28 de dez. de 2013

28/12 Nossa Senhora dos não-nascidos

Ao lermos a Bíblia, deparamos no Livro do Levítico 20, 1-5, com o Senhor que adverte à Moisés sobre o ritual cananeu de sacrifício de crianças ao deus Maloc. Ele lhe ensina que oferecer o sangue dos filhos é um crime sério e passível de extrema punição. Também encontramos a história do rei Herodes narrada no Evangelho de São Mateus.

Há muito mais de cinco séculos, nas Américas os indígenas ofereciam sacrifico humano aos deuses, especialmente as crianças indefesas. Em 1487, uma em cada cinco crianças mexicanas foi assassinada e oferecida ao deus serpente de pedra, o demônio Asteca. Numa longa cerimônia resultou no sacrifício de mais de oitenta mil vidas.

A cabeça desta serpente foi esmagada definitivamente por Nossa Senhora de Guadalupe, em 1531. Ela apareceu ao velho índio Juan Diego, como "Aquela que esmaga a serpente". Mas a antiga serpente nunca se satisfaz. Na sua mais recente artimanha contra a vida humana, consegue o extermínio de milhões e milhões de crianças no mundo inteiro, pela prática do aborto voluntário, aprovado por lei em muitos países, sendo inclusive financiados por alguns deles.

Guadalupe é a Protetora dos não-nascidos. É celebrada também neste dia 28 de dezembro, quando a Igreja festeja o dia dos Santos Inocentes, martirizados por Herodes. A imagem de Nossa Senhora dos não-nascidos é obra da artista americana Miss Tidwell, uma católica leiga engajada no movimento contra o abordo, em Wichita, Kansas.

No quadro, Mãe Maria está com o rosto coberto de lágrimas e olha para uma criança não-nascida que está na palma de sua mão. O esplendor do coração de Maria evidencia o seu intenso amor pelos milhões de crianças rejeitadas e abortadas pelas mães, no mundo todo. 

Fonte: http://www.paulinas.org.br

28 de Dezembro - Santos Inocente

Somente a monstruosidade de uma mente assassina, cruel e desumana, poderia conceber o plano executado pelo sanguinário rei Herodes: eliminar todas os meninos nascidos no mesmo período do nascimento de Jesus para evitar que vivesse o rei dos judeus.

Somente a monstruosidade de uma mente assassina, cruel e desumana, poderia conceber o plano executado pelo sanguinário rei Herodes: eliminar todas os meninos nascidos no mesmo período do nascimento de Jesus para evitar que vivesse o rei dos judeus. Pois foi isso que esse tirano arquitetou e fez. 

Impossível calcular o número de crianças arrancadas dos braços maternos e depois trucidadas. Todos esses pequeninos se tornaram os "santos inocentes", cultuados e venerados pelo Povo de Deus. Eles tiveram seu sangue derramado em nome de Cristo, sem nem mesmo poderem "confessar" sua crença. 

Quem narrou para a história foi o apóstolo Mateus, em seu Evangelho. Os reis magos procuraram Herodes, perguntando onde poderiam encontrar o recém-nascido rei dos judeus para saudá-lo. O rei consultou, então, os sacerdotes e sábios do reino, obtendo a resposta de que ele teria nascido em Belém de Judá, Palestina. 

Herodes, fingindo apoiar os magos em sua missão, pediu-lhes que, depois de encontrarem o "tal rei dos judeus", voltassem e lhe dessem notícias confirmando o fato e o local onde poderia ser encontrado, pois "também queria adorá-lo". 

Claro que os reis do Oriente não traíram Jesus. Depois de visitá-lo na manjedoura, um anjo os visitou em sonho avisando que o Menino-Deus corria perigo de vida e que deveriam voltar para suas terras por outro caminho. O encontro com o rei Herodes devia ser evitado. 

Eles ouviram e obedeceram. Mas o tirano, ao perceber que havia sido enganado, decretou a morte de todos os meninos com menos de dois anos de idade nascidos na região. O decreto foi executado à risca pelos soldados do seu exército. 

A festa aos Santos Inocentes acontece desde o século IV. O culto foi confirmado pelo papa Pio V, agora santo, para marcar o cumprimento de uma das mais antigas profecias, revelada pelo profeta Jeremias: a de que "Raquel choraria a morte de seus filhos" quando o Messias chegasse. 

Esses pequeninos inocentes de tenra idade, de alma pura, escreveram a primeira página do álbum de ouro dos mártires cristãos e mereceram a glória eterna, segundo a promessa de Jesus. A Igreja preferiu indicar a festa dos Santos Inocentes para o dia 28 de dezembro por ser uma data próxima à Natividade de Jesus, uma vez que tudo aconteceu após a visita dos reis magos. A escolha foi proposital, pois quis que os Santinhos Inocentes alegrassem, com sua presença, a manjedoura do Menino Jesus.

Fonte: http://www.paulinas.org.br

Como pedir a Deus um namorado?

“Como conseguir um namorado nos dias de hoje, sendo que todos os sentidos de amar estão banalizados…?”, é o que muitos jovens têm se perguntado.
Há casos em que a gente parece que precisa “arranjar a graça do céu” como se fosse, à força da oração, do jejum, da esmola, etc. Santa Mônica, a mãe de Santo Agostinho, levou 20 anos para ver o filho convertido, padre, santo, doutor da Igreja; e tudo porque não desistiu de rezar. Ela conta que três vezes por dia ela ia ao Sacrário pedir a conversão do seu filho. Ora, se você tiver fé e essa perseverança, pode estar certa que um dia, na hora certa, Deus vai atender o seu pedido como atendeu o dela. Faça como ela, derrame suas lágrimas diante de Jesus sacramentado e um dia verá sua oração atendida. Quanto mais Deus demora para nos dar o que pedimos, tando mais Ele nos dará coisas melhores. Não marque hora para Deus agir, não tenha pressa, faça apenas a sua parte.

Natal de solidariedade na Cracolândia.

 2013-12-27 


O Largo Coração de Jesus, na Cracolândia, no Centro de São Paulo, foi palco de uma celebração dupla na tarde de quarta-feira, 25: católicos e batistas organizaram cerimônias para festejar o Natal e incentivar os moradores a abandonar as drogas.

Enquanto o Padre Júlio Lancellotti concelebrava missa com Padre João Pedro Carraro, da Missão Belém, voluntários da Missão Batista Cristolândia cantavam músicas religiosas e distribuíam panetones e sucos aos usuários de crack. Durante a celebração, o Largo, que é considerado o centro da Cracolândia e principal local de uso de drogas da região, viveu uma trégua e cachimbos de crack não foram acesos.

"A nossa ideia é aproveitar esse momento de corações abertos das pessoas para mostrar que ainda há esperança. Estamos de portas abertas para receber quem precisa de ajuda", disse Soraia Machado, coordenadora do Ministério Cristolândia, ao jornal Estado de São Paulo.

Após a missa do Padre Júlio foi organizado um auto de Natal, com uma encenação e a montagem de um presépio vivo com a participação de dependentes químicos que circulavam no cruzamento da Alameda Dino Bueno com a Rua Helvétia.

"Não há soluções fáceis para problemas complexos. Não basta um caminhão jogar água na rua e um carro da polícia passar para permitir o fluxo", criticou o Padre Júlio. Pouco antes, um caminhão havia jogado água nas ruas da região e viaturas da Polícia Militar circulavam pelas redondezas.

