25 de nov. de 2014

A falta que faz um padre

Certa vez, o pároco de uma cidade do Norte do Brasil teve de viajar às pressas para a Itália, porque sua mãe estava muito mal e queria vê-lo. Aconteceu que a mãe continuou doente e, assim, o padre teve de permanecer na Itália.
A sua paróquia era a única na cidade, que tinha 60 mil habitantes, além da zona rural. E a cidade mais próxima, que tinha padre ficava a mais de 50 km.
Depois de três meses, o bispo conseguiu um padre para passar uns dias lá. Estradas de terra, péssimas. Quando o padre saiu do ônibus, na rodoviária, percebeu que todos olhavam para ele.
Quando começou a caminhar até a igreja, um menino aproximou-se e perguntou: “O senhor é o padre?” “Sim”, respondeu ele. O garoto deu um sorriso e saiu correndo. O padre percebeu que ele foi avisar na igreja.
Ao chegar à casa paroquial, após o café, a secretária da paróquia perguntou: “Eu posso avisar as pessoas que estão esperando o senhor?” O padre concordou. E começou a chegar gente.
Um dizia: “O senhor pode celebrar uma Missa pela minha mãe? Faz um mês que ela faleceu”. Uma senhora disse: “Fazem dois meses que meu marido morreu; podia rezar uma Missa por ele?”
Os casais jovens chegavam e diziam: “O senhor pode fazer o nosso casamento? Nós nos casamos no civil, está fazendo dois meses”. E assim por diante. E o padre anotava tudo.
De repente, chegou um jovem casal de um distrito pertencente à paróquia. Tinham se casado no civil fazia três meses. Como sempre, o padre perguntou a eles: “Vocês fizeram o curso de noivos?” Os dois responderam: “Somos nós que damos o curso de noivos lá! O padre quase chorou. Eles, que sempre deram o curso de noivos, motivando os noivos a se casarem na Igreja, quando chegou a vez deles, não havia padre!
Chegou um senhor e falou: “Eu sou o juiz de paz aqui da cidade. Posso chamar todos os casais que eu casei no civil nestes três meses? Porque todos queriam casar-se na Igreja”. O padre concordou e marcou uma data para o casamento comunitário. Compareceram mais de trinta casais. A igreja ficou lotada. A alegria dos casais era enorme. Depois de duas semanas, o padre teve de voltar para o seu trabalho.
Como que o padre é necessário! “A colheita é grande, mas os trabalhadores são poucos. Pedi, pois, ao dono da colheita que envie trabalhadores para a sua messe!” (Mt 9,37-38).
Maria Santíssima é a Mãe dos sacerdotes. Que ela interceda junto de Deus por esses companheiros do seu Filho, e cuide dos jovens que aspiram a essa sublime vocação.
Fonte: portal A12 

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