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Na sua alocução, Francisco iniciou por recordar que <<hoje a Igreja celebra uma das festas mais importantes dedicadas à Virgem Maria: a festa da Assunção. Ao fim da sua vida terrena, a Mãe de Cristo subiu aos céus em corpo e alma, isto é na glória da vida eterna, em plena comunhão com Deus>>.
Comentando o Evangelho segundo S. Lucas (Lc 1, 39 – 51), Francisco recordou que o Evangelista apresenta-nos Maria que logo após ter concebido Jesus por obra do Espírito Santo, foi visitar a sua prima Isabel, também ela milagrosamente na espera de um filho. Neste encontro cheio de Espírito Santo, disse o Papa, Maria exprimiu a sua alegria mediante o Cântico do Magnificat, pois tomou plena consciência do significado das grandes obras que estão a ser realizadas na sua vida: por intermédio dela chega ao cumnprimento toda a esperança do seu povo.
Mas o Evangelho, acrescenta Francisco, nos mostra também qual é o motivo mais verdadeiro da grandeza de Maria e da sua bem-aventurança: é a fé. De facto, Isabel saúda-a com estas palavras: “ Bem-aventurada aquela que acreditou, porque vai acontecer o que o Senhor lhe prometeu”.
A fé é o coração de toda a história de Maria; ela sabe – e o disse – que na história pesa a violência dos prepotentes, o orgulho dos ricos, a arrogância dos soberbos. Todavia, Maria acredita e proclama que Deus não deixa sozinhos os seus filhos, humildes e pobres, mas socorre-os com misericórdia e solicitude, derrubando os poderosos dos seus tronos, dispersa os orgulhosos nas tramas de seus corações. E esta, recordou o Santo Padre, é a fé da nossa Mãe Maria.
O Magnificat permite-nos também intuir o sentido do evento realizado na vida de Maria: se a misericórdia do Senhor é o motor da história, então não poderia conhecer a corrupção do sepulcro daquela que gerou o Senhor da vida. Tudo isso não diz respeito sómente a Maria. As grandes coisas realizadas nela pelo Omnipotente tocam-nos profundamente, falam-nos da nossa viagem na vida, recorda-nos a meta que nos espera: a casa do Pai. A nossa vida, vista à luz de Maria assunta ao Céu, não é uma “vagabundagem” sem sentido, mas uma peregrinação que com todas as suas incertezas e sofrimentos, tem uma meta segura: a casa do nosso Pai, que nos espera com amor. <<Como é tão bonito pensar isso: nós temos um Pai que nos espera com amor. E também a nossa Mãe Maria está lá nos céus e espera por nós com tanto amor>>.
No entanto, enquanto transcorre a vida, Deus faz resplandecer para o seu povo, peregrino na terra, um sinal de consolação e de esperança segura. Aquele sinal tem um rosto e um nome: o rosto luminoso da Mãe do Senhor, o nome bendito de Maria, a cheia de graça, bem-aventurada porque acreditou na palavra do Senhor. Como membros da Igreja, somos destinados a partilhar da glória da nossa Mãe, porque, graças a Deus, também nós acreditamos no sacrifício de Cristo na Cruz e através do baptismo, somos inseridos em tal mistério de salvação.
Finalmente, o Papa Francisco pediu à todos para que rezarem juntos a nossa Mãe de Deus, para que enquanto se desenvolve o nosso caminho nesta terra, ela nos dirija o seu olhar misericordioso, ilumine o nosso caminho, nos indique a meta, e nos mostre depois do nosso exílio terrestre Jesus, o fruto bendito do seu ventre. Rezemos todos juntos: Ó clemente, ó piedosa, ó doce Virgem Maria.
Após a recitação do Ângelus, Francisco dirigius-se à multidão congragada na Praça de S. Pedro com estas palavras e preocupações: <<o meu pensamento vai, neste momento, à população da cidade de Tinjin, na China setentrional, onde algumas explosões na área industrial causaram numerosos mortos e feridos e grandes danos. Aseguro a minha oração para todos aqueles que perderam a vida e para todas as pessoas provadas por este desastre; que o Senhor dê conforto a eles e o sustento a quantos estão empenhados em aliviar os seus sofrimentos.
Saúdo todos vós, romanos e peregrinos de diversos países Confio-vos aos maternos cuidados da nossa Mãe, que vive na glória de Deus e sempre acompanha o nosso caminho. Agradeço-vos por terem vindo e desejo-vos uma boa festa. Por favor não esqueçam de rezar por mim. Bom almoço e até logo>
Fonte: Rádio Vaticano
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