11 de jan. de 2014

Da pia batismal ao calvário



Padre Fábio de Melo
Foto: Natalino Ueda/Cancaonova.com
Não podemos desvincular o batismo do martírio. A criança que recebe o batismo, quando pequeno, precisa saber que, um dia, ele precisará viver como Cristo, tocar na realidade do martírio.

Não há como desvincular a pia batismal do calvário. O Cristianismo só é verdadeiro quando conciliarmos esses dois territórios.Essa criança passará pelo duro processo de virar um cristão.

Santo Agostinho dizia: “Deus só nos pede aquilo que já nos deu: o amor!”. Você só vai exigir do seu filho aquilo que você deu ao longo da vida dele.

No batismo, recebemos todas as graças necessárias para vivermos esse aperfeiçoamento humano, a fim de nos tornarmos semelhante a Cristo. Ao longo da vida, precisamos passar pelo sangue, pela luta, pelo suor ou pela lágrimas. As religiões sérias também exigem sacrifício.

Chega de superficialidades! Essa não é a via de regra dentro da Igreja. Não podemos tolerar que o nosso Cristianismo não nos leve a mergulhar com profundidade nessas questões.

"Deus não pode fazer nada com as nossas obras se não possuir o nosso coração", afirma padre Fábio.
Foto: Natalino Ueda/Cancaonova.com

O cristão está, o tempo todo, procurando o caráter de Cristo. Se Deus é tão presente em nós, a ponto de converter o nosso querer, se Ele age no profundo dos meus desejos, então será muito mais tranquilo querer o que Deus quer para mim.

Deus não pode fazer nada com as nossas obras se não possuir o nosso coração. Não podemos correr o risco e impedir a oportunidade de Deus nos salvar agora.

Eu não vim celebrar a Missa para vocês, mas celebrá-la com vocês. O mundo quer que nos calemos, que nos limitemos a uma prática religiosa fria e infértil, mas não podemos admitir que nossa pia batismal esteja desvinculada do martírio, do sacrifício de Jesus.

É um risco muito grande deixarmos de lutar! Corremos o risco de pensar que já chegamos ao final. O meu martírio, que me faz chegar à sabedoria de investigar os avessos do evangelho. O lado direito do evangelho muitas vezes é o lado mais confortável, mais fácil. Agora o avesso do evangelho, investiga nosso real motivo, nossa real intenção no seguimento de Cristo.

O seguimento de Cristo é também desconforto. Cuidado, pois se não nos convertermos de verdade, geraremos ateísmo. Se não mergulharmos no mais profundo da proposta de Jesus, corremos o risco de não nos deliciarmos com o Cristianismo.

Viver o Evangelho é um sacrifício que nos provoca uma enorme satisfação interior. Pare de passar maquiagem na alma. Quanto mais mascarados estivermos, mais seremos cristãos medíocres e geraremos ateísmo dentro da Igreja.

Não é máscara, não é maquiagem que Deus quer fazer em nossa vida; mas transformação profunda para que os outros percebam que há muito de Jesus em nós.

Todos nós somos cheios de defeitos. Por que, muitas vezes, nos sentimos tão maus, tão ruins? Você viu quem eram os amigos de Jesus? Olhando para eles, tão fracos e limitados, podemos ter esperança e olhar para Jesus, crendo que Ele pode nos transformar.

A única forma de vencermos o pecado é olhando de frente, contando com a graça de Deus.

Transcrição e Adaptação: Cristiane Viana (@vianacn)

data/01/06/13 
Palestra do acampamento Sagrado Coração de Jesus 
Fonte http://www.cancaonova.com/

Para sempre fiéis



Foto: Wesley Almeida/ Fotos CN
'Livres para amar' é o tema de, basicamente, toda a história do povo de Deus no Antigo e no Novo Testamento. Uma história de amor com Deus marcada pela fidelidade d'Ele e pela traição de Seu povo. A expressão “Deus é fiel”, muitas vezes, é interpretada como uma garantia de que Deus vai nos dar tudo o que quisermos. Na realidade, há muito mais por trás da fidelidade divina. Não é uma história mercantilista, de troca de favores; na verdade, é uma história de amor.

Ontem, falávamos de dois casamentos contidos na Bíblia. O casamento de Adão e Eva e o casamento de Deus com a humanidade. Também ontem, aprendemos que nós queremos ser felizes, mas não existe nenhum homem ou mulher que nos fará felizes; apenas Deus.



Deus nos criou para uma felicidade muito maior do que possamos imaginar. Ninguém pode imaginar o que é a felicidade no céu. Muitas pessoas não entendem por que pecam. Nós pecamos, porque queremos ser feliz, mas procuramos a felicidade onde ela não se encontra.

O Papa João Paulo II elaborou uma frase que traz esta definição de pecado: "Pecado é buscar Deus onde Ele não se encontra". Por que o drogado consome droga? Porque ele quer ser feliz. Mas a felicidade não está na droga. No fundo do coração do pecador mais infiel existe um grito que está clamando por Deus, mas ele não sabe disso. Nós temos de anunciar esta verdade às pessoas.

O homem e a mulher são diferentes até na forma de pecar. O homem é mais cabeça dura. Ele diz: "Eu quero ser feliz". Então, ele busca uma mulher; e quando não consegue ser feliz, acredita que ela é a mulher errada. Ele trocha de mulher e vai "batendo a cabeça" sempre no mesmo erro. Agindo assim, o homem está buscando Deus em uma mulher. Você que se tornou um dependente compulsivo por sexo, você está procurando Deus, mas você O está buscando no lugar errado.

A mulher é diferente, ela é mais criativa. Ela diz para o marido: "Eu quero ser feliz e preciso que você me dê carinho". Quando ela recebe carinho e não se sente plenamente feliz, acha que precisa de um sapato; depois, de uma viagem... E vai buscando, em diferentes coisas, a felicidade. O grande problema não resolvido para Freud é: “O que é que a mulher quer?”. O homem é obcecado sempre pela mesma coisa. A mulher é diferente, nunca sabe o que quer. A Igreja sabe o que a mulher quer, só que ela está buscando no lugar errado.

Estamos buscando respostas desencontradas para nossas ansiedades. Nós queremos o Senhor e estamos nos confundindo. Com o pecado original aconteceu uma tragédia. Adão e Eva viviam felizes no paraíso; viviam nus e esta nudez original do corpo era uma imagem que os conduzia para Deus.Quando Adão olhava para Eva, ela via nela um dom maravilhoso do amor de Deus, o corpo dela era como uma vitrine que o levava a ver o Senhor. E assim também acontecia com Eva, quando ela olhava para Adão. Quando o homem está na santidade, o corpo humano é um ícone, ou seja, o contrário de um ídolo. No grego, ícone e ídolo querem dizer imagem, mas o ídolo é uma imagem do deus falso, já o ícone nos leva ao Deus verdadeiro.

O homem é visual. Se você fizer uma pesquisa, descobrirá que quem mais consome pornografia na internet é ele. A mulher é diferente. Em sua sexualidade, ela tem necessidade de retirar a roupa, mostrar-se, ela quer ser vista. Veja como estamos aprisionados em um mecanismo de idolatria. Ser idólatra é transformar uma imagem, que deveria me levar para Deus, em um deus. O homem dobra-se diante da nudez de uma mulher e a idolatra, por isso não tem mais condições de viver aquela nudez original. Se fossemos santos e víssemos o corpo de uma mulher, cairíamos de joelhos e adoraríamos Deus. Como não estamos na pureza original do paraíso, nós temos de nos vestir de “roupas de figueira”, assim como Adão e Eva. O pecado original faz com que o homem e a mulher se idolatrem mutuamente.

Mesmo quem não tem fé pode perceber o que vou dizer agora. Nós buscamos a felicidade, neste mundo, mas ela não está à nossa disposição. Você consegue ver isso, perfeitamente, dentro de você. Você não precisa nem acreditar na Igreja para perceber isso, pois percebe em você se for sincero. O que você diria se visse uma pessoa batendo a cabeça na parede? Pensaria que ela está louca. Nós somos esta pessoa, porque buscamos a felicidade em lugares nos quais ela não está, e nós insistimos no erro. Quantas vezes você buscou a felicidade no álcool, no adultério, na masturbação e ela não estava lá? Você acumula frustrações e tristezas.

