Todos os domingos o católico professa sua fé dizendo crer na Igreja
Una, Santa, Católica e Apostólica, “esses quatro atributos,
inseparavelmente ligados entre si, indicam traços essenciais da Igreja e da sua
missão. A Igreja não os confere a si mesma; é Cristo que, pelo Espírito Santo,
concede à sua Igreja que seja una, santa, católica e apostólica, e é ainda Ele
que a chama a realizar cada uma destas qualidades”, assim ensina o Catecismo da
Igreja Católica em seu número 811.
Atualmente virou moda afirmar que a Igreja é “santa e pecadora”.
Esse pensamento não poderia ser mais errôneo. A Igreja é santa e imaculada, contudo, os seus membros são
pecadores.Para explicar essa afirmação o Catecismo, por meio de um discurso
do Papa Paulo VI, diz que:
"827.A
Igreja «é santa, não obstante compreender no seu seio pecadores, porque ela não
possui em si outra vida senão a da graça: é vivendo da sua vida que os seus
membros se santificam; e é subtraindo-se à sua vida que eles caem em pecado e
nas desordens que impedem a irradiação da sua santidade. É por isso que ela
sofre e faz penitência por estas faltas, tendo o poder de curar delas os seus
filhos, pelo Sangue de Cristo e pelo dom do Espírito Santo»”.
Assim,
a Igreja é como um núcleo e cada católico é um membro que pode do núcleo
aproximar-se ou afastar-se. Ao aproximar-se da Igreja, o católico é cada vez
mais santificado pela Graça que dela emana. Da mesma forma, se livremente o
católico decide afastar-se dela, por sua própria responsabilidade, afasta-se da
comunhão com o Corpo de Cristo.
A
santidade da Igreja é uma realidade que pode ser observada ainda em outros
aspectos. Ela tem ainda a característica de ser infalível em matéria de fé. O
próprio Cristo cuidou para que assim fosse:
“889. Para manter a Igreja na pureza da fé
transmitida pelos Apóstolos, Cristo quis conferir à sua Igreja uma participação
na sua própria infalibilidade, Ele que é a Verdade. Pelo «sentido sobrenatural
da fé», o povo de Deus «adere de modo indefectível à fé», sob a conduta do
Magistério vivo da Igreja.”
Trata-se, portanto, de um rebanho que há de permanecer fiel à
Igreja mesmo sob tribulações. Não se trata de quantidade, mas sim de qualidade.
De pessoas comprometidas com a fé, unidas à vida da graça, àquela santidade e
santificação promovida pela união com o Corpo de Cristo. Estes serão os
indefectíveis na fé, que responderão à pergunta: “mas, quando vier o Filho do Homem, acaso achará fé sobre a
terra?” (Lucas
18,8)
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