6 de set. de 2014

06 Set Santo Eleutério, homem de enorme simplicidade e comunhão

Santo EleutérioSanto Eleutério (nome de origem grega que significa “livre”), nos é conhecido pelos Diálogos de S. Gregório Magno. Eleutério viveu no Séc. VII, religioso, era abade do mosteiro de S. Marcos Evangelista junto aos muros de Espoleto, lugar onde viveu também S. Gregório Magno que, antes de tornar-se Papa, tinha a Santo Eleutério na condição de “Pai venerável”.
Viveu em Roma muito tempo. Lá morreu também. Os seus discípulos contavam que ele, com a oração, tinha ressuscitado um morto. Era homem de enorme simplicidade e compunção. S. Gregório conta-nos o epísódio em que Santo Eleutério orou, juntamente com os outros irmãos do mosteiro, por uma criança que era atormentada pelo demônio. A criança foi liberta. Também o próprio S. Gregório narra em seus escritos as graças que alcançou para si, a partir da oração de intercessão de Santo Eleutério: “Mas eu pude experimentar pessoalmente a força da oração deste homem(…) Ouvindo a sua benção, o meu estômago recebeu tal força que esqueceu totalmente a alimentação e a doença. Fiquei pasmado: como tinha estado! Como estava agora!”
Santo Eleutério, rogai por nós!
 Fonte: Canção Nova 

Viver longe de Deus é amar o que nos esvazia


A Palavra meditada hoje está Salmo 4,1-9:

"Quando te invoco, responde-me, ó meu Deus justiceiro; na angústia liberta-me; tem piedade de mim e ouve minha oração. Ó raça humana, até quando ofendereis minha glória, amareis a vaidade, buscareis a mentira? Sabei que o Senhor fez maravilhas em favor de seu amigo; o Senhor escuta quando lhe dirijo meu apelo. Tremei e não pequeis; refleti no silêncio do vosso leito. Oferecei sacrifícios legítimos e tende confiança no Senhor. Muitos dizem: “Quem nos fará provar o bem?” Levanta sobre nós, Senhor, a luz da tua face. Deste mais alegria ao meu coração do que àqueles que têm muito trigo e vinho. Em paz, logo que me deito, adormeço, pois só tu, Senhor, me fazes descansar com segurança.".
"A cura do nosso coração e o fortalecimento da nossa vida começam quando nos entregamos confiantes nas mãos do Senhor", afirma Márcio
Foto: Wesley Almeida


Nós ofendemos o coração de Deus ao levarmos um vida distante d'Ele. Não podemos nos conformar com uma vida vazia e distante da verdade; nós fomos colocados neste mundo para viver uma vida na plenitude, uma vida em Deus. Viver longe do Senhor é levar uma vida fútil, e não fomos criados para viver desse modo.

Viver de maneira fútil é viver a vaidade e a mentira. Viver na vaidade é afeiçoar-se ao que esvazia nossa vida. Quantas pessoas vivem o vazio em seus relacionamentos. Muitos escolheram viver um relacionamento vazio por medo de ficar sozinhos, e hoje isso se tornou um peso.

Viver sem sentido é escolher andar longe de Deus. Afastar-se da luz é deixar que a escuridão tome conta de nós. No escuro é difícil enxergar a verdade e fugir das armadilhas, e viver se torna insuportável. Viver longe de Deus é amar o que nos esvazia.

Quando nosso coração se torna insensível à verdade sempre buscamos uma mentira maior para causar um impacto em nossa vida. Desse modo nosso coração se endurece. O ser humano tem a necessidade de ser feliz, mas à medida que vamos nos iludindo com a vaidade e a mentira distanciamo-nos de Deus. Andar longe de Deus cega a nossa inteligência e não conseguimos perceber aquilo que óbvio. Quantas vezes nos indagamos: "Será que tal pessoa não percebe que esse caminho está errado!?". Isso ocorre porque a falta da verdade nos cega e nos faz andar pelos caminhos do erro.

Você que perdeu um ente querido e sente que sua vida acabou, entenda que chorar a dor da morte dessa pessoa é um direito seu, porém, sepultar-se dentro de seu quarto, desejando acabar com a própria vida, não trará essa pessoa de volta. Chore sua dor, mas é necessário viver. Longe de Deus fazemos muitas coisas que apenas nos destroem.

O Senhor sempre nos escuta quando dirigimos a Ele o nosso apelo. E por que nós não O escutamos falar conosco? Longe de Deus ficamos insensíveis à escuta d'Ele. Aproximar-se de Deus é estar em constante oração. O amigo de Deus é aquele que coloca em prática tudo o que o Senhor ensina em Sua Palavra. O Senhor sempre fala conosco por intermédio de Sua Palavra e quando oramos.

Estacionar a nossa vida de oração e decidir andar por conta própria é ter uma visão turva com os olhos do coração. Quanto mais longe andamos de Deus, tanto mais perdemos a capacidade de observar o que está ao nosso redor e andamos sem rumo.

Antes de pensar em oferecer qualquer sacrifício ao Senhor, devemos oferecer nosso coração a Ele, um coração disposto a obedecer. Se observarmos bem, há uma grande diferença na vida da pessoa que, em vez de se entregar à busca desenfreada pelo prazer, decide se entregar verdadeiramente ao Senhor.

O sentido da vaidade não é a simples preocupação em ficar bonito, mas em se preocupar com a casca, ou seja, com o superficial. Como é triste e infeliz aquele que se preocupa apenas com o externo! A cura do nosso coração e o fortalecimento da nossa vida começam quando nos entregamos confiantes nas mãos do Senhor. Entregar nosso coração nas mãos de Deus é confiar que Ele agirá em nós dia após dia.

Aquele que quer uma vida transformada deve experimentar confiar em Deus. A verdadeira oração é dizer nosso "sim" ao Senhor de todo o coração. Dizer o nosso "sim" é nos colocarmos à disposição do Senhor. Precisamos entender que dizer nosso "sim" não é dizer: "Senhor, eu aceito ir Contigo a tal lugar", colocando condições para Deus; mas sim dizer: "Senhor, eu aceito ir Contigo independentemente de onde queiras me levar". Deus Pai nunca nos levará ao fracasso ou à destruição, pois Seus planos são sempre bons.

Alguns pensam que tudo desmoronou depois que entregaram a vida a Deus. Mas a didática do Senhor foge à nossa compreensão, pois, para construir algo sólido, é preciso jogar no chão aquilo que não presta. Antes de fazer a obra em nosso interior, o Senhor precisa libertar nosso coração de todo entulho que está alojado em nós. Ele sempre estará ao nosso lado e nunca desistirá dos propósitos de amor e salvação que tem para nossa vida.

O Senhor quer nos levar além, quer fazer brilhar em nós a luz da Sua face. Deixemo-nos esvaziar das paixões enganadoras e entreguemos, confiantes, o nosso coração em Suas mãos. Uma pessoa sensata consegue vencer tudo, por mais difícil que seja, pois ela abandona a vida velha e se entrega com confiança nas mãos de Deus. Façamos a experiência de nos abandonar no Senhor e buscá-Lo com toda a força do nosso coração.