"A felicidade é diferente do prazer, pois a felicidade vem da alma", ensina padre Paulo.
Foto: Wesley Almeida/ Fotos CN


Temos duas alternativas: plano A e plano B. A primeira alternativa é que esta vida é um absurdo e a felicidade não existe. Deus não existe, pois não conseguimos ser feliz. E podemos pensar que tudo termina aqui. A segunda alternativa é que não há problema que eu não esteja sendo plenamente feliz nesta vida, pois ela é apenas uma preparação para a segunda vida no céu. Lá teremos a felicidade perfeita. Para acreditar nesta segunda opção, você precisa ter fé. Para detectar o problema, você não precisa de fé, mas para encontrar a solução é preciso acreditar. Essa conclusão vem dos filósofos existencialistas, os quais chegaram a esta conclusão. Se Deus não existe, essa vida só tem angústia, morte e destruição. Essa foi a constatação dos filósofos.

Todo animal que tem sede de água é porque a água existe em algum lugar. Não é possível que o ser humano seja um animal defeituoso, que tem um desejo em seu coração e que não poderá saciar em nenhum lugar. Nenhum animal pratica o sexo do jeito que o ser humano pratica. Se um macaco tem uma relação sexual, ele fica plenamente satisfeito. O ser humano é capaz de ter várias relações sexuais em uma noite e não estar satisfeito. A felicidade é diferente do prazer, pois a felicidade vem da alma. O ser humano faz sexo e não fica plenamente satisfeito, porque ele foi feito para Deus. A sua insatisfação é a prova de que você foi feito para Deus.

Quais são as consequências disso? Você está neste mundo, mas você não é para este mundo. O que Jesus disse de si mesmo serve para o ser humano: “O filho do homem não tem onde reclinar a cabeça”. Você já viajou de ônibus ou avião durante a noite? Você tenta dormir e busca várias posições; coloca a cabeça e não consegue uma posição boa durante toda a noite. Esta experiência nos mostra o que significa o que disse Jesus. Nossa vida, neste mundo, é uma viagem de ônibus. Você tenta reclinar a cabeça em diversas realidades, mas não encontra nunca a satisfação. Por quê? Porque você foi feito para Deus.

Quer dizer, então, que esta vida é ruim? Não! Esta vida é boa. Mas ela é como um banquete, e, antes dele, lhe oferecem um aperitivo. É uma coisa boa, mas não foi feito para saciar a pessoa. Esta vida é muito boa, mas é apenas um aperitivo. O prato principal é o céu.

Nós precisamos, a todo momento, de um exercício para colocar os nossos pés no chão. Este exercício se chama vida de oração. O problema é que, muitas vezes, nos sentimos um peixe fora d'água. Muitas pessoas vivem no pecado, e para isso não é preciso muito esforço. Ao contrário, para permanecer na fé é preciso esforço, é preciso oração, penitência e estudo.

Nossos três inimigos são: o mundo, a carne e o diabo. Eles prometem, mas não cumprem suas promessas. Eles não nos fazem feliz. Nós insistimos no erro de cair em seus enganos, por causa do pecado original, que quer nos fazer achar que a felicidade plena está neste mundo. Imaginem uma noiva que recebeu um presente e fica tão encantada que esquece do noivo. Uma mulher dessas é maluca, não é? Nós somos essa mulher. Deus nos deu esse mundo de presente e nós ficamos tão encantados com o presente e esquecemos de Deus.

Santo Tomás de Aquino nos ensina que a caridade sobrenatural não pode ser abusada, ao contrário do amor natural. Por exemplo: você ama seu filho, isso é bom. Mas você pode amá-lo tanto a ponto de ficar apegado a ele e isso se tornar uma carência, uma dependência. Já a caridade sobrenatural não tem limites. Qual a diferença entre o amor natural e o sobrenatural? É a razão, o porquê. Eu tenho que amar Deus, por causa d'Ele. Eu tenho que me amar, por causa de Deus, e eu tenho que amar o meu próximo por causa de Deus. E é assim que o amor é sobrenatural.

Vamos ver isso na prática. Amar Deus por causa de Deus. Santa Terezinha do Menino Jesus aprendeu que deveria amar Jesus por Ele mesmo. Mas muitos fazem assim: adoram Jesus no sacrário, porque querem ir para o céu, ou seja, estão adorando-O não por causa d'Ele mesmo, mas pelo interesse de ir para o céu. O amor sobrenatural não é o de quem ama como um escravo nem como um mercenário. Quem ama como escravo ama a Deus por medo do inferno. Quem O ama como mercenário, o faz, porque busca recompensas. Santa Terezinha dizia: "Eu gostaria de amar Deus sem que Ele soubesse que fui eu quem O amou. Ela O amava por quem Ele era, não em busca de recompensas.

Temos de transformar o nosso amor natural em um amor sobrenatural. Ame seus filhos, seus pais, todas as pessoas por causa de Deus. Como fazer isso? Quando seu filho lhe trouxer muitos sofrimentos e desgostos, e, por causa de Jesus, você permanecer amando-o, sem desistir dele, aí você ama com amor sobrenatural. Quando seus pais, depois de velhos, perdem a lucidez e lhe dão muito trabalho, mas, mesmo assim, você cuida deles, aí está o amor sobrenatural.

O amor de Jesus, o Esposo fiel, pede de nós um caminho de amor sobrenatural, de amar os outros, a mim mesmo e a Deus por causa d'Ele. Aqui, nesta terra, não temos morada definitiva; nosso repouso será o céu. Ele nos espera. Coragem!

Acampamento Revolução Jesus
Transcrição e adaptação: Fabrício Neto
11/01/14

Fonte: http://www.cancaonova.com/

Revolução sexual x Revolução do amor

Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo! É uma alegria estar aqui com vocês neste Acampamento "Revolução Jesus", que tem este belo tema:"Livres para amar". Uma das coisas mais extraordinárias que podem acontecer com o ser humano é, já aqui na terra, começar a amar. Mas não é uma coisa óbvia, pois, exatamente no centro da nossa vida, onde está a fonte da vida e da humanidade, parece que se instalou uma lei da morte e da escravidão.

O bem-aventurado Papa João Paulo II, logo que foi eleito em 1978, fez um grande esforço ao ensinar aos jovens a força existente no amor de Deus, que se manifesta na nossa própria natureza humana, nos nossos corpos e nos nossos corações. Esses ensinamentos mais tarde ficaram conhecidos como "Teologia do Corpo", que foram tema de 129 catequeses do Pontífice polonês para nos ensinar esta realidade. Ele fez isso, pois, como padre e bispo, notou a grande dificuldade que os jovens tinham de viver a lei de Deus com relação à sexualidade. A Igreja, hoje em dia, é tachada por muitas pessoas de repressora, algumas destas dizem: “Eu vivo o sexo como eu quiser! Esses homens velhos e solteirões da Igreja não entendem nada de sexo. A Igreja Católica é uma repressora por tentar impedir que as pessoas sejam felizes com seu impulso sexual”, essa é a grande acusação que fazem contra a Igreja e esta acusação é falsa.

Os religiosos, esses “velhos” como o Papa João Paulo II, entendem muito mais sobre amor do que os chamados libertadores e revolucionários da Revolução Sexual. Aqui está a grande proposta da Igreja, se o mundo fez a revolução sexual nós precisamos fazer a revolução do amor. Alguns perguntam por que a Igreja não muda estas normas, não as adaptam aos tempos modernos? O Papa, os bispos e os padres não podem mudar as leis morais, porque elas não foram feitas por eles. Eles são mensageiros d'Aquele que nos fez, o nosso "Fabricante", Deus, que vem com uma mensagem e nos diz: "Assim vocês serão felizes".

Vou fazer uma comparação para vocês entenderem. Se você tem um carro "flex" você pode abastecê-lo tanto com gasolina como com etanol. Você é livre para escolher qual combustível usar. Mas pensemos que você, revoltado, como um revolucionário, não quer se submeter a esta instrução de usar os combustíveis determinados pelo fabricante e, como dono do carro, abastece o veículo com diesel. O carro vai andar? Não.

