7 de set. de 2014

No dia 8 de Setembro a Igreja celebra uma festa muito significativa da vida da Virgem Maria, nossa Mãe o seu nascimento .

Segundo a tradição cristã, Maria teria nascido neste dia. Não é que tenhamos o registro do nascimento dela ou a certeza absoluta sobre esta data, mas a Igreja escolheu este dia para celebrar a sua natividade. Trata-se de uma festa muito alegre porque podemos dizer que é o início de uma nova página da história da humanidade. Com o nascimento de   Maria se caminha já para o nascimento de Jesus, que vem para salvar a humanidade.
Assim, o natal da Virgem Maria nos leva a fazer uma reflexão que creio seja muito importante para a vida de uma família, de um casal. Ninguém pode imaginar a alegria dos pais da Virgem Maria, Joaquim e Ana, quando nasceu a menina que esperava com amor, como todos os pais esperam com amor o filho ou a filha que virá para a alegria da vida familiar.
A família de Maria tanto quanto podemos saber, era uma família pobre de bens materiais, mas muito rica  de amor, de fé. Os filhos são a maior riqueza que Deus pode dar a uma família. Hoje em dia parece que os filhos vêm mais perturbar a paz do casal que para do que para dar alegria. Triste é uma casa sem crianças, como é triste um país onde se encontra mais alto o número dos mortos que nos nascimentos. É necessário reabrir os nosso coração a esperança, á vida. Quando  não se ama as crianças é um sinal muito ruim para um país e para a  humanidade, significa que não somos os cultivadores da vida, mas sim os cultivadores da morte.
A natividade da Virgem Maria é para cada um de nós o momento de redescobrir a “criança escondida que está no nosso coração”. É incrível como cada um de nós, embora aparentemente ame as coisas difíceis, no íntimo de   si mesmo ama, na verdade, as coisas simples, se encanta mais diante da beleza de uma flor do que diante artificial de um jardim criado pelo computador. A técnica, por quanto possa ser perfeita, jamais será capaz de superar a natureza. Jesus um dia nos convida a não olharmos a técnica, mas sim as coisas da natureza: “ Olhai os lírios do campos, não fiam nem tecem, mas nem Salomão, na sua riqueza foi vestido tão belamente !” ( Mt 6, 28-29).
Dentro de nós há uma infância que não pode ser apagada. O reino dos céus é feito para os pequenos.
A natividade de Maria nos compromete a tomar uma decisão pessoal forte e corajosa, a defender sempre as crianças, mesmo colocando em risco a nossa vida. A revoltar-nos contra todo tipo de exploração das crianças, sermos atentos  a dar o melhor de nós mesmos ás crianças, especialmente através do exemplo da vida humana e cristã. Criança não aprende somente nos livros da escola, mas especialmente no livro da vida    dos pais. Ai vão algumas perguntas  a responder: Como ajudo as crianças da minha família, da Igreja, da vizinhança? O que elas veem em  mim? Exemplo a ser imitado ou têm medo de mim? As palavras forte de Jesus são: “ Quem escandalizar um destes pequeninos seria melhor que se colocasse uma pedra de moinho no pescoço e se lançasse no mar...”  (Mc 9, 42).

O pecado do escândalo para uma criança é maior até mesmo que o suicídio, na linguagem de Jesus. A natividade de Maria nos ajude a sermos os educadores  silenciosos e amorosos de todas as crianças que Deus coloca no nosso caminho.

Por Frei Patrício Sciadini

Fonte Revista o Mílite ed  Setembro de 2014 

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