10 de jun. de 2017

10/06 – Beato Eduardo Poppe

Eduardo João Maria Poppe, nasceu na cidade de Temsche, na Bélgica, no dia 18 de dezembro de 1890. Era o terceiro dos onze filhos de uma modesta família de trabalhadores. Sua educação religiosa começou no seio da própria família, muito cristã. Depois foi estudar no colégio dos Irmãos da Caridade, onde completou o ensino básico. Aos quinze anos entrou no seminário de São Nicolau, na diocese de Gand, destacando-se como exemplo de caridade e piedade. Foi durante o serviço militar, prestado em 1910, que Eduardo percebeu sua vocação religiosa. Aos vinte e dois anos ele ingressou no Seminário filosófico Leão XIII de Lovanio. Durante a Primeira Guerra Mundial foi convocado à servir as armas, servindo junto à Cruz Vermelha como enfermeiro, atendendo as ambulâncias que chegavam com os feridos. Em 1915 foi transferido para Gand e no ano seguinte era ordenado sacerdote. Logo foi nomeado vigário da paróquia de Santa Colete, nesta diocese, iniciando seu ministério entre a população mais pobre, difundindo a devoção à Eucaristia e à Virgem Maria.
Preocupado em preparar as crianças para a Primeira Comunhão, formou um grupo de jovens catequistas para dar ênfase à devoção Eucarística. Logo este trabalho tornou-se conhecido e instituído em outras paróquias da diocese. Assim, padre Eduardo elaborou e escreveu “O manual do catequista eucarístico”, em 1917, idealizado segundo os decretos de Papa São Pio X. Mas não criou apenas o “manual”, ele instituiu a “Liga da Comunhão freqüente”, estendida aos operários também. O seu apostolado foi interrompido em 1918, quando foi nomeado diretor do convento das Irmãs de São Vicente de Paulo em Moerzeke-lez-Termonde. Alí continuou com sua preocupação em manter acesa a chama da fé cristã nos jovens catequistas, todos filhos de famílias socialistas e anticlericais. Por isto, publicou um semanário intitulado “Zonneland”, que significa “País do Sol”, direcionado à “Cruzada eucarística Pio X” de toda a Bélgica.
Mais tarde os problemas de sua saúde se agravaram. Padre Eduardo convivia desde a infância com uma doença congênita no coração. Por este motivo foi obrigado a viver numa poltrona. E foi neste período que ele escreveu sua extensa e notável bibliografia catequética com ênfase na Eucaristia. Dela se destacaram as obras: “Direção espiritual dos jovens” de 1920; “Salvemos os operários” de 1923, “Apostolado eucarístico paroquial” de 1923, “O amigo dos jovens” e “O método educativo eucarístico”, ambos de 1924. Inclusive outras publicadas depois de sua morte. Em 1921 o Cardeal o nomeou diretor espiritual do CIBI de Leopoldsburgo, reservado aos noviços que se destinavam ao serviço do altar, ali também seu ministério floresceu.Porém, aos trinta e quatro anos de idade, padre Eduardo Poppe morreu repentinamente, no dia 10 de junho de 1924, no convento de Moerzeke-lez-Termonde, durante o período das férias. A sua morte causou forte comoção popular e no meio do clero, sendo imediatamente venerado por sua santidade. Ele foi beatificado em 1999, pelo Papa João Paulo II, que o nomeou de o “Pedagogo da Eucaristia”.

Cléofas 

9 de jun. de 2017

Quem foi o padre José de Anchieta?

Anchieta nasceu em San Cristobal de la Laguna (Canárias), em 19/03/1534; seu pai, Juan López de Anchieta, vinha de importante família basca, onde foi opositor político de Carlos V. Juan López, encontrando refúgio nas Canárias para escapar das perseguições sofridas; a mãe foi Mencía Díaz de Calvijo e Llerena, natural das Canárias.
José foi enviado para estudar em Coimbra quando tinha 14 ou 15 anos de idade; durante seus estudos de filosofia na universidade de Coimbra, teve contato com os jesuítas, apenas fundados como Ordem religiosa; em 1º de maio de 1551, José entrou na Companhia de Jesus. Enquanto na comunidade local eram lidas as cartas dos primeiros missionários jesuítas no Oriente, entre os quais, S.Francisco Xavier, nasceu em Anchieta o desejo de também seguir o mesmo caminho missionário; mas foi enviado ao Brasil pelo próprio Inácio de Loyola, fundador da Companhia de Jesus; em Salvador, de fato, já estavam em ação, o padre. Manuel da Nóbrega e alguns companheiros.
Partiu de Lisboa em 8 de maio de 1553 e desembarcou em Salvador no dia 13 de julho seguinte, ainda noviço e com apenas 19 anos de idade. Após um breve período de adaptação, acompanhou o Padre Nóbrega para a nova missão de Piratininga, onde chegaram em 24 de janeiro de 1554; no dia seguinte, festa litúrgica da Conversão do apóstolo São Paulo, foi celebrada a primeira missa nesta missão, que recebeu o nome de São Paulo, em homenagem ao Apóstolo-missionário. Esta data é reconhecida oficialmente como marco histórico da fundação da cidade de São Paulo.
Anchieta desempenhou ali um intenso trabalho no colégio, o primeiro dos jesuítas na América; ensinou a língua portuguesa aos filhos de índios e portugueses; mas também estudou a língua dos indígenas e compôs a primeira gramática da língua tupi; no mesmo idioma dos índios escreveu um catecismo, várias peças de teatro e hinos; compôs poemas e escreveu obras em português, latim e tupi e guarani.

