Cidade do Vaticano (RV) - Ao meio-dia deste domingo o Santo Padre rezou a oração do Angelus com milhares de fiéis e peregrinos reunidos na Praça São Pedro. Após a oração mariana, o Papa Francisco expressou seu profundo pesar pelos ataques deste domingo em Lahore, no Paquistão, contra duas igrejas cristãs, uma católica e outra protestante, provocando numerosas vítimas:
“Com pesar, com profundo pesar, recebi a notícia dos atentados terroristas de hoje contra duas igrejas na cidade de Lahore, no Paquistão, que provocaram numerosos mortos e feridos. São igrejas cristãs. Os cristãos são perseguidos. Nossos irmãos derramam o sangue somente porque são cristãos. Ao tempo em que asseguro minha oração pelas vítimas e por suas famílias, peço ao Senhor, imploro ao Senhor – fonte de todo bem – o dom da paz e a concórdia para aquele país, e para que esta perseguição contra os cristãos que o mundo busca esconder, tenha fim e haja a paz.”
O amor de Deus é gratuito e sem limites e jamais devemos nos esquecer que é rico de misericórdia. Foi o que afirmou o Papa na alocução que precedeu a oração mariana. O Evangelho deste domingo, que nos repropõe as palavras dirigidas por Jesus a Nicodemos “Deus amou tanto o mundo que entregou o seu Filho unigênito” (Jo, 3,16), esteve no centro da oração dominical.
“Ouvindo esta palavra, dirijamos o olhar do nosso coração a Jesus Crucificado e sintamos dentro de nós que Deus nos ama, nos ama verdadeiramente, e nos ama tanto! Eis a expressão mais simples que resume todo o Evangelho, toda a fé, toda a teologia: Deus nos ama com amor gratuito e sem limites.”
Este amor – afirmou o Papa – Deus o demonstra, em primeiro lugar, na criação. É um amor gratuito que se manifesta em toda a história da salvação:
“O Senhor escolhe o seu povo, não porque este povo mereça ser escolhido, e lhe diz: ‘Eu te escolhi propriamente porque és o menor entre todos os povos’. E quando chegou ‘a plenitude dos tempos’, apesar de os homens terem reiteradas vezes quebrado a aliança, Deus, ao invés de abandoná-los, estreitou com eles um vínculo novo, no sangue de Jesus – o vínculo da nova e eterna aliança –, um vínculo que nada jamais poderá romper.”
“A Cruz de Cristo – prosseguiu o Pontífice – é a prova suprema do amor de Deus por nós: Jesus nos amou ‘até o fim’ (Jo 13,1), ou seja, não somente até o último instante da sua vida terrena, mas até o extremo limite do amor.”
“Se na criação o Pai deu-nos a prova de seu imenso amor dando-nos a vida, na paixão e na morte do Filho deu-nos a prova das provas: veio sofrer e morrer por nós. E isso, por amor: tão grande é a misericórdia de Deus! Porque nos ama, nos perdoa. Com a sua misericórdia Deus perdoa tudo, e Deus perdoa sempre.”
Depois do Angelus, o Papa Francisco lançou um apelo em favor da população de Vanuatu, no Oceano Pacífico. O arquipélago foi devastado pelo ciclone Pam, um dos mais violentos jamais verificado no hemisfério Sul. Ao menos metade dos habitantes ficou sem casa.
“Faço-me próximo à população de Vanuatu, no Oceano Pacífico, atingida por um forte ciclone. Rezo pelos mortos, pelos feridos e pelos sem-teto. Agradeço a todos aqueles que imediatamente buscaram levar socorro e ajudas.”
O Papa concluiu dirigindo-se a Maria, Mãe de misericórdia – foi sua oração –, a fim de que “coloque em nosso coração a certeza de que somos amados por Deus. Que ela esteja próxima de nós nos momentos de dificuldade e nos conceda os sentimentos de seu Filho, a fim de que o nosso itinerário quaresmal seja experiência de perdão, de acolhimento e de caridade”. (RL)
Fonte: http://br.radiovaticana.va/
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