Um dos piores males e tentações do homem é o hábito de falar
mal dos outros. O Senhor é rigoroso ao proibir-nos de julgar:
"Não julgueis os outros, para não serdes julgados;
porque com o julgamento com que julgardes, sereis julgados, e com a medida com
que medirdes sereis medidos. Por que reparas no cisco que entrou no olho de teu
irmão, quando existe uma trave no teu? Ou como é que dizes a teu irmão:
Deixa-me tirar o cisco de teu olho, quando existe uma trave no teu? Hipócrita!
Tira primeiro a trave do teu olho, e então enxergarás bem para tirar o cisco do
olho de teu irmão" (Mateus 7:1-5).
Sabemos que o renascimento espiritual não vem por si mesmo.
Ele requer uma constante avaliação das nossas ações, pensamentos e sentimentos,
e é baseado em nosso auto aperfeiçoamento dinâmico. Uma pessoa que deseja
sinceramente viver uma vida cristã não pode se permitir ao desenvolvimento de
maus pensamentos e vontades pecaminosas que surgem do nada. Vencendo essas
tentações interiores nós sabemos de nossa experiência pessoal como é difícil e
desgastante a batalha com as nossas próprias deficiências, quanto esforço é
necessário para tornar-se virtuoso. É por isso que um verdadeiro cristão sempre
se julga modesto, considera-se um pecador, aflige-se com suas próprias
imperfeições e pede a Deus para perdoar seus pecados e ajudá-lo a melhorar.
Homens verdadeiramente justos sempre demonstram-nos que estão cientes de suas
próprias imperfeições. Por exemplo, São Tiago o Apóstolo escreveu que todos nós
pecamos demais e o Apóstolo São Paulo sustentou que o Senhor veio ao mundo para
salvar os pecadores, ele mesmo dentre os piores. São João o Teólogo condenou os
que se diziam sem pecado: "Se dissermos que não temos pecado, nos
enganamos a nós mesmos, e não há verdade em nós" (Tiago 3:2; 1 Timóteo
1:15; 1 João 1:8). É natural que uma pessoa sinceramente empenhada no seu
aperfeiçoamento não estivesse curiosa sobre os pecados dos outros e, ainda
mais, não estivesse prazerosa ao fazê-los públicos.
Entretanto, pessoas que tem conhecimento apenas superficial
dos evangelhos e que não vivem uma vida verdadeiramente cristã são muito
apressados em enxergar erros dos outros e tem prazer em falar mal deles. Fazer
julgamentos é o primeiro sinal de que na pessoa está faltando uma real vida
espiritual. Esta situação torna-se ainda pior quando o pecador apático em sua
cegueira espiritual acha que está ensinando os outros. O Senhor pergunta a este
hipócrita: "como é que dizes a teu irmão: Deixa-me tirar o cisco de teu
olho, quando existe uma trave no teu?" Esta trave pode ser entendida como
falta de percepção espiritual na pessoa que ousa julgar, o que seria um embrutecimento
moral. Se ele se preocupou em limpar sua consciência e portanto conhecia a
dificuldade do caminho da virtude, não ousaria a oferecer sua piedosa ajuda.
Afinal de contas não se espera ajuda de um doente para curar os outros!
Assim, de acordo com as palavras do Senhor, a ausência de
percepção espiritual é muito pior que as outras deficiências, como uma trave é
pior do que um cisco. Tal cegueira espiritual caracterizou os líderes judaicos
(os escribas e fariseus no tempo do Salvador). Julgando todos impiedosamente
eles consideravam a si mesmos justos. Eles encontraram deficiências até no
próprio Cristo e publicamente O censuraram pela violação do Sábado e por
partilhar uma refeição com os coletores de impostos e pecadores! Eles não
entendiam que o Senhor fazia isso pela salvação dos homens. Os escribas e
fariseus eram escrupulosos com cada detalhe dos preceitos - os rituais de
limpeza dos utensílios e móveis, o pagamento do dízimo sobre a hortelã e o
anis, e ao mesmo tempo, sem nenhum peso na consciência enganava, odiavam e
ofendiam pessoas (ref. Mateus cap. 23). Assim eles chegaram a um engano, a uma
ilusão tal que condenaram o Salvador do mundo à morte na cruz e publicamente
difamaram ou caluniaram a Sua ressurreição. Não obstante eles continuavam a ir
ao templo e a oferecer longas preces! Não é de se surpreender que tanto naquele
como agora e sempre, pessoas hipócritas auto-complacentes sempre encontram
motivos para julgar os outros.