Nos primeiros meses de 1563 acompanhou o padre Nóbrega na negociação da paz entre portugueses e tamoios; estes ameaçavam a colônia de São Vicente. Para dar provas de sinceridade na proposta de paz, Anchieta entregou-se aos índios como refém, ficando mais de 6 meses entre os Iperoig, enquanto Nóbrega e seus companheiros negociavam a paz com a Confederação dos Tamoios. Nesse mesmo período, nada fácil e de contínuos riscos para sua vida, Anchieta escreveu nas areias de uma praia de Ubatuba seu Poema à Virgem Maria.
Uma vez conseguida a paz, ele se dedicou às missões de São Vicente e de São Paulo, sempre atento à educação, à saúde e à assistência religiosa de indígenas e portugueses. No dia 6 de junho de 1566 recebeu, na catedral de Salvador, a ordenação sacerdotal. Tinha então, quase 32 anos de idade.
Em janeiro de 1567, partiu com o Padre Nóbrega para o Rio de Janeiro, para fundar o colégio local, que também regeu como reitor entre 1570 e 1573. Nos anos seguintes, foi o responsável pela missão de São Vicente, onde se dedicou sobretudo à catequese entre os índios Tapuias.
Enquanto isso, escrevia longos relatos aos superiores da Companhia de Jesus sobre suas atividades missionárias; fino observador dos usos e costumes indígenas, suas cartas estão repletas de elementos preciosos para os estudos antropológicos dos primeiros habitantes do Brasil. Mas também são muitas as suas anotações sobre a flora, a fauna, a geografia e o clima da terra brasileira. Anchieta pode ser considerado um dos primeiros antropólogos e naturalistas do Brasil.
Em 1576, tornou-se o quinto provincial da Companhia de Jesus no Brasil, ocupando esse cargo até 1587; apesar de sua saúde, nunca boa, empreendeu constantes viagens percorrendo o litoral desde Cananeia, no sul de São Paulo, até o Recife, para acompanhar as várias missões que os jesuítas já possuíam no Brasil. Foi também com a sua colaboração que tiveram início as reduções do Paraguai, com sede inicial em Assunção, e que se estenderam também para o território da Argentina e do sul do Brasil, ao longo dos rios Paraguai, Paraná e Uruguai.
A essa altura, já trabalhavam 140 missionários da Companhia no vasto território do Brasil, aos quais Anchieta visitava duas vezes por ano, dando origem também a novas iniciativas missionárias, mesmo no interior do país, fundando escolas e colégios. No Rio de Janeiro, em 1582, iniciou a construção da Santa Casa de Misericórdia, destinada a assistir os doentes e as vítimas das frequentes epidemias.

Anchieta foi sempre um religioso interessado profundamente nas pessoas, dando especial atenção aos pobres e doentes, mas também aos grupos indígenas ameaçados e aos negros escravizados; percorria grandes distâncias para visitar algum doente. À noite, sobretudo, passava longas horas em oração e seu desejo era levar a todos a luz do Evangelho de Cristo; a educação era parte integrante de seu trabalho missionário; soube respeitar e valorizar os elementos culturais dos povos originários do Brasil.
Em 1587, deixando o cargo de superior provincial, respondeu por vários anos, como reitor, pelo colégio de Vitória. Ali começou a sentir mais fortemente a doença que o levaria à morte em 9 de junho de 1597, enquanto se encontrava em Reritiba, uma localidade no Espírito Santo por ele mesmo fundada e que recebeu, mais tarde, o nome de Anchieta.. Seu corpo foi levado para Vitória, para os solenes funerais, durante os quais, ele já foi reconhecido como “apóstolo do Brasil”.
Cardeal Odilo Pedro Scherer
Arcebispo de São Paulo

