Na homilia diária na casa Santa Marta o Santo Padre disse hoje que Jesus
é a nossa Esperança
Brasília, 09 de Setembro de 2013 (Zenit.org) Thácio Lincon Soares de Siqueira |
Esperança não é o mesmo que otimismo, - disse o Papa Francisco na sua
habitual homilia na casa Santa Marta. Otimismo é ver sempre a parte cheia do
copo, refere-se mais ao humor, enquanto que a esperança é um “dom, um presente
do Espírito Santo e por isso São Paulo diz que nunca decepciona”.
O Papa Francisco convidou os sacerdotes a cultivarem a esperança, já que
“é um pouco triste quando alguém se encontra com um sacerdote sem esperança,
sem aquela paixão que dá a esperança; e é tão bonito quando nos encontramos com
um sacerdote que chega ao final da sua vida sempre com aquela esperança, não
com o otimismo, mas com a esperança, semeando esperança”. Isso quer dizer,
disse o Papa, que “este sacerdote está perto de Jesus. E o povo de Deus tem
necessidade de que nós sacerdotes demos esta esperança em Jesus, que refaz
tudo, é capaz de refazer tudo e está refazendo tudo: em cada eucaristia ele
refaz a criação, em cada ato de caridade ele refaz o seu amor em nós”.
Fazendo uma leitura de Col 1, 24- 2,3 o Papa falou de Jesus, “mistério,
mistério escondido, Deus”. Jesus “é a nossa esperança. É o tudo, é o centro e é
também a nossa esperança”.
Infelizmente, a virtude da esperança tem tido pouca importância entre
nós – destacou o Pontífice- e é considerada “uma virtude de segunda
categoria”.Em seguida ressaltou que otimismo é bem diferente de esperança.
Otimismo é uma característica humana que depende de muitos elementos. Trata-se
desse entusiasmo que sempre consegue ver “o lado cheio do copo e não o vazio”.
Mas a esperança é outra coisa. É um “presente do Espírito Santo”. Mais ainda,
ela tem um nome: “e este nome é Jesus”.
“Onde não há esperança não pode haver liberdade”, afirmou o Papa ao
comentar o evangelho da missa - Lc 6, 6-11 - que narra precisamente o
momento em que Jesus cura o homem com a mão atrofiada em dia de sábado.
O Santo Padre destacou dois tipos de escravidão presentes nessa passagem:
a do homem com “a mão paralisada, escravo da sua doença” e aquela “dos
fariseus, dos escribas, escravos das suas atitudes rígidas, legalistas”. Jesus
liberta a ambos. Primeiro mostra aos rígidos que aquele não é o caminho da
liberdade e depois cura o enfermo da sua doença.
Além do mais, “Jesus não é um curandeiro, é um homem que recria a
existência. E isso nos dá esperança, porque Jesus veio justamente por causa
deste grande milagre, recriar tudo”, destacou o bispo de Roma. A mesma Igreja,
em uma oração litúrgica, reza dizendo que Deus se mostrou grande na obra da
criação, porém, maior na obra da redenção.
“A grande maravilha é a grande reforma de Jesus. E isso nos dá
esperança: Jesus que recria tudo” e quando nos unimos à Jesus na sua Paixão,
disse o Papa, “com ele refazemos o mundo, o fazemos de novo”.
(09 de Setembro de 2013) ©
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Fonte do Texto: http://www.zenit.org
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