Na nossa vida é da mesma forma, temos dois caminhos, temos que escolher entre eles. O primeiro caminho é o mais comum, a aliança de amor, chamada de "matrimônio" e o outro caminho chamado é o "celibato", que também é uma aliança de amor, uma oferenda da sua sexualidade para Deus. Esses são o "etanol" e a "gasolina" que você pode colocar no seu "tanque". Acontece que o homem moderno não quer obedecer às "instruções do Fabricante". Existe uma recomendação, mas queremos colocar outros "combustíveis no carro da nossa vida" e queremos obrigar esse carro a funcionar. Este é o problema! Existe um "Fabricante" que nos diz o caminho que devemos percorrer para sermos felizes e nós somos livres para escolher.

Quem é solteiro, está solto, disponível. Um padre, como eu, não é solteiro. O padre é comprometido em uma aliança de amor com Deus e deve viver assim.Nós precisamos entender isso, ninguém tem vocação para ser solto, para ser solteiro, no entanto, hoje, nossa sociedade acha que liberdade é você ser solteiro, mas não é assim. A liberdade do amor acontece quando selamos uma aliança de amor, quando celebramos uma aliança de amor nós somos livres para amar.

Para você que namora eu pergunto: Você tem vontade de matar sua namorado(a)? Não estou falando de momentos em que ele(a) o deixa com raiva. Digo se você já teve literalmente vontade de, com uma arma, matar seu(a) namorado(a) por estar com ódio dele (a). Outra pergunta: você tem vontade de matar sua mãe? Não! No entanto, existe um mandamento de Deus que diz: "Não matarás". Existe este mandamento, mas você não sente vontade de matar sua mãe, você não se sente escravo dessa lei, pois você não sente vontade de matá--la, não é? Você é livre. Quando seu coração obedece à lei de Deus você vive uma liberdade maravilhosa!

Vamos ver agora isso no campo da sexualidade. Você não tem vontade de ter relações sexuais com sua mãe, nem com seu pai. Você não vai dizer: "A Igreja castradora está me impedindo de fazer isso", pois seu coração está no lugar e não deseja isso. Você nem chega a imaginar isso, porque seu coração está em ordem, no lugar certo e é livre para amar.

A moral sexual da Igreja é a moral da família. Pegue todas as leis sexuais e você pode resumi-las na família, é a moral sexual que permite que exista família. Por que é que uma menina pode andar tranquilamente em sua casa, de pijama, sem ter medo de que seu pai e seus irmãos a desejem sexualmente? Isso acontece porque ela tem segurança de que, em sua casa, não existe um coração perverso. E por isso que o incesto é algo tão terrível, pois é uma desordem. A família é uma ilha de paz onde se tem segurança. A lei moral sexual, dentro da família, é muito clara e isso cria uma liberdade para amarmos. O projeto de Deus é que sejamos família.

"O amor não vicia, mas o pecado e o egoísmo sim!", recorda padre Paulo Ricardo
Foto: Wesley Almeida/Foto CN

Existe algo dentro de nós que não quer ser família, existe algo que perturbou este projeto divino. A moral sexual da Igreja poderia ser chamada de "moral familiar". O sexo só pode ser realizado em um projeto de família, em que um homem e uma mulher se unem de forma permanente para gerar filhos, não estou dizendo que ele é feito só para isso, mas ele tem a ver com esta obra linda de gerar crianças. Este é o projeto de Deus e é, porque perdemos a noção disso, que a moral sexual se tornou tão complicada para nós. Se eu, como padre, olhar para todas as pessoas como meus filhos espirituais eu não irei sentir desejo sexual por essas pessoas. Esse é o segredo do celibato: a paternidade. Quando o diabo joga uma flecha na minha imaginação para eu olhar de forma lasciva para uma pessoa, eu digo: "Não, ela é minha filha, não posso deixá-la órfã!" Se eu desejar uma mulher sexualmente ela ficará órfã, pois ela perdeu um pai espiritual. Nossa vocação é ser família. Ou você vai ser família biológica ou você vai ser família espiritual. O celibatário não é alguém sem família, ele tem uma família maior, espiritual.

O amor não vicia, mas o pecado e o egoísmo sim. Ninguém pode dizer que é viciado na castidade. O marido e a mulher castos não são viciados em fidelidade, embora eles possam cair a qualquer momento. Mas quem é viciado na infidelidade, no pecado, não consegue ser fiel em nenhum momento, pois ele fica viciado. Onde está a raiz disso?

Nas primeiras páginas da Bíblia é narrado o casamento de Adão e Eva e nas últimas páginas da Sagrada Escritura existe o casamento de Deus com a humanidade. O Papa João Paulo II nos ensina que Deus nos fez família aqui na terra, que nos casássemos aqui na terra para que isso fosse um sinal que aponta para o casamento definitivo de Cristo com a Igreja.

Eu sou vigário em uma paróquia de Cuiabá, e todos os meses eu preparo casais para o casamento. É bonito ver o casal de pombinhos. Na palestra eu pergunto a eles: "Quem vai se casar para ser feliz?" E todos respondem: "Eu!" A má notícia é que isso não dá certo. E por quê? Rapaz nenhum, mulher nenhuma, vai poder fazê-lo feliz! Moça, nenhum rapaz vai fazê-la feliz. O mesmo vale para os rapazes. Só Deus, no céu, vai fazê-la verdadeiramente feliz! Nós fomos feitos para estar unidos com Deus no céu em uma felicidade completa, sem limites, infinita. Todas as felicidades desta terra são passageiras.

Eu não estou dizendo para você não se casar. Se esta é a sua vocação, faça isso, mas não se case pensando que seu (a) marido (mulher) vai fazê-lo feliz, porque, senão, vocês dois estarão, daqui a algum tempo, trocando acusações. Se você está com seu (a) namorado(a) ou seu (a) esposo(a) diga para ele (a): "Eu não consigo te fazer feliz. Isso é no céu". Imagine o fardo de ter que fazer uma pessoa plenamente feliz! O casamento dos cristãos é um letreiro que diz: "No céu seremos todos felizes em um casamento que não tem defeito, a união perfeita com Deus".

Quando você vai a um casamento você tem lá o casal e o padre, que é a testemunha qualificada. Olhando para o padre e para o casal nós vemos um diálogo silencioso: O casal diz para o padre: "Todos nós fomos feitos para o casamento". E o padre diz para o casal: "Sim, mas o casamento a que nós somos chamados não é este, é o casamento definitivo com Deus". Por isso a Igreja precisa de celibatários, pois eles nos apontam que nosso casamento definitivo é com Deus.

O padre é escolhido para ser um sinal do Esposo. O padre usa a batina preta como sinal de que ele morreu para o mundo e deve viver agora para uma outra missão. Quem morreu? O Paulo Ricardo. E quem apareceu ali? Jesus Cristo, o Esposo. O padre é um outro Cristo. Quando você tem a Igreja reunida para a Eucaristia, você tem um sinal externo, simbólico do Esposo, que é Cristo, na pessoa do padre, e da esposa, que é a Igreja reunida. E é neste banquete maravilhoso que, um dia, vamos nos unir com Deus. Este é o projeto de Deus para nós, mas, infelizmente, ele [este projeto] foi deturpado.
"Homem, mostre como deve ser essa condução até Jesus!" 
Foto: Wesley Almeida/ Fotógrafo CN 


Nossos corpos falam que nós somos incompletos. Existe algo escrito em nosso corpo. Todos os nossos órgãos são completos, exceto os órgãos reprodutivos. Eu explico. Quando eu abro o olho, ele é completo nele mesmo, eu o abro e vejo. Eu não preciso do olho de outra pessoa para ver. Assim também com meus ouvidos, com minha boca. Mas, por exemplo, quando eu olho para os órgãos reprodutores, os genitais de um homem, eles não têm sentido nenhum se não existe o órgão reprodutor da mulher. Permita-me fazer a analogia: é como uma chave para uma fechadura. Você já encontrou chaves que não se encaixam em nenhuma fechadura? Ela não tem sentido, não serve para nada. Assim são os órgãos sexuais, eles têm uma característica única, não têm sentido em si mesmos. O Papa emérito Bento XVI, quando ainda era o cardeal Ratzinger, disse que, quando ele publicou uma orientação pastoral para os homossexuais, não tem ideologia gay no mundo que consiga quebrar a força dessa realidade.  