O apóstolo Tiago explica que somente Deus tem o direito de
julgar. Ele é o Legislador e Juiz. E todos nós sem exceção, pecadores que somos
em graus diferentes, somos julgados por Ele. Por isso é que uma pessoa que
julga o seu semelhante cristão, se apossa do direito de julgar e assim peca
gravemente (Tiago 4:11). O Senhor diz que quanto mais severamente julgamos os
outros, mais severamente seremos julgados por Deus.
O hábito de julgar os outros tem raízes profundas na
sociedade contemporânea. É freqüente que a mais inocente conversação entre
paroquianos sobre um tema se transforma em julgamento de pessoas conhecidas. É
preciso lembrar que o pecado é veneno para a alma. Da mesma forma que as
pessoas que lidam com venenos sempre se encontram em ambiente de
periculosidade, sujeitos a tocar ou inalar algum vapor, as pessoas que tem prazer
em discutir os erros dos outros tocam o veneno espiritualmente e acabam
infectados. Assim, não é de se surpreender que gradativamente acabam se
impregnando da própria maldade que estão condenando. São Marcos o Asceta assim
pregou sobre esse tema: "Não queira ouvir sobre os pecados dos outros
porque ao ouvi-los os traços destes pecados ficam impressos em nós." São
Marcos aconselhava as pessoas de alta espiritualidade a se solidarizar-se com
aqueles que não alcançaram esse nível. Esse partilhar e o entendimento, segundo
ele, é necessário para a preservação da integridade de sua própria saúde
espiritual: "Aquele que possui o dom espiritual e está solidário com
aquele que não o tem, preserva seu próprio dom por essa mesma
solidariedade" (Filocália volume 1 - "Dobrotoliubie"). O grande
santo russo São Serafim de Sarov saudava todos com as palavras: "Minha
alegria!" Mas em relação a si mesmo usava "o destituído ou indigente
Serafim." Eis aqui um verdadeiro formato de mentalidade ou espírito
cristão!
Ao proibir-nos de julgar, o Senhor explica que ao eximirmos
de julgar não implica numa atitude indiferente em relação ao mal e a tudo que
acontece ao nosso redor. O Senhor não quer que sejamos indiferentes ou neutros
permitindo práticas pecaminosas entrarem em nosso meio ou permitir aos
pecadores com a mesma igualdade dos justos acesso a coisas santas. O Senhor
diz: " Não deis o que é santo aos cães, nem atireis vossas pérolas aos
porcos." Ao falar em cães e porcos o Senhor se refere a pessoas que são depravadas
moralmente, vulgares e incapazes de aperfeiçoamento. Os cristãos devem
acautelar-se diante dessas pessoas: não abra as profundas verdades da fé cristã
e não permita acesso aos sacramentos da Igreja, senão elas poderão profanar e
debochar das coisas sagradas. Também não devemos partilhar com hipócritas os
nossos problemas pessoais e abrirmos o nosso coração senão eles, de acordo com
as palavras do Salvador, "senão eles (os cães e porcos) poderiam pisá-las
(as pérolas) e voltar-se contra vós, para vos fazer em pedaços" (Mateus
7:6). Portanto nesta parte do Sermão, o Senhor nos previne sobre os dois
extremos: ser indiferente ao mal e julgar os outros.
Sobre a perseverança e Confiança em Deus
"Pedi e vos será dado, procurai e achareis, batei na
porta e ela se abrirá para vós. Porque todo aquele que pede, recebe. O que
procura, acha. A quem bate, ser abrirá a porta. Quem de vós dará uma pedra ao
filho que pede pão? Ou uma serpente ao que pede um peixe? Se vós, então, que
sois maus, sabeis dar boas coisas a vossos filhos, quanto mais vosso Pai que
está nos céus dará boas coisas aos que Lhe pedirem!" (Mateus 7:7-11).
