28 de nov. de 2014

Como orar? 2° parte

Não importa se, em algum momento, eu for assaltado pelas distrações; o melhor é não lhes dar atenção e voltar serenamente à presença de Deus.
Assim, no silêncio da intimidade com Deus, permaneço todo o tempo possível, sabendo que, ainda que eu não sinta nada, Deus está transformando a minha vida.

Preciso procurar não me deixar vencer pela pressa ou pela vontade de terminar. A intimidade com Deus requer tempo, tempo suficiente para que o orvalho da sua presença me empape totalmente. Por isso, evito a pressa e o desejo de acabar, permanecendo em sua presença com a certeza de que, neste momento, isso é o mais importante.

5. Exame

Antes de terminar a oração, é conveniente analisar como foi meudiálogo com Deus. Primeiramente, vejo a maneira como realizei minha tarefa: se me coloquei na presença de Deus, se mantive o recolhimento interior, a atitude interior de escuta, se estive em oração o tempo suficiente etc.

Juntamente com esse exame, eu deveria colher o fruto da oração: a paz, a luz que recebi sobre algum aspecto em particular, alguma inspiração etc. Pode ser útil anotar esses frutos para lembrar depois.

6. Vida

Uma vez terminada a oração, não posso voltar à vida cotidiana como se deixasse uma atividade para começar outra que não tem nada a ver. É imprescindível levar à minha vida concreta a presença de Deus, a paz e a luz que vivi na oração.

Para isso, posso procurar não começar as atividades cotidianas de qualquer jeito, mas conservando esse eco da Palavra de Deus que deixei que me empapasse; atualizando e recordando com frequência o que vivi na oração, por meio de uma frase do Evangelho, uma jaculatória ou a simples lembrança do momento de oração.

Textos para orar

Para começar a orar: Escutai, Senhor, a voz de minha oração, tende piedade de mim e ouvi-me (Salmos 26,7).

Para sentir a presença do Senhor: Eis que estou convosco todos os dias, até o fim do mundo (Mateus 28,20).

Para chegar ao Pai: Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim (João 14,6).

Para reconhecer-me amado por Cristo: Eu vivo, mas já não sou eu; é Cristo que vive em mim. A minha vida presente, na carne, eu a vivo na fé no Filho de Deus, que me amou e se entregou por mim (Gálatas 2,20).

Como o Pai me ama, assim também eu vos amo. Perseverai no meu amor. Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a sua vida por seus amigos (João 15,9.13).

Para ter paz: Deixo-vos a paz, dou-vos a minha paz. Não vo-la dou como o mundo a dá. Não se perturbe o vosso coração, nem se atemorize! (João 14,27).

Para chegar a Jesus: Mas tudo isso, que para mim eram vantagens, considerei perda por Cristo. Na verdade, julgo como perda todas as coisas, em comparação com esse bem supremo: o conhecimento de Jesus Cristo, meu Senhor. Por ele tudo desprezei e tenho em conta de esterco, a fim de ganhar Cristo e estar com ele (Filipenses 3,7-8).

Para sentir o chamado do Senhor: Se alguém quer vir após mim, renegue-se a si mesmo, tome cada dia a sua cruz e siga-me. Porque, quem quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; mas quem sacrificar a sua vida por amor de mim, salvá-la-á. Pois que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se vem a perder-se a si mesmo e se causa a sua própria ruína? (Lucas 9,23-25)

Para pedir com confiança:  Eu vos digo: pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei, e abrir-se-vos-á (Lucas 11,9).

Para pedir a salvação: Estando ele numa cidade, apareceu um homem cheio de lepra. Vendo Jesus, lançou-se com o rosto por terra e lhe suplicou: Senhor, se queres, podes limpar-me. Jesus estendeu a mão, tocou-o e disse: Eu quero; sê purificado! No mesmo instante desapareceu dele a lepra (Lucas 5,12-13).

Fontes ARQUIDIOCESE DE MADRI e ALETEIA


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