O Padre João Pedro Carraro contou que há oito anos trabalha no bairro, e em 2013 atendeu quatro mil pessoas: “São 15 a 20 pessoas por dia que vão para as nossas casas. Eu posso dizer que 70% se salvou, conseguiu sair da rua”, comemorou, segundo informações do jornal O Globo.

No fim da tarde, o Cardeal Odilo Pedro Scherer, arcebispo metropolitano de São Paulo, celebrou missa de Natal para moradores de rua do Arsenal da Esperança, numa casa de acolhida para adultos em situação de rua que atende atualmente 1,2 mil pessoas. 

"Vim trazer alegria, palavras de esperança e encorajamento para essas pessoas que encontraram acolhimento aqui", disse na chegada ao local. "Temos de encarar essa situação dos moradores de rua com seriedade. Precisamos de políticas públicas", afirmou.
(CM)

Imagem fonte: internet

Texto proveniente da página http://pt.radiovaticana.va

27 de dez. de 2013

Deus nos garante o consolo em meio às provações

A Palavra meditada, hoje, está em Filipenses 4,11-13.

11. Não digo isso por estar passando necessidade, pois aprendi a arranjar-me em qualquer situação.
12. Aprendi a viver na necessidade e aprendi a viver na abundância; estou acostumado a toda e qualquer situação: viver saciado e passar fome, ter abundância e passar necessidade.
13. Tudo posso naquele que me fortalece. 



A Palavra de Deus tem o poder de nos edificar, construir e consolar. Às vezes, imaginamos a vida de uma pessoa que segue Jesus como uma vida feliz, na qual tudo acontece como ela deseja; no entanto, sabemos que não é assim. A vida é igual para todos, o que muda é a postura da pessoa que crê. Os cristãos, homens de Deus, enfrentam as mesmas dificuldades que todas as outras pessoas; eles erram sim, mas Deus os ensina nos erros.

Nós nos perguntamos o que difere a vida de quem tem fé e de quem não a tem. A diferença é que quem tem fé consegue ver de maneira diferente a situação, pois, de dentro do coração do fiel, vem a força para vencer as dificuldades.

Quando nos deparamos com uma Palavra como esta de hoje, nós nos perguntamos se sabemos viver assim, pois, quando estamos bem, achamos que não precisamos de fé.

É fácil ser grato a Deus quando tudo vai bem, mas algumas pessoas não sabem viver na abundância, porque se desordenam e se iludem, perdem os amigos por acharem que podem tudo.

Sabemos viver na penúria sem nos revoltar contra Deus? Vamos pedir ao Senhor a graça de vivermos toda e qualquer situação, seja ela boa ou não. "Dá-nos, Senhor, a graça de entender o que esta Palavra nos diz hoje".

A tentação é covarde, porque se aproxima de nós na hora da penúria para nos fazer pensar que Deus não está conosco. Mas, na hora do sofrimento, o Senhor nos faz passar por períodos de abstinência, e o que era abundante em nossa vida, nos falta. Por isso, temos sempre de nos lembrar que, até nos momentos de abundância, não podemos achar que não precisamos mais d'Ele, não podemos deixar o orgulho nos derrubar.

Deus nos ensina a viver e coloca-se ao nosso lado em cada momento. Ele nos ensina a viver de maneira correta; a nós cabe aprender a viver na exata condição que temos naquele momento. Nós podemos enfrentar qualquer coisa quando Deus nos dá forças, mas é preciso que a determinação venha do nosso coração para que o milagre aconteça.

Se, neste dia, a força de Deus encontrar um coração divino, tudo será possível.

O Senhor nos mostra e nos faz ter clareza do que Ele quer de nós quando O questionamos e nos abrimos para ouvi-Lo. Ele nos enche de forças para que o primeiro passo seja dado.

Se o amor humano nos conforta, o que não faz por nós o amor de Deus? Ele é o Amor que se manifesta nos momentos que necessitamos, e, em nenhum momento, Ele nos deixa desconsolados.

Deus não arranca o mal da pessoa, mas arranca a pessoa do mal. O problema continua ali, mas não nos afeta, não nos deprime, pois o nosso coração não se deixa abater como antes, porque Deus nos deu o consolo, nos deu a paz.

Há coisas que não vale a pena termos, se para tê-las for preciso nos vendermos. Então, precisamos aprender a viver com o que temos em todas as situações, sempre cientes de que as pessoas podem nos tirar aquilo que temos, mas jamais tirarão de nós o que somos.

Quem, mais do que ter, se preocupa em ser, pode perder tudo que reconstruirá seus bens, pois n'Ele tudo podemos! Coloquemos nosso coração em sintonia com Deus e Ele nos dirá o que é mau e o que é bom.

Em todos os momentos que pudermos, vamos elevar nosso pensamento a Deus.

Márcio Mendes
Membro da Comunidade Canção Nova

Fonte :  http://catequisar.com.br

Imitação de Cristo

2° Capitulo 

Do humilde sentir de si mesmo
1. Todo homem tem desejo natural de saber; mas que aproveitará a ciência, sem o temor de Deus? Melhor é, por certo,
o humilde camponês que serve a Deus, do que o filósofo soberbo que observa o curso dos astros, mas se descuida de si mesmo. Aquele que se conhece bem se despreza e não se compraz em humanos louvores. Se eu soubesse quanto há no mundo, porém me faltasse a caridade, de que me serviria isso perante Deus, que me há de julgar segundo minhas obras?
1. Renuncia ao desordenado desejo de saber, porque nele há muita distração e ilusão. Os letrados gostam de ser vistos e tidos por sábios. Muitas coisas há cujo conhecimento pouco ou nada aproveita à alma. E mui insensato é quem de outras coisas se ocupa e não das que tocam à sua salvação. As muitas palavras não satisfazem à alma, mas uma palavra boa refrigera o espírito e uma consciência pura inspira grande confiança em Deus.
2. Quanto mais e melhor souberes, tanto mais rigorosamente serás julgado, se com isso não viveres mais santamente. Não te desvaneças, pois, com qualquer arte ou conhecimento que recebeste. Se te parece que sabes e entendes bem muitas coisas, lembra-te que é muito mais o que ignoras. Não te presumas de alta sabedoria (Rom 11,20); antes, confessa a tua ignorância. Como tu queres a alguém te preferir, quando se acham muitos mais doutos
do que tu e mais versados na lei? Se queres saber e aprender coisa útil, deseja ser desconhecido e tido por nada.
3. Não há melhor e mais útil estudo que se conhecer perfeitamente e desprezar-se a si mesmo. Ter-se por nada e pensar sempre bem e favoravelmente dos outros, prova é de grande sabedoria e perfeição. Ainda quando vejas alguém pecar publicamente ou cometer faltas graves, nem por isso te deves julgar melhor, pois não sabes quanto tempo poderás perseverar no bem. Nós todos somos fracos, mas a ninguém deves considerar mais fraco que a ti mesmo.

Fonte: Livro A Imitação de Cristo
Por: Tomás de Kempis

27 de Dezembro - São João Apóstolo e Evangelista

É muito difícil imaginar que esse autor do quarto evangelho e do Apocalípse tenha sido considerado inculto e não douto. Mas foi dessa forma que o sinédrio classificou João, o apóstolo e evangelista, conhecido como "o discípulo que Jesus amava".

É muito difícil imaginar que esse autor do quarto evangelho e do Apocalípse tenha sido considerado inculto e não douto. Mas foi dessa forma que o sinédrio classificou João, o apóstolo e evangelista, conhecido como "o discípulo que Jesus amava". Ele foi o único apóstolo que esteve com Jesus até a sua morte na cruz. 

