O
corpo humano pode ser comparado a uma criança mimada, aquela que deseja ter
todas as suas vontades satisfeitas e, mesmo que isso ocorra, ela ainda é
irritadiça, preguiçosa e indolente. Assim é o ser humano, assim é o corpo
humano.
Quanto mais come, mais
letárgico fica; quanto mais dorme, mais sono tem; e assim por diante. Trata-se da primeira consequência do
pecado original, da mãe de todas as doenças: a
filáucia, que pode ser definida como o amor de si contra si e cujo lema é “foge
da dor, busca o prazer”.
Esse lema está muito presente na sociedade moderna, que incentiva
a busca desenfreada pelo prazer, pela satisfação de todos os desejos,
representado pela “liberdade”. Enquanto isso, o ser humano se torna cada vez mais
vazio e menos resistente à dor. Não suporta ser contrariado e se desestrutura quando perde algo ou
alguém. Pudera,
não foi ensinado a isso, não exercitou a moderação, não praticou a ascese e a
disciplina.
O tempo da Quaresma está chegando. A
Igreja ensina e estimula o católico a praticar o jejum, a oração e a esmola. Essas três formas de penitência são um
remédio para o combate das doenças espirituais, sendo que o jejum auxilia no
combate à gula, a oração no combate ao orgulho e à soberba, e a esmola no combate
à avareza. São exercícios que, se feitos com seriedade, têm a capacidade de
arrancar o cristão católico das garras do relativismo que domina o mundo
atualmente.
Fonte: http://padrepauloricardo.org/
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