Aqui o Senhor fala sobre a perseverança na oração bem como
nas boas ações. `As vezes uma pessoa que tem boa intenção vai de um extremo a
outro: no início se propõe a fazer algo bom, mas no processo, se defronta com
dificuldades, abandona a intenção inicial e acaba não fazendo nada. A razão por
essa inconstância é a auto-suficiência e falta de experiência.
Com certeza a maioria das pessoas é fraca e até certo grau
inexperiente em viver uma vida virtuosa. Mas não fazer nada é tão ruim quanto a
se propor ao que está acima de nossas forças. Para evitar tais extremos devemos
pedir a Deus em primeiro lugar o bom senso e depois a ajudar-nos, confiantes de
que "todo aquele pede, recebe, todo aquele que procura, alcança, e todo
aquele que bate a porta, a porta lhe será aberta." Para reforçar a nossa
fé de que receberemos o que pedimos, o Senhor nos dá o exemplo do nosso
relacionamento com os nossos filhos: "quem vos dará uma pedra ao filho que
pede pão Se vós então, que sois maus, sabeis dar boas coisas a vossos filhos,
quanto mais vosso Pai que está nos céus dará boas coisas aos que Lhe
pedirem." Para ilustrar como Deus atende nossos pedidos, Jesus Cristo falou
a parábola sobre o juiz injusto. O sentido da parábola está bem claro: se até o
juiz injusto atendeu o pedido da viúva, para que não mais voltasse a
perturbá-lo, tanto mais Deus misericordioso atenderá a nossa prece (Lucas
18:1-8).
São Lucas o Evangelista, citando as palavras do Salvador
sobre a perseverança na oração, ao invés de "bem " usa a expressão
'Espírito Santo." Talvez mais tarde na mesma conversação o Senhor explicou
que a graça de Deus é o benefício final que devemos almejar. Sem dúvida, o
Espírito Santo é a fonte de tudo que é de mais valioso e bom: consciência
limpa, mente clara, fé poderosa, entendimento do propósito de vida, estado de
alerta, paz espiritual, alegria celeste e especialmente a santidade que é o
maior tesouro da alma.
Com relação aos benefícios materiais e sucessos mundanos que
disputamos, podemos pedi-los a Deus. Mas devemos lembrar-nos de que são de
significado secundário e temporário. Como o Senhor aponta adiante, não devemos
pedir coisas que nos dão prazer e que são fáceis de ser alcançadas, mas coisas
que nos levarão à salvação: " Entrai pela porta estreita, porque larga é a
porta e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que tomam
rumo por ele. Mas é estreita a porta e apertado o caminho que conduz à vida, e
como são poucos os que o encontram!" (Mateus 7:13-14). O caminho espaçoso
representa a vida cujo propósito é o enriquecimento e prazeres carnais,
enquanto que o caminho estreito é uma vida de aprimoramento do coração e
empenho de boas ações.
Ao término desta parte do Sermão, o Senhor nos dá um
mandamento, extraordinário em termos de síntese e clareza, o que engloba todo o
espectro de relações humanas: "Portanto tudo o que quereis que os outros
vos façam, fazei o mesmo também vós a eles: nisso está a lei e os
Profetas" (Mateus 7:12). Esse é o significado da lei de Deus e as escritas
dos profetas.
Assim, nesta parte de Seu Sermão, o Senhor nos ensina a
escolher o caminho estreito na nossa vida e, procurar fazer o bem a todos, com
perseverança pedir a Deus ajuda, entendimento e dons espirituais. Certamente
Deus irá nos ajudar porque Ele é o Pai que nos ama e a inexaurível fonte de
todo o bem.
Sobre os falsos profetas
A o final do sermão o Senhor nos adverte sobre os falsos
profetas, comparando-os com os lobos disfarçados de ovelhas. Os cães e os
porcos sobre os quais o Senhor acabou de falar não são tão perigosos quanto os
falsos profetas, por sua vida faltosa, óbvia e repulsiva. Os falsos professores
por outro lado, disfarçam mentiras mostrando como verdades e chamam suas
próprias regras de vida como lei de Deus. Devemos ser muito perspicazes e
sábios afim de perceber a ameaça espiritual que nos apresentam.