João era um dos mais jovens apóstolos de Cristo, irmão do discípulo Tiago Maior, ambos filhos de Zebedeu, rico pescador da Betsaida, e de Salomé, uma das mulheres que colaboravam com os discípulos de Jesus. Assim como seu pai, João era pescador, e teve como mestre João Batista, o qual, depois, o enviou a Jesus. João, Tiago Maior, Pedro e André foram os quatro discípulos que mais participaram do cotidiano de Jesus. 

Costuma ser definido, entre os apóstolos, como homem de elevação espiritual, mais propenso à contemplação do que à ação. Apesar desse temperamento, foi incumbido por Jesus com o maior número de encargos, estando presente em quase todos os momentos e eventos narrados na Bíblia. Estava presente, por exemplo, quando ressuscitou a filha de Jairo, na Transfiguração de Jesus e na sua aflição no Getsêmani. Também na última ceia, durante o processo e, como vimos, foi o único na hora final. Na cruz, Jesus, vendo-o ao lado da Virgem, lhe confiou a tarefa de cuidar da Mãe, Maria. 

Os detalhes que se conhece revelam que, após o Pentecostes, João ficou pregando em Jerusalém. Participou do Concílio de Jerusalém, depois, com Pedro, se transferiu para a Samaria. Mas logo foi viver em Éfeso, na companhia de Nossa Senhora. Dessa cidade, organizou e orientou muitas igrejas da Ásia. Durante o governo do imperador Domiciano, foi preso e exilado na ilha de Patmos, na Grécia, onde escreveu o quarto evangelho, o Apocalipse e as epístolas aos cristãos. 

Diz a tradição que, antes de o imperador Domiciano exilar João, ele teria sido jogado dentro de um caldeirão de óleo fervente. Mas saiu ileso, vivo, sem nenhuma queimadura. João morreu, após muito sofrimento por todas as perseguições que sofreu durante sua vida, por pregar a Palavra de Deus, e foi sepultado em Éfeso. Tinha noventa anos de idade. 

O evangelho de João fala dos mistérios de Jesus, mostrando os discursos do Mestre com uma visão mais aguçada, mais profunda. Enquanto os outros três descrevem Jesus em ação, João nos revela Jesus em comunhão e meditação, ou seja, em toda a sua espiritualidade. Os primeiros escritos de João foram encontrados em fragmentos de papiros no Egito, por isso alguns estudiosos acreditam que ele tenha visitado essas regiões.

Fonte: http://www.paulinas.org.br

26 de dez. de 2013

Papa Francisco: rezemos pelos cristãos discriminados por causa do testemunho do Evangelho

 2013-12-26


Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco durante o Angelus desta quinta-feira, Festa de Santo Estevão, primeiro mártir, rezou pelos cristãos “discriminados” por causa do testemunho do Evangelho, recordando que a salvação divina “implica a luta contra o pecado, e que a mesma passa através da porta estreita da Cruz”. Essa é a estrada que Jesus indicou claramente aos seus discípulos:

“Por isso vamos rezar de modo particular pelos cristãos que sofrem discriminações por causa do testemunho de Cristo e do Evangelho. Estamos próximos a esses irmãos e irmãs que, como Santo Estevão, são acusados injustamente e são objeto de violências de todos os tipos. Isso se verifica especialmente lá onde a liberdade religiosa ainda não é garantida ou não é plenamente realizada”.

Há também os casos de “países e ambientes que no papel tutelam a liberdade e os direitos humanos, - continuou o Papa - mas onde de fato os crentes, especialmente os cristãos, encontram limitações e discriminações”. Para o cristão, isso não é surpresa, porque Jesus – afirmou Francisco – o pré-anunciou como ocasião propícia para dar testemunho. Todavia, na esfera civil, a injustiça deve ser denunciada e eliminada, sublinhou o Santo Padre.

“Estou seguro – observou ainda Francisco, falando de improviso – que infelizmente são mais hoje do que nos primeiros tempos da Igreja”. “Gostaria de rezar por aqueles irmãos e irmãs, um momento, em silêncio, todos”. A Praça São Pedro emudeceu em um silêncio de oração. E o Papa rezou com todos a oração da Ave Maria.

Momentos antes, o Santo Padre recordou que a liturgia prolonga a Solenidade de Natal por oito dias: um tempo de alegria para todo o povo de Deus! E neste segundo dia da oitava, na alegria do Natal se insere a festa de Santo Estevão, o primeiro mártir da Igreja.

“No clima alegre do Natal, essa comemoração poderia parecer fora de lugar. O Natal, de fato, é a festa da vida e nos infunde sentimentos de serenidade e de paz; por que turbar o encontro com a recordação de uma violência tão atroz? Na realidade, na ótica da fé, a festa de Santo Estevão está em plena sintonia com o significado profundo do Natal. No martírio, de fato, a violência é vencida pelo amor, a morte pela vida. A Igreja vê no sacrifício dos mártires o seu “nascimento para o céu”.

Celebramos, portanto hoje o “natal” de Estevão, que em profundidade brota do Natal de Cristo. Jesus transforma a morte daqueles que o amam em aurora de vida nova!.

O Papa salientou ainda que no martírio de Estevão se reproduz o mesmo confronto entre o bem e o mal, entre o ódio e o perdão, entre a delicadeza e a violência, que teve o seu ápice na Cruz de Cristo. A memória do primeiro mártir – disse o Papa - dissolve assim a imagem de conto de fadas e melosa, que no Evangelho não existe! Em seguida concedeu a todos a sua Benção Apostólica.

Antes de se despedir dos fiéis reunidos na Praça São Pedro, saudou as famílias, os grupos paroquiais, as associações e os fiéis provenientes de Roma, Itália, e de todas as partes do mundo:

"A pausa destes dias junto ao presépio para contemplar Maria e José ao lado do Menino, possa suscitar em todos um generoso compromisso de amor recíproco, para que dentro das famílias e das várias comunidades se viva aquele clima de cordialidade e de fraternidade que tanto beneficia o bem comum. Boas Festas Natalinas!" (SP)