Márcio Mendes
Missionário da Comunidade Canção Nova.
Fonte CN  

A torre de Babel: qual é a sua mensagem?


Torre-de-Babel-quadro-antigo-1024-postbit-1473O episódio da Torre de Babel (Gn 11, 1-9) não tem a finalidade de explicar a origem das línguas.
Essa torre muito alta deve ser entendida como as que havia na Babilônia (Ziggurats) que os arqueólogos têm encontrado. Tinha a forma de pirâmide com vários patamares e eram monumentos religiosos ou templos pagãos.
Os antigos babilônicos concebiam o mundo como uma alta montanha e achavam que os deuses habitavam nos cumes dos montes; então, colocavam no último patamar das torres a morada dos deuses da cidade. Na Babilônia a torre mais famosa era a do deus Marduque, chamada de “casa do fundamento do céu e da terra”.
Era o poder político da Babilônia divinizado. Assim, a torre de Babel mostra um empreendimento pagão religioso, de homens que queriam criar para si um nome famoso, que os mantivesse unidos, formando assim um poderoso centro político e cultural, impregnado do culto de um ídolo. Queriam construir, longe do Deus verdadeiro, um centro político e religioso que tivesse domínio universal. O símbolo desse poderio seria a torre muito alta. Mas o Senhor confundiu a linguagem das pessoas e colocou confusão entre elas (Gn 11,7).
Deus permitiu que a soberba daqueles homens pagãos se voltasse contra eles mesmos e se desentendessem entre si, afastando-se uns dos outros e fracassando no seu projeto. Não é que tenha havido uma súbita multiplicação das muitas línguas, mas em consequência da dispersão haviam surgido lentamente as línguas diferentes.
A mensagem forte do episódio narrado é que pela falta de uma união interior feita pelo Deus verdadeiro, aconteceu o esfacelamento do grupo. O autor sagrado deu o nome de Babilônia à cidade orgulhosa de Gn 11; na história sagrada este nome tornou-se o símbolo do poder deste mundo que se faz adverso e inimigo de Deus.
Mais tarde, no início do Cristianismo, os cristãos vão identificá-la com a cidade de Roma que matava os cristãos. É a Babilônia do Apocalipse.
O episódio da torre de Babel quer mostrar que o mal que foi gerado pelo pecado original, consumado na morte de Abel, punido pelo dilúvio, vai-se alastrando cada vez mais, o que faz constituir um povo à parte em Abraão (Gn 12)  a fim de preparar a salvação da humanidade perdida no pecado.
Podemos dizer que em Babel, devido à soberba dos homens, houve a divisão e o desentendimento, e as línguas se multiplicaram. Os povos antigos viam a grande diversidade de línguas causada pela divisão entre os homens, e consideravam isto uma desgraça e mesmo um castigo por causa do pecado.
No dia de Pentecostes, na consumação da Redenção trazida por Cristo, os grupos de nações diversas foram reunidas,  louvando a Deus numa só língua, no mesmo Reino de Deus.
As línguas de Pentecostes mostram um homem de coração novo, e derruba as barreiras antigas de cultura, raça, idiomas, interesses, etc., reunindo todos novamente na Igreja, a família nova de Deus, como irmãos unidos no mesmo ideal de amar e servir a Deus, longe de uma vida de orgulho e soberba que divide e faz os homens não se entenderem nem mesmo na língua.
Prof. Felipe Aquino
Cleófas 

5 de set. de 2014

Papa: "O Evangelho é novidade. Não temer as mudanças na Igreja"

2014-09-05



 
Cidade do Vaticano (RV) – Na missa desta manhã na Casa Santa Marta, o Papa destacou que o cristão não deve ser escravo de “tantas pequenas leis”, mas abrir o coração ao mandamento novo do amor.

Comentando o Evangelho do dia, Francisco recordou que os escribas querem colocar Jesus em dificuldade, perguntando a ele porque seus discípulos não jejuam. O Senhor não cede e responde falando de festa e novidade:

A vinhos novos, odres novos. A novidade do Evangelho. O que ele nos traz? Alegria e novidade. Esses doutores da lei estavam fechados em seus mandamentos, em suas prescrições. São Paulo, falando deles, nos diz que antes da fé – ou seja, de Jesus – todos nós estávamos protegidos como prisioneiros sob a lei. A lei dessas pessoas não era má: protegidos, mas prisioneiros, à espera que chegasse a fé. Aquela fé que teria sido revelada, no próprio Jesus.
O povo, observou o Papa, “tinha a lei dada por Moisés” e também muitos destes “hábitos e pequenas leis” que os doutores tinham codificado. “A lei – comentou o Papa – os protegia, mas como prisioneiros! E eles estavam à espera da liberdade, da definitiva liberdade que Deus teria dado a seu povo com seu Filho”. A novidade do Evangelho, portanto, é esta: “resgatar da lei”:

Alguém de vocês pode me perguntar: ‘Os cristãos não têm lei?’ Sim! Jesus disse: “Eu não venho mudar a lei, mas levá-la à sua plenitude”. A plenitude da lei são, por exemplo, as Bem-aventuranças, a lei do amor, do amor total como o que Ele, Jesus, nos amou. Quando Jesus repreende os doutores da lei, o faz porque não protegeram o povo com a lei, mas o escravizaram com tantas leis pequenas, pequenas coisas”.

“Coisas que tinham que fazer – acrescentou – sem a liberdade trazida por Ele com a nova lei, a lei que Ele estabeleceu com o seu sangue”. “Esta é a novidade do Evangelho, que é festa, é alegria, é liberdade”, disse. ”Isto, destacou, é o que Jesus quer nos dizer: ‘Sim às novidades, aos vinhos novos, aos odres novos. Não tenham medo de mudar as coisas segundo a lei do Evangelho’”:

Paulo distingue bem: filhos da lei e filhos da fé. A vinhos novos, novos odres; e por isso, a Igreja nos pede, a todos nós, algumas mudanças. Pede-nos que deixemos de lado as estruturas decrépitas: são inúteis! E usemos os odres novos, os do Evangelho. Não se pode entender a mentalidade destes doutores da lei, destes teólogos fariseus: não se pode entender a sua mentalidade com o espírito do Evangelho, são coisas diferentes. O estilo do Evangelho leva à plenitude da lei, sim, mas de um modo novo: é o vinho novo em odres novos”.

“O Evangelho – disse ainda Francisco – é novidade! O Evangelho é festa, e só se pode vivê-lo plenamente em um coração alegre e renovado! Que o Senhor nos dê a graça de observar esta lei, disse o Papa, no mandamento do amor, nos mandamentos que provêm das Bem-aventuranças”. “Que o Senhor nos dê a graça de ‘não permanecermos prisioneiros’, mas também a graça ‘da alegria e da liberdade que nos traz a novidade do Evangelho’”.
(BF/CM)



Texto proveniente da página http://pt.radiovaticana.va

Papa recebe Presidente do Panamá: no centro dos colóquios, o combate à pobreza

2014-09-05




Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco recebeu em audiência na manhã desta sexta-feira, no Vaticano, o presidente da República do Panamá, Juan Carlos Varela Rodríguez, que em seguida foi recebido pelo Cardeal Secretário de Estado, Pietro Parolin, e pelo Secretário das Relações com os Estados, Dom Dominique Mamberti.