"Tomai cuidado com os falsos profetas. São os que
chegam perto de vós sob a aparência de ovelhas, mas por dentro, de fato, são
lobos vorazes. Pelos seus atos os haveis de reconhecer. Será que se colhem uvas
de espinheiros, ou figos das urtigas? Assim a árvore boa é que produz bons
frutos, enquanto a árvore má é a que produz maus frutos. A árvore boa não pode
produzir maus frutos, nem a árvore má, bons frutos. Toda árvore que não produz
bons frutos é cortada e atirada ao fogo. Pelos atos desses tais, portanto, é
que os reconhecereis. Nem todos os que dizem: 'Senhor, Senhor ', entrarão no
reino dos céus; mas sim os que fazem a vontade do meu Pai que está nos céus.
Muitos me dirão naquele dia: 'Senhor, Senhor,' não profetizamos em Teu nome?
Não expulsamos demônios em Teu nome? Não fizemos numerosos milagres em Teu
nome' Então lhes declararei: 'Nunca vos conheci! Afastai-vos de Mim, vós que
praticais a iniqüidade!'" (Mateus 7:15-23).
Essa comparação dos falsos profetas com os lobos disfarçados
de ovelhas foi muito convincente aos judeus que ouviam Cristo, visto que
através da história esse povo passou por muitos sofrimentos de falsos profetas.
Confrontados aos falsos profetas, as virtudes dos
verdadeiros profetas eram expressivamente óbvias. Os verdadeiros profetas não
eram egoístas, obedeciam a Deus e sem temer apontavam publicamente os pecados
do povo. Se destacavam pela humildade, amor ao próximo, atitude rigorosa em
relação a si próprio e vida pura. Eles tinham como propósito de vida encaminhar
o povo para o Reino de Deus e representaram as forças criativas e unificadoras
nas vidas de seu povo. Mesmo que os verdadeiros profetas também fossem
rejeitados pela maioria do povo e perseguidos pelas autoridades, as suas
atividades fortaleciam a saúde da sociedade, inspiravam os bons filhos do povo
judeu a levar uma vida virtuosa e geralmente os direcionavam para a glória de
Deus. Tais bons frutos eram o resultado de esforços de verdadeiros profetas,
que eram admirados pelos judeus fieis das gerações subseqüentes. Eles lembravam
com gratidão estes profetas como Moisés, Samuel, David, Elias, Eliseu, Isaias,
Jeremias, Daniel e outros.
Os pseudo profetas (havia também um grande número deles)
tinham uma forma de agir totalmente diferente e possuíam outras metas. Evitando
a condenação do pecado, habilidosamente bajulavam o povo, dessa forma
assegurando sucesso para si dentro da maioria da população e a graça das
autoridades poderosas. Eles acalentavam o povo com promessas de prosperidade
que levava a decadência moral da sociedade. Enquanto que os verdadeiros
profetas faziam o possível para a unidade e o bem do Reino de Deus, estes
impostores procuravam fama e lucro pessoal. Eles não hesitavam em difamar os
verdadeiros profetas e perseguiam-nos. A longo prazo as suas atividades
contribuíram para arruinar o país. Estes foram os frutos espirituais e sociais
de seu trabalho. Mas a fácil fama dos falsos profetas se tornou pó mais
rapidamente do que os seus corpos mortais, e as gerações vindouras relembravam
com vergonha como seus ancestrais se sucumbiram à fraude. (Em suas Lamentações,
o santo profeta Jeremias amargamente reclama sobre os falsos profetas que
arruinaram o povo judeu, veja Jeremias 4:13).
Muitos pseudo profetas apareceram em tempos de decadência
espiritual, quando Deus enviou os verdadeiros profetas para encaminhar os
judeus ao verdadeiro caminho. Por exemplo, havia muitos deles pregando no
período do 8º ao 6º século AC, quando os reinos de Israel e Judéia estavam
arruinados e mais tarde, logo antes da destruição de Jerusalém nos anos 70 AD.
