25 de abr. de 2015

O amor que se esforça

tumblr_l6bljigopj1qa7fkdo1_500_largeNão é preciso insistir – pois o sabemos bem – no fato de que todos nós temos defeitos. O difícil é reconhecer quais são esses defeitos, especialmente os que – por nossa culpa – aborrecem e irritam os demais.
Que devemos fazer para vencê-los? Reconhece-los com humildade – coisa mais fácil com a ajuda de um diretor espiritual -, e lutar, insisto, com as armas da oração e da mortificação:
Oração. Orar mais.
Sempre, como repetia São Josemaria Escrivá com toda a tradição da Igreja, <<a oração deve preceder, acompanhar e seguir todos os nossos esforços>>. Você já pediu a Deus mais paciência? Pediu-lhe para compreender mais os outros, o que é um passo prévio para chegar à paciência? Pediu a graça de vencer as suas reações de impaciência: as palavras ásperas, os gestos de desaprovação, as recriminações, os gestos de irritação ou de fastio?
Já escolheu alguma jaculatória que possa repetir com fé durante o dia, como: “Jesus, manso e humilde de coração, fazei o meu coração semelhante ao vosso”, ou “Rainha da paz, rogai por nós”?
Mortificações habituais.
Sintetizando conselhos dados em outra publicação, vou sugerir algumas:
- Fazer o esforço de escutar pacientemente a todos, sem deixar que se apague o sorriso dos lábios;
- Não andar comentando a toda a hora as nossas gripes, as nossas dores de cabeça ou de fígado nem, em geral, qualquer outro tipo e mal estar pessoal, evitar também queixar-nos do calor ou do frio, do abafamento do local, do tempo que levamos sem comer nada…;
- Renunciar a utilizar expressões humilhantes, como “Você sempre faz isso!”, “De novo”, “Já é a terceira vez!”, “Já estou cansado”, etc.tornar_vida_menor
- Evitar cobranças insistentes e antipáticas e prontificar-nos a ajudar com pequenos maus hábitos ou cacoetes dos outros, mas deixa-los passar como quem nem repara neles: mania de bater na cadeira ou de tamborilar com os dedos na mesa, tendência para ler por cima do ombro o jornal que nós estamos lendo, de fazer ruído com a boca, de cantarolar enquanto se lê ou se trabalha…;
- Saber repetir calmamente as nossas explicações a quem não as entende; ter especialmente a paciência, partindo do bê-á-bá, para esclarecer o funcionamento de aparelhos eletrônicos àqueles que não têm facilidade de manejá-los;
- Não buzinar irritadamente quando alguém reduz sem avisar a marcha do veículo, nos ultrapassa quase raspando, vira ou estaciona sem dar sinal, etc. é boa mortificação não olhar para a cara do “agressor”, pois assim é mais difícil perder a paciência. Melhor se, passada a primeira reação, invocamos seu Anjo da Guarda e rezamos uma Ave-Maria por ele.
Trecho retirado do livro: Tornar a Vida Amável, Francisco Faus

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