Papa encoraja a envolver mulheres no diálogo inter-religioso

09/06/2017



O Papa Francisco recebeu nesta sexta-feira, 9 de Junho, de manhã em audiência, quarenta participantes na Assembleia Plenária do Pontifício Conselho para o Dialogo Inter-religioso que teve por tema “O Papel da Mulher na Educação á Fraternidade Universal”. Um tema que o Papa considerou de primária importância para o caminho da humanidade em direcção à fraternidade e à paz, um caminho marcado por dificuldades e obstáculos. 
Francisco sublinhou ainda que esse papel da mulher é hoje-em-dia ofuscado e muitas vezes não reconhecido devido a tantos males que afligem o mundo e atingem a dignidade da mulher. Com efeito – disse -  mulheres e crianças são frequentemente vítimas de uma violência cega que lacera as famílias e a sociedade e impedem à mulher, em comunhão de intentos com o homem, desempenhar, de forma eficaz e serena, a sua missão de educadora. O Papa submeteu à reflexão sobre esta matéria três aspectos: valorizar o papel da mulher, educar à fraternidade e dialogar.
No que toca ao primeiro ponto, o Papa disse que é preciso um maior reconhecimento do papel da capacidade da mulher de educar à fraternidade universal. Quando isto acontece, a sociedade se transforma positivamente e consegue reflectir melhor sobre a unidade da família humana. Nisto estão as premissas para o consolidação autentica da fraternidade.
Constitui, portanto, um benéfico processo, o da crescente presença das mulheres na vida social, económica e política  a nível local, nacional e internacional, assim como também eclesial. As mulheres têm pleno direito de se inserir em todos os âmbitos e este seu direito deve ser afirmado e protegido também através de instrumentos legais, lá onde se revelarem necessários. Trata-se de ampliar os espaços de uma presença feminina mais incisiva”.
Passando ao segundo ponto – educar à fraternidade, o Papa recorda que enquanto educadoras, o contributo das mulheres é inestimável e que homens e mulheres são chamados a contribuir para a educação à fraternidade universal que, em última análise é educação à paz, na complementaridade das diversas sensibilidades e dos próprios papeis.
Assim, as mulheres, ligadas intimamente ao mistério da vida, podem fazer muito para promover o espírito de fraternidade, com a sua atenção à preservação da vida e com a sua convicção de que o amor é a única força que pode tornar o mundo mais habitável para todos.”
Graças às mulheres, muitas vezes as únicas a cuidar dos mais débeis e frágeis, se pode ultrapassar a cultura do descarte – disse Francisco.
Quanto ao terceiro ponto – Dialogar - o Papa frisou ainda que muitas vezes as mulheres se empenham mais do que os homens a nível do diálogo da vida no âmbito inter-religioso e contribuem assim para uma melhor compreensão dos desafios ligados às realidades multiculturais. Podem, por isso, ser inseridas plenamente nos intercâmbios a nível de experiência religiosa e a nível teológico.
Muitas mulheres estão bem preparadas para enfrentar encontros de diálogo inter-religioso ao mais alto nível e não apenas da parte católica. Isto significa que o contributo das mulheres não deve ser limitado a actualizações “femininas” ou a encontros só entre mulheres. O diálogo é um caminho que a mulher e o homem devem percorrer juntos. Hoje mais do que nunca é necessário que as mulheres estejam presentes”.
O Papa concluiu a sua alocução, sublinhando ainda que a mulher, com as suas características peculiares e capacidade de auscultar, de acolher e de se abrir generosamente aos outros, pode dar um contributo importante para o diálogo.
(DA) 

Rádio Vaticano 

09 Jun São José de Anchieta

Bem-aventurado José de AnchietaNascido nas Ilhas Canárias, pertencente a uma grande família de 12 irmãos, o santo de hoje viveu no século XVI. Por motivos de estudo, foi enviado para Coimbra – Portugal, local onde teve o primeiro contato com a Companhia de Jesus e com o testemunho de São Francisco Xavier.
Muitas coisas o levaram a discernir seu chamado à vida religiosa, e aos 17 anos diante de uma imagem de Nossa Senhora, ele fazia o seu compromisso de abandonar tudo e servir a Deus. Anchieta entrou na Companhia de Jesus em 1551, fez um noviciado exigente, e mesmo com a saúde frágil fez os seus votos de castidade, pobreza e obediência, em 1553.
Neste mesmo ano foi enviado para o Brasil, e chegando na Terra de Santa Cruz ele pôde evangelizar. Ainda não era sacerdote. Estudava Filosofia, Teologia, e sempre evangelizando, dando aulas, indo ao encontro dos indígenas. Respeitava a cultura do povo, conheceu a língua Tupi-Guarani para melhor evangelizar. Homem fiel à santa doutrina, à sua congregação e acima de tudo, fiel ao Espírito Santo. Esteve em diversos lugares do Brasil, como São Paulo, Rio de janeiro, Espírito Santo, Bahia etc. Consumia-se na missão.
José de Anchieta é um modelo para todos os tempos, para uma nova evangelização no poder do Espírito Santo e com profundo respeito a quem nos acolhe, a quem é chamado também a ser inteiro de Jesus.
Considerado o “Apóstolo do Brasil”, José de Anchieta foi beatificado em 22 de junho de 1980 pelo Papa João Paulo II, e no dia 3 de abril de 2014 foi declarado santo por intermédio de um decreto assinado pelo Papa Francisco.
São José de Anchieta, rogai por nós!

