22 de fev. de 2014

O que fazer quando os filhos se afastam de Deus?

Obrigar os filhos a praticar a religião não é o melhor caminho


Muitos pais se preocupam quando seus filhos adolescentes ou jovens assumem uma postura negativa diante de Deus, levando em consideração que todos receberam os valores religiosos no lar e, justamente quando conquistaram um pouco de autonomia, liberdade e razão, decidiram rejeitar tudo o que possa representar Deus.

Quando esta situação se apresenta nas famílias, alguns pais podem reagir de maneira coercitiva, obrigando seus filhos a ir à Missa ou participar das diversas atividades religiosas. Outros pais optarão por deixar que osfilhos se afastem e que voltem a se encontrar com Deus por conta própria.

Conscientes de que esta não é uma tarefa fácil, o importante é agir de maneira adequada, para impedir que esse afastamento vá crescendo, pois muitas vezes as reações dos pais vai criando mais distanciamento ainda nos filhos.

Antes de explicar o que fazer quando se dá esta problemática, devemos analisar alguns fatores determinantes:

A fé tem etapas

A fé também tem um ciclo natural na vida do ser humano. O Pe. Calixto o descreve assim: "Nossa vivência religiosa passa por quatro etapas: aquela fé da Primeira Comunhão; uma segunda, que vivemos durante a adolescência, repleta de incertezas, altos e baixos; a terceira, na qual a fé parece evaporar e morrer na vida adulta; e talvez uma quarta: a fé recobrada, quando ajudamos os filhos em sua religiosidade".

A rebeldia como característica própria da adolescência

Nesta etapa da vida, os seres humanos passam por uma fase de inconformismo e querem mudar seu statu quo. Muitas vezes, nem sequer sabem contra o que estão se rebelando, mas essa busca de identidade é seu foco, é o que os leva a desestabilizar tudo o que os cerca, inclusive seus pais. Há casos em que não se rebelam diante de Deus, mas sim dos seus pais, que se tornam para eles uma ameaça constante.

Entendendo este contexto, percebemos que a raiz do problema é a busca de identidade, e não necessariamente a rejeição de Deus.

Más influências

Uma pessoa próxima do nosso filho pode estar questionando a fé. Não nos esqueçamos de que, durante a adolescência, os amigos são as pessoas mais influentes na vida dos nossos filhos. E uma má amizade pode causar muito dano. Ao ver seu filho contestando a religião, é recomendável começar indagando sobre seus amigos, convidando-os à casa e tentando ter contato com suas famílias.

Ao confirmar que é este o problema, o melhor não é proibir tal amizade, e sim usar outras táticas mais sutis, que possam ir distanciando seu filho da pessoa inconveniente.

Controle extremo

Seus filhos já não são crianças e isso precisa ficar claro. Eles cresceram, podem raciocinar, fazer escolhas e têm poder de decisão, ainda que sejam imaturos. Quando exercemos um controle exagerado sobre eles, eles podem ficar contra nós. Nessa idade, já se supõe que os educamos nos valores e confiamos na educação que lhes demos. Portanto, não é aconselhável obrigá-los a nada nem impor a religião, porque certamente acabarão rejeitando-a.

O que fazer, então?

- Acompanhá-los, nunca deixá-los sozinhos. É preciso acompanhá-los neste processo.

- Nada de censuras e repreensões. Mesmo sabendo que eles estão errados, não é bom fazer comentários que os façam sentir-se mal. O tema de Deus não pode se tornar um pesadelo; o diálogo ameno e positivo dará melhores resultados.

- Exemplo e coerência. Nada educa mais que o exemplo. Precisamos ser coerentes com a Palavra de Deus e fazer que nossos atos estejam de acordo com o que professamos. Se nossos filhos nos veem tratando bem as pessoas, sendo honestos, respeitosos, responsáveis, pacientes, caridosos, amorosos, eles captarão a mensagem e acabarão aceitando os benefícios de ter Deus na vida.

- Falar-lhes positivamente de Deus, como um amigo, não como um castigador. Precisamos transmitir-lhes os ensinamentos de Deus de forma positiva, pois o Senhor ama todos nós e perdoa nossas falhas. Apresentemos Jesus como seu amigo, seu companheiro, seu protetor.

- Rezar pelos nossos filhos. Esta é a melhor coisa que podemos fazer, colocando-os nas mãos de Maria, para que voltem a se aproximar do Senhor.
sources: LaFamilia.info
Fonte: http://www.aleteia.org/

Consistório: "A Igreja precisa de artesãos da paz". Bento XVI presente à cerimônia.

2014-02-22


Cidade do Vaticano (RV) – O Colégio Cardinalício ganhou neste sábado 19 novos membros e o Brasil, mais um Cardeal: Dom Orani João Tempesta, Arcebispo do Rio de Janeiro.

O Consistório realizou-se na Basílica Vaticana, numa cerimônia rica não só de tradições e símbolos, mas também de uma surpresa inédita: a presença durante toda a celebração do predecessor de Francisco, Bento XVI. Depois da procissão de entrada, os dois Pontífices se abraçaram.

O primeiro dos novos purpurados, Pietro Parolin, Secretário de Estado, dirigiu em nome de todos os outros cardeais a saudação ao Pontífice. 

Diante dos novos e antigos membros do Colégio Cardinalício, de autoridades (como a Presidente do Brasil, Dilma Rousseff), delegações oficiais e inúmeros fiéis, o Pontífice inspirou toda a sua homilia no Evangelho de S. Marcos. Comentando a frase “Jesus ia à frente deles”, o Papa afirmou que também neste momento Jesus caminha diante de nós, Ele nos precede e nos abre o caminho. 

“Isto é uma coisa que impressiona nos Evangelhos: Jesus caminha muito e instrui os seus discípulos ao longo do caminho. Isto é importante. Jesus não veio para ensinar uma filosofia, uma ideologia... mas um «caminho», uma estrada que se deve percorrer com Ele.” 

A estrada, acrescentou, se aprende percorrendo-a, caminhando. “Esta é a nossa alegria: caminhar com Jesus.”