Texto proveniente da página http://pt.radiovaticana.va/

O Jesus Cristo Histórico

Fonte: A Catholic Response Inc.
No
décimo quinto ano do reinado de Tibério César, sendo Pôncio Pilatos governador
da Judéia, Herodes tetrarca da Galiléia, seu irmão Filipe tetrarca da região da
Ituréia e Traconites, e Lisânias tetrarca de Abilene…” (Lc 3,1)
Algumas
pessoas afirmam que Jesus Cristo nunca existiu. Alegam que a vida de Jesus e os
evangelhos são mitos criados pela Igreja. Essa lamentável afirmação se baseia,
principalmente, na crença de que não existem registros históricos de Jesus.
Tal
carência de registros seculares (isto é, não ligados à esfera religiosa) não
deve surpreender os cristãos de hoje. Primeiro, porque apenas uma pequena
fração dos registros escritos sobreviveram ao tempo (nada, nada, são 20
séculos!). Segundo, porque existiam poucos – se é que de fato realmente
existiam – “jornalistas” na Palestina do tempo de Jesus. Terceiro,
porque os romanos viam o povo judeu como apenas mais um dos grupos étnicas que
precisavam tolerar; os romanos tinham pouquíssima consideração para com o povo
judeu. Finalmente, porque os líderes judeus também ansiavam esquecer Jesus.
Assim, os escritores seculares somente começaram a se referir sobre o
Cristianismo quando este movimento religioso tornou-se popular e começou a
incomodar o estilo de vida que tinham.
Ainda
que os testemunhos seculares sobre Jesus sejam raros, existem alguns poucos que
sobreviveram ao tempo e faz referências a Ele. Não é de se surpreender que os
registros não cristãos mais antigos tenham sido feitos por judeus. Flávio
Josefo, que viveu até 98 dC, era um historiador judeu romanizado. Ele escreveu
livros sobre a História dos Judeus para o povo romano. Em seu livro,
“Antiguidades Judaicas”, ele faz algumas referências a Jesus. Em uma
delas, ele escreve:
“Por
esse tempo apareceu Jesus, um homem sábio, que praticou boas obras e cujas
virtudes eram reconhecidas. Muitos judeis e pessoas de outras nações
tornaram-se seus discípulos. Pilatos o condenou a ser crucificado e morto.
Porém, aqueles que se tornaram seus discípulos pregaram sua doutrina. Eles
afirmam que Jesus apareceu a eles três dias após a sua crucificação e que está
vivo. Talvez ele fosse o Messias previsto pelos maravilhosos prognósticos dos
profetas” (Josefo, “Antiguidades Judaicas” XVIII,3,2).
Muito
embora diversas formas deste texto em particular tenham sobrevivido nestes
vinte séculos, todas elas concordam com a versão citada acima. Tal versão é
considerada a mais próxima do original – reduzindo as suspeitas de adulteração
do texto por mãos cristãs. Em outros lugares de sua obra, Josefo também
registra a execução de São João Batista (XVIII,5,2) e o martírio de São Tiago o
Justo (XX,9,1), referindo-se a este como “o irmão de Jesus que era chamado
Cristo”. Deve-se notar que o emprego do verbo “ser” no passado,
na expressão “Jesus que ERA chamado Cristo” testemunha contra uma
possível adulteração cristã já que um cristão certamente escreveria “Jesus
que É chamado Cristo”.
Uma
outra fonte judaica, o Talmude, faz algumas referência históricas a Jesus. De
acordo com o Dicionário da American Heritage, o Talmude é “a coleção de
antigos escritos rabínicos que consiste da Mishná e da Gemara, e que constitui
a base da autoridade religiosa para o Judaísmo tradicional”. Ainda que não
faça referência explícita ao nome de Jesus, os rabinos identificam a pessoa em
questão com Jesus. Essas referências a Jesus não são simpáticas nem a Ele nem à
sua Igreja. Esses escritos também foram preservados através dos séculos pelos
judeus, de maneira que os cristão não podem ser acusados de terem adulterado o
texto.
O
Talmude registra os milagres de Jesus; não é feita nenhuma tentativa de negá-los,
mas relaciona-os como frutos de artes mágicas do Egito. Também sua crucificação
é datada como tendo “ocorrido na véspera da Festa da Páscoa”, em
concordância com os evangelhos (Luc 22,1ss; Jo 19,31ss). Também de forma
semelhante ao evangelho (Mat 27,51), o Talmude registra a ocorrência do
terremoto e o véu do templo que se dividiu em dois durante a morte de Jesus.
Josefo, em sua obra “A Guerra Judaica” também confirma esses eventos.
No
início do séc. II, os romanos começaram a escrever sobre os cristãos e Jesus.
Plínio o Moço, procônsul na Ásia Menor, em 111 dC escreveu em uma carta
dirigida ao imperador Trajano:
“…[os
cristãos] têm como hábito reunir-se em uma dia fixo, antes do nascer do sol, e
dirigir palavras a Cristo como se este fosse um deus; eles mesmos fazem um
juramento, de não cometer qualquer crime, nem cometer roubo ou saque, ou
adultério, nem quebrar sua palavra, e nem negar um depósito quando exigido.
Após fazerem isto, despedem-se e se encontram novamente para a refeição…”
(Plínio, Epístola 97).
Uma
atenção especial deve ser dada à frase “a Cristo como se este fosse um
deus”; trata-se de um testemunho secular primitivo atestando a crença na
divindade de Cristo (Jo 20,28; Fil 2,6). Também é interessante comparar esta
passagem com At 20,7-11, que é uma narração bíblica sobre a primitiva
celebração cristã do domingo.
Um
outro historiador romano, Tácito, respeitado pelos modernos pesquisadores por
causa de sua precisão histórica, escreveu em 115 dC sobre Cristo e sua Igreja:
“O
fundador da seita foi Crestus, executado no tempo de Tibério pelo procurador
Pôncio Pilatos. Essa superstição perniciosa, controlada por certo tempo, brotou
novamente, não apenas em toda a Judéia… mas também em toda a cidade de
Roma…” (Tácito, “Anais” XV,44).
Mesmo
desprezando a fé cristã, Tácito tratou a execução de Cristo como fato
histórico, fazendo relação com eventos e líderes romanos (cf. Luc 3,1ss).
Outros
testemunhos seculares ao Jesus histórico incluem Suetônio em sua
“Biografia de Cláudio”, Phlegan (que registrou o eclipse do sol
durante a morte de Jesus) e até mesmo Celso, um filósofo pagão. Precisamos
manter em mente que a maioria dessas fontes não eram apenas seculares mas
também anti-cristãs. Esses autores seculares, inclusive os escritores judeus,
não desejavam ou intencionavam promover o Cristianismo. Eles não tinham
motivação alguma para distorcer seus registros em favor do Cristianismo. Plínio
realmente punia os cristãos pela sua fé. Se Jesus fosse um simples mito ou sua
execução uma mentira, Tácito teria relatado tal fato; certamente, ele não teria
ligado a execução de Jesus com líderes romanos. Esses escritos, portanto,
apresentam Jesus como um personagem real e histórico. Negar a confiabilidade
dessas fontes que citam Jesus seria negar todo o resto da história antiga.
Não
é intenção deste artigo provar que esses antigos escritos seculares testemunham
que Jesus seja o Filho de Deus ou o Cristo. Porém, esses registros mostram que
um homem virtuoso chamado Jesus viveu nesta Terra no início do séc. I dC e
fundou um movimento religioso que perdura até os nossos dias. Esse Homem foi
chamado de Cristo – o Messias. Os cristãos do primeiro século também O
consideravam como Deus. Por fim, esses escritos suportam outros fatos
encontrados na Bíblia a respeito da vida de Jesus. Logo, afirmar que Jesus
nunca existiu e que sua vida é um mero mito compromete a confiabilidade de toda a história antiga.
Fonte onde este artigo foi encontrado para ser postado do blog: http://cleofas.com.br/
Imagem para ilustra este artigo aqui no blog: internet 

Jesus Cristo existiu mesmo ou será um mito?

