Na última Ceia, na “Oração Sacerdotal” (Jo 17), Jesus rogou ao Pai antes de sofrer a paixão:“Pai santo, guarda-os em teu nome… a fim de que sejam um como nós” (Jo 17,11).“Que todos sejam um, assim como tu, Pai, estás em mim e eu em ti, para que também eles estejam em nós…”Dei-lhes a glória que me deste, para que sejam um, como nós somos um: eu neles e tu em mim, para que sejam perfeitos na unidade…” (17,21-23).
A quebra da unidade sempre foi, e sempre será, o pior escândalo na Igreja; nada pior para o Corpo de Cristo.
É fácil imaginar a desgraça que seria para alguém se os membros do seu corpo brigassem entre si, e, já não obedecessem às ordens do cérebro. Já pensou se as mãos se negassem a alimentar a boca, ou se negassem a vestir o corpo? Já pensou que tristeza para todo o corpo se as pernas, por ciúme ou inveja dos outros membros, se negassem a deslocar o corpo? Já pensou se o coração brigasse com o cérebro e resolvesse não bater mais…?
Poderíamos dar asas à imaginação e multiplicar esses exemplos. O resultado final seria a morte triste dessa pessoa. Com a Igreja pode acontecer o mesmo se não houver unidade e harmonia. Na verdade, são infelizmente tantas as divisões no seio da Igreja, causadas pelos pecados dos seus filhos, que o fato dela sempre existir, superando tudo isso, é a maior prova de que ela é divina e mantida pelo próprio Senhor.
“Jamais as portas do inferno prevalecerão contra ela” (Mt 16,18).
Neste Corpo de Cristo belíssimo que é a Igreja, unificado e animado pelo Espírito Santo, todos os membros, tais como células vivas de um organismo, têm funções próprias e essenciais para a vida do corpo.
“Porque, como o corpo é um todo tendo muitos membros, e todos os membros do corpo, embora muitos, formam um só corpo, assim também é Cristo. Em um só Espírito fomos batizados todos nós, para formar um só corpo…” (1Cor 12,12-14).
E o Apóstolo é muito feliz em sua comparação da Igreja com um organismo:
“O olho não pode dizer à mão: Eu não preciso de ti, nem a cabeça aos pés: Não necessito de vós” (21) .
E chega a afirmar que: “os membros do corpo que parecem os mais fracos, são os mais necessários” (22).
Prof. Felipe Aquino
Cleofas
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