Mas isso não é fácil, não é cômodo, advertiu o Pontífice, pois a estrada que Jesus escolhe é a da cruz. Ao contrário dos discípulos de então, “nós sabemos que Jesus venceu e não deveríamos ter medo da cruz, ou melhor, na cruz depositamos a nossa esperança. E, contudo, sendo também nós humanos, pecadores, estamos sujeitos à tentação de pensar à maneira dos homens e não de Deus”.

E quando se pensa de maneira mundana, prosseguiu o Papa, há indignação. “Se prevalece a mentalidade do mundo, sobrevêm as rivalidades, as invejas, as facções.... Por isso, a Palavra que hoje o Senhor nos dirige é tão “saudável! Nos purifica interiormente, ilumina as nossas consciências e nos ajuda a nos sintonizar plenamente com Jesus, e a fazê-lo juntos, no momento em que o Colégio de Cardeais aumenta com o ingresso de novos membros”.

Outro gesto de Jesus é chamar os discípulos a Si. “Deixemo-nos ‘con-vocar’ por Ele”, disse o Papa dirigindo-se aos novos cardeais e acrescentando que a Igreja necessita deles, de sua colaboração, de sua coragem para anunciar o Evangelho, de sua oração e compaixão, “sobretudo neste momento de dor e de sofrimento em tantos países do mundo”.

Francisco expressou solidariedade às comunidades eclesiais e a todos os cristãos que sofrem discriminações e perseguições. “A Igreja necessita de nossa oração por eles, para que sejam fortes na fé e saibam reagir ao mal com o bem. E esta nossa oração estende-se a todo o homem e mulher que sofre injustiça por causa das suas convicções religiosas”.

Por fim, uma menção à paz e um convite à união: “A Igreja precisa de nós também como homens de paz, precisa que façamos a paz com as nossas obras, os nossos desejos, as nossas orações. Fazer a paz. Artesão da paz. Por isso invocamos a paz e a reconciliação para os povos que, nestes tempos, vivem provados pela violência e a guerra. Caminhemos juntos atrás do Senhor e deixemo-nos cada vez mais convocar por Ele, no meio do povo fiel, da Santa Mãe Igreja”.

Na sequência, houve um dos momentos mais característicos da cerimônia: o Santo Padre nomeou os Cardeais e anunciou a Ordem Presbiteral ou Diaconal que lhes foi atribuída. 

Os novos purpurados juraram fidelidade e obediência ao Santo Padre e aos seus sucessores, com a fórmula: “Prometo e juro permanecer, a partir de agora e para sempre enquanto tiver vida, fiel a Cristo e ao seu Evangelho, constantemente obediente à Santa Apostólica Igreja Romana”, diz um trecho. 

No momento da imposição do barrete, o Santo Padre lembrou aos cardeais que se trata de um símbolo de compromisso, de “estar prontos a agir com fortaleza, até à efusão do sangue, pelo aumento da fé cristã, pela paz e a tranquilidade do povo de Deus e para a liberdade e a propagação da Santa Igreja Romana”.

Cada cardeal, de acordo com a ordem da criação, se ajoelhou diante do Pontífice para receber o solidéu e o barrete vermelhos.

Por sua vez, a entrega do anel foi acompanhada pelas palavras: “Recebe o anel das mãos de Pedro e saiba que, com o amor do Príncipe dos Apóstolos, se reforça o teu amor para com a Igreja”.

O Santo Padre atribuiu a cada cardeal uma igreja em Roma, como um sinal de participação no cuidado pastoral do Papa na cidade. Ele entregou a bula de criação cardinalícia e o título correspondente a cada um, antes de trocar com o novo cardeal um abraço de paz.

Ao Card. Orani foi atribuída a Igreja Santa Maria Mãe da Providência, no bairro de Monteverde (parrocchiaprovvidenza.it)

A celebração se encerrou com o Pai-Nosso e a bênção apostólica, seguida da antífona mariana.



Texto proveniente da página http://pt.radiovaticana.va

Card. Orani: "Represento todo o Brasil"


 2014-02-22


Cidade do Vaticano (RV) – “Não represento só a mim mesmo, mas todo o Brasil”: este é o sentimento do recém-criado Cardeal, Orani João Tempesta, no Consistório desta manhã, na Basílica Vaticana, presidido pelo Papa Francisco.
Em entrevista a Silvonei José, o Cardeal Orani declarou: “Quando foi anunciado [Consistório], eu senti no Rio de Janeiro e no Brasil também que, de certa forma, todo mundo se sentiu nomeado junto comigo. Então eu trago o sentimento de quem não representa só a si mesmo, não só o Rio de Janeiro, mas muita gente no Brasil. Trago comigo muita gente que se sentiu agraciado com esse título e, é claro, alguém tem que representar este povo todo e coube a mim. Depois, uma grande responsabilidade, para a qual eu peço a Deus que me dê a capacidade de poder servir à Igreja e ao mundo, evidentemente a Igreja com sua responsabilidade mundial, para que possamos levar para frente esta grande missão”.

Clique acima para ouvir a voz do Cardeal.

Texto proveniente da página http://pt.radiovaticana.va


Composição do Colégio Cardinalício: 218 Cardeais, dos quais 10 brasileiros

 2014-02-22



Cidade do Vaticano (RV) – Com o Consistório convocado pelo Papa Francisco para a criação de 19 novos Cardeais - o primeiro de seu pontificado -, o Colégio Cardinalício fica composto por 218 Cardeais, dos quais 122 eleitores e 96 não eleitores.

O novos Cardeais são provenientes de 15 países: 4 da América do Norte e Central: Canadá, Nicarágua, Haiti e Antilhas: 3 da América do Sul: Argentina, Brasil e Chile; 2 da África: Costa do Marfim e Burkina Fasso; 2 da Ásia: Coréia e Filipinas.

Com a criação do novo Cardeal brasileiro, Dom Orani João Tempesta, arcebispo do Rio de Janeiro, o Brasil agora tem dez Cardeais:

1. Dom Cláudio Hummes, Prefeito emérito da Congregação para o Clero e Arcebispo emérito de São Paulo;
2. Dom Eusébio Oscar Scheid, Arcebispo emérito de São Sebastião do Rio de Janeiro;
3. Dom Geraldo Majella Agnelo, Arcebispo emérito de São Salvador da Bahia;
4. Dom João Braz de Aviz, Prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica;
5. Dom José Freire Falcão, Arcebispo emérito de Brasília;
6. Dom Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo;
7. Dom Paulo Evaristo Arns, arcebispo emérito de São Paulo;
8. Dom Raymundo Damasceno Assis, arcebispo de Aparecida;
9. Dom Serafim Fernandes de Araújo, Arcebispo emérito de Belo Horizonte;
10. Dom , Arcebispo do Rio de Janeiro.