A Igreja Católica foi fundada  diretamente por Jesus Cristo, Filho Unigênito de Deus, Deus verdadeiro. Isto é o que faz dela a única Igreja autêntica. As outras são invenções dos homens.
Então, os adversários da Igreja fazem de tudo para destruir a imagem de Jesus, o que jamais conseguiram; e muitos tentam até negar que ele existiu, contra todas as provas da História.
Comecemos pela existência histórica de Jesus Cristo.
Além dos quatro Evangelhos e das Cartas dos Apóstolos, a mesma História que garante a existência dos faraós do Egito, milhares de anos antes de Cristo, garante a existência de Jesus. Muitos documentos antigos, cuja autenticidade já foram confirmados pelos historiadores, falam de Jesus. Vamos aqui dar apenas alguns exemplos disso e mostrar que Jesus não é um mito.
Documentos de escritores romanos (110-120):
1. Tácito (Publius Cornelius Tacitus, 55-120), historiador romano, escritor, orador, cônsul romano (ano 97) e procônsul da Ásia romana (110-113), falando do incêndio de Roma que aconteceu no ano 64,  apresenta uma notícia exata sobre Jesus, embora curta:
“Um boato acabrunhador atribuía a Nero a ordem de pôr fogo na cidade. Então, para cortar o mal pela raiz, Nero imaginou culpados e entregou às torturas mais horríveis esses homens detestados pelas suas façanhas, que o povo apelidava de cristãos. Este nome vêm-lhes de Cristo, que, sob o reinado de Tibério, foi condenado ao suplício pelo procurador Pôncio Pilatos. Esta seita perniciosa, reprimida a princípio, expandiu-se de novo, não somente na Judéia, onde tinha a sua origem, mas na própria cidade de Roma” (Anais, XV, 44).
2.  Plínio o Jovem (Caius Plinius Cecilius Secundus, 61-114), sobrinho de Plínio, o Velho, foi governador romano da Bitínia (Asia Menor), escreveu ao imperador romano Trajano, em 112:
“…os cristãos estavam habituados a  se reunir em dia determinado, antes do nascer do sol, e cantar um cântico a Cristo, que eles tinham como Deus”. (Epístolas, I.X 96)
3. Suetônio (Caius Suetonius Tranquillus, 69-126), historiador romano,  no ano 120, referindo-se ao reinado do imperador romano Cláudio (41-54), afirma que este “expulsou de Roma os judeus, que, sob o impulso de Chrestós (forma grega equivalente a Christós, Cristo), se haviam tornado causa frequente de tumultos” (Vita Claudii, XXV).
Esta informação coincide com o relato dos  Atos dos Apóstolos 18,2, onde se lê: “Cláudio decretou que todos os judeus saíssem de Roma”; esta expulsão ocorreu por volta do ano 49/50. Suetônio, mal informado, julgava que Cristo estivesse em Roma, provocando as desordens.
Documentos Judaicos:
1. O Talmud (Coletânea de leis e comentários históricos dos rabinos judeus posteriores a Jesus) apresentam passagens referentes a Jesus. Note que os judeus combatiam a crença em Jesus, daí as palavras adversas a Cristo. 
Tratado Sanhedrin 43a do Talmud da Babilônia:
“Na véspera da Páscoa suspenderam  a uma haste Jesus de Nazaré. Durante quarenta dias um arauto, à frente dele, clamava: “Merece ser lapidado,  porque exerceu a magia, seduziu Israel e o levou à rebelião. Quem tiver algo para o justificar venha proferí-lo!” Nada, porém se encontrou que o justificasse; então suspenderam-no à haste na véspera da Páscoa.
2. Flávio Josefo,  historiador judeu (37-100), fariseu, escreveu palavras impressionantes sobre Jesus:
“Por essa época apareceu Jesus, homem sábio, se é que há lugar para o chamarmos homem. Porque Ele realizou coisas maravilhosas, foi o mestre daqueles que recebem com júbilo a verdade, e arrastou muitos judeus e gregos. Ele era o Cristo. Por denúncia dos príncipes da nossa nação, Pilatos condenou-o ao suplício da Cruz, mas os seus fiéis não renunciaram ao amor por Ele, porque ao terceiro dia  ele lhes apareceu ressuscitado, como o anunciaram os divinos profetas juntamente com mil outros prodígios a seu respeito. Ainda hoje subsiste o grupo que, por sua causa, recebeu o nome de cristãos” (Antiguidades Judaicas,  XVIII, 63a).
Documentos Cristãos:
Os Evangelhos:  narram com riqueza de detalhes históricos, geográficos, políticos e religiosos a  terra da Palestina no tempo de Jesus. Os evangelistas não poderiam ter inventado tudo isto com tanta precisão.
São Lucas, que não era apóstolo e nem judeu, fala dos imperadores Cesar Augusto, Tibério; cita os governadores da Palestina: Pôncio Pilatos, Herodes, Filipe, Lisânias, e outros personagens como Anás e Caifás (Lc 2,1;3,1s). Todos são muito bem conhecidos da História Universal.
São Mateus e São Marcos falam dos partidos políticos dos fariseus, herodianos, saduceus (Mt 22,23; Mc 3,6).
São João cita detalhes do Templo: a piscina de Betesda (Jo 5,2), o Lithóstrotos ou Gábala (Jo 19, 13), e muitas outras coisas reais. Nada foi inventado, tudo foi comprovado pela História.
Além dos dados históricos sobre a vida real de Jesus Cristo,  tudo o que Ele fez e deixou seria impossível se Ele não tivesse existido. Um mito não poderia chegar ao século XXI… com mais de um bilhão de adeptos. Os apóstolos e os evangelistas narraram aquilo que foram testemunha ocular; não podiam mentir, sob pena de serem desmascarados pelas adversários e perseguidores da época.
Será que poderia um  mito ter vencido o Império Romano?
Será que um mito poderia sustentar os cristãos diante de 250 anos de martírios e perseguições? O escritor cristão Tertuliano (?220), de Cartago, escreveu que “o sangue dos mártires era semente de novos cristãos”.
Será que um mito poderia provocar tantas conversões, mesmo com sérios riscos de morte e perseguições?
No século III já haviam cerca de  1500 sedes episcopais (bispos) no mundo afora. Será que um mito poderia gerar tudo isto? É claro que não.
Será que um mito poderia sustentar uma Igreja, que começou com doze homens simples, e que já tem 2000 anos; que já teve 265 Papas, e que tem hoje mais de 4000 bispos e cerca de  410 mil sacerdotes em todo o mundo?
As provas são evidentes, Jesus Cristo existiu!

Fonte do texto: http://cleofas.com.br
Imagens ilustrativa retirada na internet para ilustra este artigo no blog.

26 de Dezembro - Santo Estêvão

Na história do catolicismo, muitos foram os que pereceram, e ainda perecem, pagando com a própria vida a escolha de abraçar a fé cristã. Essa perseguição mortal, que durou séculos, teve início logo após a Ressurreição de Jesus.


Na história do catolicismo, muitos foram os que pereceram, e ainda perecem, pagando com a própria vida a escolha de abraçar a fé cristã. Essa perseguição mortal, que durou séculos, teve início logo após a Ressurreição de Jesus. O primeiro que derramou seu sangue por causa da fé cristã foi Estêvão, considerado por isso o protomártir. 

Vividos os eventos da Paixão e Ressurreição, os Doze apóstolos passaram a pregar o evangelho de Cristo para os hebreus. A inimizade, que estava apenas abrandada, reavivou, dando início às perseguições mortais aos seguidores do Messias. Mas com extrema dificuldade eles fundaram a primeira comunidade cristã, que conseguiu estabelecer-se como um exemplo vivo da mensagem de Jesus, o amor ao próximo. 

Assim, dentro da comunidade, tudo era de todos, tudo era repartido com todos, todos tinham os mesmos direitos e deveres. Conforme a comunidade se expandia, aumentavam também as necessidades, de alimentação e de assistência. Assim, os apóstolos escolheram sete para formarem como "ministros da caridade", chamados diáconos. Eram eles que administravam os bens comuns, recolhiam e distribuíam os alimentos para todos da comunidade. Um dos sete era Estêvão, escolhido porque era "cheio de fé e do Espírito Santo". 

Porém, segundo os registros, Estêvão não se limitava ao trabalho social de que fora incumbido. Não perdia a chance de divulgar e pregar a palavra de Cristo, e o fazia com tanto fervor e zelo que chamou a atenção dos judeus. Pego de surpresa, foi preso e conduzido diante do sinédrio, onde falsos testemunhos, calúnias e mentiras foram a base de sustentação para a acusação. As testemunhas informaram que Estêvão dizia que Jesus de Nazaré prometera destruir o templo sagrado e que também queria modificar as leis de Deus transmitidas a Moisés. 