Fonte: Canção Nova 

8 de jun. de 2017

08/06 – São Medardo

Medardo nasceu no ano 457 em Salency, norte da França. Sua mãe era descendente de uma antiga e tradicional família romana, seu pai era um nobre da corte francesa e seu irmão Gildardo, foi Bispo de Rouen, mais tarde canonizado pela Igreja. Esta posição social lhe garantiu uma educação de primeiro nível. Desde criança foi colocado sob a tutela do Bispo de Vermand, para receber uma aprimorada formação intelectual e religiosa. Piedoso e inteligente, logo se evidenciaram seus dons de caridade e humildade, com atitudes que depois eram comentadas por toda a cidade. Ele chegava a ficar sem comer para alimentar os famintos e, certa feita, tirou a roupa do corpo para dá-la a um velhinho cego e quase despido que lhe pediu uma esmola. Medardo ordenou-se sacerdote aos trinta e três anos e imediatamente começou uma carreira de pregador que ficaria famosa pelos séculos seguintes. No ano 530 sucedeu o Bispo de Noyon, sendo consagrado pelas mãos do Bispo de Reims, Remígio, hoje Santo, o qual era também conselheiro do rei Clotário, embora este ainda não tivesse se convertido e tolerava o cristianismo. Foi pelas mãos do bispo Medardo que a rainha Radegunda, tomou o hábito beneditino. Ela que abandonara o próprio rei Clotário, acusado de fratricídio. Aquela situação delicada não intimidou Medardo que colocou sua vida em jogo para amparar a rainha cristã, que por motivos políticos fora obrigada a coabitar com um rei pagão.
A História conta que Radegunda fundou um mosteiro beneditino, aliás o primeiro a cuidar de doentes, no caso os leprosos. Mais tarde, quando Medardo já era conhecido como eficiente e contagiante pregador, recebeu do rei Clotário, então convertido, e do conselheiro o bispo Remígio, o pedido de socorrer uma comunidade vizinha, ainda impregnada de paganismo, a diocese de Tournay. Dirigiu as duas ao mesmo tempo de forma perfeita e converteu tanta gente de Tournay, que pelos quinhentos anos seguintes elas seguiram sendo uma só diocese. Mas não parou por aí. A província de Flandres, altamente influenciada pela filosofia dos gregos, tinha um índice de pagãos maior ainda. Novamente Medardo foi solicitado. Quando morreu em Noyon, no dia 08 de junho em 545, toda aquela província também era católica. A sua morte foi muito sentida e imediatamente seu culto foi difundido por toda a França, espalhando-se por todo o mundo católico. O rei Clotário mandou trasladar suas relíquias de Noyon para a capital Soisson, onde sobre sua sepultura o sucessor mandou erguer uma abadia, que existe até hoje na França.

Cléofas 

Estas são as “três armas” do Coração de Jesus para a luta espiritual



Santa Margarida Maria Alacoque, a vidente do Sagrado Coração de Jesus, recebeu do Senhor “três armas” para a luta espiritual neste mundo e para, finalmente, alcançar a própria purificação e transformação.




Primeira arma
Santa Margarita confessou que nada era mais doloroso do que ver Jesus incomodado por alguma falta que ela tivesse cometido. Certo dia, Jesus disse: “Saibas que sou um Mestre santo e ensino a santidade. Sou puro e não posso suportar a menor mancha. Por isso, deves agir na simplicidade do coração com reta e pura e intenção, na minha presença”.
“Pois não posso sofrer o menor desvio, e te ensinarei que se o excesso do meu amor me moveu a ser o seu Mestre para ensinar-te e formar-te no meu caminho e segundo meus desígnios, não posso suportar as almas tibias e covardes, e se sou manso para sofrer tuas fraquezas, não serei menos severo e exato em corrigir tuas infidelidades”.

Segunda arma
Jesus repreendia severamente Santa Margarida por suas faltas à obediência aos seus superiores ou à sua regra.
Uma vez, ao corrigi-la, disse-lhe: “Eu rejeito tudo isso como fruto corrompido pelo amor próprio, o qual em uma alma religiosa me causa horror, e preferiria vê-la gozando de todas as suas pequenas comodidades por obediência do que martirizando-se com austeridades e jejuns por vontade própria”.
Em outra ocasião, Cristo revelou a ação do diabo com os indisciplinados. “Escuta, minha filha, não creiais irrefletidamente em qualquer espírito e não te fieis nele, porque satanás está furioso e quer te enganar. Não faças nada sem aprovação daqueles que te conduzem, a fim de que, contando com a autoridade da obediência, ele não possa te enganar, já não tem qualquer poder sobre os obedientes”.