Dom Orani, 63 anos, filho caçula de uma família descendente de italianos, nasceu em São José do Rio Pardo (SP). Ordenado sacerdote em 1974, tornou-se bispo de São José do Rio Preto (SP) em 1997 e arcebispo de Belém em 2004. Em 2009, foi escolhido pelo então papa Bento XVI como arcebispo do Rio de Janeiro, e anfitrião da Jornada Mundial da Juventude, em julho do ano passado. (MT)



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O afeto de Francisco pelo povo brasileiro. Com Dilma, Papa brinca sobre o vencedor da Copa.

2014-02-22


Cidade do Vaticano (RV) – Afeto e felicitações: a audiência do Papa a Presidente do Brasil, Dilma Rousseff, na noite desta sexta-feira, deu a oportunidade a Francisco de “manifestar mais uma vez seus sentimentos pelo povo brasileiro”.

Segundo uma nota do Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, o colóquio teve lugar por volta das 19h30, no estúdio da Sala Paulo VI.

Tratou-se de um encontro “amplo e cordial”, em que o Pontífice expressou “os seus sentimentos de afeto e felicitações para todo o povo brasileiro”.

No final do audiência, o Papa saudou a delegação que acompanhava a Presidente e foi feita a troca de dons.

Em vista da Copa do Mundo no Brasil, Dilma doou ao Papa uma camisa da seleção brasileira, n.10, autografada por Pelé com a dedicatória: “Para o Papa Francisco com respeito e admiração”, e uma bola autografada por Ronaldo: “Ao Papa Francisco um grande abraço do amigo Ronaldo”.

Brincando, o Papa disse que esses presentes são um convite para que ele reze para o Brasil ser o campeão da Copa, e a Presidente respondeu que se espera que o Pontífice mantenha-se neutro.

O Papa foi presenteado ainda com a nova edição da história da Companhia de Jesus, de autoria do Pe. Serafim Leite. Esta nova edição foi coordenada pelo Responsável pelo Programa Brasileiro, Pe. Cesar Augusto dos Santos.

O Santo Padre, por sua vez, doou uma medalha com “O Anjo da paz”. O encontro se concluiu depois das 20h.

Dilma veio a Roma para participar, neste sábado, do Consistório em que será criado Cardeal o Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta.



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22 de Fevereiro - Santa Margarida de Cortona

Santa Margarida de Cortona
1247-1297

A penitência marcou a vida de Margarida que nasceu em 1247, em Alviano, Itália. Foi por causa de sua juventude, período em que experimentou todos os prazeres de uma vida voltada para as diversões mais irresponsáveis.

Margarida ficou órfã de mãe, quando ainda era muito criança. O pai se casou de novo e a pequena menina passou a sofrer duramente nas mãos da madrasta. Sem apoio familiar, ela cresceu em meio a toda sorte de desordens, luxos e prazeres. No início da adolescência se tornou amante de um nobre muito rico e passou a desfrutar de sua fortuna e das diversões mundanas. 

Um dia, porém, o homem foi vistoriar alguns terrenos dos quais era proprietário e foi assassinado. Margarida só descobriu o corpo, alguns dias depois, levada misteriosamente até ele pela cachorrinha de estimação que acompanhara o nobre na viagem. Naquele momento, a moça teve o lampejo do arrependimento. Percebeu a inutilidade da vida que levava e voltou para a casa paterna, onde pretendia passar o resto da vida na penitência. 

Para mostrar publicamente sua mudança de vida, compareceu à missa com uma corda amarrada ao pescoço e pediu desculpas a todos pelos excessos da sua vida passada. Só que essa atitude encheu sua madrasta de inveja, que fez com que ela fosse expulsa da paróquia. Margarida sofreu muito com isso e chegou a pensar em retomar sua vida de luxuria e riqueza. No entanto, com firmeza conseguiu se manter dentro da decisão religiosa, procurando os franciscanos de Cortona e conseguindo ser aceita na Ordem Terceira.

Para ser definitivamente incorporada à Ordem teria que passar por três anos de provação. Foi nesta época que ela se infligiu as mais severas penitências, que foram vistas como extravagantes, relatadas nos antigos escritos, onde se lê também que a atitude foi tomada para evitar as tentações do demônio. Seus superiores passaram a orienta-la e isso a impediu de cometer excessos nas penitências.

Aos vinte e três anos Margarida de Cortona, como passou a ser chamada, foi premiada com várias experiências de religiosidade que foram presenciadas e comprovadas pelos seus orientadores espirituais franciscanos. Recebeu visitas do anjo da guarda, teve visões, revelações e mesmo aparições de Jesus, com quem conversava com freqüência durante suas orações contemplativas. 

Ela percebeu que o momento de sua morte se aproximava e foi ao encontro de Jesus serenamente, no dia 22 de fevereiro de 1297. Margarida de Cortona foi canonizada pelo Papa Bento XIII em 1728 e o dia de sua morte indicado para a sua veneração litúrgica.

Outros santos e beatos:
Santo Abílio (†98) — terceiro bispo de Alexandria do Egito.
Beato Ângelo Portasole (1296-1386) — dominicano de Perúgia; bispo de Iglesias, na Sardenha, morto em Ischia.
Santo Aristião — missionário na ilha de Chipre, martirizado no século I, em Salamina.
Santo Atanásio (†818) — abade de Paulopetrion, próximo a Nicomédia.
São Baradato (†640) — eremita sírio, que Teodoreto denomina “o admirável”.
Santo Elwin ou Élvis — monge irlandês, missionário na Cornualha, no século VI.
São Maximiano (†556) — bispo de Ravena, onde fez construir a célebre basílica de São Vital, inaugurada na presença do imperador Justiniano e da esposa Teodora.
São Pápias (†130) — bispo de Hierápolis, companheiro de são Policarpo. Subsistem poucos fragmentos dentre seus numerosos escritos.
São Pascásio (†312) — décimo primeiro bispo de Vienne, na França.
Santos Sincrota, Antígono, Rutílio, Líbio, Senerota e Rogaciano — martirizados no século IV, em Sírmio, na Panônia (atual Sérvia).
Santos Talássio e Lineu — eremitas sírios do século V.