Você pode repetir quantas vezes quiser que a união entre dois homens e que a união de duas mulheres são a mesma coisa que a união de um homem com uma mulher. Você pode repetir várias vezes isso, mas isso é artificial, pois o mundo real grita que, quando um homem se une com uma mulher, acontece o milagre da vida. Quando dois homens se unem não acontece nada; e quando duas mulheres se unem também não acontece nada; e este é o mundo real. Desculpem-me, não estou discriminando ninguém. A Igreja não quer discriminar os homossexuais como se eles fossem inferiores. A Igreja quer somente dizer: Existe uma obra inscrita na criação, se nós obedecermos ao nosso Criador, ao ''Fabricante'', vai ser melhor para todos. As pessoas dizem que ficamos castrando os homossexuais ao afirmarmos que eles não podem usar o sexo como querem. Mas ninguém pode usar o sexo como quiser. A Igreja não discrimina ninguém, ela pede a castidade para todos. Os casais [homem e mulher] também são chamados à castidade.

Peguemos um versículo da Bíblia, Mateus 5, 27-28. Jesus, no Sermão da Montanha, fala a respeito da lei sexual. “Ouvistes que foi dito aos antigos: Não cometerás adultério. Eu, porém, vos digo, que qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar, já em seu coração cometeu adultério com ela”. O Papa João Paulo II nos ensina que este mandamento de Jesus vale para todos, inclusive para os esposos, um não pode olhar para o outro apenas como uma coisa, como objeto. As pessoas não são objetos para ser desfrutados. Quando usamos o sexo, fora daquilo que Deus planejou, estamos tratando as pessoas como coisa, não como pessoas. A melhor forma de entendermos o projeto para o santo matrimônio é olhar para a cruz de Cristo, pois ali Jesus ensina como todo esposo deveria olhar para sua esposa. Da cruz Jesus nos diz: "Isto é o meu corpo que é dado por vós".
O sonho de Deus é que Ele nos colocou nesta vida para que nós preparemos um matrimônio maravilhoso que acontecerá no céu. Precisamos amar desde já e para isso precisamos seguir as instruções do Criador. O sexo só deve ser realizado quando houver um amor de quem entrega para toda a sua vida. O amor é que torna lícito o sexo.

Mas você pode dizer: "Eu amo minha namorada, padre! Estou disposto a dar a minha vida por ela. Eu a defenderia a vida dela com a minha". Se você está disposto a defender sua namorada, defenda-a de você, pois ela pode nunca receber um tiro, mas é maior o risco que ela seja usada por você e ser jogada fora. Quantas vezes já vimos casais de namorados que fizeram juras de amor e depois descartaram o outro. Se você, de fato, está disposto a dar a vida por ela, então se case com ela!

O sexo, fora do casamento, é sempre uma mentira, pois o corpo fala. O corpo é mais sincero que a boca. Muitas vezes, com sua boca, você diz uma coisa, mas o seu corpo diz outra. Na relação sexual, fora do casamento, o corpo diz que você é todo do outro, mas, no fim, você se levanta e vai embora. A lógica dos anticoncepcionais contradiz o amor de doação. O projeto de Deus, a revolução que Jesus Cristo quer colocar em nossos corações é a revolução do amor. Se, nas décadas de 60 e 70, o mundo fez uma revolução sexual, na década de 80, com o Papa João Paulo II, a Igreja fez uma revolução do amor. O Sumo Pontífice diz ao mundo inteiro que o sexo só tem sentido em um amor que entrega toda sua vida livre e fielmente, de forma fecunda para outra pessoa, quando um homem se entrega à outra pessoa para ser família. Deus abençoe vocês.
 


Transcrição e adaptação: Fabrício Neto

Fonte: http://www.cancaonova.com/portal/canais/eventos
data da palestra 10/01/14
Campamento Revolução Jesus 

Posso usar uma figa?

“É no Senhor que confia quem O teme: Ele é seu auxilio e o seu escudo.” (Sl 155, 11)
Posso usar uma Figa?
Figa
Quantas vezes podemos ver pessoas e mais pessoas carregando uma figa junto ao seu corpo. Seja por meio de um colar, pulseiras, brincos, bijuterias e etc… Existe famílias que é costume dar uma figa quando um bebê nasce, e não sei de onde surgiu tal costume, mas de fato muitas vezes vejo bebês utilizando este tipo de objeto.
Para quem ainda talvez não saiba sobre o que eu estou falando, estou falando deste símbolo na qual se é representado por umamão, e que o dedo polegar é colocado entre o dedo indicador e o dedo médio; como vocês podem ver na Imagem ao lado.
A origem da figa vem do povo Europeu, mais precisamente do povo Italiano, na qual se explica que a figa já há muitos séculos era utilizada como um amuleto. Para eles a figa era uma forma de representar o ato sexual, e ainda representava e se fazia da figa uma associação à FERTILIDADE e ao EROTISMO.
Como para os povos mais antigos existia também um tipo de mentalidade na qual ensinavam que mulheres que não tivessem filhos eram amaldiçoadas por Deus, geralmente as mulheres se utilizavam dafigaque era um modo de espantar qualquer tipo de mal e desgraça sobre a sua fertilidade.
Existe ainda historias ou lendas, não se sabe se isso era um costume que os povos antigos realmente adotaram, que era usar a figa como um símbolo de EROTISMO para que de alguma forma o Mal fosse distraído pela figa e a imagem obscena que a mesma transmitia; sendo assim o Mal não investiria sobre a fertilidade da pessoa que estava usando a figa.
A verdade é que com o passar do tempo, a figa e o seu significado foram sendo distorcidos, e a figa se tornou então uma espécie de amuleto para espantar o mau olhado, para espantar olho gordo, inveja, espantar o azar e trazer todo o tipo de sorte.
Concluindo: A Figa é usada hoje como um objeto de superstição!
E qual é o ensinamento que a Igreja Católica Apostólica Romana através do Catecismo nos ensina sobre a Superstição?
Vamos então ao numero 2111 do Catecismo:
A superstição é um desvio do sentimento religioso e das práticas que ele impõe. Também pode afectar o culto que prestamos ao verdadeiro Deus: por exemplo, quando atribuímos uma importância de algum modo mágica a certas práticas, aliás legítimas ou necessárias. Atribuir só à materialidade das orações ou aos sinais sacramentais a respectiva eficácia, independentemente das disposições interiores que exigem, é cair na superstição.”
Posso usar uma figa?
Figas
Estamos colocando num objeto uma importância, um poder que não é real! Estamos confiando naquele objeto, que é o objeto em si que contem a força e o poder para realizar algo em meu favor!
A superstição é pecado, pois não atribuímos à Deus o bem que Ele nos oferece, a proteção e a graça, mas colocamos num objeto a nossa crença! Nos desviamos e podemos chegar a pecar gravemente contra Deus quando O excluímos da nossa vida porque estes objetos “pode me dar” o que eu preciso!
Para aqueles que já foram também em terreros de Candomblé, a determinados centros espiritas, casas de Umbanda, puderam notar que existe também grandes figas postas sobre estes lugares, e também são utilizadas como proteção do local. Existem pais de santo que dão uma figa para quem os procura pedindo ajuda, para que a mesma tenha o que eles chamam de “Corpo Fechado“. Significa que a pessoa que utiliza a figa, terá de determinada entidade que foi ligada a figa a proteção de todo o seu corpo, que nada poderá atingi-lá.
Pode então um verdadeiro cristão utilizar figa?
Claro que não! Não convém, não diz daquilo que cremos, não condiz com a nossa fé!
O que fazer com a figa que tenho?
Sem duvida nenhuma jogar fora! Não dê para ninguém! Se você não quer algo que não é bom para você, também não dê a mais ninguém! E se você tiver uma figa que é de ouro e por isso não quer joga – lá no lixo, então que ao menos derreta e faça um crucifixo para substitui – lá, vai condizer mais com sua fé!
A nossa proteção esta em Deus, esta é a nossa fé! Foi por isso que iniciei este artigo com este versículo do Salmo:
É no Senhor que confia quem O teme: Ele é seu auxilio e o seu escudo.” (Sl 155, 11)
Fonte: http://blog.cancaonova.com/livresdetodomal/posso-usar-uma-figa/

