31 de dez. de 2013

Superstição

Levando a pessoa a confiar em coisas e não em Deus




Quantas pessoas entram em lugar somente com o pé direito, comem lentilhas para pedir prosperidade, usam o branco para atrair bons fluidos, vestem sempre determinada roupa para dar boa sorte, penduram ferradura atrás da porta, batem na madeira para afastar o azar, não fazem nada no dia 13 e evitam qualquer coisa ligada a esse número... Para não falar da “maldição” causada por gatos pretos, por passar debaixo de uma escada ou quebrar um espelho. Essas e outras práticas revelam uma falta de confiança em si e principalmente nos cuidados de Deus. Chama-se a isso de superstição.
A superstição é a crença de que certas obras, objetos ou números têm força para dar sorte ou azar. Quanto menos uma pessoa conhece e vive o amor de Deus, tanto maior são as suas superstições.
Fé e superstição são duas realidades completamente diferentes. Por quê? A fé está alicerçada nas promessas de Deus: “ A fé é o fundamento da esperança, é uma certeza a respeito do que não se vê” (Hb 11,1). Os heróis da Bíblia são apresentados como homens e mulheres que “graças a sua fé (em Deus) conquistaram reinos, praticaram a justiça, viram se realizar as promessas” (Hb 11,33).
No Catecismo da Igreja Católica, a superstição é apresentada como um pecado contra o primeiro mandamento da lei de Deus: “A superstição é o desvio do sentimento religioso e das práticas que ele impõe. Pode afetar também o culto que prestamos ao verdadeiro Deus, como por exemplo quando atribuímos uma importância de alguma maneira mágica a certas práticas, em si mesmas legítimas ou necessárias. Atribuir eficácia exclusivamente à materialidade das orações ou dos sinais sacramentais, sem levar em conta as disposições interiores que exigem, é cair na superstição” (CIC 2111).
A superstição cria medo na pessoa, levando-a a confiar em coisas e não em Deus.


Artigo extraído do livro “Católico pode ou não pode? Por quê?” de Pe. Alberto Gambarini, Edições Loyola, 2005.
Pe Alberto Gambarini


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