Portal paulinas

O filme do Facebook de Jesus



O que ele compartilhou? Quais de suas publicações foram mais curtidas? Momentos e palavras de Cristo em um minuto.




Um vídeo original realizado como se fosse o “Meu filme do Facebook” – um presente que a rede social ofereceu a seus membros em seu 10° aniversário – convida a recordar alguns momentos marcantes da vida de Jesus.
Com a linguagem desta rede social, em um minuto se tem imagens do batismo, a transformação da água em vinho, os milagres, as bem-aventuranças, a instituição da Eucaristia e a Paixão de Jesus.
Também está disponível em inglês:https://www.facebook.com/photo.php?v=483075298463744 

Fonte: http://www.aleteia.org/

Nossas feridas aos olhos de Deus

Deus nos aceita como somos e não se envergonha das nossas fraquezas.


Como as nossas feridas são importantes! Da ferida pode brotar a vida, surgir a esperança. Sim, dessa ferida que causa tanta dor e que às vezes temos vontade de tapar, esconder, negar.

Deus nos quer com as nossas feridas, não apesar delas. Nossas feridas podem ser fonte de vida, como a ferida do lado de Cristo. Quando as aceitamos e beijamos, Deus as usa para gerar vida.

Deus não nega nossas feridas. Ele não constrói sobre uma alma sem pecado, exceto no caso de Maria. O Senhor nos aceita como somos e não se envergonha de nós.

Podemos pensar que Deus só ama nossas virtudes e aproveita somente o que fazemos bem, os talentos que Ele nos deu. É difícil compreender queDeus possa querer usar nossa limitação, nossa fraqueza, aquela ferida que queremos esquecer, para dar vida em abundância a outros.

Deus utiliza o barro da nossa história pessoal para criar uma obra de arte. A ferida e a ruptura se tornam pontes, caminhos de santidade. Sem nossasfraquezasDeus não pode dar vida a outros, porque elas são portas de entrada para Deus e para os outros; nossas feridas nos fazem humildes, misericordiosos, nos fazem julgar a realidade partindo da pequenez, não do orgulho.

Chega de formular ideais que não são nossos, mas tirados da vida dos santos ou de ideais distantes, que nos destroem por dentro, ao recordar-nos continuamente a desproporção entre aquilo por que ansiamos e o que somos.

Tenhamos nossas feridas como ponto de partida, nossa vida assim como ela é, nossa pequenez que sonha com as alturas. Precisamos entender que é a partir dessas feridas, do mais profundo da nossa dor, dessa história da qual muitas vezes nos envergonhamos que Deus começa a esculpir a verdadeira obra-prima que Ele quer fazer conosco.

Nossas feridas são nosso caminho de salvação. Aceitemos a nossa história, porque Deus fará maravilhas com ela. Ele pode fazer maravilhas com a nossa pobreza, como fez com Maria, partindo da sua pequenez, como fez com os santos.

Viver assim nos tornará mais misericordiosos, humanos, humildes e alegres, porque não precisaremos nos defender de ninguém.

Às vezes, valorizamos demais os talentos e nos focamos só nas capacidades; a perfeição nos atrai; as pessoas mais destacadas parecem ser mais fecundas que as que não sabem tanto, que parecem não ter muitos talentos, que são complicadas, que estão muito feridas.

Mas não estamos aqui para buscar só a eficiência e a perfeição, para ser seletivos, porque não foi esse o caminho que Jesus seguiu. Ele se cercou de pecadores e pessoas rejeitadas, feridas, doentes.

Tenhamos um coração aberto e misericordioso como o de Jesus, um coração que veja as pessoas como Ele as vê.

Por: Padre Carlos Padilla
Fonte: http://www.aleteia.org/

Quando o que parecia impossível se torna realidade

Talvez faça algum tempo desde que você vem sendo afligido por alguma situação ou coisa que o faz ter o poder de acabar com a causa de seu sofrimento.
Talvez você já venha tentado tudo, seguindo fielmente todas as dicas e experimentando novas técnicas e idéias, na esperança encontrar, ao menos, algum alívio  para sua dor.
Mas a questão é que a chave para vencer o mal, qualquer que seja ele, não é uma ideia, estratégica ou coisa, e sim uma pessoa: Jesus! Só Ele detém o poder de anular as forças de destruição e morte que agem neste mundo. O que você não tem forças para mudar, as realidades que lhe são impossíveis superar, todas as tramas da vida que foram aos poucos apagando a sua esperança perdem  o seu poder na presença  de Jesus.

Contra todas as portas que lhe  foram fechadas, Deus coloca, hoje á sua frente, uma porta aberta que ninguém pode fechar (Ap 3,8). Jesus é a porta, quem entra por essa porta encontrará segurança, liberdade e não lhe faltará nada (cf. Jo 10,9). Quem poderá medir a gratidão de uma pessoa que, sendo perseguida por furioso inimigo, vê que alguém lhe  abriu a porta  de casa e lhe oferece proteção?
Porque não temos forças de chegar até Deus, Ele veio a nós; porque temos um inimigo, que nos ataca e nos assola com toda espécie de males, Deus se pôs ao nosso lado na luta e pode nos fazer vencer.
Um dos grandes homens da guerra afirmou: "Se conhecermos o inimigo e a nós mesmos, não precisamos   temer o resultado de uma centena de combates. Se nos conhecermos, mas não ao inimigo, para cada vitória sofreremos uma derrota. Se não nos conhecemos nem ao inimigo, sucumbiremos em todas as batalhas"( Sun Tzu).

É importante compreender o que está acontecendo conosco e com o mundo, saber de onde vêm certos golpes que nos assaltam e contra o que estamos lutando. O homem tem um inimigo imensamente mais poderoso que ele e não o pode vencer com suas próprias forças. Esse inimigo quer fazer dele um escravo de seus caprichos e usa de todas as maneiras as artimanhas para mantê-lo sob seu domínio.