Terceira arma
Um dia, a santa viu uma grande cruz coberta de flores e Jesus lhe manifestou que “estas flores cairão; ficarão apenas os espinhos que elas escondem por causa da tua debilidade. Terás necessidade de toda a força do teu amor para suportar a dor”.
Mais tarde, a santa chegaria a dizer-lhe: “Nada quero sem teu Amor e tua Cruz, e isto me basta para ser boa religiosa, que é o que desejo”.

Estas armas espirituais permitiram que a santa fosse crescendo em santidade e que, pouco a pouco, Jesus Cristo revelasse alguns desejos do seu coração.
Em seus escritos, ela deixaria como legado a seguinte mensagem: “Só o coração humilde pode entrar no Sagrado Coração de Jesus, conversar com Ele, amá-lo e ser amado por Ele”.

Fonte: ACI Digital 

7 de jun. de 2017

07/06 – Santo Antonio Maria Gianelli

Nascido no ano da Revolução Francesa, a 12 de abril de 1789, em Cereta, perto de Chiavari, Antônio Maria Gianelli, foi a seu modo, um revolucionário. Ingressou no seminário aos 19 anos e foi ordenado padre quatro anos depois. Professor de letras e de retórica, teve entre seus alunos jovens destinados a brilhar no firmamento cristão, como o venerável Frassinetti. Para recepcionar o novo bispo, dom Lambruschini, o professor Gianelli organizou em Gênova um recital intitulado A reforma do seminário, que teve notável repercussão. Eram os anos da Restauração, após o incêndio napoleônico. De 1826 a 1838 foi arcipreste de Chiavari. Este período, que ele chamará de “má cultivação”, foi marcado por muitas inovações pastorais na sua paróquia e pela criação de várias instituições, como um seminário próprio e a redescoberta da Suma de S. Tomás na pregação teológica e filosófica dos candidatos ao sacerdócio. Sob o nome incomum de Sociedade Econômica, encaminhou uma instituição beneficente cultural e assistencial confiada por padre Gianelli “aos cuidados das Damas da Caridade” para a instrução gratuita das meninas pobres.
Era o esboço da fundação que iria acontecer em 1829, das Filhas de Maria, conhecidas ainda como irmãs Gianellinas, destinadas a uma rápida expansão e a um profícuo apostolado na América Latina. Dois anos antes havia criado uma pequena congregação missionária, colocada sob o patrocínio de santo Afonso Maria de Ligório para a pregação de missões ao povo e organização do clero. Em 1838 foi eleito bispo de Bobbio; ajudado pelos ligorianos, a sua jovem congregação, que ele reconstituiu com o nome de Oblatos de Santo Afonso, reorganizou o tecido eclesiástico da sua diocese, removendo párocos pouco zelosos e expulsando os indignos. Entre os seus ligorianos existiu também um apóstata, padre Cristovão Bonavino, brilhantíssima inteligência, mais conhecido com o pseudônimo de Ausônio Franchi; racionalista e ateu, que voltou depois à genuína fé cristã, abjurando suas obras precedentes com Última Crítica, e prestando um testemunho público de devoção a Gianelli, que esteve ao seu lado nos momentos mais agudos de sua crise espiritual. O santo das irmãs, como é chamado na América Latina, onde ainda florescem suas instituições femininas, acabou prematuramente sua vida terrena, na idade de 57 anos, a 7 de junho de 1846. Foi beatificado em 1925 e canonizado por Pio XII a 21 de outubro de 1951.