Num discurso iluminado, Estêvão repassou toda a história hebraica, de Abraão até Salomão, e provou que não blasfemara contra Deus, nem contra Moisés, nem contra a Lei, nem contra o templo. Teria convencido e sairia livre. Mas não, seguiu avante com seu discurso e começou a pregar a palavra de Jesus. Os acusadores, irados, o levaram, aos gritos, para fora da cidade e o apedrejaram até a morte. 

Antes de tombar morto, Estêvão repetiu as palavras de Jesus no Calvário, pedindo a Deus perdão para seus agressores. Fazia parte desse grupo de judeus um homem que mais tarde se soube ser o apóstolo Paulo, que, na época, ainda não estava convertido. O testemunho de santo Estevão não gera dúvidas, porque sua documentação é histórica, encontra-se num livro canônico, Atos dos Apóstolos, fazendo parte das Sagradas Escrituras. 

Por tudo isso, quando suas relíquias foram encontradas em 415, causaram forte comoção nos fiéis, dando início a um fervoroso culto de toda a cristandade. A festa de santo Estevão é celebrada sempre no dia seguinte ao da festa do Natal de Jesus, justamente para marcar a sua importância de primeiro mártir de Cristo e um dos sete escolhidos dos apóstolos.

Fonte: http://www.paulinas.org.br

25 de dez. de 2013

Em Mensagem de Natal, Papa lembra os sofrimentos da guerra e pede paz. "Deixemos que nosso coração se comova com Deus"

 2013-12-25



Cidade do Vaticano (RV) – Diante de mais de cem mil pessoas que o aguardavam na Praça São Pedro, o Papa Francisco leu em sua sacada, ao meio-dia deste dia de Natal, a mensagem "Urbi et Orbi", à cidade e o mundo.

Desejando um Feliz Natal a todos, Francisco lembrou que a primeira coisa que o Natal nos chama a fazer é dar glória a Deus, porque Ele é bom, é fiel, é misericordioso. O Papa espera que “todos possam sentir que Deus está perto, possam estar na sua presença, amá-Lo e adorá-Lo”.

O Papa frisou que “a verdadeira paz não é um equilíbrio entre forças contrárias; não é uma bela ‘fachada’, por trás da qual há contrastes e divisões. A paz é um compromisso de todos os dias, que se realiza a partir do dom de Deus, da graça que Ele nos deu em Jesus Cristo”.

A partir daí, disse Francisco, “pensamos nas crianças que são as vítimas mais frágeis das guerras, nos idosos, nas mulheres maltratadas, nos doentes... As guerras dilaceram e ferem tantas vidas!”.

Muitas vidas dilacerou, nos últimos tempos, o conflito na Síria, fomentando ódio e vingança. Continuemos a pedir ao Senhor que poupe novos sofrimentos ao amado povo sírio, e as partes em conflito ponham fim a toda violência e assegurem o acesso à ajuda humanitária”.

O Bispo de Roma se disse contente em saber que pessoas de diversas confissões religiosas se unem à súplica pela paz na Síria.

Depois foi a vez do Papa lembrar a situação da República Centro-Africana, frequentemente esquecida dos homens e “dilacerada por uma espiral de violência e miséria onde muitas pessoas estão sem casa, sem água nem comida, sem o mínimo para viver”.

Ainda no continente africano, o Papa pediu “concórdia no jovem Estado do Sudão do Sul e na Nigéria, países onde a convivência pacífica tem sido ameaçada por ataques que não poupam inocentes nem indefesos”.

Como sempre, Francisco dedicou um pensamento aos deslocados e refugiados, especialmente no Chifre da África e no leste da República Democrática do Congo:

Fazei que os emigrantes em busca duma vida digna encontrem acolhimento e ajuda. Que nunca mais aconteçam tragédias como aquelas a que assistimos este ano, com numerosos mortos em Lampedusa”.

Passando ao Oriente Médio, Francisco clamou pela “conversão do coração dos violentos, por um desfecho feliz das negociações de paz entre israelenses e palestinos e pela cura das chagas do amado Iraque, ferido ainda frequentemente por atentados”.

O Papa mencionou ainda outro tema que o preocupa:

Tocai o coração de todos os que estão envolvidos no tráfico de seres humanos, para que se dêem conta da gravidade deste crime contra a humanidade. Voltai o vosso olhar para as inúmeras crianças que são raptadas, feridas e mortas nos conflitos armados e para quantas são transformadas em soldados, privadas da sua infância”.

Sempre sensível à questão ambiental e às consequências dos nossos maus comportamentos, o Pontífice chamou a atenção para “a ganância e a ambição dos homens e pediu proteção para as vítimas de calamidades naturais, especialmente o querido povo filipino, gravemente atingido pelo recente tufão”.

Francisco terminou sua fala com uma mensagem de esperança:

Deixemos que o nosso coração se comova, se incendeie com a ternura de Deus; precisamos das suas carícias. Deus é grande no amor; Deus é paz: peçamos-Lhe que nos ajude a construí-la cada dia na nossa vida, nas nossas famílias, nas nossas cidades e nações, no mundo inteiro. Deixemo-nos comover pela bondade de Deus”.

Na sequência, o Papa Francisco fez votos de Feliz Natal aos fiéis reunidos na Praça e aos que estavam em conexão no mundo inteiro através dos meios de comunicação, invocando os dons natalícios da alegria e da paz para todos: para as crianças e os idosos, para os jovens e as famílias, para os pobres e os marginalizados.

Nascido para nós, Jesus conforte quantos suportam a prova da doença e da tribulação; e sustente aqueles que se dedicam ao serviço dos irmãos mais necessitados. Feliz Natal!”, concluiu o Papa, concedendo a bênção Urbi et Orbi.



Texto proveniente da página http://pt.radiovaticana.va

Francisco na Missa do Galo: os pastores foram os primeiros a receber o anúncio do nascimento de Jesus porque eram os últimos

2013-12-25


Cidade do Vaticano (RV) - Nesta Noite partilhamos a alegria do Evangelho: Deus ama-nos; e ama-nos tanto que nos deu o seu Filho como nosso irmão, como luz nas nossas trevas. O Senhor repete-nos: «Não temais» (Lc 2, 10). E vo-lo repito também eu: Não temais! Foi a exortação do Santo Padre na Missa do Galo celebrada na noite de ontem, no primeiro Natal do Papa Francisco.

De fato, milhares de fiéis e peregrinos provenientes de várias partes do mundo lotaram a Basílica de São Pedro para participar da tradicional missa da noite de Natal presidida pelo Pontífice, concelebrada por mais de 300 cardeais, bispos e sacerdotes.

"O povo que andava nas trevas viu uma grande luz." Com essa citação do profeta Isaías (9, 1), Francisco iniciou a homilia da celebração. "Esta profecia – disse – não cessa de comover, especialmente quando a ouvimos na liturgia da Noite de Natal."

O Bispo de Roma observou não tratar-se apenas de um fato emotivo, sentimental.

"Comove-nos porque exprime a realidade profunda daquilo que somos: somos povo em caminho, e ao nosso redor – mas também dentro de nós – há trevas e luz."

"E nesta noite, enquanto o espírito das trevas envolve o mundo, renova-se o acontecimento que sempre nos maravilha e surpreende: o povo em caminho vê uma grande luz. Uma luz que nos faz refletir sobre este mistério: o mistério do andar e do ver."