Livro: Vencendo aflições alcançando  milagres
Autor : Márcio Mendes
ed Canção nova

21 de fev. de 2014

Francisco: uma fé sem obras não é fé

2014-02-21


Cidade do Vaticano (RV) - “Uma fé que não dá fruto nas obras não é fé”: esta foi a afirmação com a qual o Papa Francisco iniciou sua homilia na Missa presidida esta manhã na Casa Santa Marta. O Papa ofereceu a celebração pelos 90 anos do Cardeal Silvano Piovanelli, Arcebispo emérito de Florença, agradecendo-lhe “pelo seu trabalho, seu testemunho e sua bondade”. 

Em sua reflexão, o Pontífice recordou que o mundo é repleto de cristãos que recitam as palavras do Credo, mas não as colocam em prática. Ou de eruditos que catalogam a teologia numa série de possibilidades, sem que esta sabedoria tenha depois reflexos concretos na vida. É um risco para o qual S. Tiago já havia acenado dois mil anos atrás e que o Papa Francisco retomou na homilia, comentando o trecho da carta do Apóstolo. “A sua afirmação – observou – é clara: a fé que não dá fruto nas obras não é fé”:

Também nós erramos muitas vezes quanto a isto. Ouvimos pessoas que dizem: ‘Mas eu tenho tanta fé’, ‘eu acredito em tudo …’. E talvez esta pessoa que diz isso tenha uma vida morna, frágil. A sua fé é como uma teoria, mas não está viva em sua vida. O Apóstolo Tiago, quando fala de fé, fala justamente da doutrina, daquilo que é o conteúdo da fé. É possível conhecer todos os mandamentos, todas as profecias, todas as verdades de fé, mas se isso não é colocado em prática, não acaba em obras, não serve. Podemos recitar o Credo teoricamente, inclusive sem fé, e têm muitas pessoas que fazem assim. Também os demônios! Eles conhecem muito bem o que se diz no Credo e sabem que é Verdade.
No Evangelho – prosseguiu Francisco –, se encontram dois sinais reveladores de quem “sabe no que deve acreditar, mas não tem fé”. O primeiro sinal é a “casuística”, representado por aqueles que perguntavam a Jesus se era lícito pagar as taxas ou qual dos sete irmãos do marido deveria se casar com a mulher que ficou viúva. O segundo sinal é a “ideologia”:

(São) os cristãos que pensam a fé como um sistema de ideias, ideológico: existiam também no tempo de Jesus. O Apóstolo João os chama de anticristo, os ideólogos da fé, independente de sua proveniência. Naquele tempo havia os gnósticos, mas existirão muitos… E assim, esses que caem na casuística ou na ideologia são cristãos que conhecem a doutrina, mas sem fé, como os demônios. Com a diferença de que estes tremem, aqueles não: vivem tranquilos.
Pelo contrário, recordou o Papa, no Evangelho existem também exemplos de “pessoas que não conhecem a doutrina, mas têm muita fé”. O Pontífice citou três episódios, sendo um deles o da Samaritana, que abre o seu coração porque encontrou Jesus Cristo, e não verdades abstratas:

A fé é um encontro com Jesus Cristo, com Deus, e dali nasce e leva ao testemunho. É isso que o Apóstolo quer dizer: uma fé sem obras, que não envolva, que não leve ao testemunho, não é fé. São palavras e nada mais que palavras.


Texto proveniente da página http://pt.radiovaticana.va

A oração do Papa pela Ucrânia no segundo dia de Consistório. No final da tarde, a audiência a Dilma

 2014-02-21


Cidade do Vaticano (RV) – Prossegue nesta sexta-feira o Consistório extraordinário para refletir sobre o tema da família, em vista do Sínodo de outubro próximo.

O Papa Francisco participa das duas sessões previstas na Sala Nova do Sínodo, uma pela manhã e a outra à tarde. 

Em sua saudação matutina, o Pontífice manifestou mais uma vez sua preocupação com a violência na Ucrânia.

“Gostaria de enviar uma saudação, não somente pessoal mas em nome de todos, aos cardeais ucranianos – o Cardeal [Marian] Jaworski, emérito de L’viv, e o Cardeal [Ljubomyr] Huzar, emérito arcebispo-mor de Kiev – que nesses dias sofrem muito e enfrentam muitas dificuldades em sua pátria.

A seguir, contou aos cardeais presentes que releu a obra do Card. Kasper, definindo-a “uma teologia serena”. “Ontem, antes de dormir, mas não para pegar no sono, li – reli – o trabalho do Card. Kasper e gostaria de lhe agradecer, porque encontrei profunda teologia. É prazeroso ler teologia serena. Encontrei aquilo que Santo Inácio nos dizia, aquele sensus ecclesiae, o amor à Mãe de Deus. Desculpe-me eminência se a faço vergonhar, mas isso se chama ‘fazer teologia de joelhos’.” 

No final da sessão vespertina, no estúdio da Sala Paulo VI, o Pontífice recebe a Presidente do Brasil, Dilma Rousseff.

Dilma já se encontra em Roma, onde esta manhã será recebida pelo Presidente italiano, Giorgio Napolitano. Na pauta do encontro, o comércio bilateral e uma maior colaboração em áreas como a defesa, energia e indústria espacial.

A reunião busca "intensificar o diálogo entre ambos países num momento de grande dinamismo das relações", foi o que declarou o Subsecretario de Política da chancelaria brasileira, Carlos Antonio Paranhos. A Itália é o oitavo maior parceiro comercial do Brasil.

Paranhos adiantou que, no Vaticano, Dilma abordará com Francisco assuntos como a luta à pobreza. Trata-se do terceiro encontro entre a Presidente brasileira e o Papa. No sábado, ela assistirá na Basílica Vaticana, da cerimônia de criação de 19 cardeais, entre eles o Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta.

(BF)


Texto proveniente da página http://pt.radiovaticana.va

A qualidade do teu silêncio

Todos falamos e silenciamos. Palavra e silêncio não são contrários, mas se completam reciprocamente.

