sopres; e haverá grande bonança” (Mc 4,39).
7. Enviai vossa luz e vossa verdade para que resplandeçam em minha alma, porque sou uma terra estéril e tenebrosa até que vós me ilumineis.

Derramai sobre mim as graças do céu; regai meu coração com orvalho celestial; chovam sobre esta terra árida as fecunda águas da piedade, para que produza frutos bons e saudáveis.
Levantai-nos o ânimo oprimido com o peso dos pecados; transportai todos os maus desejos ao céu, para que, gostando a doçura dos bens eternos não possa em desgosto pensar nas coisas da terra.oracoesdetodosostemposdaigreja
8. Arrebatai-me, desprendei-me das fugitivas consolações das criaturas, porque nenhuma coisa criada pode aquietar e satisfazer plenamente meu coração.
Uni-me a vós pelo vínculo indissolúvel do vosso amor: porque vós só bastais a quem vos ama, e sem vós tudo é sombra e fumo.
Trecho retirado do livro: Imitação de Cristo

Cléofas 

Francisco: o bem se faz “sujando” as mãos

26/06/2015

Cidade do Vaticano (RV) – Os cristãos devem se aproximar e estender a mão àqueles que a sociedade tende a excluir, como fez Jesus com os marginalizados do seu tempo. Isso faz da Igreja uma verdadeira “comunidade”. Foi o que disse o Papa na homilia da Missa celebrada na manhã desta sexta-feira (26/06) na Casa Santa Marta. 

Aproximando-se dos excluídos do seu tempo, Jesus “sujou” as mãos tocando os leprosos. E, assim, ensinou à Igreja “que não se pode fazer comunidade sem proximidade”. Francisco centralizou sua homilia no protagonista do Evangelho do dia, em que um leproso toma coragem, prostra-se diante de Jesus e lhe diz: “Senhor, se queres, tens poder para purificar-me”. Jesus o toca e o cura.
O bem não se faz de longe
O milagre, notou o Papa, aconteceu sob os olhos dos doutores da lei, para os quais, ao invés, o leproso era um “impuro”. “A lepra – observou – era uma condenação perpétua” e “curar um leproso era tão difícil como ressuscitar um morto”. E, por isso, eram marginalizados. Jesus, ao invés, estende a mão ao excluído e demonstra o valor fundamental de uma palavra, “proximidade”:
“Não se pode fazer comunidade sem proximidade. Não se pode fazer a paz sem proximidade. Não se pode fazer o bem sem aproximar-se. Jesus poderia muito bem ter dito: ‘Sê purificado!’. Mas não: se aproximou e o tocou. E mais! No momento em que Jesus tocou o impuro, se tornou também ele impuro. E este é o mistério de Cristo: toma para si as nossas sujeiras, as nossas impuridades. Paulo de fato afirma: ‘Tendo a condição divina, não considerou o ser igual a Deus como algo a que se apegar ciosamente, mas se esvaziou a si mesmo. Depois, Paulo foi além: ‘Fez-se pecado. Jesus se faz pecado. Excluiu-se, tomou para si a nossa impuridade para aproximar-se de nós”.
Jesus inclui
O trecho do Evangelho registra também o convite que Jesus fez ao leproso curado: “Não digas nada a ninguém, mas vai mostrar-te ao sacerdote e apresenta a oferta prescrita por Moisés, para que lhes sirva de prova”. Isso porque, destacou Francisco, além da proximidade, para Jesus é fundamental também a inclusão:
“Tantas vezes penso que seja, não digo impossível, mas muito difícil fazer o bem sem sujar as mãos. E Jesus se sujou. Proximidade. E depois vai além. Disse-lhe: ‘Mostra-te aos sacerdotes e faz o que se deve fazer quando um leproso é curado. Quem estava excluído da vida social, Jesus inclui: inclui na Igreja, inclui na sociedade … ‘Vai, para que todas as coisas sejam como devem ser’. Jesus jamais marginaliza alguém, jamais. Marginaliza si mesmo, para incluir os marginalizados, para nos incluir, pecadores, marginalizados, com a sua vida”.
Proximidade é estender a mão
O Papa ressaltou o estupor que Jesus suscita com as suas afirmações e os seus gestos. “Quantas pessoas – comentou – seguiram Jesus naquele momento” e “seguem Jesus na história porque ficam impressionadas pelo modo como fala”:
“Quantas pessoas olham de longe e não entendem, não lhes interessa… Quantas pessoas olham de longe, mas com o coração mau, para testar Jesus, para criticá-lo, para condená-lo…  E quantas pessoas olham de longe porque não têm a coragem que ele teve de se aproximar, mas têm tanta vontade de fazê-lo! E naquele caso, Jesus estendeu a mão, antes. No seu ser estendeu a mão a todos, fazendo-se um de nós, como nós: pecador como nós, mas sem pecado, mas sujo dos nossos pecados. E esta é a proximidade cristã”.
É uma “bela palavra, a proximidade”, concluiu Francisco. Que convida a um exame de consciência: “Eu sei aproximar-me?”. Tenho “ânimo, força, coragem de tocar os marginalizados?”. Uma pergunta que diz respeito também “à Igreja, às paróquias, às comunidades, aos consagrados, aos bispos, aos padres, a todos”.
Fonte: Rádio Vaticano 