Fonte: cléofas

Papa: ter a coragem de chamar Deus com o nome de Pai

07/06/2017 


Cidade do Vaticano( RV) – O Papa Francisco presidiu na manhã de hoje, quarta-feira dia 7 de Junho de 2017, as 10 horas locais de Roma, a audiência geral na Praça de S. Pedro repleta de fiéis e peregrinos provenientes de diversas partes da Itália e do mundo para assistir a catequese do Santo Padre. Tema da catequese de hoje: a paternidade de Deus, fonte da nossa esperança. Uma breve meditação do trecho do Evangelho segundo S. Lucas 11, 1-4.
Havia algo, disse Francisco, de fascinante na oração de Jesus, algo de tão fascinante que até um dia os seus discípulos, profundamente tocados pelo facto de O verem que todas as manhãs e às tardes, se retirava em solidão e se emergia em oração, pediram-Lhe que lhes ensinasse também a rezar. É então a partir desse momento, acrescenta o Papa, que Jesus transmite aquela que depois se tornou a oração cristã por excelência: o Pai nosso, a oração na qual Jesus ensinou-nos a tratar Deus por Pai, ou melhor por Papá(Abbá).
Todo o mistério da oração cristã se resume aqui, nesta palavra: ter a coragem de chamar Deus com o nome de Pai. (…) De facto, chamar Deus com o nome de Pai não é nada algo de escusado. Seriamos levados a usar títulos mais elevados que nos parecem mais respeitosos da sua transcendência. Pelo contrário, invocá-Lo como Pai nos coloca em relação de confidência com Ele, como uma criança que se dirige ao seu papá, bem sabendo de ser amado e cuidado por ele.
Esta, observa Francisco, é a grande revolução que o cristianismo imprime na psicologia religiosa do homem e da mulher. O mistério de Deus que sempre nos fascina e nos faz sentir pequenos, porém, não nos causa mais medo, não nos esmaga e nem nos angustia mais.
Trata-se, acrescenta o Santo Padre, de uma revolução  difícil de ser acolhida no nosso ânimo humano, como observa o próprio evangelista quando afirma que as mulheres após terem visto o túmulo vazio e os anjos “saindo, fugiram do sepulcro, pois estavam a tremer e fora de si. E não disseram nada a ninguém porque tinham medo”. Mas Jesus revela-nos, disse o Papa, que Deus é Pai bom e nos diz: Não tenhais medo.
É, observa ainda Francisco, um Deus que não consegue estar sem nós. Nunca de facto, estamos sozinhos. Podemos até viver afastados d’Ele, ou mesmo estar contra Ele; podemos ainda até professar-nos como ateus, isto é pessoas “sem Deus”. Mas Ele, recorda o Papa, não pode estar sem nós.
Pensemos por conseguinte na parábola do Pai misericordioso. Quando o filho pródigo, depois de ter gasto tudo, regressa à casa onde nasceu, o pai não aplica critérios de justiça humana, mas antes de mais, sente a necessidade de perdoar e, com o seu abraço, faz o filho perceber que, durante todo o tempo da sua ausência, sentiu falta dele, o seu amor de Pai sofreu. Como Jesus ensinou e viveu, Deus é Pai, mas não à nossa maneira humana: nenhum pai deste mundo se teria de facto comportado como o Protagonista da parábola do filho pródigo, observou Francisco.
Queridos irmãos e irmãs,(…) o Evangelho de Jesus revela-nos que Deus não pode estar sem nós: Ele jamais será um Deus “sem o homem”. Esta certeza é a fonte da nossa esperança ínsita em todas as invocações do Pai-Nosso. Quando precisamos de ajuda, Jesus não nos diz para nos resignarmos e fecharmos em nós mesmos, mas ensina-nos a elevar ao Pai do céu uma súplica confiante. Todas as nossas necessidades, desde as mais evidentes e diárias como a alimentação, a saúde, o trabalho, até à necessidade de sermos perdoados e sustentados contra as tentações, não são uma prova de que estamos abandonados e sozinhos, mas há um Pai amoroso nos Céus que sempre olha por nós e nunca nos abandona.
Finalmente, Francisco saudou todos fiéis e peregrinos os presentes na Praça de S. Pedro e entre eles também, e como sempre, os fiéis e peregrinos de língua oficial portuguesa, provenientes, na sua grande maioria hoje do Brasil: “Amados peregrinos vindos do Brasil e todos vós que aqui vos encontrais de língua portuguesa, sede benvindos! A ressurreição de Cristo abriu-nos a estrada para além da morte; e assim temos a estrada libertada até ao Céu. Que nada vos impeça de viver e crescer na amizade do Pai celeste, e testemunhar a todos a sua infinita bondade e misericórdia! Sobre vós e vossas famílias, desça abundante a sua Bênção.