11 de Janeiro - São Teodósio

São Teodósio
o Cenobita da Capadócia
423-529

Teodósio, cujo nome significa "um presente de Deus", nasceu na Capadócia, atual Turquia, em 423, de pais ricos, nobres cristãos. Recebeu uma boa e sólida formação desde a infância sendo educado dentro dos preceitos da fé católica. Quando ainda muito jovem, era ele quem fazia as leituras nas assembléias litúrgicas de sua cidade. Um dia, lendo a história de Abraão, identificou-se com ele e descobriu que seu caminho era o mesmo do patriarca, que deixara sua terra para se encaminhar aonde Deus lhe apontava. Teodósio decidiu fazer o mesmo, seguindo inicialmente em peregrinação à Terra Santa, para conhecer os caminhos trilhados por Jesus.

Dotado de dons especiais como da profecia, prodígio, cura e conselho, sentiu a confirmação do seu chamado por Deus, ao se encontrar com Simeão, o estilista, outro Santo que havia optado por viver acorrentado e numa torre alta construída por ele mesmo. Simeão que nunca o tinha visto ou conhecido, o chamou pelo próprio nome e o avisou de que Deus o havia escolhido para converter e salvar muita gente. Teodósio entrou então para um convento próximo à Torre de Davi, onde rapidamente foi escolhido para a provedoria de uma igreja consagrada a Nossa Senhora. Mas sentia que aquela não era a sua obra, preferia a vida solitária da comunidade monástica do deserto, como era usual naquela época. 

Depois, seguindo a orientação de São Longuinho, que o aconselhava em sonhos, foi habitar numa caverna, que segundo dizem fora ocupada pelos Reis Magos ao regressarem de Belém. Alí se entregou às duras penitencias e orações, passando a pregar com um senso de humildade que contagiava a todos que por lá passavam. Logo começou a receber discípulos e outros monges formando uma nova comunidade religiosa cenobítica, isto é,
viviam uma vida retirada mas em comunicação servindo a comunidade movidos pelos mesmos interesses, princípios e prerrogativas cristãs.

Numerosos discípulos, de diversas nacionalidades, foram atraídos e reunidos por ele. Edificou três conventos, um para os que falavam grego, outro para os eslavos e o terceiro para os de idiomas orientais como hebreu, árabe e persa. Todos nos arredores de Belém. Construiu também três hospitais, um para anciãos, outro para atender todos os tipos de doenças e o terceiro para os que tinham enfermidades mentais. Aliás uma idéia muito nova para essa época e pouco freqüente no mundo inteiro. Além disso ergueu quatro igrejas.

Sua fama o levou ao posto de arquimandrita da Palestina, isto é, superior geral de todos os monges. Mas sua atuação contra os hereges acabou por condená-lo ao exílio, por confrontar-se com o Imperador Anastácio. Só quando o imperador morreu é que ele pôde voltar à Palestina reconquistando seu posto de liderança entre os monges.

Quando Teodósio morreu, com cento e cinco anos, em 529, seu corpo foi depositado na cova feita por ele mesmo, há muitos anos, naquela gruta onde os Reis Magos dormiram, entre Jerusalém e Belém. Seu enterro foi acompanhado pelo Arcebispo de Jerusalém e muitos cristãos da Cidade Santa assistiram ao seu funeral onde aconteceram
inúmeras graças e prodígios, que ainda sucedem no local de sua sepultura, embora tenha sido profanada e saqueada pelos árabes sarracenos. Seu culto se difundiu rapidamente pelo mundo cristão e se mantém ainda hoje muito forte.

Fonte: http://www.paulinas.org.br/

Nossa missão é a santidade

“Sede também vós santos em todas as vossas ações.” (I Pedro 1,15-16)


Contemplemos os santos e santas da Igreja. Modelos de vida cristã, eles são sinais de que, quando nosso coração vive na abertura ao amor de Deus, a graça é possível e acontece.
Todos nós, batizados, somos chamados para uma mesma missão: a santidade.
“Eu não quero ser santo”, grita o mundo hoje. A cultura do consumismo, da ganância, do lucro e do egoísmo, atraentes aos olhos humanos, está se instalando em nossos corações.
Ser santo é saber partilhar, reconhecendo na unidade do amor divino que somos um e, por isso, não podemos enxergar a miséria do outro sem sentir compaixão. O Sol é para todos... por que alguns poucos podem ter mais que outros? Onde está a lógica disso? Vida para todos não é caridade, é justiça!
A grande missão do cristão é o amor, e quando este amor se realiza, entendemos a santidade.
O mundo chora porque muitos não se sentem amados... Preferimos cultivar a inveja e a cobiça do que reconhecer o valor do outro.
Se soubéssemos entender nosso batismo... se soubéssemos adorar o amor na Eucaristia... se soubéssemos assumir nossa missão, o mundo seria mais santo e o céu começaria mais cedo.
E ser santo é reconhecer-se pecador. Na parábola do filho pródigo (Lucas 15,11ss), Jesus nos chama a ser como o filho mais novo: quando se reconhece pecador, retorna ao Pai... e no retorno, uma festa está a nossa espera...


Fonte:  http://www.proseandoscj.blogspot.com.br/

O BATISMO DE JESUS

Neste mês de Janeiro, no domingo, dia 12, encerramos o tempo natalino com a celebração do Batismo de Jesus. A partir de seu Batismo, cheio do Espírito Santo, Jesus inicia sua missão messiânica.
São Mateus nos descreve desta forma esse acontecimento: “Da Galileia, foi Jesus ao Jordão ter com João, a fim de ser batizado por ele. João recusava-se, dizendo: Eu devo ser batizado por ti e tu vens a mim! Mas Jesus lhe respondeu: Deixa por agora, pois convém cumpramos a justiça completa. Então João cedeu. Depois que Jesus foi batizado, saiu logo da água. Eis que os céus se abriram e viu descer sobre ele, em forma de pomba, o Espírito de Deus. E do céu baixou uma voz: Eis meu Filho muito amado em quem ponho minha afeição” (Mt 3, 13-17).
Jesus precisava ser batizado? Evidentemente não! O Batismo ministrado por São João Batista, filho de Isabel e Zacarias, era um gesto simbólico dado por alguém que, ouvindo a pregação de João, reconhecia seus erros, pecados, injustiças e impiedades, tomava uma decisão de mudança de vida, e para manifestar essa conversão, descia às águas e era batizado. As águas servem para lavar... O mergulho nas águas simbolizava a lavação de todos os erros e pecados da vida passada daquela pessoa, e a sua decisão de viver “lavado”, limpo, como uma nova pessoa de bem. Ora, Jesus não tinha pecados e misérias a serem lavadas. O Batismo de Jesus tem outras significações que procuraremos conhecer, admirar e agradecer.

O encontro dos dois primos
Trinta anos antes desse encontro de Jesus com João Batista, no rio Jordão, houve um outro, quando ambos ainda estavam sendo gerados no ventre de suas respectivas mães. Foi quando Maria, a mãe de Jesus, foi visitar Isabel. Esta estava grávida de oito meses, e Maria, de dois meses. Nesse encontro das duas grávidas, houve o encontro dos dois bebês. Foi um encontro profundamente marcante. Isabel disse a Maria: “Assim que a tua saudação chegou aos meus ouvidos, o menino exultou de alegria em meu ventre”. João exultou pelo fato de ter encontrado Jesus. Sabemos que, nesse encontro, João foi santificado no ventre materno pela presença do Salvador no seio de Maria. Trinta anos depois, voltaram a se encontrar no rio Jordão.

