1 de mai. de 2015

1/5 – São José Operário

SAO-JOSE-OPERARIOPio XII, instituindo em 1955 a festa de são José Operário, quis oferecer ao trabalhador cristão um modelo e um protetor. “Todo trabalho – já havia dito na mensagem de Natal de 1942 – possui uma dignidade inalienável, e ao mesmo tempo uma íntima ligação com a pessoa em seu aperfeiçoamento: nobre dignidade e prerrogativa, que não são de modo algum aviltadas pela fadiga e pelo peso que devem ser suportados como efeito do pecado original em obediência e submissão à vontade de Deus.” O próprio Cristo quis ser um trabalhador manual, passando grande parte de sua vida na oficina de são José, o santo das mãos calejadas, o carpinteiro de Nazaré. Poucos anos antes de são José abrir sua oficina, Cícero escrevia: “… Têm uma inferior profissão todos os artesões, porque numa oficina não pode haver algo de decoroso.” O filósofo Aristóteles tinha sido mais categórico ao perguntar em seu primeiro livro da Política: “Devem-se contar entre os cidadãos também os operários mecânicos?” A resposta foi dada pelo exemplo de Jesus Cristo que quis condividir a condição operária ao lado de José, e veio da tomada de consciência do próprio movimento operário, que neste dia celebra a festa do trabalho e as conquistas no campo social, sindical e econômico. “Do ponto de vista cristão – como se lê no manual da Ação Católica – o movimento operário não é senão uma forma de elevação da humanidade, um aspecto especial daquele fenômeno geral da ascensão vislumbrado na parábola dos talentos.”
Para ressaltar a nobreza do trabalho a Igreja propõe para a nossa meditação são José operário. Pio XII e João XXIII (o papa que introduziu o nome de são José no cânon da missa) renderam homenagem a este exemplar de vida cristã, ao homem laborioso e honesto, fiel à palavra de Deus, obediente, virtudes que o Evangelho sintetiza em duas palavras: “homem justo”. “Os proletários e os operários – escrevia Leão XIII, o papa da Rerum Novarum – têm como direito especial o de recorrer a são José e de procurar imitá-lo. José, de fato de família real, unido em matrimônio com a mais santa e a maior entre todos as mulheres, considerado como o pai do Filho de Deus, não obstante tudo passou a vida toda a trabalhar e tirar do seu trabalho de artesão tudo o que era necessário ao sustento da família.”

Cléofas 

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