25 de jun. de 2015

As seitas e seus males – EB

lobo-com-cordeiro1-271x300“As seitas vêm-se multiplicando no mundo contemporâneo. Suscitam certa confusão pela maneira convicta como se apresentam, dando a entender que são as portadoras exclusivas de salvação para a humanidade”.
Dom Estêvão Bettencourt (1919-2008)
Ínclito Teólogo Beneditino
Dom Estêvão Bettencourt, foi a maior autoridade do mundo sobre religiões, seitas e heresias. Suas aulas, palestras, apostilas, revistas e livros são referências magistrais dentro e fora do campo acadêmico. Só a revista Pergunte e Responderemos foi por ele publicada por mais de 50 anos.
O seu legado fez escola e despertaram as consciências para o perigo dos novos movimentos religiosos heréticos.
Dom Estêvão informou e formou toda uma geração para o grande alerta dos ensinos errôneos das religiões, os males das seitas e a confusão terrível das heresias.
Seu último trabalho na revista Pergunte e Responderemos de maio de 2008, foi desfazer a mentira de um panfleto de autores anônimos protestantes que implica uma crítica discreta à Igreja Católica Romana.
Escreve Dom Estêvão: “A campanha proselitista do protestantismo não tem sido muito honesta”.
Na mesma revista Dom Estevão denuncia a obra anticristã do ateu inglês Philip Pullman, “A Bússola de Ouro” (1).
Dom Estêvão foi um dos melhores professores que já passou em minha vida e me ajudou na formação eclesiástica e me inspirou a ser um pesquisador de seitas e um estudioso no fenômeno religioso.
Fanatismo
Dom Estêvão Bettencourt afirmou: “Têm-se multiplicado grupos religiosos em nossos ambientes civis, proferindo sua mensagem, portadora exclusiva de salvação” (2).
Tal mensagem é acompanhada por tamanho fanatismo, intolerância, difamação contra tudo e todos e eles vão até a morte por suas loucuras.
Os sectários são os “escolhidos”, privilegiados de uma “revelação especial”, os “donos da verdade”, só eles “entendem a Bíblia”, são os portadores únicos dos dons espirituais, daí, somente eles serão salvos. “Quem não faz parte do seu grupo vai para os quinto do inferno”.
O Jornal Extra do dia 03 de Junho de 2008 trouxe uma reportagem de um ato horrível de intolerância religiosa.
Assim diz a reportagem: “O Centro Espírita Cruz de Oxalá, no Catete, foi invadido e depredado por quatro jovens de uma igreja (seita) pentecostal. Eles ofenderam as pessoas e obrigaram a abrir a porta e invadiram o Centro. Em seguida, quebraram todas as imagens de santos, mesas e cadeiras. Eles falaram que as imagens estavam com o demônio” (3).
O pastor e professor do Instituto Metodista Bennett – Rio de Janeiro, Edson Fernando de Almeida disse: “O fel da intolerância, da projeção no outro do que há de mais diabólico no ser humano, manifesta-se com intensidade em nossos dias. O ataque de quatro jovens adoecidos por uma religiosidade mórbida a um centro umbandista no Catete é um triste exemplo. Dói no coração saber que esses meninos na flor de sua juventude estão dispostos a matar em nome de Deus”. (4).
É de nossa responsabilidade alertar a nossa sociedade contra certos grupos religiosos que alienam, manipulam e escravizam os seus adeptos para desordem mental, familiar e social.
Como nunca antes na história da humanidade, vivemos no mundo tomado por religiões, seitas e heresias capitalistas, sexistas, bizarras e catastróficas.
O nosso trabalho é despertar sempre a nossa sociedade desse perigo constante. A seita empobrece os seus fiéis, matando-os a mente, o corpo e a alma.