O Batismo de Jesus
O Batismo de Jesus foi realizado por nossa causa, para um imenso bem para todos nós. Jesus, na Encarnação, assumiu a nossa natureza humana ferida de pecado. Ele veio “para tirar o pecado do mundo”, e também de cada ser humano que nele crê. Ao descer às águas, no seu batismo, Jesus “levou” a nossa natureza pecadora para “lavá-la”, perdoá-la e santificá-la, a fim de que todos os que seriam batizados pelo Batismo-sacramento, pelos séculos afora, recebessem o perdão dos pecados, bem como uma vida nova, a amizade do Deus-Trindade e a fraternidade humana.
Em vez de Jesus “ser lavado” pelas águas do Jordão, ao entrar nelas, Ele as santificou para todos os tempos, a fim de que, no Batismo-sacramento, elas tivessem o poder de realizar as maravilhas espirituais que ocorrem por meio desse sacramento. Quais as maravilhas? O batizando recebe o Espírito Santo, o qual torna presentes consigo, o Pai criador e o Filho salvador. Dessa forma o batizando se torna templo vivo da Trindade. Mais. É adotado pelo Pai celeste como filho, torna-se irmão de Jesus, e amigo do Espírito Santo. Torna-se membro da família de Deus, a Igreja, e por isso recebe todos os batizados como seus irmãos. Por ser adotado como filho pelo Pai, passa a ter direito à herança de todos os tesouros do Pai, principalmente a vida eterna.

Desceu o Espírito Santo
Diz o texto de Mateus: “Depois que Jesus foi batizado, saiu logo da água. (E estando Ele a orar: Lc 3,21), eis que os céus se abriram e viu descer sobre Ele, em forma de pomba, o Espírito de Deus”.
Nós fomos muito abençoados quando Jesus “entrou nas águas”... e Ele foi plenamente abençoado em sua natureza humana, quando “saiu das águas” e se pôs em oração , pois recebeu o Espírito Santo . Teólogos explicam que naquele momento a natureza humana de Jesus foi inundada, plenificada, totalmente possuída pelo Espírito Santo, a fim de que Jesus iniciasse a sua missão messiânica na plenitude do poder do Espírito Santo. De fato, São Lucas é muito explícito ao se referir ao início da missão de Jesus. Ele escreveu: “Cheio do Espírito Santo, voltou Jesus do Jordão e foi levado pelo Espírito ao deserto, onde foi tentado pelo demônio durante quarenta dias. Durante este tempo ele nada comeu e, terminados estes dias, teve fome. (Lc 4,1-2)Continua Lucas dizendo que depois das tentações “Jesus, então, cheio da força do Espírito, voltou para a Galileia. E a sua fama divulgou-se por toda a região. Ele ensinava nas sinagogas e era aclamado por todos (Lc 4,14-15). E ao ir à sinagoga de Nazaré, sua terra, baseado num texto de Isaías, Jesus declarou: “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque me ungiu; e enviou-me para anunciar a boa nova aos pobres, para sarar os contritos de coração, para anunciar aos cativos a redenção, aos cegos a restauração da vista, para pôr em liberdade os cativos, para publicar o ano da graça do Senhor.(Lc 4, 18-19) Cheio do Espírito Santo Jesus realizou essa sua missão.
Foi no poder do Espírito Santo recebido no seu batismo que Jesus venceu a batalha contra o demônio nas três grandes tentações (do prazer, do poder e do possuir). Foi sempre no poder o Espírito Santo que Jesus realizou todas as suas pregações. Foi no poder o Espírito Santo que Jesus realizou todas as curas de todas as enfermidades, que ressuscitou os mortos e realizou todos os milagres. Foi no poder o Espírito Santo recebido no batismo que Jesus assumiu e suportou sua paixão e morte de cruz. Foi no poder do Espírito Santo que Jesus ressuscitou e subiu aos céus. É no poder do Espírito Santo, recebido em plenitude no seu batismo, que Jesus continua agindo na Igreja, e continuará até o fim dos tempos.

Este é meu Filho muito amado
Logo após o Batismo, Jesus saiu das águas e pôs-se a orar. E “Eis que os céus se abriram e viu descer sobre Ele, em forma de pomba, o Espírito de Deus. E do céu baixou uma voz: Eis meu Filho muito amado em quem ponho minha afeição” (Mt 3, 17). Deus Pai manifestou-se já no primeiro momento da missão de Jesus, declarando-o seu Filho muito amado. Essa declaração feita a toda a humanidade de todos os tempos pelo Pai celeste é de uma importância extraordinária, pois Jesus, até o seu Batismo, era simplesmente conhecido como o “carpinteiro, filho de José”. Mas a partir de agora Ele se apresentará como “o Filho do homem”, como “o Filho de Deus”, como o Messias esperado por mais de dois mil anos. Agora Ele se manifestará anunciando o reino de Deus, realizando curas, milagres e prodígios.
A declaração de Deus Pai dá segurança aos corações que aderem a Jesus pela fé. “Ele e o Pai são um”. Portanto, esse Jesus também é Deus, Filho de Deus Pai. Quem crê, aceita e adora o Pai celeste, também irá crer no Seu Filho, e irá aceitá-lo como Salvador e Senhor.

A Trindade presente
A Santíssima Trindade esteve presente para realçar a grandeza do acontecimento do batismo de Jesus. 1. A presença de Deus Filho: o Filho eterno do Pai que tomou um corpo humano a fim de viver igual a nós em tudo, menos no pecado, e que assumiu a missão que lhe foi confiada pelo Pai, apresenta-se a João Batista para ser batizado, a fim de iniciar sua missão messiânica. 2. A presença do Espírito: o Espírito Santo desceu em uma forma visível de uma pomba, o símbolo da paz, para ser a “força divina” na humanidade de Jesus. 3. A presença do Pai: Deus Pai se manifestou dando-nos a certeza de que Jesus de Nazaré era seu Filho, e que podíamos crer e confiar nEle.
Essa mesma Trindade vem habitar no coração do ser humano quando é batizado. Ao batizar uma pessoa, o ministro do Batismo declara: “Fulano, eu te batizo em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”. Se traduzirmos a palavra “batismo”, quem vem do grego, para o português, teremos “mergulho”. Mergulhar em quê?... Em Deus, que é amor. Literalmente, portanto, podemos entender assim: “Fulano, eu te mergulho no amor criador do Pai, no amor salvador do Filho que é Jesus, e no amor santificador do Espírito Santo”. Porque o batizando é mergulhado nEles, o Pai, o Filho e o Espírito Santo fazem moradia no seu coração.

Somos os abençoados!
Todo esse maravilhoso acontecimento do Batismo de Jesus tem a ver conosco, batizados na Igreja Católica. Foi por você e por mim que Jesus assumiu uma natureza humana. Foi por você e por mim que Jesus desceu às águas para que fossemos lavados no dia do nosso batismo. Foi por mim e por você que o Espírito Santo plenificou Jesus para o seu ministério messiânico, a fim de que nos anunciasse o Reino e nele nos introduzisse. Foi por nós que o Pai se manifestou dando-nos a certeza de que Jesus de Nazaré era seu Filho, nosso Salvador. Foi para nós que Jesus instituiu o Santo Batismo a fim de recebermos todas as maravilhosas graças que nos advieram naquele dia. É para nossa salvação eterna e santificação que a Trindade mora em nós.
Bendito o dia em que Jesus foi batizado! Bendito o dia do nosso santo batismo.

Fonte: http://dehonbrasil-aliriopedrini.blogspot.com.br/

10 de jan. de 2014

Papa na Santa Marta: "A fé é vitória. Não sejamos cristãos derrotados"

 2014-01-10 



Cidade do Vaticano (RV) - A fé pode tudo e vence o mundo: foi o que disse o Papa na missa presidida esta manhã, na Capela da Casa Santa Marta.

