Por iniciativa da Igreja Católica, cristãos, muçulmanos, budistas, ateus e pessoas não-religiosas foram convocados neste sábado para uma jornada mundial de jejum e oração contra uma intervenção armada na Síria, que incluirá uma vigília no Vaticano com a presença do Papa Francisco.
"A paz é um bem que supera qualquer barreira porque é um bem de toda a humanidade", tuitou o Papa na sexta-feira.
O Papa prometu uma breve intervenção.
"Que se eleve forte em toda a Terra o grito da paz!", exclamou na quarta-feira o Papa, para convocar 1,2 bilhão de cristãos, fieis de outras religiões e ateus e pessoas não-religiosas para refletir sobre a paz na Síria.
Francisco, que enviou uma carta à cúpula do G20 em São Petersburgo, se opõe à intervenção militar na Síria prevista pelos Estados Unidos e França, já que considera que isso vai piorar o massacre, aumentar o ódio e não poderá ser uma ação limitada.
"Escutamos esta voz procedente do mundo inteiro e nos emocionamos por esta corrente de solidariedade iniciada pelo Papa", comentou, por telefone, falando à televisão Sky TG24, o núncio apostólico em Damasco, monsenhor Mario Zenari.
Zenari comparecerá à catedral melquita para um vigília de oração ecumênica que reunirá também ortodoxos e muçulmanos.
A convocação papal teve especial repercussão no Oriente Médio, onde os patriarcas, geralmente rivais entre si, se uniram na preocupação pelas consequências de uma propagação da guerra e ascensão islamita.
O patriarca de Constantinopla, Bartolomeu, apoiou a iniciativa do Papa, asim como o grande mufti Ahmad Badredin Hassun, líder do Islã sunita na Síria, que pediu aos fieis que se unam à oração do Papa.
O patriarca maronita, Beshara Butros Rai, conduzirá uma oração na Basílica de Nossa Senhora do Líbano, em Harissa, norte de Beirute.
O vice-presidente do Alto Conselho xiita do Líbano, xeque Abdel Amir Qabalan, respondeu favoravelmente ao apelo de Francisco.
O patriarca de Antioquia e do Oriente para os greco-católicos, Gregório Laham, convocou todos os fieis ao jejum e pediu que os religiosos abram as igrejas para as orações.
O cardeal brasileiro Dom João Braz de Aviz, presidente do Conselho Pontifício para s Ordens Religiosas masculinas e femininas nos cinco continentes, também pediu para que os fieis respondam maciçamente à convocação.
Muitos grupos de não-religiosos, como o Partido Radical Italiano, anticlerical, e o pequeno partido de extrema-esquerda SEL, apoiaram a iniciativa de Francisco e o prefeito de esquerda de Roma, Ignazio Marino, comparecerá à Praça de São Pedro.
Fonte : http://g1.globo.com/
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