Segundo comunicado da Sala de Imprensa da Santa Se, "durante os colóquios, que se realizaram num clima de cordialidade, se detiveram sobre a colaboração entre a Igreja e o Estado no enfrentamento de algumas problemáticas sociais, de modo particular, atinentes à juventude, aos pobres e aos mais vulneráveis".

Por fim, "mencionaram várias questões regionais na perspectiva do VII Encontro de Cúpula das Américas, a realizar-se proximamente, bem como algumas problemáticas internacionais, destacando o empenho do país em favor da construção da paz". (RL)



Texto proveniente da página http://pt.radiovaticana.va

Papa Francisco pede rapidez nos casos de nulidade de casamentos

Em mensagem a juízes eclesiásticos, o Papa Francisco pediu que “não se atrasem em dar uma resposta aos casais que pedem a nulidade"


Em uma mensagem enviada a 300 juízes dos tribunais eclesiásticos da América Latina, encarregados de administrar a justiça interna da Igreja, o Papa Francisco lhes pede que “não se atrasem em dar uma resposta aos casais que pedem a nulidade do seu matrimônio não válido”.

Assim o informou em 25 de agosto o portal Análise Digital, do Arcebispado de Madri (Espanha). A Igreja, assinala o portal, admite que o “sim, quero” que os noivos dão diante do altar pode estar viciado por alguma causa que torna o sacramento inválido. Para demonstrar essa invalidez, a lei eclesiástica prevê um processo que não deveria durar mais de ano e meio embora muitos costumem demorar cerca de 10 anos.

O pedido de mais celeridade nos processos de nulidade do matrimônio foi transmitido pelas máximas autoridades da Rota Romana faz alguns dias na Universidade Católica Argentina (UCA) onde se realizou um curso de atualização sobre o matrimônio.

De Roma chegou o decano desse tribunal, o italiano Pio Vito Pinto, e dois auditores, o espanhol Alejandro Arellano Cedillo e o argentino Alejandro Bunge, que até maio do ano passado foi decano da Faculdade de Direito Canônico da UCA.

No caso da Argentina, a Conferência Episcopal disse que entre 2003 e 2013 ingressaram 1926 pedidos de nulidade no Tribunal eclesiástico nacional, dos quais 88 por cento (1.689) recebeu resposta favorável. Quer dizer que, analisados os fundamentos e as provas apresentados em duas instâncias, dois tribunais diferentes coincidiram em que o sacramento em questão “nunca existiu” ou “foi inválido”. Do resto, os casos que não tiveram duas sentenças não se sabem como terminaram. A apelação à Rota Romana, terceira instância, é opcional e a causa não volta para o país.

Esta quantidade de pedidos de nulidade “em proporção à de casais que celebraram o casamento na Igreja e depois se separaram é muito baixa”, afirma no jornal “La Nación” o Pe. Mauricio Landra, atual decano da Faculdade de Direito Canônico da UCA, embora tenha esclarecido que “nem todos os casamentos celebrados que não puderam ser vividos são inválidos”. O sacerdote convida a que “se houver uma separação sem horizonte de reconciliação é preciso perguntar-se se esse sacramento foi válido ou não”.

Segundo Análise Digital, no Sínodo sobre a Família que começará em outubro próximo, poderiam ser analisadas propostas para abreviar os prazos do procedimento judicial das nulidades. Uma delas é a eliminação da segunda instância. Entre as sugestões dadas no curso na UCA se repetiu a necessidade de buscar a justiça sem esquecer a caridade e misericórdia no trato com aqueles que perguntam à Igreja se seu matrimônio foi válido ou não.

Fonte: ACI digital 

Dai-me alguém para amar

        Quando tiver um aborrecimento,daí – me alguém que necessite de consolo;quando minha cruz parecer pesada,daí – me compartilhar a  cruz do outro;quando me achar pobre,pote ao meu lado alguém necessitado.

        Quando não tiver tempo,daí – me alguém que precise de alguns dos meus minutos;quando sofrer humilhação daí- me ocasião para elogiar  alguém;quando estiver desanimado(a),daí – me alguém para lhe dar novo ânimo.

        Quando sentir necessitada da compreensão dos outros,daí – me alguém que necessite da minha;quando sentir necessidade de que cuidem de mim,daí – me alguém que eu tenha de atender;  quando pensar em mim mesmo(a),voltai minha atenção para outra pessoa.

        Tornai –nos dignos,SENHOR,de servir  nossos irmãos que vivem e morrem pobres e com fome no mundo de hoje.

        Dar-lhes através de nossas mãos,o pão de cada dia,e daí-lhes graças ao nosso AMOR  compassivo,e paz e alegria.