Rádio Vaticano 

6 de jun. de 2017

Papa: hipocrisia mata comunidades, linguagem cristã é verdadeira

06/06/2017



O Santo Padre celebrou uma Santa Missa, na manhã desta terça-feira (6/06), na Casa Santa Marta, onde reside no Vaticano, durante a qual fez a sua habitual homilia.
Na sua reflexão, o Papa falou sobre a “hipocrisia” entre os doutores da Lei, que são hipócritas porque pensam uma coisa e dizem outra:
“A hipocrisia não era a linguagem de Jesus e nem deve ser a dos cristãos. Logo a sua linguagem deve ser verdadeira. Por isso, advertiu os fiéis para as tentações da hipocrisia e da adulação. Um cristão não pode ser hipócrita e um hipócrita não é cristão. O hipócrita é sempre um adulador, quem mais, quem menos”.
Com efeito, os Doutores da Lei procuravam adular Jesus. Por este motivo Jesus os chamava hipócritas. Os hipócritas sempre começam com a adulação e a adulação é não dizer a verdade, é exagerar e aumentar a vaidade.
Assim Francisco comentou o caso de um padre, que conheceu há muito tempo, que “aceitava todas as adulações que lhe faziam”; tais adulações eram a sua fraqueza.
Jesus nos faz ver a realidade que é o contrário da hipocrisia e da ideologia. A adulação, frisou Francisco, começa com a má intenção.
Era o caso dos Doutores da Lei, que colocavam Jesus à prova, começando com a adulação e, depois, fazendo-lhe a pergunta: “É justo pagar a Cesar”? E o Papa respondeu:
“O hipócrita tem duas caras. Mas, Jesus conhecendo a sua hipocrisia, disse claramente: ‘Porque me colocais à prova? Trazei-me uma moeda, quero vê-la'. Assim Jesus responde sempre aos hipócritas e responde concretamente à realidade das ideologias”.
A realidade é assim, bem diferente da hipocrisia ou da ideologia. Eles entregam a moeda a Jesus e Ele lhes responde com sabedoria, partindo da imagem de Cesar na moeda: “Dai a Cesar o que é de Cesar e a Deus o que é de Deus”.
A seguir, Francisco reflectiu sobre um terceiro aspecto: a linguagem da hipocrisia é a linguagem do engano; é a mesma linguagem da serpente com Eva. Começa-se com a adulação para depois destruir as pessoas, a ponto de “extirpar a personalidade e a alma de uma pessoa”. Logo, a hipocrisia mata as comunidades. Quando há hipócritas numa comunidade ela corre um grande perigo, um perigo terrível.
Na sua homilia, Francisco exorta os fiéis a seguir os conselhos de Jesus: “Que o vosso modo de falar seja “sim, sim, não, não”. O supérfluo pertence ao maligno. Assim, afirmou com amargura, a hipocrisia mata a comunidade cristã e faz tanto mal à Igreja e adverte aqueles cristãos que têm este comportamento pecaminoso, que mata:
“O hipócrita é capaz de matar uma comunidade. Fala com docilidade, mas julga brutalmente as pessoas. O hipócrita é um homicida, pois começa com a adulação. No fim, utiliza a mesma linguagem do diabo para destruir as comunidades”.
O Papa concluiu a sua homilia convidando os presentes a pedir ao Senhor a graça “de jamais sermos hipócritas, mas que saibamos dizer a verdade. Se não pudermos dizê-la, calemos. O importante é nunca ser hipócritas”. (BS/MT)

Rádio Vaticano 

06/06 – São Norberto

Norberto, nascido em Xanten (Alemanha) da nobre família dos Gennep, em 1080, como era destino de todo cadete da nobreza, teria de seguir a carreira militar ou eclesiástica. Norberto escolheu a segunda, não porque sentisse vocação, mas por uma simples oportunidade. Uma vez ordenado subdiácono pôde gozar muitos privilégios na corte do grande príncipe de Colônia e do imperador Henrique V, que o designou a uma importante sede episcopal. Mas os desígnios de Deus eram outros. Durante uma cavalgada no bosque, surpreendido por um violento furacão, Norberto ficou aterrado com um relâmpago brilhante e como Saulo no caminho de Damasco repetiu a pergunta: “Senhor, que queres que eu faça?” Eis a resposta que determinou uma mudança radical em sua pouco edificante vida: “Abandone o caminho do mal e faça o bem.” Aquele episódio foi o início da sua conversão. Desertou dos encontros mundanos e se pôs na escola do abade beneditino de Siegburgo e dos cônegos de Klosterrath, depois seguiu o exemplo do ermitão Lindolfo passando três anos em penitência e oração. Em 1115 foi ordenado sacerdote pelo arcebispo de Colônia e iniciou sua atividade missionária itinerante. Quis dar o exemplo despojando-se de tudo aos pobres. Para si conservou uma mula e dez moedas de prata, de que logo se privou também para prosseguir a pé descalço suas peregrinações.
Na França, perto de Nîmes encontrou o papa Calisto II e foi encorajado a seguir pelo caminho que se havia proposto. O bispo de Laon, para fazê-lo permanecer em sua diocese, propôs-lhe a guia dos Cônegos regulares que estavam em sua diocese, propôs-lhe a guia dos Cônegos regulares que estavam sob a regra de santo Agostinho, aos quais fora designado o convento de Praemonstratum (Prémontré). Nascia assim a Ordem dos premonstratenses. A essas alturas Norberto retomou a sua atividade de pregador ambulante. Encontrava-se em Magdeburgo assistindo aos funerais do bispo daquela cidade, quando por aclamação popular foi escolhido para suceder-lhe. Foi um bispo que incomodou muita gente. O imperador Lotário nomeou-o chanceler do império para a Itália e o papa Inocêncio II estendeu sua jurisdição até a Polônia. Mas Norberto não esqueceu a regra monástica da pobreza e do exercício do apostolado entre a gente humilde do campo e viveu integralmente o ideal de vida ativa e contemplativa dos premonstratenses também no esplendor dos altos cargos. Morreu em Magdeburgo, de volta de uma missão de paz na Itália a 6 de junho de 1134. Foi canonizado em 1582. São Norberto é padroeiro da Boêmia.

