Em seu discurso, Francisco recordou a herança das raízes missionárias da Igreja no Japão, principalmente a partir da chegada de São Francisco Xavier e companheiros missionários, e também dos primeiros membros da comunidade católica japonesa. O Papa lembrou ainda que neste ano a Igreja nipônica celebra outra faceta desta rica herança: os “Cristãos escondidos”.
Perseguições
De fato, em 1588 a comunidade católica japonesa contava com mais de 300 mil fiéis, número que deu origem à diocese de Funay da qual a cidade de Nagasaki era o centro principal. Contudo, esta comunidade foi quase inteiramente dizimada pelas perseguições dos séculos XVI e XVII – entre as mais violentas da história do cristianismo.
A resistência cristã
Privados de bispos, sacerdotes e de igrejas nas quais celebrar a liturgia e, apesar dos controles, alguns cristãos japoneses conseguiram sobreviver e a transmitir em segredo a fé cristão de pai para filho por quase nove gerações, criando uma simbologia, rituais e linguagens incompreensíveis para as pessoas de fora da comunidade.
Assim, teve início a época dos “Cristãos escondidos” (kakure kirishitan) período que o Papa sustenta formar, junto com os missionários, um dos dois pilares da história Católica do Japão.
“Eles continuam a alicerçar a vida da Igreja hoje, e oferecem um guia para viver a fé”, afirmou o Pontífice.
Serviço
Francisco recordou ainda que, apesar de pequena, a comunidade católica do Japão é muito respeitada pelos japoneses pela contribuição, baseada na identidade cristã, de servir a todos, independentemente da religião.
“Uma grande importância na resposta as trágicas devastações provocadas pelo terremoto e tsunami de quatro anos atrás”, reiterou o Pontífice, que também recordou os esforços da comunidade católica japonesa em promover a paz ao longo dos setenta anos que se seguiram às explosões das bombas atômicas, em 1945. (LZ/RB)
Fonte: http://br.radiovaticana.va/
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