Não se deve fazer experiência sectária, você pode ser uma vítima fatal de toda a sua armadilha e sedução. Muito cuidado com convites e os presentes que os sectários oferecem a você gratuitamente ou não. O melhor é não receber e não participar dos seus eventos.
Seitas e dinheiro
Para alguns sociólogos americanos, o que determina a existência de tantas crenças, nos Estados Unidos não é a necessidade de uma experiência espiritual, mas a conjuntura econômica. Segundo eles, as leis de mercado também valem para os movimentos religiosos. Esse grupo de pesquisadores acredita que a concorrência determina as relações religiosas, e quem frequenta uma igreja pode ser considerado uma espécie de consumidor, capaz de mudar de um culto para outro como quem sai de um supermercado e entra em outro. Rodney Stark, professor de Sociologia da Universidade de Wisconsin, é um dos expoentes desta visão mercadológica da fé. Desprezando qualquer preocupação com as verdades espirituais, ele considera bom que uma sociedade seja repleta de religiões diferentes, como se escolher uma fé fosse igual a optar por um tipo de refrigerante, dentre tantos em uma prateleira. Nem é preciso dizer que as ideias de Stark e seus seguidores incomodaram diversos pastores americanos. Mesmo no meio da comunidade acadêmica, há quem discorde dessa forma capitalista de enxergar as experiências de fé. Steve Bruce, que trabalha na Universidade de Aberdeen, na Escócia, afirmou, em um texto publicado recentemente, que seus colegas americanos têm exercido uma “influência maligna” sobre a sociologia da religião. (5).
Morte nas Seitas
A cada ano cerca de duas mil pessoas saem de suas casas nos Estados Unidos e no Canadá e nunca mais voltam: elas submergem no labirinto sombrio dos cultos e seitas. O dramático caso de suicídio coletivo de 39 crentes do Heaven’s Gate, em San Diego é exemplar. Sua estrutura como a da maioria de seus concorrentes, se dava através de um líder carismático. As semelhanças entre David Koresh – dos Davidianos, mortos durante um cerco policial na cidade texana de Waco, em 1992 – e John Withcapple, do Heaven’s Gate, são significativas: ambos se diziam ser o filho de Deus e seu oráculo.
Só recentemente os cultos americanos ficaram caracterizados pela violência. O mais antigo é o da “família” Charles Manson. O líder era um desocupado que havia passado a maior parte de sua vida na cadeia, mas que conseguiu com seus discursos juntar adoradores. Na noite de 9 de agosto de 1969, Manson mandou quatro de seus discípulos à casa do diretor cinematográfico Roman Polanski, no luxuoso bairro de Bel Air, em Los Angeles. Polanski filmava em Londres, mas sua esposa, a atriz Sharon Tate, 26 anos, estava grávida de oito meses e recebia alguns amigos num jantar íntimo. Ela foi esfaqueada 16 vezes e depois enforcada. Seus convidados também foram mortos.
Já em 1978, mais de 900 pessoas morreram nas selvas da Guiana, após tomarem uma mistura de “K-suco” e cianureto. Eles pertenciam a uma seita chamada Templo do Povo, organizada em torno do pastor evangélico Jim Jones. Ele havia transferido sua seita de Indianápolis, passando por Redwood Valley, na Califórnia, até as matas sul-ameircana. Ato tão chocante quanto o cerco ao Ramo Davidiano, do líder David Koreh, em 1992. Ele era um cantor de rock medíocre, mas com domínio da Bíblia e carisma de ídolo pop. Seu grupo montou autêntico arsenal num sítio nos subúrbios da cidade de Waco, no Texas.
As autoridades americanas passaram a investigá-los e uma desastrada tropa de choque tentou invadir o Q.G. dos Davidianos. Foram repelidos à bala.

