6 de abr. de 2014

A Grande Semana (Última parte)

Profundo olhar histórico 


Históricamente, desde os albors do Cristianismo, as comunidades cristãs, tanto do Oriente como do Ocidente, passaram a celebrar esta semana, revivendo os últimos dias de Jesus Cristo em Jerusalém. Fundametamo-nos em muitos escritos, livros litúrgicos e na tradição oral que se estendeu ao longo dos séculos. A Peregrinação de Egéria, por exemplo, é um relato que descreve os lugares santos do Antigo Testamento e, muito especialmente, as celebrações litúrgicas de Jerusalém.

é um fantástico testemunho das celebrações do Ano Litúrgico, que ficou como legado para a tradição da Igreja de todos os séculos. O texto sobre a viagem desta peregrina ao Oriente, narra a Semana Santa e seu esplendor místico celebrado pelos cristãos. Trata-se de uma grande obra da Patrística, que conta a história de uma peregrina em Jerusalém, com detalhes e conteúdos rituais da vida litúrgica do povo que celebrava os acontecimentos dos últimos dias da vida de Cristo. Trata-se de uma espécie de modelo de celebração, que se estenderia para todas as Igrejas do Oriente e do Ocidente, para todos os cantos do mundo.

Liturgia da Grande Semana


Nesta grande semana temos a peparação para a Páscoa. O caminho de purificação, conversão e santificação em que todos os fiéis foram envolvidos durante a Quaresma,é  levado em aior grau mestes momentos santificados da Semana Santa. Na solenidade de Ramos, a Igreja celebra dos grandes eventos: 

1. Com a leitura do Evangelho da entrada triunfal de Jesus em Jerusalém e a Benção dos Ramos, inicia-se uma procissão para o interior do templo. Esta parte da liturgia é festiva e carregada de emoção e júbilo. Neste dia, a Igreja celebra a entrada de Cristo em Jerusalém, para cumprir Seu ministério pascal. 
Seu povo reconhece O reconhece como o Messias das promessas antigas, anunciadas pelos grandes profetas. Esta profecia é anunciada por Zacarias, (9,9) "Dance de alegria, cidade de Sião; grite de alegria cidade de Jerusalém, pois agora o seu rei está chegando, justo e vitorioso. Ele é pobre vem montado num jumento". Todos os evangelistas registram o cumprimento desta promessa. 

2. Com uma oração, rompe-se a festividade e inicia-se as leituras que nos farão entar no caminho da espiritualidade e que nos proporcionam uma reflexão da morte de Jesus Cristo. Esta reflexão se torna fortalecida pela leitura dos acontecimentos do processo, condenação, crucificação, e morte de Jesus Cristo. 
Na quinta-feira, participamos de uma celebração com todo o clero. 

Neste encontro, ocorre a Bênção dos Santos Óleos da oliveira é misturado com o bálsamo e outras essências perfumadas e esta mistura é consagrada pelo Bispo para ser usada nas cominidades paroquiais, quando celebram os sacramentos do Batismo, Crisma, Unção dos Enfermos Ordenação. 
Esta celebração realizada na Quinta-feira Santa torna-se a última celebração antes do Tríduo Pascal.
As demais integram o TríduoPascal, que tem início com a Celebração do Lava-pés e da Ceia do Senhor. Normalmente as comunidades fazem Adoração ao Santíssimo Sacramento ao término dela.
Muitas continuam durante toda a noite até o meio- dia  da Sexta-Feira Santa. Não existe indicação oficial para esta prática religiosa. Sugere-se que seja feita adoração ininterrupta, onde for possível, ou que se suspenda á meia-noite e retome na manhã, bem cedo, na Sexta-feira. Uma pausa pode ser importante para que os fiéis se preparem para a Celebração da Paixão de Cristo e Adoração da Cruz, na tarde (normalmente ás 15 hrs) da Sexta-feira Santa. Em muitas comunidades mais dinâmicas e ativas, seguem-se procissões variadas, com objetivo de reviver os passos do caminho da Cruz, até a Morte de Jesus. 
Pede-se que as equipes de liturgia intensifiquem a Vigília Pascal, para que os fiéis não fiquem muito centralizados somente nas aflixões de Cristo, mas encontrem alento e esperança da Sua vitória final. 


Prof João H. Hansen, Padres Antônio S. Bogaz e Rodinei Thomazella
Fonte: Revista O Mílite 
ed Abril de 2014 

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