O centro da homilia do Papa foi o trecho da primeira Carta de São João, em que o Apóstolo insiste naquela palavra que, para ele, é a expressão da vida cristã: “permanecer no Senhor”, para amar a Deus e o próximo. Este permanecer no amor de Deus, explicou o Pontífice, é obra do Espírito Santo e da nossa fé:

Qualquer pessoa que permanece em Deus, que foi gerada por Deus, que permanece no amor, vence o mundo e a vitória é a nossa fé. Da parte de Deus, o Espírito Santo faz esta obra de graça. Da nossa parte, é a fé. É forte! E esta é a vitória que venceu o mundo: a nossa fé! A nossa fé pode tudo! É vitória! E seria bom se repetíssemos isso também a nós, porque muitas vezes somos cristãos derrotados. Mas a Igreja está cheia de cristãos derrotados, que não acreditam que a fé é vitória; que não vivem esta fé. E se esta fé não é vivida, existe a derrota, e quem vence é o príncipe do mundo. 
Jesus – recordou o Papa – louvou muito a fé da hemorroíssa, da cananeia e do cego e dizia que quem tem fé como um grão de mostarda pode mover as montanhas. “Esta fé – afirmou – pede a nós duas atitudes: confessar e confiar.” Antes de tudo, confessar:

A fé é confessar Deus, mas o Deus que se revelou a nós desde o tempos dos nossos pais até hoje; o Deus da história. É o que todos os dias recitamos no Credo. E uma coisa é recitar o Credo do coração e outra como papagaios, não? Creio em Deus, creio em Jesus Cristo, creio… Eu creio naquilo que digo? Esta confissão de fé é verdadeira ou eu a digo um pouco decorado, porque se deve dizer? Ou creio parcialmente? Confessar a fé! Inteira, e não uma parte! Inteira! E esta fé deve ser inteiramente custodiada, como chegou a nós pela estrada da tradição: toda a fé! E como faço para saber se eu confesso bem a fé? Há um sinal: quem confessa bem a fé, toda a fé, tem a capacidade de adorar, adorar a Deus. 
“Nós sabemos como pedir a Deus, como agradecer a Ele, mas adorar a Deus é algo mais”, prosseguiu o Papa, afirmando que somente quem tem esta fé forte é capaz de adoração. Para Francisco, o termômetro da vida da Igreja está baixo nesse sentido, pois são poucos os que têm a capacidade de adoração. Segundo ele, isso acontece porque na confissão da fé não estamos convencidos, ou parcialmente convencidos. E se a primeira atitude é confessar a fé, a segunda é confiar:

O homem ou a mulher que tem fé, confia em Deus: se entrega! Paulo, num momento difícil de sua vida, dizia: ‘Eu sei bem em quem tenho acreditado’. Em Deus! No Senhor Jesus! Entregar-se: e isso nos leva à esperança. Assim como a confissão da fé nos leva à adoração e ao louvor de Deus, confiar em Deus nos leva a uma atitude de esperança. Há muitos cristãos com uma esperança com demasiada água, pouco forte: uma esperança fraca. Por quê? Porque não têm a força e a coragem de confiar no Senhor. Mas se nós cristãos acreditarmos confessando a fé, custodiando-a, e confiando em Deus, no Senhor, seremos cristãos vencedores. E esta é a vitória que venceu o mundo: a nossa fé!
(BF)



Texto proveniente da página http://pt.radiovaticana.va/news

10/01 Nossa Senhora de Constantinopla

A devoção de Nossa Senhora Odigitria surgiu na cidade de Constantinopla, no governo do imperador Justiniano. Entretanto a antiga tradição narra que sua origem procede da Síria, do primeiro século do Cristianismo. Segundo a narrativa, a imagem desta invocação seria uma das três pintadas por São Lucas, o Evangelista, que viveu neste país. Porém este seria um ícone milagroso, pois quando lhe faltaram as forças e tendo a pintura da imagem para concluir, São Lucas implorou ajuda celestial da Santíssima Mãe e o próprio ícone concluiu a pintura da obra.

Depois da morte de São Lucas, o ícone da Mãe de Deus foi colocado para veneração dos fiéis na igreja de São Pedro em Gálata, na Síria. Durante o Império Romano-Bizantino, antes da metade do século VI, a imperatriz Eudóxia enviou o referido ícone mariano, para Constantinopla para a imperatriz Santa Pulquéria que o colocou na mais bela igreja dedicada à Mãe de Deus que mandara construir, chamada de Ton Odegon, que em grego significa "da guia". 

Assim surgiu o título mariano "Odighitria" que em grego quer dizer "Ela que indica o Caminho". Porém, para alguns estudiosos ele derivaria do fato que os guias, ou melhor os "odighos", dos exércitos se recolhiam neste mosteiro para rezar; para outros, seria por causa do nome da igreja de Constantinopla que conservava o ícone da venerada imagem mariana, obra de São Lucas. 

Contudo, para a tradição este título se refere de fato ao milagre atribuído à Virgem Maria, que guiou dois cegos até a sua igreja em Constantinopla onde recuperaram a visão. Só com o tempo "Odighitria" adquiriu um significado exclusivo para este ícone, em função da posição do braço de Maria que indica o Filho como: "Caminho, Verdade e Vida".

A partir de 716, quando o imperador Leão III, o Isauriano, assumiu o trono, esquecido das graças obtidas por intercessão da Santíssima Virgem, iniciou a perseguição às imagens sagradas. Mas esta devoção já havia se espalhou por toda a cristandade do Ocidente, que em muitos lugares recebeu o título de Nossa Senhora de Constantinopla.

No sul da Itália, em Bari, cidade vizinha de Nápoles, o título grego foi abreviado para Idria ou Itria. Os registros antigos mostram que no século VIII, dois sacerdotes com receio da destruição da cópia do ícone de Constantinopla, venerado pelo povo barese como Santíssima Maria de Idria, embarcam para Roma, levando o ícone escondido. Mas uma tempestade impediu o navio de partir e a imagem retornou para a igreja. Hoje a população de Bari a festeja como Padroeira da cidade.

A cópia deste ícone que se encontra na Catedral de Bari, se tornou a relíquia mais antiga desta invocação mariana, existente em todo mundo.

Fonte: http://www.paulinas.org.br/

10 de Janeiro - Santo Aldo

Santo Aldo
Eremita
Séc. VIII

Muito interessante a trajetória deste singelo e tradicional santo de nome Aldo. Dele não se encontrou nada escrito no Calendário universal da Igreja, e em nenhum Martirológio local. Apenas os jesuítas belgas, que catalogaram a vida dos santos da Europa do Norte na obra publicada em 1.600, citaram neste dia o nome de santo Aldo, sozinho e solitário.

Sozinho, porque é o único santo com este nome, e solitário, como foi e continua sendo difundido, porque era um devoto ermitão. Ele se tornou monge, do mosteiro fundado pelo irlandês são Columbano, na cidade de Bobbio, vizinha de Pavia, cidade que guarda as suas relíquias. Aldo foi sepultado primeiro na capela de são Columbano e depois transferido para a basílica de são Miguel, daquela cidade, na Itália 

Não sabemos a data e o lugar do seu nascimento. Parece que viveu no século VIII, mas foi num destes que a História definiu como "obscuros". Conceito que, no caso de Aldo, se tornou verdadeiro, pois não deixou transparecer nada sobre a sua vida e sua pessoa, deixou apenas uma atmosfera de santidade.

A tradição nos apresenta Aldo como um simples carvoeiro de Carbonária e um ermitão. Um monge de mãos calejadas e rosto enegrecido pela fuligem das carvoarias. Isto parece correto, porque os monges de sua comunidade construíam uma cabana para si, de madeira ou de pedra, onde se retiravam nas horas dedicadas à oração e à contemplação, e onde moravam. Depois saíam para o trabalho diário, onde ganhavam o pão com o suor do rosto. 

Não é por acaso que suas relíquias estão em Pávia, cidade que durante um período foi a capital do Reino da Europa do Norte, conhecido como Lombardo. Provavelmente corria nas veias deste santo ermitão o sangue deste povo, senão, pelo menos assim nos faz pensar a origem do seu nome. "Ald" é uma palavra da Europa do Norte que significa "velho", e parente do nosso Aldo "ancião", ou melhor "homem maduro".

