Lance-se ao conhecimento da fé. É
possível conciliar razão e fé
Um dos equívocos mais arraigados, no
senso comum moderno, é ver a religião como algo
fundado em fatores exclusivamente subjetivos, sem nenhuma relevância intelectual. Assim, ela seria reduzida
a crenças sem fundamentos ou a um mero sentimento interior, confinando-se,
portanto, ao domínio do irracional. Na religião, não haveria o que se pensar,
aprender ou saber. É preciso que se diga, no entanto, que tal concepção
equivocada tem suas causas históricas e sociais, e que também é própria não
apenas de seus inimigos, mas também de pessoas que se consideram sinceramente
religiosas, no entanto, acreditam que a religiosidade é isso mesmo: uma fuga da
realidade para um mundo de fantasia, uma exaltação do sentimentalismo em
detrimento da racionalidade.
Efetivamente, se a religião tem alguma coisa a ver com a verdade, ela
não pode se reduzir ao sentimento nem à fantasia. De fato, a fantasia não tem
ligação com a verdade, pois esta também não se sente, mas se entende. A
autencidade é objeto de compreensão, não de sentimento nem de imaginação. E o
Cristo ensinou que a experiência religiosa é uma prática da verdade:
«Conhecereis a verdade e a verdade vos tornará livres» (Jo 8,32).
Fonte: Canção Nova
Nenhum comentário:
Postar um comentário