Começava um cerco que terminaria somente no dia 15 de abril, com suicídio coletivo de 80 pessoas. A maneira escolhida por Koresh foi o tiro na nuca dos fiéis com os corpos sendo consumidos pelo fogo. Até hoje as autoridades americanas têm de enfrentar o culto dos Davidianos. Um exército de vingadores de Koresh armou-se contra o governo para protestar. Um destes “soldados” é o terrorista Tim McVeigh, que no dia 19 de Abril de 1995 explodiu um edifício público em Oklahoma City, matando 160 pessoas.
Provocar mortes não é privilégio das seitas americanas. Desde 1994, o Templo do Sol, que se originou na França, espalha mortes nos países de língua francesa. No total, 74 fiéis se suicidaram em rituais que provocaram o incêndio de casas na França, Canadá e Suíça. A seita japonesa Aum Shinrikyo não se limitou a matar seus próprios discípulos, em 1995, no Japão. Comandados pelo guru Shoko Asahara instalaram o pânico no metrô de Tóquio ao contaminar com gases tóxicos 16 estações. Resultado: dez mortos e 5.500 intoxicados (6).
Contra as Seitas
Os deputados da França decidiram mobilizar-se contra as seitas que tentam sua disseminação no país. Novas leis visam instaurar forma mais rápida de restrição à liberdade religiosa. Um dos resultados dessa mobilização foi o fato dos prefeitos franceses ganharem autonomia para impedir a instalação de qualquer templo pertencente a organismo considerado suspeito pelo Estado. Além disso, foi criada a figura jurídica do crime de manipulação mental, que pode resultar em cinco anos de detenção e multa de US$ 70 mil. Dentre os 700 cultos e seitas listados como ameaças para a sociedade, estão: a Cientologia (da qual fazem parte os atores John Travolta e Tom Cruise), Nova Acrópole e as Testemunhas de Jeová. Algumas denominações evangélicas também foram incluídas nesta lista (7).
Paganismo no Reino Unido
Paganismo e bruxaria são palavras que estão cada vez mais em voga no Reino Unido, país que, durante séculos, tem sido majoritariamente cristão. O número de adeptos de seitas com origem nas culturas pagãs dos novos primitivos da Europa, como os celtas e gauleses, vem crescendo nos últimos anos. Hoje, mais de 40 mil pessoas declaram-se pagãs na Inglaterra, o que faz deste o oitavo grupo religioso do país. A Federação Pagã da Grã-Bretanha, representante de muitas seitas místicas, estima que já existam entre 50 mil e 200 mil adeptos do paganismo por lá (8).
Sacrifícios de gatos para ficar Invisível
Existe um grande número de seitas na Espanha, porém a mais perigosa é conhecida como La secta del livre. Entre as práticas do grupo estão os contínuos sacrifícios de gatos e queima de livros na liturgia, fato que pode causar incêndio nos prédios vizinhos aos lugares de reunião. Seus adeptos fazem isso porque creem que podem tornar-se invisíveis se matam gatos um a um na quinta-feira e cortam as cabeças dos felinos na sexta-feira, em hora marcada, devendo a cara do animal estar voltada para o oriente. Colocam sementes nos olhos, boca e nariz dos gatos e deixam até que gangrenem. Quando estão bem maduras, colocam-nas num prato e as introduzem uma a uma em suas bocas, mantendo um espelho na mão esquerda. Conforme vão comendo as favas, vão contemplando a imagem desaparecer (9).
Apologética
Pelos números do IBGE, as religiões e seitas que esperam de alguma forma o apocalipse reúnem 30 milhões de adeptos no Brasil. Especialistas canadenses calculam que 20 mil novos movimentos religiosos atuam no mundo, 200 deles baseados em cartilhas extremistas que pregam suicídio e até assassinatos.