*Beata  Tereza  de Calcutá

Fonte: Internet 

05/09 – Beata Teresa de Calcultá


madre-teresa-de-calcutaAgnes Gouxha Bojaxhiu, a Madre Teresa de Calcutá, nasceu no dia 27 de agosto de 1910, em Skopje, Iugoslávia, de pais albaneses. Seus pais, Nicolau e Rosa, tiveram três filhos. Na época escolar, Agnes tornou-se membro de uma associação católica para crianças, a Congregação Mariana, onde cresceu em ambiente cristão. Aos doze anos já estava convencida de sua vocação religiosa, atraída pela obra dos missionários. Agnes pediu para ingressar na Congregação das Irmãs de Loreto, que trabalhavam como missionárias em sua região. Logo foi encaminhada para a Abadia de Loreto, na Irlanda, onde aprenderia o inglês e depois seria enviada à Índia, a fim de iniciar seu noviciado. Feitos os votos, adotara o nome Teresa em homenagem à carmelita francesa, Teresa de Lisieux, padroeira dos missionário Primeiramente a Irmã Teresa foi incumbida de ensinar história e geografia no colégio da congregação, em Calcutá. Essa atividade exerceu por dezessete anos. Cercada de crianças, filhas das melhores famílias de Calcutá, impressionava-se com o que via quando saia à rua: pobreza generalizada, crianças e velhos moribundos e abandonados, pessoas doentes sem a quem recorrer. O dia 10 de setembro de 1946 ficou marcado na sua vida como o “dia da inspiração”. Numa viagem de trem ao noviciado do Himalaia, percebe que deveria dedicar toda a sua existência aos mais pobres e excluídos, deixando o conforto do colégio da congregação. E assim ela fez. Irmã Teresa tomou algumas aulas de enfermagem, que julgava útil a seu plano e misturou-se aos pobres, primeiro na cidade de Motijhil. A princípio ela juntou cinco crianças de um bairro miserável e passou a dar-lhes escola. Passados dez dias já se somavam cinqüenta crianças. O seu trabalho começou a ficar conhecido e a solidariedade do povo operava em seu favor, com donativos e trabalho voluntário. Para Irmã Teresa, o trabalho deveria continuar a dar frutos sem depender apenas das doações e dos voluntários. Seria necessário às suas companheiras que tivessem o espírito de vida religiosa e consagrada. Logo, uma a uma ouviram o chamado de Deus para se entregarem ao serviço dos mais pobres. Nascia a Congregação das Missionárias da Caridade, com seu estatuto aprovado em 1950. E ela se tornou Madre Teresa, a superiora. As missionárias saíram às ruas e passaram a recolher doentes de toda a espécie. Para as irmãs missionárias, cada doente, cada corpo chagado, representava a figura de Cristo, e sua ajuda humanitária era a mais doce das tarefas. Somente com essa filosofia é que as corajosas irmãs poderiam tratar doentes de lepra, elefantíase, gangrena, cujos corpos, em putrefação, eram imagens horrendas que exalavam odores intoleráveis. Todos eles tinham lugar, comida, higiene e um recanto para repousar junto às missionárias. Reconhecido universalmente, o trabalho de Madre Teresa rendeu-lhe um prêmio Nobel da Paz, em 1979. Este fora um dos muitos prêmios recebidos pela religiosa devido ao seu trabalho humanitário. Neste período sua obra já havia se espalhado pela Ásia, Europa, África, Oceania e Américas. No dia 05 de setembro de 1997, Madre Teresa veio a falecer, na Índia. A comoção foi mundial. Uma fila de quilômetros formou-se durante dias a fio, diante da igreja de São Tomé, em Calcutá, onde o seu corpo estava sendo velado. Ao fim de uma semana o corpo da Madre foi trasladado ao Estádio Netaji, onde o cardeal Ângelo Sodano, Secretário de Estado do Vaticano, celebrou a Missa de corpo presente. Sete anos depois de sua morte, em 2003, quando o Papa João Paulo II, seu contemporâneo e amigo pessoal, comemorava o jubileu de prata do seu pontificado, ele beatificou Madre Teresa de Calcutá, reconhecida mundialmente como a “Mãe dos Pobres”. Nesta emocionante solenidade o Sumo Pontífice disse: “Segue viva em minha memória sua diminuta figura, dobrada por uma existência transcorrida a serviço dos mais pobres entre os mais pobres, porém sempre carregada de uma inesgotável energia interior: a energia do amor de Jesus Cristo”.

Fonte: Cleófas 

A sã Doutrina


bibliaEm suas cartas pastorais (1/2Tm, Tt), o Apóstolo refere-se a pregadores de falsas doutrinas que perturbavam as comunidades cristãs. Tratava-se de erros na fé. São Paulo os rejeita e quer advertir os seus fiéis recorrendo a uma imagem nunca dantes utilizada pelo Apóstolo: a heresia é gangrena (gangraina), ao passo que a reta fé é fator de saúde, é a sã doutrina: “Evita os palavrórios ímpios, pois tendem a disseminar sempre mais a impiedade. A palavra dos ímpios é como uma gangrena que corrói” (2Tm 2, 16s).
Gangrena é palavra que só ocorre em 2Tm 2,17 no epistolário paulino. A metáfora é muito enfática, pois gangrena vem a ser uma necrose de tecidos que tende a se propagar, contaminando sempre novas e novas células. Tal seria, conforme o Apóstolo, a perniciosidade das doutrinas errôneas; atingem toda a comunidade cristã, contagiando os membros sadios.
Observemos, aliás, que as três epístolas pastorais são caracterizadas pela imagem de saúde e doença da alma para designar respectivamente a reta doutrina e as heresias; ver 1Tm 6,4 (doença); Tt 1,15 (contaminação e infecção); 1Tm 4,2 (cauterização). Tal é a importância que o Apóstolo atribui à reta fé; é condição e fator de vigor espiritual; implica adesão à Palavra da Vida (cf. Jo 6,63). Ao contrário, a heresia (= escolha de uma ou algumas verdades da fé, e recusa de outras) é mortífera, portadora de necrose e putrefação!
Recorrendo a tais imagens, o Apóstolo, de certo modo, fazia eco a pensadores gregos clássicos: Platão (+ 348 a.C.), por exemplo, afirmava que a virtude é saúde da alma (República IV a.C.); Aristóteles (+ 322 a.C.) comparava os vícios a doenças (Ética a Nicômaco  III 7s); os Estóicos diziam que a arte de dominar as paixões é terapia. – Notemos, porém, que, para o Apóstolo, o mal não está apenas nos vícios morais; ele já existe quando alguém deturpa a verdade. Tal é o apreço que São Paulo – e, com ele, o Cristianismo – dedica à Verdade, especialmente à Verdade revelada por Deus ou à Verdade da fé. Pode-se acrescentar que a imagem persistiu na literatura cristã. Sim; no Apocalipse São João verifica que os adoradores da Besta são portadores de úlcera maligna e perniciosa (cf. Ap 16,2).
Como se vê, os escritores sagrados são veementes. – Sem dúvida, em nossos dias muitos são aqueles que não crêem ou professam Credos diversos, com sinceridade e candura. Não os julguemos. Importa, porém, tomar consciência do enorme valor que, segundo o Novo Testamento, tem a Palavra de Deus confiada aos Apóstolos, dos quais Pedro é o Chefe visível. Deturpar tal palavra significa ameaçar de gangrena e necrose a comunidade fiel.
Revista: “PERGUNTE E RESPONDEREMOS”
D. Estevão Bettencourt, osb.
Nº 363 – Ano 1992 – Pág. 337
Fonte: Cleofas 

4 de set. de 2014

Papa celebrará matrimônio de 20 casais da Diocese de Roma

2014-09-04




Cidade do Vaticano – Dirigindo-se aos recém-casados que acompanhavam a audiência geral de quarta-feira 03, na Praça São Pedro, o Papa Francisco os felicitou dizendo que são corajosos, porque “é preciso ter coragem para se casar hoje em dia”. “Esforcem-se para manter um contato vivo com Deus e para que o amor de vocês seja sempre mais verdadeiro e duradouro”, completou.

Como anunciado no calendário de suas atividades, na manhã de domingo, 14, durante a missa na Festividade da Exaltação da Santa Cruz, o Pontífice vai celebrar o casamento de 20 noivos da Diocese de Roma.

Será a primeira vez que o Papa Bergoglio celebrará matrimônios como Pontífice. Até hoje, apenas João Paulo II havia celebrado casamentos em público, por ocasião do primeiro Encontro Mundial das Famílias, organizado no Vaticano em outubro de 1994.

Em junho passado, na Casa Santa Marta, o Papa presidiu uma missa para casais que comemoravam núpcias, e na homilia, recordou as três pilastras indissolúveis de um autêntico matrimônio cristão: fidelidade, perseverança e fecundidade. Na ocasião, repreendeu também os casais cristãos “que não querem crianças” em nome da cultura do bem-estar, preferindo dar seu amor “a gatos ou cachorrinhos, partir para a descoberta do mundo, ou ainda, comprar uma mansão no campo”.