Recordando o curso da história ao longo do caminho da salvação, partindo do nosso pai na fé Abraão, o Bispo de Roma recordou a nossa identidade de fiéis qual povo peregrino que caminha para a terra prometida.

"Deus é luz, e n'Ele não há nenhuma espécie de trevas", enfatizou o Papa citando a 1º Carta de João (1, 5).

"Diversamente, do lado do povo, alternam-se momentos de luz e de escuridão, fidelidade e infidelidade, obediência e rebelião; momentos de povo peregrino e de povo errante", observou.

"E, na nossa historia pessoal, também se alternam momentos luminosos e escuros, luzes e sombras. Se amamos a Deus e aos irmãos, andamos na luz; mas, se o nosso coração se fecha, se prevalece em nós o orgulho, a mentira, a busca do próprio interesse, então calam as trevas dentro de nós e ao nosso redor."

Aquele que odeia seu irmão está nas trevas e nas trevas caminha, sem saber para onde vai, porque as trevas lhe cegaram os olhos, frisou o Papa Francisco, citando novamente a 1ª Carta do Apóstolo João (2, 11). Em seguida, recordou o anuncio do Apóstolo Paulo na Carta a Tito (2, 11): "Manifestou-se a graça de Deus, que traz a salvação para todos os homens".

"A graça que se manifestou no mundo é Jesus, nascido da Virgem Maria, verdadeiro homem e verdadeiro Deus. Entrou na nossa história, partilhou o nosso caminho. Veio para nos libertar das trevas e nos dar a luz. N’Ele manifestou-se a graça, a misericórdia, a ternura do Pai: Jesus é o Amor feito carne."

Frisando que Jesus pôs a sua tenda no meio de nós, o Santo Padre recordou que os pastores foram os primeiros a ver esta "tenda", a receber o anúncio de Jesus. "Foram os primeiros porque estavam entre os últimos, os marginalizados". Com eles, detemo-nos diante do Menino, detemo-nos em silêncio.

"Com eles, agradecemos ao Pai do Céu por nos ter dado Jesus e, com eles, deixamos subir do fundo do coração o nosso louvor pela sua fidelidade: Nós Vos bendizemos, Senhor Deus Altíssimo, que Vos humilhastes por nós. Sois imenso, e fizestes-Vos pequenino; sois rico, e fizestes-Vos pobre; sois onipotente, e fizestes-Vos frágil."

Nesta noite partilhamos a alegria do Evangelho, acrescentou: "Deus ama-nos; e ama-nos tanto que nos deu o seu Filho como nosso irmão, como luz nas nossas trevas."

Concluindo, o Santo Padre acrescentou:

"O nosso Pai é paciente, ama-nos, dá-nos Jesus para nos guiar no caminho para a terra prometida. Ele é a luz que ilumina as trevas. Ele é a nossa paz."

Ao término, Francisco deixou o Altar da Confissão deslocando-se com a imagem do Menino Jesus até a entrada da nave central, onde depositou o Menino na manjedoura do presépio montado na Basílica Vaticana. (RL)



Texto proveniente da página http://pt.radiovaticana.va

A homilia do Papa na Missa do Galo

 2013-12-25 


Cidade do Vaticano (RV) - Abaixo, a íntegra da homilia do Papa Francisco na Santa Missa na Noite de Natal. Basílica de S. Pedro, 24 de dezembro de 2013.

1. «O povo que andava nas trevas viu uma grande luz» (Is 9, 1).

Esta profecia de Isaías não cessa de nos comover, especialmente quando a ouvimos na liturgia da Noite de Natal. E não se trata apenas dum facto emotivo, sentimental; comove-nos, porque exprime a realidade profunda daquilo que somos: somos povo em caminho, e ao nosso redor – mas também dentro de nós – há trevas e luz. E nesta noite, enquanto o espírito das trevas envolve o mundo, renova-se o acontecimento que sempre nos maravilha e surpreende: o povo em caminho vê uma grande luz. Uma luz que nos faz reflectir sobre este mistério: o mistério do andar e do ver.

Andar. Este verbo faz-nos pensar no curso da história, naquele longo caminho que é a história da salvação, com início em Abraão, nosso pai na fé, que um dia o Senhor chamou convidando-o a partir, a sair do seu país para a terra que Ele lhe havia de indicar. Desde então, a nossa identidade de crentes é a de pessoas peregrinas para a terra prometida. Esta história é sempre acompanhada pelo Senhor! Ele é sempre fiel ao seu pacto e às suas promessas. «Deus é luz, e n’Ele não há nenhuma espécie de trevas» (1 Jo 1, 5). Diversamente, do lado do povo, alternam-se momentos de luz e de escuridão, fidelidade e infidelidade, obediência e rebelião; momentos de povo peregrino e de povo errante.

E, na nossa historia pessoal, também se alternam momentos luminosos e escuros, luzes e sombras. Se amamos a Deus e aos irmãos, andamos na luz; mas, se o nosso coração se fecha, se prevalece em nós o orgulho, a mentira, a busca do próprio interesse, então calam as trevas dentro de nós e ao nosso redor. «Aquele que tem ódio ao seu irmão – escreve o apóstolo João – está nas trevas e nas trevas caminha, sem saber para onde vai, porque as trevas lhe cegaram os olhos» (1 Jo 2, 11).

2. Nesta noite, como um facho de luz claríssima, ressoa o anúncio do Apóstolo: «Manifestou-se a graça de Deus, que traz a salvação para todos os homens» (Tt 2, 11).

A graça que se manifestou no mundo é Jesus, nascido da Virgem Maria, verdadeiro homem e verdadeiro Deus. Entrou na nossa história, partilhou o nosso caminho. Veio para nos libertar das trevas e nos dar a luz. N’Ele manifestou-se a graça, a misericórdia, a ternura do Pai: Jesus é o Amor feito carne. Não se trata apenas dum mestre de sabedoria, nem dum ideal para o qual tendemos e do qual sabemos estar inexoravelmente distantes, mas é o sentido da vida e da história que pôs a sua tenda no meio de nós.

3. Os pastores foram os primeiros a ver esta «tenda», a receber o anúncio do nascimento de Jesus. Foram os primeiros, porque estavam entre os últimos, os marginalizados. E foram os primeiros porque velavam durante a noite, guardando o seu rebanho. Com eles, detemo-nos diante do Menino, detemo-nos em silêncio. Com eles, agradecemos ao Pai do Céu por nos ter dado Jesus e, com eles, deixamos subir do fundo do coração o nosso louvor pela sua fidelidade:

Nós Vos bendizemos, Senhor Deus Altíssimo, que Vos humilhastes por nós. Sois imenso, e fizestes-Vos pequenino; sois rico, e fizestes-Vos pobre; sois omnipotente, e fizestes-Vos frágil.
Nesta Noite, partilhamos a alegria do Evangelho: Deus ama-nos; e ama-nos tanto que nos deu o seu Filho como nosso irmão, como luz nas nossas trevas. O Senhor repete-nos: «Não temais» (Lc 2, 10). E vo-lo repito também eu: Não temais! O nosso Pai é paciente, ama-nos, dá-nos Jesus para nos guiar no caminho para a terra prometida. Ele é a luz que ilumina as trevas. Ele é a nossa paz. Amém.



Texto proveniente da página http://pt.radiovaticana.va


Nasceu o rei menino

A noite, que já foi tão escura, 
resplandece com o astro divino. 
Cantem, flautas alegres, toquem, repiquem os sinos! 
Venham, pastores, camponeses, 
gente vizinha e distante! 
Nem sedas nem tapetes macios, 
mas como disseram nos livros, 
há quatro mil anos os profetas, 
só um pouco de palha lhe serve de leito. 
Por quatro mil anos esperaram essa hora, soberana de todas as horas. 