De acordo com as profecias do Salvador e os apóstolos, haverá muitos falsos
profetas nos últimos tempos, e alguns deles farão milagres inacreditáveis na
natureza, falsos evidentemente ; (Mateus 24:11-24; 2 Pedro 2:11; 2
Tessalonicenses, Revelação 19:20). Em tempos do Novo Testamento, assim como nos
tempos do Antigo Testamento, eles cortaram os galhos da grande árvore do Reino
de Deus ao desviar o povo da verdade e espalhar a heresia. A abundância de
várias seitas e denominações hoje em dia, é sem dúvida, o resultado da
atividade de falsos profetas contemporâneos. Todas as seitas desaparecem mais
cedo ou mais tarde e outras novas brotam no seu lugar, mas somente a verdadeira
Igreja de Cristo estará de pé até o final dos tempos. O Senhor disse sobre o
destino dos falsos ensinamentos: "Toda planta que meu Pai celeste não tiver
plantado será arrancada" (Mateus 15:13).
É preciso esclarecer que pensar que todo pastor
contemporâneo não ortodoxo é um falso profeta é um exagero. Sem dúvida existem
muitas pessoas que crêem sinceramente, que não são egoístas e gente decente
dentre as personalidades não ortodoxas. Elas pertencem a algumas ramificações
da cristandade não por sua escolha mas pela herança. Falsos profetas são
fundadores de ensinamentos não-ortodoxos. Outras pessoas que podem ser
consideradas falsos profetas são aqueles que "operam milagres" na TV,
exaltados exorcistas de demônios, conceituados pregadores que se nomeiam
"os eleitos de Deus" e todos aqueles que usam a religião como
instrumento de lucro pessoal.
No Sermão da Montanha, o Senhor previne Seus discípulos
contra os falsos profetas e ensina-os a não confiar em sua aparência agradável
e eloqüência, mas prestar atenção aos resultados de suas atividades: " A
árvore boa não pode produzir maus frutos ". Maus frutos não são
necessariamente os pecados ou comportamento vergonhoso que os falsos profetas
habilmente escondem. Os maus frutos mais comuns são o orgulho e o rompimento
das pessoas do Reino de Deus.
Um falso profeta não consegue esconder o seu orgulho do
coração sensível de uma pessoa religiosa. Um santo falou que o diabo pode
mostrar qualquer virtude exceto uma que é a humildade. O orgulho pode ser
detectado nas palavras, gestos e olhares do falso profeta como os dentes do
lobo escondidos sob a pele de uma ovelha. Os falsos profetas almejando a
popularidade gostam de demonstrar que curam e exortam demônios para chocar os
ouvintes com ousados pensamentos e provocar admiração no público. Estes shows
sempre terminam em grandes ofertas de dinheiro. Que enorme distância entre o
fervor barato, a auto confiança e as imagens de humildade do Salvador e Seus
Apóstolos!
Adiante o Senhor menciona as referencias dos falsos profetas
aos milagres que operam:
"Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor não
profetizamos nós em teu nome, e em teu nome expelimos demônios, e em teu nome
fizemos muitos milagres? De que milagres eles estão falando? Pode um falso
profeta operar milagres? Mas o Senhor dá ajuda de acordo com a fé daqueles que
pedem, não conforme o mérito daqueles que se nomeiam operadores de milagres.
Falsos profetas tomaram para si as coisas que o Senhor fez por causa de Sua
compaixão às pessoas. Talvez os impostores, no seu entender, imaginaram que
eles operaram milagres. De uma forma ou de outra, o Senhor os rejeitará no
Juízo Final ao dizer: Então, eu lhes direi bem alto: Nunca vos conheci;
apartai-vos de mim, vós que criais a iniqüidade."
Assim, os falsos profetas enfraquecem a Igreja, roubando
Dela ovelhas descuidadas. Mas os filhos fiéis da Igreja não devem se intimidar
diante do que a verdadeira Igreja parece fraca ou despovoada pois o Senhor
prefere menos gente mas aqueles que preservam a verdade do que uma multidão
desorientada. "Não temas, ó pequenino rebanho, porque foi do agrado do
vosso Pai dar-vos o reino." E Ele promete aos fiéis a Sua Divina proteção
contra os lobos espirituais, ao dizer: "Eu lhes dou a vida eterna: por
isso nunca morrerão e ninguém as arrebatará de minha mão" (Lucas 12:32,
João 10:28).
Fonte: Fonte: http://www.paideamor.com.br/
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