Levando a pessoa a confiar em coisas
e não em Deus
Quantas pessoas entram em lugar somente com o pé direito, comem
lentilhas para pedir prosperidade, usam o branco para atrair bons fluidos,
vestem sempre determinada roupa para dar boa sorte, penduram ferradura atrás da
porta, batem na madeira para afastar o azar, não fazem nada no dia 13 e evitam
qualquer coisa ligada a esse número... Para não falar da “maldição” causada por
gatos pretos, por passar debaixo de uma escada ou quebrar um espelho. Essas e
outras práticas revelam uma falta de confiança em si e principalmente nos
cuidados de Deus. Chama-se a isso de superstição.
A superstição é a crença de que certas obras, objetos ou números têm
força para dar sorte ou azar. Quanto menos uma
pessoa conhece e vive o amor de Deus, tanto maior são as suas superstições.
Fé e superstição são duas realidades completamente diferentes. Por quê?
A fé está alicerçada nas promessas de Deus: “ A fé é o
fundamento da esperança, é uma certeza a respeito do que não se vê” (Hb 11,1). Os heróis da Bíblia são apresentados como homens e mulheres
que “graças a sua fé (em Deus)
conquistaram reinos, praticaram a justiça, viram se realizar as promessas” (Hb 11,33).
No Catecismo da Igreja Católica, a superstição é apresentada como um
pecado contra o primeiro mandamento da lei de Deus: “A superstição é o desvio
do sentimento religioso e das práticas que ele impõe. Pode afetar também o
culto que prestamos ao verdadeiro Deus, como por exemplo quando atribuímos uma
importância de alguma maneira mágica a certas práticas, em si mesmas legítimas
ou necessárias. Atribuir eficácia exclusivamente à materialidade das orações ou
dos sinais sacramentais, sem levar em conta as disposições interiores que
exigem, é cair na superstição” (CIC 2111).
A superstição cria medo na pessoa, levando-a a confiar em coisas e não
em Deus.
Artigo extraído do livro “Católico pode ou não pode? Por quê?” de Pe.
Alberto Gambarini, Edições Loyola, 2005.
Pe Alberto Gambarini
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