Em um encontro com um grupo de namorados e noivos, na Praça São Pedro, o Papa sugeriu a sua receita para que uma união não fracasse. “É simples: uma dose abundante de paciência, constância em ser gentil com o próprio cônjuge e usar algumas palavras ‘mágicas’ para a convivência: licença, obrigado, desculpa, por favor”. Para Francisco, não é importante apenas a duração do casamento, mas a sua qualidade: “Estar juntos e saber amar-se para sempre é o maior desafio dos casais cristãos”, disse.

Três semanas após o casamento ‘coletivo’ na Basílica de São Pedro, terá início o Sínodo dos Bispos sobre a Família, cujo título será: “Os desafios pastorais da família no contexto da evangelização”. A 3ª Assembleia Geral Extraordinária do Sínodo será no Vaticano, de 5 a 19 de outubro.

Na Assembleia, serão reunidas as propostas recebidas de dioceses, comunidades, paróquias, associações e movimentos de todo o mundo, enquanto em 2015, haverá uma nova Assembleia do Sínodo, de caráter deliberativo, que definirá as linhas de ação pastoral.
(CM)



Texto proveniente da página http://pt.radiovaticana.va

Francisco: "O pecado é o lugar privilegiado de encontro com Cristo"

 2014-09-04 




Cidade do Vaticano (RV) – “A força da vida cristã está no encontro de nossos pecados com Cristo que nos salva. Quando não há este encontro, as Igrejas são decadentes e os cristãos ‘mornos’”: Estas foram as palavras do Papa na manhã desta quinta-feira, 04, na missa presidida na Casa Santa Marta. Francisco baseou sua homilia na passagem de Lucas que narra a vocação dos discípulos e a pesca milagrosa de Pedro, e na 1ª Carta de São Paulo:

“Pedro e Paulo nos fazem entender que os cristãos podem se envaidecer por duas coisas: seus pecados e Cristo crucificado”. A respeito da força transformadora da Palavra de Deus, o Pontífice lembrou que Paulo, na primeira Carta aos Coríntios, convida aqueles que se julgam sábios a “tornarem-se loucos para serem sábios, pois a sabedoria deste mundo é loucura diante de Deus”:
Paulo nos diz que a força da Palavra de Deus, aquela que transforma o coração e muda o mundo, que nos dá esperança e nos dá a vida, não está na sabedoria humana; não está em belas palavras ou na inteligência do homem, não! Isto é loucura, diz ele. A força da Palavra de Deus provém de outro lugar; passa pelo coração do pregador. É por isso que Paulo diz aos pregadores: ‘Tornem-se loucos’, ou seja, não coloquem sua segurança em sua sabedoria”.

O apóstolo Paulo não se enaltecia por seus estudos. Ele havia estudado com os professores mais importantes de sua época, mas se vangloriava de apenas duas coisas:

“’Vanglorio-me de meus pecados’. Isto escandaliza. E depois, diz ‘Vanglorio-me em Cristo crucificado’”. “A força da Palavra de Deus está naquele encontro entre os pecados e o sangue de Cristo, que salva. E quando não se realiza este encontro, não existe força no coração. Quando esquecemos este encontro, nos tornamos mundanos, começamos a falar das coisas de Deus com uma linguagem humana, e isto não é útil, não dá vida”.

Pedro – no Evangelho da pesca milagrosa – faz a experiência de encontrar Cristo olhando ao próprio pecado: vê a força de Jesus e vê a si mesmo. Atira-se aos seus pés e diz: “Senhor, afasta-te de mim porque sou um pecador”. Neste encontro entre Cristo e os pecados está a salvação:

O lugar privilegiado para o encontro com Jesus Cristo são os nossos pecados. Quando o cristão não é capaz de se sentir um pecador, salvo pelo sangue de Cristo, Crucificado, ele se torna um ‘meio-cristão’, um ‘cristão morno’. E quando encontramos Igrejas decadentes, paróquias decadentes, instituições decadentes, quer dizer que certamente os cristãos que estão ali nunca encontraram Jesus Cristo ou se esqueceram de seu encontro com Ele. A força da Palavra de Deus e da vida cristã reside naquele preciso momento, em que eu, pecador, encontro Jesus Cristo, e aquele encontro transforma a minha a vida e dá a força de anunciar aos outros a salvação”.

Terminando, o Papa convidou os fiéis a questionarem-se: “Somos capazes de dizer ao Senhor: ‘sou pecador?’ e confessar concretamente o pecado? Somos capazes de crer que Ele, com o Seu Sangue, me salvou do pecado e me deu uma vida nova? Tenho confiança em Cristo?”.
(CM)



Texto proveniente da página http://pt.radiovaticana.va

04 SET Santa Rosália, levava uma vida de penitência

Santa RosáliaNascida em Palermo em 1130, viveu por alguns anos na corte de Rogério II, rei da Sicília, sendo seu pai Sinibaldo, descendente de Carlos Magno.
Quando tinha quatorze anos, a Santíssima Virgem apareceu-lhe e aconselhou-a a deixar o mundo. Rosália foi então viver numa gruta no monte Quisquita durante alguns meses e depois foi para o cimo do monte Pellegrino onde acabou por escolher este lugar até o fim de sua vida como lugar de retiro, pela áspera solidão que ofereciam seus penhascos rochosos inclinando sobre o mar azul.
Durante seus últimos dezesseis anos de vida, Rosália levou uma vida de dura penitência sendo alimentada miraculosamente pela Eucaristia. Morreu no ano de 1160, com a idade de 30 anos.
No Século XVII foi encontrado os restos mortais de Santa Rosália, mas, os ossos, recolhidos em uma gruta escavada entre as rochas, não traziam inscrição. O Arcebispo de Palermo, D. Giannetino Doria, constituiu uma comissão de peritos, composta de médicos e teólogos, que, em 11 de fevereiro de 1625, se pronunciou pela autenticidade das relíquias.
Isso reacendeu a devoção popular. Inseriu o nome da santa no Martirológio Romano em 15 de julho e em 4 de setembro.
Em 25 de agosto de 1624, quarenta dias após a descoberta dos ossos, dois pedreiros, enquanto executavam trabalhos junto ao convento dos dominicanos de Santo Estêvão de Quisquina, acharam, numa gruta, uma inscrição latina, muito rudimentar, que dizia: “Eu, Rosália Sinibaldi, filha das rosas do Senhor, pelo amor de meu Senhor Jesus Cristo, decidi morar nesta gruta de Quisquina.” Confirmando, assim, as tradições orais da época.
Santa Rosália, rogai por nós!

Canção Nova 

Quem governa o trem da sua vida?

