Contaram-me, há tempos, um episódio que pode
ilustrar este tempo de Advento, de espera ou de preparação.
Numa aldeia indígena, algures em África, um missionário pediu à população local que o ajudasse a transportar um carregamento de material até ao cimo da montanha. Com o fardo às costas, partiram todos cheios de entusiasmo. A meia encosta o pessoal parou, pousou o material no chão e sentou-se. O missionário esforçou-se para os pôr outra vez em marcha mas foi em vão:
- Porque parastes? Estais cansados?
- Não. - Quereis comer ou beber? - Não. - Quereis uma gratificação maior? A carga é muito pesada? Quereis voltar para trás? Então o que é que se passa? Após um silêncio geral, um dos indígenas explicou: - É que nós viemos depressa demais. A nossa alma ficou para trás. Ficaremos à espera que ela chegue.
Às vezes parece que somos um corpo sem alma.
Sentimo-nos vazios ou a dormir. É preciso aguardar que o espírito nos encha,
que a alma nos desperte para continuarmos a caminhar. Eis que Cristo está à
porta e bate. Estaremos cheios por dentro?
Vivemos numa azáfama contínua. É preciso parar e
zelar pela nossa interioridade. Afinal Cristo é a alma da nossa vida, só Ele
nos pode encher por dentro.
Pe. José David Quintal Vieira, scj
Fonte: http://www.dehonianos.org
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7 de dez. de 2013
Saber esperar
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