Salmo 97 (98)
2° Leitura (Ef 1, 3-6.11-12)
Evangelho (Lucas 1, 26-38)
Rapidamente caminhamos para o final de mais um ano. Faltam aproximadamente duas semanas para o Natal do Senhor. Natal é uma data é muito significativa. O Verbo Divino se faz homem para nos salvar. A vinda do Menino Deus é o Plano de Amor colocado em prática.
O Plano de Salvação do Pai incluía também a participação de uma humilde personagem, uma criatura muito amada por Deus e por todos nós, seus filhos. Neste Evangelho nos encontramos com a jovem Maria de Nazaré. Corajosa, humilde e de uma fé inabalável.
Assim que o Arcanjo Gabriel lhe disse para não ter medo, não pensou duas vezes; acreditou e corajosamente deu o seu "Sim", para que o Plano de Deus pudesse ser executado.
O diálogo entre a Virgem e o Arcanjo mostra que devemos estar sempre abertos para ouvir aquilo que Deus nos pede. Maria estava aberta ao diálogo. Atentamente ouviu o pedido do Pai, através do Arcanjo e de imediato colocou-se a serviço.
Ao cumprimentá-la, disse o Anjo: "Alegre-se!” A alegria é o presente que recebemos do Pai, é algo que brota de dentro de nós, como dom de Deus, quando cumprimos sua vontade.
A alegria tomou conta Daquela que foi chamada por Deus de "Cheia de Graça". Cheia de Graça porque foi concebida sem pecado, isenta de tudo que ofende a Deus e ao próximo. Maria é uma criatura pura e cristalina, um verdadeiro Sacrário para abrigar o Filho de Deus.
"Como acontecerá isso, se eu não conheço homem algum?" Esta foi sua única dúvida. Como mulher inteligente, casta e santa, não conseguia imaginar como poderia se realizar essa gravidez. Mesmo não entendendo a profundidade da resposta do Arcanjo, Maria acreditou e entregou-se totalmente a Deus.
"Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra". É assim que Maria participa da obra redentora de Deus. Mas a sua maternidade divina não é um dom só para ela. É dom para todos nós. Pela obra do Espírito Santo e pela fé de Maria, Cristo entra na história e inicia a obra de redenção da humanidade.
Nossa Mãe é repleta de virtudes, porém, a humildade e a fé nela transparecem. Saem como raios de seu interior, podem ser vistas de longe. Humildade e fé transbordam no coração da Cheia de Graça; são esses os dons que precisamos aprender cultivar e fazer crescer em nossos corações.
Deus concede suas graças conforme a missão que confia a cada um de nós. Pacientemente, Deus espera o nosso sim e, se nos escolheu para o apostolado, certamente, também nos dará as graças necessárias para cumprirmos a tarefa.
Imitar Maria, confiar e entregar-se à vontade divina, essa é a receita, assim deve ser nossa conduta, apesar de, tantas e tantas vezes, nos fazermos de desentendidos e surdos, diante do convite de Deus, para darmos continuidade ao seu projeto de salvação.
(01472)
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