O comandante é o personagem principal nas viagens. Sem ele a viagem é arriscada, mesmo que o trem seja moderno.
Nos trilhos, ele cumpre o seu papel, e cada vagão é uma parte do todo. Percorrendo muitos quilômetros, o trem vai descortinando novos horizontes e revelando novos olhares a antigos e novos passageiros. Quem já viajou de trem sabe que cada viagem é diferente uma da outra. Há sempre novas surpresas a serem descobertas. O caminho pode até ser o mesmo, mas o olhar sobre o percurso é sempre renovado.
Quem governa o trem da sua vida 940x500
O comandante é o personagem principal nas viagens. Sem ele a viagem é arriscada, mesmo que o trem seja moderno. É ele quem direciona a comitiva e mantém em segurança os passageiros. A confiança é tão importante como a segurança oferecida. Fé é a confiança silenciosa nas mãos de quem guia nossa vida, com segurança, nos caminhos escuros das noites sem luar.
No trem da vida todos somos passageiros. Talvez até andemos pelos mesmos caminhos que outras pessoas já estejam trilhando, porém, o modo como vemos a vida é sempre diferente de outros olhares. Uma mesma paisagem sempre será vista com um olhar diferenciado. A beleza do viver está nos olhos de quem descobriu que a vida é o canteiro mais belo para semear as flores da eternidade. Há quem olhe pela janela do trem da vida e veja simplesmente um riacho. Outros olharão a vida que corre e passa por inúmeras barreiras para seguir o seu curso normal. A ponte que une os dois lados de um mesmo território será sempre superior ao muro que separa as fronteiras do amor e da paz.
Assim é a vida, uma nova descoberta a cada experiência. Trilhamos caminhos parecidos, no entanto, somos únicos. No teatro da vida, somos os protagonistas da mais bela peça criada pelo Autor da nossa história. Talvez essa seja a maior riqueza de nossas experiências: interpretar o papel principal de nossa existência. Na diferença do resultado que somos, aprendemos que a soma é mais importante que a subtração e que partilhar tem o mesmo valor de multiplicar.Somando alegrias e multiplicando a esperança, conseguimos dividir o amor com cada companheiro de viagem.
Cada vagão, uma vida; cada vida, uma história que compõe a mais bela sinfonia do universo. Cada estação nos trilhos da nossa história não significa um ponto de chegada, mas de partida. É no começo que descobrimos que não existe ponto final, mas sim parágrafos de frases inéditas, que nascem do coração de Deus em nós. Sempre estamos a caminho e, nesse processo de percorrer e descobrir novas estações, outros passageiros embarcam conosco na aventura de construir o céu no cotidiano de nossa vida.
No trem, somos um vagão carregado de bagagens. Nas malas de nossas experiências se encontram roupas velhas, desgastadas pela dor de antigas culpas. Mas também trazemos em nossas bagagens roupas novas de alegrias e sonhos que tornam nossas malas mais bonitas e leves. Não importa se ela é grande ou pequena, o que importa é o que faremos com o que pesa nelas.
Trilhar o caminho da vida nem sempre é fácil. Por vezes, perdemos o horário da partida e nos desesperamos sozinhos em mais uma estação de lágrimas. É triste olhar ao longe e ver que a viagem de esperanças tão sonhadas foi embora e nos deixou sozinhos aguardando o próximo horário que insiste em não chegar. Mas o trem sempre volta e é preciso não perder a oportunidade de embarcar nas oportunidades com as quais Deus nos presenteia.
Cada caminho é sempre novo para quem se dá a chance de olhar a vida com novos olhos. Só é novo aquilo que não mais é visto a partir das trevas da noite que passou.
Deus é quem comanda o trem que nos carrega pelos trilhos de nossa alma. A cada nova estação de nossas experiências alegres ou tristes, Ele nos convida a percorrer um novo caminho ao Seu lado. Nem sempre é fácil recomeçar quando nos acostumamos a olhar o trem que passava e não tínhamos coragem de dar o primeiro passo para fazer a mais bela viagem de nossa existência.
Na segurança do trem do amor, somos passageiros com destino à felicidade sem fim. No comando do trem da vida está Aquele que faz de cada estação de lágrimas o ponto de partida para novos tempos que nascem de novos sonhos e esperanças. É na soma do vagão de nossas possibilidades que juntos formaremos o trem de uma nova humanidade que percorrerá os mais belos caminhos da paz e da solidariedade. Em Deus descobrimos que o ponto de chegada é apenas o início de uma bela viagem que se chama amor.
Por Pe Flávio Sobreiro
Fonte CN  

 


Deus castiga?

Muitos dizem que o Deus do Antigo Testamento foi sanguinário e irado. Atribuem a Deus uma espécie de esquizofrenia ao tentarem contrapor o Deus do Novo Testamento com o do Antigo. Como se houvesse uma alteração em Sua personalidade, de repente, o Deus sanguinário se tornou o Deus misericordioso. Não! Deus não muda. Ele é perfeito desde toda eternidade. É o mesmo Deus que se apresenta, ora com sua face irada e ciumenta, ora com sua face misericordiosa e salvífica. O que inicialmente pode parecer contraditório está em perfeita sintonia com toda a história da salvação. A verdade é que SIM, Deus castiga. E o faz, não porque seja um Deus mau, pelo contrário, é justamente por ser um Deus de amor que corrige os seus filhos. A questão a ser entendida é em que consiste a correção divina.

O grande doutor da Igreja, Santo Tomás de Aquino, em sua famosa obra Suma Teológica, ao falar sobre a vingança explica o que significa o castigo divino. Para ele, a vingança tem uma conotação diversa daquela que é compreendida atualmente, enquanto, na linguagem moderna vingança representa um ato de fúria contra alguém que nos faça o mal, para Santo Tomás, adaptando para a nossa linguagem, trata-se de um castigo infligido para a conversão de um pecador.

Sabemos que Deus ama o homem e quer salvá-lo (conf. Jo 3,16), assim, como um pai amoroso, permite o sofrimento para que o filho se volte para Ele, pois nisto consiste a salvação. São inúmeros os casos de conversão ocorridas após um grande sofrimento, perda ou doença. É verdade também que Deus procura atrair o homem com vínculos humanos de amor, mas nem sempre funciona, nem sempre a linguagem do carinho é entendida e, nesses casos, é preciso que o reto caminho seja ensinado por meio da disciplina.

Santo Tomás afirma que Deus administra a questão do sofrimento da humanidade quase da mesma forma que o homem administra um sistema penal, ou seja, penalizando as pessoas primeiro para que se convertam e segundo para evitar dificuldades na sociedade. Para ele, o que justifica o castigo é a intenção.

"A vingança se consuma quando se inflige ao pecador um mal de pena. Por conseguinte, na vingança deve-se levar em conta o ânimo daquele que a exerce. Porque se a intenção dele recai principalmente sobre o mal daquele de quem se está vingando, e nisto se compraz, então isto é absolutamente ilícito, porque o fato de se comprazer com o mal de outrem é da ordem do ódio, que repugna à caridade, pela qual devemos amar todos os homens. E ninguém se desculpa alegando querer o mal daquele que injustamente lhe fez mal; da mesma forma que ninguém se desculpa de odiar aqueles que o odeiam." (Suma Teológica II-II, q. 108, a. 1)
Portanto, é lícito castigar desde que a intenção seja para salvar o transgressor, para corrigir o transviado e converter o pecador, mas  nunca motivado pelo ódio irracional que deseja a destruição e a morte.