Há momentos em que sentimos uma forte necessidade de gritar, de exteriorizar o que se passa dentro de nós, de dizer, verbalizar os nossos sentimentos. Em outros, percebemos forte o desejo de silenciar, de fugir dos ruídos, desligar os aparelhos de som e entrar na intimidade de nós mesmos, em contato com a natureza.
Devemos refletir: “Qual é a qualidade da nossa palavra e a do nosso silêncio? Por que falamos, escrevemos ou silenciamos? Por que temos necessidade de nos esconder ou de subir nos telhados para proclamar a mensagem nova do Evangelho de Jesus?”
Gosto de ler no Evangelho o delicioso episódio de Marta e Maria. O evangelista Lucas, atento aos mínimos particulares da vida de Jesus, é o único que nos relata o texto. Ele o faz com uma delicadeza particular e nos leva suavemente à casa de Betânia, onde podemos contemplar a beleza da amizade que surge como flor perfumada na vida de Jesus. Vamos ler este texto juntos, várias vezes, tentando penetrar na intimidade daquela família amiga de Jesus.
Pondo-se a caminho, Jesus entrou num povoado. Uma mulher, de nome Marta, o recebeu em sua casa. Ela tinha uma irmã chamada Maria que, sentada aos pés do Senhor, escutava a sua palavra. Marta, porém, andava atarefada com o muito serviço. Parou e disse: “Senhor, não te importa que minha irmã me deixe sozinha no serviço? Dize-lhe que me venha ajudar”. O Senhor lhe respondeu: “Marta, Marta, andas muito agitada e te preocupas com muitas coisas. Entretanto, uma só coisa é necessária. Maria escolheu a melhor parte que não lhe será tirada” (Lc 10,38-42).
Pondo-se a caminho…
Todos estamos sempre a caminho. Realizamos na vida o nosso êxodo, saímos do seio do Pai, saímos do ventre de nossa mãe e somos como que projetados fora e obrigados a fazer o nosso caminho, em busca de algo que possa nos realizar e satisfazer plenamente. Embora nos seja difícil parar, porque muitas coisas nos chamam a continuar o caminho, há momentos em que é preciso fazer como Jesus, separar-se um pouco da multidão, dos discípulos e entrar na casa…
O entrar e sair faz parte da linguagem de Jesus e de todos os místicos. Em São João da Cruz esta expressão assume um sentido especial. É necessário sair de si para penetrar no mistério de Deus e chegar às profundidades do amor e da experiência do amor. O Verbo divino sai do seio eterno para entrar na história da humanidade e, mais tarde, sair de novo da humanidade para reentrar na glória eterna. Este movimento do entrar e sair nos faz compreender como toda a vida é caminho, mas é preciso saber por onde caminhamos e aonde queremos chegar.
Uma mulher chamada Marta o recebeu…
Jesus quer ser recebido entre nós. Parece-nos escutar o eco de João que no prólogo do seu Evangelho diz: “Ele, que estava no Pai, veio, mas os seus não o receberam”. O mundo se fecha ao amor e o impede de entrar e fazer parte da nossa vida. Neste mundo fragmentado e embrulhado com o papel da comunicação, numa máscara que esconde o mais duro, nervoso e intransigente individualismo, precisamos buscar alguém que nos acolha. Jesus, provavelmente, estava cansado de caminhar, quem sabe do barulho da multidão que o chamava apresentando-lhe suas necessidades. Então, fatigado por tantas horas de escuta dos outros, sentiu como qualquer ser humano a necessidade de se retirar por breve instante numa casa amiga, longe dos olhares, dos gritos e da súplica do povo necessitado.
Marta, que faz sobressair o seu feminismo amigo e acolhedor, o “recebeu em sua casa”. Receber alguém em casa é dar-lhe não apenas abrigo, mas proporcionar-lhe tudo de que precisa. O hóspede é “sagrado” em todas as culturas e em todos os tempos. Mesmo hoje, preparamo-nos para receber os amigos e proporcionar-lhes o melhor que pudermos. O texto dá a entender que Marta não esperava Jesus, por isso todos os afazeres e o transtorno amoroso que pode causar uma visita amiga, porém inesperada.
Em sua casa…
A casa é o nosso rosto, a nossa fisionomia, manifesta os nossos hábitos e a nossa cultura. Olhando por fora uma casa dá para compreender ou intuir quem são os seus moradores. O estilo da casa, a sua posição, a sua construção, nada disto diz o evangelista Lucas.
Entrar na casa para quê? Para descansar, para estar a sós, para dialogar com os que amamos, para fugir dos olhos indiscretos da multidão. Para rezar, para recuperar a própria intimidade. Jesus mesmo nos recorda que quando rezamos “devemos entrar no nosso quarto, fechar a porta e falar a sós com o Pai”. A casa é símbolo do coração, é entrar em nós mesmos, silenciar para resgatar o que temos desgastado no contato com os outros. Precisamos refinar os nossos ouvidos para escutar melhor. Na casa somos curados das nossas depressões e nos sentimos amados e acolhidos em profundidade.
Tinha uma irmã chamada Maria
Marta não vive sozinha nesta casa. Há uma irmã, Maria. Esta, provavelmente, não exerce poder na casa, é a caçula, faz o que a mais velha, organizadora, lhe diz. Está fascinada pelo Mestre, quer escutá-lo e conversar com Ele. E, neste desejo, esquece tudo. Não quer ter “outro ofício; não tenho nem terei; meu exercício é só amar”, cantara o místico João da Cruz, tentando apresentar-nos as ânsias de quem busca a Deus e esquece tudo o que não é o essencial.
Maria me parece o símbolo dos místicos, dos contemplativos que, esquecendo-se de tudo, quer só escutar; não uma escuta intimista e individualista, mas aquela escuta que transforma a pessoa em fermento de uma nova sociedade. É símbolo da juventude desejosa de contemplar modelos de vida, e Jesus se mostra a ela como modelo pleno da existência.
Lucas coloca em evidência a atitude: sentando-se aos pés… escutava a sua palavra… O evangelista nos apresenta Maria na atitude de discípula. Quando alguém se senta é porque quer parar. E Maria pára para escutar. Somente quem chegou a silenciar a si mesmo e a se esvaziar de todas as preocupações está pronto para escutar e para entrar em sintonia com alguém. Não podemos deixar que o mundo, os afazeres entrem em nós e nos afastem do “centro da nossa alma, que é Deus”.
Em nenhum lugar do Evangelho encontramos dicotomia entre atividade e contemplação. O homem e a mulher completos são aqueles que sabem harmonizar as várias atividades de sua vida. Não é necessário abandonar tudo para ser contemplativos ou místicos, é preciso saber ser senhores de nós mesmos e não dar às coisas mais importância do que elas têm.
Maria escutava… Na Bíblia, a palavra “escutar” nunca está separada da palavra “prática”. Somente quem escuta é capaz de praticar, e a prática não é outra cosia que fruto da escuta. Santa Teresa de Ávila, nas mais altas mansões, escuta as palavras: “Obras quer o Senhor!” Silenciar, rezar, contemplar, não é inatividade ou ociosidade, mas gerar e encontrar motivações sérias para o nosso futuro. Somos chamados, portanto, a silenciar para que sejamos curados de todas as nossas enfermidades. Saiamos da superficialidade, encontremos um lugar para sentar-nos aos pés de Jesus e escutar a sua palavra.
Silentium
No senso comum, o silêncio é sempre sinônimo de respeito ao outro e necessidade de “ausência de barulhos, ruídos” para que a pessoa possa sentir-se bem consigo mesma ou com os outros. O silêncio nos ajuda a “pensar melhor, descansar ou trabalhar com muita concentração para produzir frutos abundantes”.
É necessário entender não tanto o silêncio, mas por que silenciamos. Gostaria, então, de citar algumas frases que podem nos ajudar a compreender por que silenciar e por que não silenciar:
“Quando sufoco a silenciosa voz interior, deixo de ser útil” (Mahatma Gandhi, homem político e espiritual, de oração, de silêncio, que com suas atitudes de não violência instaura um programa de libertação da Índia. Através do dinamismo interior soube transmitir não só para a Índia, mas para o mundo novos valores de convivência, como através da tolerância e do respeito às diferentes religiões).
“O SILÊNCIO é sempre belo, e o homem que cala é mais belo que o homem que fala” (Dostoiewski, grande escritor russo que, com seus romances ricos de humanidade e religiosidade, transformou a mentalidade da Europa e do mundo).
“A maior revelação é o silêncio” (Lao-tse, filósofo contemporâneo de Pitágoras, Buda e Confúcio. Com suas frases curtas, foi fermento de uma maneira toda especial de encarar a vida entre o povo chinês).
“Eu me propus a não tratar mal a ninguém, por pouco que fosse, mas desculpar toda murmuração. Porque tinha muito presente que não havia de querer dizer de outra pessoa o que não queria que dissessem de mim. Tomei isto em extremo para as ocasiões que havia… E as que estavam comigo e me tratavam, persuadi tanto disto, que se tornou cos¬tume. Veio se a entender que onde eu estava tinham as costas protegidas” (Santa Teresa de Jesus).
Abortos
Muitas das nossas palavras e ações são verdadeiros abortos porque não foram geradas no silêncio. Uma das palavras mais duras do Evangelho é esta: “Sereis julgados por todas as palavras ociosas que tiverem pronunciado”. As palavras que saem da nossa boca devem ser palavras que convertam, animem, encorajem ou ofereçam pistas novas, nunca palavras de morte ou de desespero.
A palavra é o espelho onde toda noite devemos nos olhar para ver se fomos durante o dia pessoas de esperança e de vida. Tanto converte a palavra de Deus quanto o seu silêncio, cabe-nos ler os silêncios e as palavras; viajar sobre as palavras e sobre o silêncio para que não sejamos abortivos, mas seres vivos que, com todos os meios à nossa disposição, nos coloquemos a serviço da vida.
O silêncio faz parte da disciplina interior. É fazendo calar o grito dos nossos instintos que aprenderemos a escutar a voz da nossa consciência.