Nasceu! Nasceu Jesus! 
Nasceu no nosso lugarejo! 
A noite, que já foi tão escura, 
Resplandece com o astro divino. 

Nasceu o rei menino! 
Nasceu! 
Aleleuia, Aleluia! 


Guido Gozzano


Os Reis Magos

“E, abrindo os seus tesouros, lhe ofereceram presentes: ouro, incenso e mirra” (Mt 2, 11).
A Igreja celebra a festa da manifestação do Senhor (Epifania) no dia 6 de janeiro, embora no Brasil ela seja festejada no domingo mais próximo.
O Catecismo da Igreja nos ensina que:
“A Epifania é a manifestação de Jesus como Messias de Israel, Filho de Deus e Salvador do mundo. Com o Batismo de Jesus no Jordão e com as bodas de Caná, ela celebra a adoração de Jesus pelos “magos” vindos do Oriente (Mt 2,1).
Nesses “magos”, representantes das religiões pagãs circunvizinhas, o Evangelho vê as primícias das nações que acolhem a Boa-Nova da salvação pela Encarnação. A vinda dos magos a Jerusalém para “prestar homenagem ao Rei dos Judeus” (Mt 2,2) mostra que eles procuram Israel, à luz messiânica da estrela de Davi (Nm 24, 17; Ap 22, 16), aquele que será o Rei das nações (Nm 24, 17-19). Sua vinda significa que os pagãos só podem descobrir a Jesus e adorá-lo como Filho de Deus e Salvador do mundo voltando-se para os judeus (Jo 4,22) e recebendo deles a sua promessa messiânica, tal como está contida no Antigo Testamento. A Epifania manifesta que “a plenitude dos pagãos entra na família dos Patriarcas” e adquire a “dignidade israelítica” (§528).
Quem eram esses reis magos? Pouco sabemos sobre eles, parece que vieram da Pérsia, pois se vestiam como persas. Quando os persas invadiram Belém, não destruíram a basílica da natividade porque na sua fachada encontraram a figura dos reis Magos vestidos com roupas persas.
Comentando a adoração dos reis Magos que vieram do Oriente, diz Santo Agostinho: “Ó menino, a quem os astros se submetem! De quem é tamanha grandeza e glória de ter, perante seus próprios panos, Anjos que velam, reis que tremem e sábios que se ajoelham? Quem é este, que é tal e tanto? Admiro de olhar para panos e contemplar o céu; ardo de amor ao ver no presépio um mendigo que reina sobre os astros. Que a fé venha em nosso socorro, pois falha a razão natural.”
De fato, apenas nascido, o Rei começa imediatamente a governar o seu poderoso império: chama de longínquas regiões os monarcas, como seus servos, para adorá-Lo; o Céu e a terra se curvam diante d’Ele e seus inimigos tremem à sua chegada.
A Igreja nos ensina que em primeiro lugar Jesus Menino se apresentou a seu povo Judeu na figura dos Pastores de Belém que, avisados pelos Anjos foram adorar o Deus Menino em Belém. Em seguida Ele quis se manifestar (Epifania) aos pagãos, para mostrar que Ele veio para reinar sobre toda a humanidade e salvar a todos. Os pagãos estão representados nos misteriosos Reis Magos, que deviam ser reis de cidades orientais, como havia muitos antigamente.
Naquele tempo, o mundo inteiro, em particular o mundo oriental, esperava uma nova era para todas as nações e julgava-se que essa era tivesse origem na Palestina. Os Magos meditavam talvez nessa crença, quando viram resplandecer no céu uma estrela em direção à Palestina. Eles vieram com seus séquitos, camelos, servos e muitos presentes para oferecer ao Rei de Israel.
Por isso, foram diretamente para Jerusalém e procuraram a Herodes, pensando que toda Jerusalém estivesse em festa. Mas esta capital nada sabia, desconhecia o seu Rei. Em seguida foram para Belém guiados pela Estrela até a gruta santa, já que os doutores da lei o indicaram. Toda Jerusalém se alvoroçou porque o povo esperava o Messias Salvador, mas jamais podiam imaginar que seria aquele Menino.
Em Belém os Magos, que a tradição chamou de Baltazar, Gaspar e Melquior, encontraram o Menino e seus pais; e não se decepcionaram com a pobreza e simplicidade. Certamente poderiam perguntar:
- Mas que tipo de Rei é este que nasce numa manjedoura e não em um berço de ouro? É belo perceber como a fé sustentou  a convicção deles; deixaram que Deus os guiasse…
E sem duvidar, adoraram o Menino e lhe ofereceram ouro (para o Rei), incenso (para Deus) e a Mirra (para o Cordeiro a ser um dia imolado).
O ouro é dado ao Rei; significa a sabedoria celeste. São Bernardo escreve: “Tereis encontrado esta sabedoria se antes tiverdes chorado os pecados cometidos, desprezado os gozos do mundo e desejado, de todo coração, a vida eterna. Tereis encontrado a sabedoria se cada uma destas tiverem o gosto que tem: as coisas amargas e as coisas de que se deve evitar; estas devem ser desprezadas como caducas e transitórias; aquelas devem ser cobiçadas com todo desejo como bens perfeitos; discerni o gosto no íntimo da alma”.
Diz Santo Anselmo (1033-1109), doutor da Igreja, que as moedas oferecidas pelos Magos a Jesus Menino seriam as mesmas com que tantos séculos antes o casto José egípcio fora comprado pelos israelitas, ao ser-lhes vendido por seus irmãos: as mesmas que, tendo chegado depois às mãos dos Sacerdotes do Templo, serviram para dar a Judas o preço da traição.
O incenso é oferecido a Deus; significa a oração devota. Daí o salmista: “Suba direto a ti a minha oração, como o incenso” (Sl. 140, 2). A oração fiel, humilde e fervorosa sobe ao céu e não regressa vazia.
A mirra significa a mortificação da carne. “As minhas mãos destilaram mirra, e os meus dedos estavam cheios da mirra mais preciosa” (Ct 5, 5). Diz o grande São Gregório Magno: “As mãos significam as obras virtuosas, os dedos, a discrição. Portanto, as mãos destilam a mirra quando, pelas obras virtuosas, castiga-se a carne; mas os dedos são ditos cheios da mais preciosa mirra, pois é muito preciosa a mortificação que se faz com discrição.”
Assim como a Estrela guiou os Reis Magos até Jesus, a fé deve nos levar até Ele todos os momentos da vida, para que esta tenha sentido. Disse o Papa João Paulo II, na encíclica “Redemptor Hominis” que “o homem que não conhece Jesus Cristo permanece para si mesmo um desconhecido; um mistério inexplicável, um enigma insondável”. Este vive sem rumo, sem meta, sem sentido, sem saber o que a vida vale, sem saber o sentido da dor, da  prece, da morte e da vida eterna.
Que a Estrela da fé guie cada um de nós até esta Gruta Sagrada onde na pobre manjedoura descansa em paz o Príncipe da Paz, o Deus Forte, a Luz do Mundo, o Caminho, a Verdade e a Vida.
Prof. Felipe Aquino
http://cleofas.com.br

Natividade de São João Batista: o maior dos profetas

A natividade de  São João Batista  é  uma solenidade muito importante no ano litúrgico, porque nesse dia lembramos o maior dos profetas, com...