No caso das correções divinas, porque Deus é Sumo Bem, sabemos que tudo o que Ele faz concorre para o bem de seus filhos. É necessário enxergar nas desventuras da própria vida o cuidado e o amor de Deus, enxergar que a Sua misericórdia muitas vezes se manifesta em forma de correção. Isso ocorre por motivos simples, mas contundentes: Ele ama seus filhos e quer o bem e a salvação de todos.


https://padrepauloricardo.org

3 de set. de 2014

Papa: "Não somos órfãos, a Igreja é nossa mãe!"

 2014-09-03 




 
Cidade do Vaticano (RV) – Milhares de fiéis e peregrinos estiveram presentes na Praça São Pedro na manhã de céu azul e temperatura amena desta quarta-feira, para participar da Audiência Geral com o Papa Francisco. Na sua catequese, o Santo Padre voltou a meditar sobre a ‘Igreja como mãe’, que tem por modelo a Virgem Maria, ‘o modelo mais belo e alto que possa existir’. Ao dirigir-se aos peregrinos de língua portuguesa presentes na Praça, ao final do tradicional encontro, o Papa saudou a Família Franciscana do Brasil.

A maternidade da Igreja – disse o Papa – coloca-se em continuidade com a maternidade de Maria, como seu prolongamento na história. “A Igreja, na fecundidade do Espírito, continua a gerar novos filhos em Cristo, sempre na escuta da Palavra de Deus e na docilidade ao seu desígnio de amor”. Isto nos faz compreender quão profunda é a relação que une Maria à Igreja:

“Olhando Maria, descobrimos a face mais bela e terna da Igreja. Olhando para a Igreja, reconhecemos os traços sublimes de Maria. Mas nós, cristãos, não somos órfãos. Nós temos uma mãe. Temos mãe. E isto é grandioso! Não somos órfãos. A Igreja é mãe. Maria é mãe”.
A Igreja é nossa mãe, porque nos gerou no Batismo – disse o Santo Padre - e desde então faz-nos crescer na fé, indicando-nos, com a força da Palavra de Deus, o caminho da salvação. Neste serviço de evangelização, manifesta-se de modo peculiar a maternidade da Igreja, que aparece como uma mãe preocupada em dar aos seus filhos o alimento espiritual que nutre e faz frutificar a vida cristã. Por isso, todos somos chamados a acolher, de coração e mente abertos, a Palavra de Deus que a Igreja nos propõe cada dia, porque esta Palavra tem a força de nos transformar, de nos mudar por dentro e tornar a nossa humanidade palpitante de vida, não segundo a carne, mas segundo o Espírito:

Somente a Palavra de Deus tem esta capacidade, de nos transformar no mais profundo. A Palavra de Deus tem este poder. E quem nos dá a Palavra de Deus? A Mãe Igreja. Nos amamenta desde pequenos com esta Palavra. Nos ensina toda a vida com esta palavra. E isto é grandioso. É justamente a Mãe Igreja, que com a Palavra de Deus, nos transforma por dentro”.

Iluminados pela luz do Evangelho e sustentados pela graça dos Sacramentos, especialmente a Eucaristia, podemos orientar para o bem as nossas opções de vida. A Igreja sabe – afirmou o Papa Francisco - com a coragem de uma mãe, defender os seus filhos dos perigos; para isso, exorta-os a estarem vigilantes contra o engano e a sedução de satanás:


“A Igreja tem a coragem de uma mãe que sabe ter o dever de defender os próprios filhos dos perigos que derivam da presença de satanás no mundo, para levá-los ao encontro com Jesus. Uma mãe sempre defende os seus filhos. Esta defesa consiste também em exortar à vigilância: vigiar contra o engano e a sedução do maligno. Porque mesmo que Deus tenha vencido satanás, ele sempre volta com as suas tentações, como um leão que ruge ao nosso redor, procurando nos devorar”.
A Igreja é uma mãe que tem a peito o bem dos seus filhos. Mas nunca devemos esquecer que a Igreja somos nós, todos os batizados:

“Não devemos esquecer que a Igreja somos todos nós, não somente os sacerdotes ou nós, bispos, mas somos todos. A Igreja somos todos nós. E todos somos filhos, mas também mães de outros cristãos. Todos os batizados, homens e mulheres juntos. Quantas vezes na nossa vida não damos testemunho desta maternidade da Igreja, desta coragem materna da Igreja!".

O Papa concluiu, pedindo a Maria "que nos ensine a imitar a sua solicitude pelo bem dos nossos irmãos, com a capacidade sincera de acolher, perdoar e infundir coragem e esperança".

Ao saudar os peregrinos de língua italiana, Francisco expressou “profunda preocupação pela grave situação que estão vivendo as famílias de Terni (ndr - Itália), em função dos projetos da empresa Thyssenkrupp”. E dirigiu um apelo para que “não prevaleça a lógica do lucro, mas o da solidariedade e da justiça”. E nas questões trabalhistas – reiterou - a pessoa e a sua dignidade “devem ocupar o primeiro lugar”. (JE)



Texto proveniente da página http://pt.radiovaticana.va

O Papa aos cristãos perseguidos: "a Igreja se orgulha de vocês"

2014-09-03 

 
Cidade do Vaticano (RV) – Durante a Audiência Geral desta quarta-feira, o Papa Francisco dirigiu “cordiais boas-vindas aos peregrinos de língua árabe, em particular, aos provenientes do Iraque”. Eis as suas palavras:

A Igreja é Mãe e como todas as mães sabe acompanhar o filho necessitado, levantar o filho caído, cuidar do doente, buscar o perdido e despertar aquele que dorme e também defender os filhos indefesos e perseguidos. Hoje gostaria de assegurar, especialmente nestes dias, aos indefesos e aos perseguidos, proximidade: vocês estão no coração da Igreja; a Igreja sofre com vocês e a Igreja é orgulhosa de vocês, orgulhosa de ter filhos como vocês; vocês são a força e o testemunho concreto e autêntico da sua mensagem de salvação, de perdão e de amor. Abraço-vos a todos, todos! Que o Senhor vos abençoe e vos proteja!”. (JE)



Texto proveniente da página http://pt.radiovaticana.va

Como a Bíblia foi escrita?


