INTRODUÇÃO:
Uma das páginas mais comovedoras do
Evangelho é a parábola do filho pródigo, que retrata a conduta de um filho
ingrato para com seu pai. Eram dois irmãos e o menor decide abandonar a casa;
depois de pedir sua parte na herança, foi-se embora para um país longínquo onde
gastou tudo, levando uma vida má. Então, teve que por-se a cuidar de porcos
para poder viver, até que um dia sentiu vergonha de sua situação e decidiu
voltar para casa, e pedir perdão a seu pai: "Pai, pequei contra o céu e
contra ti" (Lucas 15,18). O pai, que o esperava, quando viu que se
aproximava, saiu a seu encontro, abraçou-o e o beijou. E foi tão grande sua
alegria que ordenou aos criados que preparassem um banquete e uma grande festa
para celebrar a volta do filho mais novo.
Esta parábola pode nos ajudar a
entender o sacramento da Penitência, que é o sacramento da misericórdia de
Deus.
IDÉIAS PRINCIPAIS:
1. Os sacramentos de
cura.
Estudamos os sacramentos da iniciação
cristã: o Batismo, a Confirmação e a Eucaristia, que outorgam a vida nova em
Cristo. Mas, apesar de tantas graças, o ser humano é débil, pode pecar e
carrega consigo as misérias do pecado.
Cristo quis que na Igreja existisse um
remédio para estas necessidades, e nós podemos encontra-lo nos sacramentos da
Penitência e da Unção dos Enfermos, chamados sacramentos de cura, porque curam
a debilidade e perdoam os pecados.
2. Para salvar-se, é preciso que nos arrependamos dos pecados
Não existe possibilidade de salvação
sem o arrependimento dos pecados, que é absolutamente necessário para aquele
que ofendeu a Deus. É o que nos diz Nosso Senhor Jesus Cristo: "Se não
fizerdes penitência, todos, igualmente, perecereis" (Lucas 13,3).
Antes da vinda de Jesus Cristo, a
humanidade não tinha nenhuma segurança de poder ter obtido o perdão de seus
pecados. A segurança foi-nos trazida por Jesus, que pode dizer: "Teus
pecados te são perdoados" (Mateus 9,2).
3. A instituição do sacramento da Penitência, para o perdão dos pecados
Na tarde do domingo da Ressurreição,
Jesus Cristo instituiu o sacramento da Penitência, ao dizer a seus discípulos:
"Recebei o Espírito Santo; aqueles a quem lhes perdoardes os pecados, lhes
serão perdoados; aqueles a quem os retiverdes, lhes serão retidos" (João
20,22-23). Instituiu este sacramento como um juízo, mas juízo de misericórdia,
para que os Apóstolos e seus legítimos sucessores pudessem perdoar os pecados.
"Olha que entranha de misericórdia
tem a justiça de Deus! - Porque nos juízos humanos, se castiga aquele que
confessa sua culpa: e no divino, se perdoa.
Bendito seja o santo Sacramento da Penitência!" (Caminho, 309).
Bendito seja o santo Sacramento da Penitência!" (Caminho, 309).
Este sacramento é denominado também
sacramento da conversão, da reconciliação, ou confissão.
4. É o mesmo Jesus Cristo, por meio do sacerdote, quem absolve
Só os sacerdotes - com potestade de ordem
e a faculdade de exerce-la - que podem perdoar os pecados, pois Jesus Cristo
deu o poder só a eles. Não se obtém o perdão, portanto, dizendo os pecados a um
amigo, ou diretamente a Deus. Além disso, no momento da absolvição é Cristo
mesmo quem absolve e perdoa os pecados por meio do sacerdote, já que o pecado é
ofensa a Deus e só Deus pode perdoa-lo. O sacerdote deve guardar - sob
obrigação gravíssima - o sigilo sacramental.
5. Efeitos deste sacramento
Os efeitos deste sacramento são
realmente maravilhosos:
·
a reconciliação com Deus, perdoando o
pecado para recuperar a graça santificante;
·
a reconciliação com a Igreja;
·
a remissão da pena eterna contraída
pelos pecados mortais e das penas temporais -ao menos em parte - segundo as
disposições;
·
a paz e a serenidade de consciência,
com um profundo consolo do espírito;
·
os auxílios espirituais para o combate
cristão, evitando as recaídas no pecado.
6. Necessidade da Penitência
O sacramento da Penitência é
completamente necessário para aqueles que, depois do batismo, cometeram pecado
mortal. A Igreja ensina que existe a obrigação de confessar os pecados mortais
ao menos uma vez por ano, em perigo de morte e quando se for comungar.
Mas uma coisa é a obrigação e outra
muito diferente é aquilo que convém fazer quando se quer que aumente nosso amor
a Deus. Não existe a obrigação, por exemplo, de se beijar nossa mãe, nem a de
cumprimentar nossos amigos, nem de comer todos os dias..., mas qualquer pessoa
normal faz estas coisas. Se quisermos progredir no amor a Deus, devemos nos
confessar freqüentemente, e nos confessar bem.
7. Conveniência da confissão freqüente
A Igreja recomenda vivamente a prática
da confissão freqüente, não só dos pecados mortais - que devem ser confessados
imediatamente - mas também dos pecados veniais. Desta maneira, aumenta-se o
conhecimento de si mesmo; cresce-se na humildade; desenraizam-se os maus
costumes; faz-se frente à tibieza e à preguiça espiritual; purifica-se e se
forma a própria consciência; ajuda-se a crescer na vida interior, e aumenta a
graça em virtude do sacramento. Para crescer no amor a Deus é muito conveniente
ter em muita estima a confissão: confessar-se com freqüência e bem.
8. PROPÓSITOS DE VIDA
CRISTÃ:
·
Devemos mostrar um grande amor e estima
ao sacramento da Penitência.
·
Fazer o propósito de recebê-lo com
freqüência e bem preparados.
Autor: Jayme Pujoll e Jesus Sanches Bielar
Saiba mais: Catecismo da Igreja Católica, 1422-1498
Fonte: Livro "Curso de Catequesis" da Editora Palabra, España
Tradução: Pe. Antonio Carlos Rossi Keller
Extraído de http://www.veritatis.com.br/
Fonte do texto: http://www.reinodavirgem.com.br/
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