O sociólogo Lisias Nogueira Negrão, professor da USP, estabelece a diferença entre religião e seitas. “Igrejas são grupos estabelecidos, vinculados à sociedade”. Já “as seitas são movimentos emergentes que apresentam restrição ou desconforto em relação à regra teológica e apresentam contestações aos valores sociais estabelecidos” (10).
Definição de seita por Dom Estêvão Bettencourt: “Uma seita (vem de sectário) é uma dissidência ou um grupo fechado que julga estar o mundo corrupto, e pretende ter a verdade como patrimônio seu e solução para todos os problemas da humanidade. Os membros das seitas são geralmente submetidos a um regime autoritário, imposto por um líder “iluminado”, que lhes dificulta o senso crítico” (11).
As seitas são grandes desafios para os estudiosos, Igreja e a sociedade.
Por detrás das seitas existe todo um projeto ganancioso que faz das pessoas objetos e mercadorias. Cujo objetivo é a construção de um império econômico e religioso.
É de bom alvitre e de uma abissal caridade denunciar todo o projeto sectário para o bem de todos e ordem na sociedade.
O Documento de Aparecida procede muito bem no incentivo da restauração da Apologética Cristã sobre o perigo das seitas:
“Hoje se faz necessário reabilitar a autêntica apologética que faziam os Pais da Igreja como explicação da fé. Mais do que nunca os discípulos e missionários de Cristo de hoje necessitam de uma apologética renovada para que todos possam ter vida nEle” (Nº 229).falsasdoutrinas
“No fiel cumprimento de sua vocação batismal, o discípulo deve levar em consideração os desafios que o mundo de hoje apresenta à Igreja de Jesus, entre outros: o êxodo de fiéis para seitas e outros grupos religiosos” (Nº 185).
“Para cumprir sua missão com responsabilidade pessoal, os leigos necessitam de sólida formação doutrinal, pastoral, espiritual e adequado acompanhamento para darem testemunho de Cristo e dos valores do Reino no âmbito da vida social, econômica, política e cultura” (Nº 212).
Conclusão:
Faraós, reis, imperadores e magos quiseram e fingiram ser Deus para dominar e matar os subordinados, todavia, o único Deus verdadeiro se fez homem para libertar e dar vida a todas as criaturas.
Junto com a soberba humana, o diabo coloca na mente dos líderes sectários que não basta ser homem e sim Deus ou vice Deus para ficar por cima dos outros e poder convencer e até eles mesmos desse engano mortal.
A mentira religiosa dá um retorno lucrativo para os falsos líderes maior do que qualquer outra área secular.
A omissão do ensinamento da doutrina cristã, o relaxamento dos fiéis e a opressão do falso líder religioso, deixam os sectários na depressão para causar neles uma explosão de fanatismo.
O fanatismo religioso é a pior forma de violência. A sua ação maléfica destrói o corpo, a mente e a alma.
É de suma importância à denúncia sobre as seitas e a conscientização sobre seus males.
Pe. Inácio José do Vale
Pesquisador de Seitas
Professor de História da Igreja
Especialista em Ciência Social da Religião
E-mail: pe.inaciojose.osbm@hotmail.com
Referências:
Pergunte e Responderemos, Maio de 2008, pp. 197, 230 e 232.
Pergunte e Responderemos, Dezembro de 2007, p. 545.
Extra, 03/06/2008, p. 13.
O Globo, 08/06/2008, p.36.
Graça, Julho de 2001, p.41.
Isto é, 16/04/1997, pp. 96 e 97.
Graça, Agosto de 2000, p. 76.
Graça, Edição nº 85, p.62.
Revista Fiel, Setembro de 2002, p.7.
Isto é, 16/04/1997, pp. 92 e 95.
Pergunte e Responderemos,  nº 417, 1997, p.56.
BETTENCOURT, Estêvão. Igreja Católica, Denominações Cristãs e Correntes Religiosas, Aparecida, SP: Santuário, 1999.
AQUINO, Felipe Rinaldo Queiroz. Falsas Doutrinas, Seitas e Religiões, Lorena, SP: Cléofas, 2006.

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