Frei Patrício Sciadini, OCD

Fonte: http://www.comshalom.org/


Como explicar a um protestante que Nossa Senhora não morreu e sua intercessão?

A Igreja acredita que Nossa Senhora Morreu, tanto assim que em Jerusalém venera seu túmulo e sua imagem adormecida. O Papa João Paulo confirma isso em uma de suas Catequeses sobre a Virgem Maria.

Após sua morte Deus a ressuscitou e a levou para o céu de corpo é alma; é dogma da Assunção de Nossa Senhora proclamado pelo Papa Pio XII em 1950. Aquela que deu a carne ao Filho de Deus humanado não poderia se corromper na terra; além do que não tinha o pecado original.

A intercessão e mediação de Nossa Senhora no céu por cada um dos seus filhos e pela Igreja, em nada “substitui’ ou ‘anula” a única e essencial Mediação de Jesus, como São Paulo explica em 1Tm 2,4. Jesus é a única Ponte (Pontífice) entre Deus e os homens porque somente Ele é Deus e homem ao mesmo tempo. Mas Deus quer mediadores e intercessores auxiliares, cooperadores, através da Mediação de Jesus, sem a qual nenhuma outra tem eficácia, nem dos santos e nem da Virgem Maria. Assim explica o Concílio Vaticano II: “a função maternal de Maria em relação aos homens de modo algum ofusca ou diminui esta única mediação de Cristo; antes, manifesta a sua eficácia” (LG, 60). 

“Longe, portanto, de ser um obstáculo ao exercício da única mediação de Cristo, Maria põe antes em evidência a sua fecundidade e a sua eficácia. Com efeito, todo o influxo salvador da Virgem Santíssima sobre os homens se deve ao beneplácito divino e não a qualquer necessidade; deriva da abundância dos méritos de Cristo, funda-se na Sua mediação e dela depende inteiramente, haurindo aí toda a sua eficácia” (LG, 60). “De Cristo deriva o valor da mediação de Maria e, portanto, o influxo salvador da Bem-aventurada Virgem “de modo nenhum impede a união imediata dos fiéis com Cristo, antes a favorece” (ibid.).