Velhice e maturidade são, em geral, garantia de sabedoria, portanto podemos dizer que Aldo mereceu o próprio nome, quando escolheu a sabedoria mais sábia, a da santidade, alcançada através do caminho mais invisível, o da solidão e do silêncio, da quietude interior e exterior, da contemplação e da oração. Ele se afastava temporariamente das pessoas para dar mais espaço à oração e povoar a solidão exterior com a agradável presença de Deus. Não se evadia da comunidade mas contribuía para sua edificação com o exemplo de uma vida santa e uma caridade ativa. 

Santo Aldo é considerado um feliz exemplo do espírito beneditino. Um santo silencioso, mas que fala diretamente às almas sem precisar de palavras, com o exemplo de sua vida retirada do mundo e inserida em Deus. Foi canonizado e seu culto é muito vigoroso nos países da Europa do Norte, especialmente na Irlanda. A Igreja o declarou "Padroeiro dos Trabalhadores", e o celebra neste dia, indicado como o da sua morte.

Fonte: http://www.paulinas.org.br/

A LENDA DO COLAR

Li certa vez uma lenda, que não sei quem escreveu, mas que me fez muito bem. Dizia que um rei tinha dado à sua filha, a princesa, um belo colar de diamantes. Mas o colar foi roubado e as pessoas do reino procuraram por toda a parte sem conseguir encontrá-lo. Alguém havia dito ao rei que seria impossível encontrá-lo, porque um pássaro o teria levado fascinado por seu brilho. O rei, desesperado, então ofereceu uma grande recompensa para quem o encontrasse.

U
m dia, um rapaz caminhava de volta para casa ao longo de um lago sujo e mal cheiroso. Enquanto andava, o rapaz viu algo brilhar no lago e quando olhou viu o colar de diamantes. Tentou pegá-lo, pôs sua mão no lago imundo e agarrou o colar, mas não conseguiu segurá-lo, o perdeu. No entanto, o colar continuava lá no mesmo lugar, imóvel. Então, desta vez ele entrou no lago, mesmo sujo, e afundou seu braço inteiro para pegar o colar; mas não conseguiu de novo, o colar escapava-lhe.

Saiu, sentou e pensou de ir embora, sentindo-se deprimido. Mas, de novo ele viu o colar brilhando. Decidiu agora mergulhar no lago, embora fosse sujo. Seu corpo ficou todo sujo, mas ainda assim não conseguiu pegar o colar. 

Ficou realmente aturdido e saiu, sentou-se às margens do lago, pensativo... que mistério!

Um velho que passava por ali o viu angustiado, e perguntou-lhe o que estava havendo. O rapaz não quis contar para o velho com medo de perder a recompensa do rei. Mas o velho pediu ao rapaz que lhe contasse qual o problema, e prometeu que não contaria nada para ninguém e não o atrapalharia em nada.

O rapaz, dando o colar por perdido, decidiu contar ao velho. Contou tudo sobre o colar e como ele tentou pegá-lo, mas fracassando. O velho então lhe disse que talvez ele devesse “olhar para cima”, em direção aos galhos da árvore, em vez de olhar para o lago imundo. O rapaz olhou para cima e, para sua surpresa, o colar estava pendurado no galho de uma árvore. Tinha o tempo todo, tentado capturar um simples reflexo do colar...

A felicidade material é como este colar brilhante no lago deste mundo; pois é um mero reflexo da felicidade verdadeira do mundo espiritual. É melhor “olhar para cima”, em direção a Deus, que é a fonte da felicidade real, do que ficar perseguindo o reflexo desta felicidade no mundo material. A felicidade espiritual é a única coisa que pode nos satisfazer completamente. 

Não é o que diz o Salmista?

“O homem passa como uma sombra, é em vão que ele se agita; amontoa sem saber quem recolherá” (Sl 38,7)

Fonte : https://www.facebook.com/PFelipeAquino?fref=ts

Por que rezar Ave Maria?

Simplesmente porque agrada a Deus, pois saudamos sua mãe como no começo de Seu plano de redenção, como diz são Luiz de Montfort, é a saudação que o Altíssimo Senhor indicou a um Arcanjo para ganhar o coração da virgem de Nazaré.
A primeira parte desta bela oração, não é tão dificil entendermos, pois ela é bem explícita na bíblia.
Ave Maria cheia de graça! O senhor é convosco!Nada mais é, do que a anunciação de Maria pelo Arcanjo.
Alegrate cheia de graça!! O senhor é contigo!!(Lc 1, 28)
nesse trecho, ja podemos entender a plenitude da graça de Nossa senhora.
Bendita sois vós entre as mulheres e Bendito o fruto do vosso ventre Jesus!essa parte, é a visita da mãezinha à Santa Isabel. Na qual Isabel, proclama esta frase.
Proclamar significa falar em voz alta. Ela diz: BENDITA ÉS TU ENTRE AS MULHERES E BENDITO FRUTO DO TEU VENTRE(Lc 1, 42)
A segunda parte, apesar de ter fatores bíblicos, é um pouco mais complexa de compreender, afinal, não é explicita na bíblia, deve se usar a razão para entender, e refletir sobre a prória bíblia.
Santa Maria, mãe de Deus!A santidade de Maria, é incontextavel, todo aquele que crê nas promessas de Deus, e aceita suas vontades e agarra pra si com toda força, e com toda a vida é santo! Quanto mais aquela que aceitou por meio dela nos trazer o salvador (Lc 1, 35). E mãe de Deus, se da ao fato de Jesus ser VERDADEIRO Homem e VERDADEIRO Deus. Algumas pessoas acreditam que ela foi mãe apenas de Jesus como homem. Porém, Jesus nunca foi meio Deus e meio homem, e também nunca foi duas pessoas ao mesmo tempo. Ele é homem e Deus ao mesmo tempo(São João 5,20), porque se fez carne através de Maria, mas nunca deixou de ser Deus.Ainda nas palavras de Santa Isabel, constatamos sua maternidade divina "mãe de meu senhor"(Lc 1, 43) Se dissermos que ela foi apenas mãe do corpo Dele, logo ela ainda é mãe de Jesus, pois seu corpo está vivo!Ressucitou! Então, reze com convicção SANTA MARIA MÃE DE DEUS!
A mãe de Deus..a mãe que Ele escolheu...aquela que só poderia ser livre do pecado para dar a luz a Jesus, nosso Deus e senhor.

Por que rogai por nós pecadores?

Justamente por ela ter vivido uma vida imaculada, livre da macula, livre do pecado. Santo Agostinho de Hipona, bispo e doutor da igreja, um dos maiores filósofos também de todos os tempos, disse: “Não se pode nem tocar na palavra pecado em se tratando de Maria”. Também não somos apenas católicos romanos que acreditamos na vida imaculada de Maria, Ortodoxos e as igrejas evangélicas da reforma(Lutherana e Anglicana, algumas Metodistas) também acreditam em uma vida sem pecados de Maria. Por isso pedimos: rogai por nós pecadores, “que não tivemos uma vida sem pecado como a sua mãezinha!”. Então, pedimos a intercessão até Jesus, daquela que não teve pecado, para que Ele possa nos perdoar de nossos pecados, para que ela possa suplicar a Jesus na Justiça Dele. Ela suplica a Jesus, e Ele que diagnostica se cede ou não. Sabemos que Jesus honrou e honra muito sua mãe (4° mandamento) por isso, não resiste às suas súplicas, até porque, ela como completamente santa, jamais intercederia por algo que não fosse da vontade do filho e do Pai. Como nas bodas de Canaã, a primeira intercessão de Maria a Jesus, não era hora dele,mas Ele a atendeu, por sua doçura e súplica de mãe.

Agora e na hora de nossa morte?

Sim! Iremos passar por um julgamento, do Juiz dos Juizes...Que Misericordioso é, mas justo também.E se formos devotos às súplicas de nossa mãezinha, la, ela também será nossa Advogada no Tribunal Celeste , sabemos que nessa mesma hora, ela estará torcendo e orando por nós, para estarmos com ela também no paraíso de Deus!!!!


Que assim seja! Amém

Por: Renato Silveira
autor do blog Cotidiano Espiritual


Natividade de São João Batista: o maior dos profetas

A natividade de  São João Batista  é  uma solenidade muito importante no ano litúrgico, porque nesse dia lembramos o maior dos profetas, com...