Certo dia, um simpático e
sábio ancião estava conversando com seus netos à beira de um rio. Na outra
margem, havia uma família fazendo piquenique. De repente, os membros daquela
família começaram a discutir raivosamente, gritando uns com os outros.
O avô sábio virou-se para
os netos e perguntou: "Por que as pessoas gritam umas com as outras quando
estão com raiva?".
Os netos pensaram um pouco. Um deles
disse: “Porque, quando perdemos a calma, sempre gritamos”.
“Mas por que gritar, se a
outra pessoa está ali, ao seu lado? Você poderia dizer o que tem a dizer de
forma suave”, retrucou o avô.
Cada neto tentava dar as
suas respostas, mas nenhuma satisfazia os outros.
Finalmente, o sábio vovô
explicou: “Quando duas pessoas estão com raiva uma da outra, os seus corações
se distanciam. Para cobrir essa distância, elas têm que gritar, para que uma
consiga escutar a outra. Quanto mais raiva elas têm, mais forte elas gritam
para cobrir essa distância”.
E complementou: “Mas o que
acontece quando duas pessoas estão apaixonadas? Elas não gritam uma com a
outra! Elas falam baixinho, porque os seus corações estão próximos! A distância
entre elas é muito pequena. E à medida que elas se amam ainda mais
intensamente, o que acontece? Elas não falam, apenas sussurram! E vão ficando
ainda mais próximas uma da outra. Chega um ponto em que elas não precisam
sequer sussurrar: basta apenas se olharem”.
O sábio ancião propôs então
aos netos: “Quando vocês discutirem, não deixem o seu coração se afastar. Não
digam palavras que distanciem vocês uns dos outros. Pode chegar um dia em que a
distância seja tão grande que vocês não achem mais o caminho do reencontro”.
(Adaptado de um texto
enviado por um leitor da edição inglesa de Aleteia)
sources: Aleteia
sources: Aleteia
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