“Ao proclamar Cristo como único Mediador (cf. 1 Tm 2, 5-6), o texto da Carta de São Paulo a Timóteo exclui qualquer outra mediação paralela, mas não uma mediação subordinada. Ele recomenda “que se façam súplicas, orações, petições e ações de graças por todos os homens...” (1 Tm 2,1). Não são porventura as orações uma forma de mediação? Antes, segundo São Paulo, a única mediação de Cristo é destinada a promover outras mediações dependentes e ministeriais. Proclamando a unicidade da mediação de Cristo, o Apóstolo só tende a excluir toda a mediação autônoma ou concorrente, mas não outras formas compatíveis com o valor infinito da obra do Salvador.

Fonte: http://cleofas.com.br/

POR QUE AS MULHERES CHORAM?


Realmente não é fácil para os homens compreenderem porquê as mulheres choram com tanta facilidade. Choram porque estão tristes, choram porque estão alegres, choram de emoção, de decepção... Há lágrimas disponíveis para tudo. Santo Agostinho disse que as lágrimas que sua mãe derramava por sua conversão diante do Sacrário, “eram o próprio sangue do coração destilado em lágrimas em seus olhos”.

Certa vez, um garotinho perguntou à sua mãe:
- Mamãe, por que você está chorando?

E ela respondeu: Porque sou mulher...

- Mas... eu não entendo.

A mãe se inclinou para ele, abraçou-o e disse:
- Meu amor, você jamais irá entender!...

Mais tarde o menininho perguntou ao pai:
- Papai, por que mamãe às vezes chora, sem motivo?

O homem respondeu:
- Todas as mulheres sempre choram sem nenhum motivo...
Era tudo o que o pai era capaz de responder

O garotinho cresceu e se tornou um homem. E, de vez em quando, fazia a mesma pergunta: Por que será que as mulheres choram, sem ter motivo para isso?

Certo dia esse homem se ajoelhou e perguntou a Deus:
-Senhor, diga-me... Por que as mulheres choram com tanta facilidade?

E Deus lhe disse:
- Quando eu criei a mulher, tinha de fazer algo muito especial. Fiz seus ombros suficientemente fortes, capazes de suportar o peso do mundo inteiro... Porém suficientemente suaves para confortá-lo!

- Dei a ela uma imensa força interior, para que pudesse suportar as dores da maternidade e também o desprezo que muitas vezes provém de seus próprios filhos!

- Dei-lhe a fortaleza que lhe permite continuar sempre a cuidar da sua família, sem se queixar, apesar das enfermidades e do cansaço, até mesmo quando outros entregam os pontos!

- Dei-lhe sensibilidade para amar seus filhos, em qualquer circunstância, mesmo quando esses filhos a tenham magoado muito... Essa sensibilidade lhe permite afugentar qualquer tristeza, choro ou sofrimento da criança, e compartilhar as ansiedades, dúvidas e medos da adolescência! Porém, para que possa suportar tudo isso, Meu filho... Eu lhe dei as lágrimas, e são exclusivamente suas, para usá-las quando precisar. Ao derramá-las, a mulher verte em cada lágrima um pouquinho de amor. Essas gotas de amor desvanecem no ar e salvam a humanidade!

O homem respondeu com um profundo suspiro...

- Agora eu compreendo o sentimento de minha mãe, de minha irmã, de minha esposa...

- Obrigado, Meu Deus!

Fonte: https://www.facebook.com/PFelipeAquino?fref=ts

20 de fev. de 2014

Papa: "Seguir Jesus para conhecê-Lo"

2014-02-20


Cidade do Vaticano (RV) – “É sendo discípulo e não estudioso, que se conhece Jesus”, disse na manhã dessa quinta-feira, 20, o Papa Francisco na homilia da missa celebrada na Casa Santa Marta. “Todo dia – explicou – Cristo nos pergunta quem Ele é para nós, mas podemos responder somente seguindo-O”. 

“Para responder a esta pergunta, que todos sentimos em nosso coração, – ‘Quem é Jesus para nós’ – não é suficiente o que aprendemos no catecismo. É importante, sim, estudá-lo, mas não é suficiente. Para conhecer Jesus, é necessário fazer o caminho feito por Pedro: depois da humilhação, Pedro continuou com Jesus, viu seus milagres, viu seu poder; pagou os impostos como lhe disse Jesus, pescou um peixe, pegou-lhe a moeda da boca, viu muitos milagres como este. Mas a um certo ponto, Pedro renegou Jesus, o traiu e aprendeu a difícil ciência – a sabedoria – das lágrimas, do pranto”. 

Pedro pede perdão a Jesus e não obstante isso, depois da Ressurreição, é questionado três vezes a propósito de seu amor, às margens do Lago Tiberíades. 

“A primeira pergunta: ‘Quem sou eu para você?’ pode ser entendida somente depois de um longo caminho, de graça e de pecado – um caminho como discípulo. A seus Apóstolos e a Pedro, Jesus não disse ‘Conheçam-me!’, mas ‘Sigam-me!’. É este ‘seguir’ que nos faz conhecer Jesus; com nossas virtudes, com nossos pecados, mas segui-Lo sempre”. 

“É necessário – insistiu Francisco – um encontro cotidiano com o Senhor, todos os dias, com nossas vitórias e nossas fraquezas”. Mas – acrescentou – “é um caminho que não podemos percorrer sozinhos. Precisamos da ação do Espírito Santo”: 

“Conhecer Jesus é um dom do Pai; é Ele que nos faz conhecer Jesus; é um trabalho do Espírito Santo, que é um grande trabalhador. Não é um sindicalista, ele explica o mistério de Jesus e nos dá o sentido de Cristo. Olhemos Jesus, Pedro e os Apóstolos, e ponhamos em nosso coração esta pergunta: Quem sou eu para você? E como discípulos, peçamos ao Pai que nos faça conhecer Cristo no Espírito Santo, que nos explique este mistério”. 
(CM)



Texto proveniente da página http://pt.radiovaticana.va/news/2014/02/20/papa:_seguir_jesus_para_conhec%C3%AA-lo/bra-774869
do site da Rádio Vaticano 

Natividade de São João Batista: o maior dos profetas

A natividade de  São João Batista  é  uma solenidade muito importante no ano litúrgico, porque nesse dia lembramos o maior dos profetas, com...