21 de ago. de 2013

21/08 -São Pio X

Gostava de autodefinir-se como “um pobre vigário da roça.” Quando alguém o chamava de padre santo ele corrigia: “Não santo, mas Sarto” (Sarto é seu sobrenome). O papa Sarto nasceu a 2 de junho de 1835 em Riese, no Treviso. Foi batizado no dia seguinte com o nome de José Melquior. O pai, empregado da prefeitura, morreu deixando a mulher Margarida Sanson com dez filhinhos para criar Zezinho, o segundo filho, bem que desejou interromper os estudos do seminário para dar uma mão à família. Mas a corajosa mãe o exortou a prosseguir na estrada empreendida. Ordenado sacerdote aos 23 anos, por nove anos foi capelão em Tombolo; por outros nove, pároco em Salzano; por outros nove cônego e diretor espiritual em Treviso; nove anos bispo de Mântua e outros nove anos cardeal-patriarca de Veneza; e foi papa durante onze anos (de 1903 a 1914). Morreu a 20 de agosto de 1914, desgostoso pela guerra que já sacudia a Europa. Desde os tempos da Idade Média não se sentava sobre a cátedra de Pedro um humilde filho de camponês. Seu pontificado foi excepcionalmente fecundo pela organização interna da Igreja. Pouco inclinado às finezas diplomáticas, não cuidou das relações da Igreja com o poder político. Suas atitudes intransigentes criaram atritos com a Rússia, com os Estados Unidos (recusou até a visita de Theodore Roosevelt), com a Alemanha, Portugal e França, da qual repudiou a lei da separação entre Igreja e Estado. O Papa da amabilidade se mostrou particularmente hostil a toda abertura que pudesse parecer aceitação do difundido modernismo também no meio do clero. Sua divisa “Restaurar tudo em Cristo” traduziu-se em atenção vigilante para com a vida interna da Igreja: promoveu a renovação litúrgica, derrubou as barreiras seculares que separavam a Cúria romana da prática pastoral, codificou o direito canônico, favoreceu a instrução religiosa dos meninos com o catecismo permitindo-lhes fazer a comunhão em tenra idade. Dotado de equilíbrio e discrição, de prudência e força, não obstante tivesse uma concepção centralista da Igreja em seu governo, outra coisa não queria senão ser o servo de todos e a sua disponibilidade foi na verdade um fato novo nos palácios vaticanos. O papa veneziano, sorridente e perspicaz, trocava uma palavra com todos sem observar as regras protocolares. Pobre entre os pobres, para ir ao conclave, que o elegeu Papa, teve de tomar dinheiro emprestado para a passagem de trem, que comprou de ida e volta, convencido de que o Espírito Santo não cometeria o erro de sugerir ao sacro colégio que fosse ele o escolhido.
Outros Santos do mesmo dia: Santos Luxório, Ciselo e Camerino, Santos Bonoso e Maximiano, Santo Abraão de Smolenk, Beato Bernardo Tolomeu, Santo Bernardo de Azira, Santas Graça e Maria de Alzira, Santo Lussurio, Santo Raimundo Peiro Victori e Brata Vitória Rasoamanarivo.



texto e imagem do site Cléofas

o que você achou deste artigo? deixe seu comentário

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Natividade de São João Batista: o maior dos profetas

A natividade de  São João Batista  é  uma solenidade muito importante no ano litúrgico, porque nesse dia lembramos o maior dos profetas, com...