A-palavra-de-Deus-é-viva-01Os textos da Bíblia começaram a ser escritos desde os tempos anteriores a Moisés (1200 a.C.). Escrever era uma arte rara e cara, pois se escrevia em tábuas de madeira, papiro, pergaminho (couro de carneiro). Moisés foi o primeiro codificador das leis e tradições orais e escritas de Israel. Essas tradições foram crescendo aos poucos por outros escritores no decorrer dos séculos, sem que houvesse uma catalogação rigorosa das mesmas. Assim foi se formando a literatura sagrada de Israel.
Até o século XVIII d.C., admitia-se que Moisés tinha escrito o Pentateuco (Gen, Ex, Lev, Nm, Dt); mas, nos últimos séculos, os estudos mais apurados mostraram que não deve ter sido Moisés o autor de toda esta obra. A teoria que a Igreja Católica aceita é a seguinte:
O povo de Israel, desde que Deus chamou Abrão de Ur na Caldéia, foi formando a sua tradição histórica e jurídica. Moisés deve ter sido quem fez a primeira codificação das Leis de Israel, por ordem de Deus, no séc. XIII a.C. Após Moisés, o bloco de tradições foi enriquecido com novas leis devido às mudanças históricas e sociais de Israel.
A partir de Salomão (972-932), passou a existir na corte dos reis, tanto de Judá quanto da Samaria (reino cismático desde 930 a.C.) um grupo de escritores que zelavam pelas tradições de Israel, eram os escribas e sacerdotes. Do seu trabalho surgiram quatro coleções de narrativas históricas que deram origem ao Pentateuco:
1. Coleção ou código Javista (J), onde predomina o nome Javé. Tem estilo simbolista, dramático e vivo; mostra Deus muito perto do homem. Teve origem no reino de Judá com Salomão (972-932).
2. O código Eloista (E), predomina o nome Elohim (=Deus). Foi redigido entre 850 e 750 a.C. , no reino cismático da Samaria. Não usa tanto o antropomorfismo (representa Deus à semelhança do homem) do código Javista.
Quando houve a queda do reino da Samaria, em 722 para os Assírios, o código E foi levado para o reino de Judá, onde houve a fusão com o código J, dando origem a um código JE.
3. O código (D) — Deuteronômio (= repetição da Lei, em grego). Acredita-se que teve origem nos santuários do reino cismático da Samaria (Siquém, Betel, Dã,…) repetindo a lei que se obedecia antes da separação das tribos. Após a queda da Samaria (722) este código deve ter sido levado para o reino de Judá, e tudo indica que tenha ficado guardado no Templo até o reinado de Josias (640-609 a.C.), como se vê em 2Rs 22. O código D sofreu modificações e a sua redação final é do século V a.C., quando, então, na íntegra, foi anexado à Torá. No Deuteronômio se observa cinco “deuteronômios” (repetição da lei). A característica forte do Deuteronômio é o estilo forte que lembra as exortações e pregações dos sacerdotes ao povo.
4. O código Sacerdotal (P) — provavelmente os sacerdotes judeus durante o exílio da Babilônia (587-537 a.C.) tenham redigido as tradições de Israel para animar o povo no exílio. Este código contém dados cronológicos e tabelas genealógicas, ligando o povo do cpa_escola_da_fe_iiexílio aos Patriarcas, para mostrar-lhes que fora o próprio Deus quem escolheu Israel para ser uma nação sacerdotal (Ex 19,5s). O código P enfatiza o Templo, a Arca, o Tabernáculo, o ritual, a Aliança. Tudo indica que no século V a.C., um sacerdote, talvez Esdras, tenha fundido os códigos JE e P, colocando como apêndice o código D, formando assim o Pentateuco ou a Torá, como a temos hoje.
Os Livros que compõem a Bíblia católicaa
Vamos apresentar a composição da Bíblia católica, usada desde os Apóstolos, pelos Santos Padres, pelos santos Doutores, e por toda a Igreja. Ela é composta de 73 livros, contando Lamentações e Jeremias separados. São 46 Livros do Antigo Testamento e 27 do Novo Testamento.
A. Antigo Testamento
Das Origens aos Reis — 7 Livros:— Gênesis, Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio, Josué e Juízes.
Dos Reis de Israel e o Exílio — 7 Livros:— Rute, Samuel I, Samuel II, Reis I, Reis II, Crônicas I e Crônicas II.
Fatos após o Exílio na Babilônia — 7 Livros: — Esdras, Neemias, Tobias, Judite, Ester, Macabeus I e Macabeus II.
Livros Sapienciais — Ensino e Oração — 7 Livros:— Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes, Cânticos, Eclesiástico (ou Sirac) e Sabedoria.
Profetas Maiores — Pregações — 6 Livros: — Isaías, Jeremias, Lamentações, Baruc, Ezequiel e Daniel.
Profetas Menores — 12 Livros: — Oséias, Joel, Amós, Abdias, Jonas, Miquéias, Naum,
Habacuc, Sofonias, Ageu, Zacarias, Malaquias.
B. Novo Testamento
Evangelhos e Atos dos Apóstolos — 5 Livros: — Mateus, Marcos, Lucas, João e Atos dos Apóstolos.
Cartas de São Paulo — 14 Livros: — Carta aos Romanos, Coríntios I e II, Gálatas, Efésios, Filipenses, Colossenses, Tessalonicenses I e II, Timóteo I e II, Tito, Filemon, Hebreus.
Cartas dos outros Apóstolos — 8 Livros:— Carta de Tiago, Pedro I e II, João I , II e III, Judas, Apocalipse.

03 SET São Gregório Magno, Papa e Doutor da Igreja

São Gregório MagnoHoje, celebramos a memória deste Magno (Grande) de Cristo: São Gregório I. Nascido em Roma no ano 540, numa família nobre que muito o motivou à vida pública.
Gregório (cujo nome significa “vigilante”), chegou a ser um ótimo prefeito de Roma, pois era desapegado dos próprios interesses devido sua constante renúncia de si mesmo. Atingido pela graça de Deus, São Gregório chegou a vender tudo o que tinha para auxiliar os pobres e a Igreja.
São Bento exercia forte influência na vida de Gregório, por isso, além de ajudar a construir muitos mosteiros, entrou para a vida religiosa do “Ora et Labora”.
Homem certo, no lugar certo, este foi Gregório que era alguém de senso de dever, de medida e dignidade. Além da intensa vida interior, bem percebida quando escreveu sobre o ‘ideal do pastor’:” O verdadeiro pastor das almas é puro em seu pensamento. Sabe aproximar-se de todos, com verdadeira caridade. Eleva-se acima de todos pela contemplação de Deus.”
Com a morte do Papa da época, São Gregório foi o escolhido para “sentar” na Cátedra de Pedro no ano de 590, e assim chefiar com segurança a Igreja num tempo em que o mundo romano passava para o mundo medieval.
São Gregório Magno, Papa e Doutor da Igreja que conquistou o Céu com 65 anos de idade (no ano 604), deixou marcas em todos os campos, valendo lembrar que na Liturgia há o Canto Gregoriano, o qual eleva os corações a Deus, fonte e autor de toda santidade.
São Gregório Magno, rogai por nós!

CANÇÃO NOVA 

Natividade de São João Batista: o maior dos profetas

A natividade de  São João Batista  é  uma solenidade muito importante no ano litúrgico, porque nesse dia lembramos o maior dos profetas, com...