Cléofas 

Sagrado Coração: mais que uma devoção, uma espiritualidade

A dedicação ao Sagrado Coração de Jesus, desenvolvida ao longo da vida da Igreja, é mais que uma devoção, é uma espiritualidade
Sagrado Coração, mais que uma espiritualidade, uma devoçãoNa Bíblia, há uma dedicação do povo às coisas do coração. “Tirarei da sua carne o coração de pedra, e lhes darei um coração de carne” (Ezequiel 11,19). “Vinde a mim, vós todos que estais aflitos sob o fardo, e eu vos aliviarei. Tomai meu jugo sobre vós e recebei minha doutrina, porque eu sou manso e humilde de coração e achareis o repouso para as vossas almas”. (Mateus 11, 28-29)
O coração de Jesus é o coração manso e humilde de Deus, colocado dentro do nosso peito. O Senhor não é só uma inteligência suprema, Ele é coração, e o coração de Jesus é a manifestação visível do amor do Pai.
Ao longo desses dois mil anos de história da Igreja, os santos padres desenvolveram a espiritualidade do coração de Jesus. Mais tarde, Santa Maria Margarida, no século XVII, teve a imagem do coração de Cristo para fora do peito, coroado de espinhos e inflamado de amor. Essa imagem acabou fazendo história e aprofundando essa espiritualidade. A Festa do Sagrado Coração de Jesus foi oficializada pela Igreja; a primeira sexta do mês é dedicada a ele.
Os efeitos da consagração ao Sagrado Coração de Jesus estão diretamente ligados às promessas de Jesus feitas a Santa Maria Margarida, as quais foram propagadas doze, porém são inúmeras. O primeiro grande efeito é a experiência do amor de Deus, de quem somos filhos amados. E esse amor não nos abandona; pelo contrário, nos acompanha sempre. Jesus, quando voltou para o Pai, deixou-nos uma grande promessa: “Estarei convosco todos os dias até o fim”. Essa é a certeza: Deus está conosco.
O Senhor é um colo, o Sagrado Coração de Jesus é um refúgio, uma rocha protetora, diz uma das promessas. Ele não é legislador, mas pastor que pega Sua ovelha no colo e cuida de suas feridas.
As experiências de um padre do coração de Jesus são muitas, em minha vida não é diferente. Há uma promessa do Sagrado Coração que diz: “Darei aos sacerdotes consagrados ao meu Sagrado Coração a graça de alcançar até os corações mais endurecidos”. Certa época, eu pregava muito da cabeça, da inteligência, da teologia, e as pessoas se convenciam intelectualmente, mas não no coração, não se convertiam. Até que Deus tocou meu coração e percebi que precisava falar afetivamente do coração de Deus, pois Ele não é só inteligência, é também coração.
Na pregação seguinte, usei dois artifícios: a inteligência e a afetividade para apresentar Deus. Uma pessoa veio a mim, após essa pregação, e disse que tudo o que falei com a cabeça ela compreendeu, mas o que a convenceu e a converteu foi quando eu disse afetivamente que Deus é coração. Daí, surgiu a canção: “Conheço um coração tão manso, humilde e sereno…” Conhecer o coração do Pai converte as pessoas.
O Sagrado Coração de Jesus é mais que uma devoção, é uma espiritualidade. É a espiritualidade da ternura, do coração, é a mística do afeto. É reconhecer que Deus é mais que Pai, Ele é Pai e Mãe, e tem um colo para nós. A grande dica para aproveitar bem toda essa espiritualidade é deixar-se adormecer no coração d’Ele. Há momentos em que precisamos repousar no coração do Senhor, seguir o conselho de Jesus que nos diz: “Vinde a mim vós todos que estais cansados e eu vos aliviarei”. Deixe-se repousar no coração de Deus.
Padre: Joãozinho SCJ 
Fonte: http://formacao.cancaonova.com/

5 de jun. de 2017

O Espírito Santo ajudou São João Paulo II com matemática

E assim nasceu uma grande devoção


Em seu primeiro encontro com a Renovação Carismática Católica, em janeiro de 1980, São João Paulo II contou que o Espírito Santo o ajudou em suas dificuldades com a matemática quando era adolescente, o que considerou sua “própria iniciação espiritual”.
“Quando era estudante, por volta dos meus 12 ou 13 anos, às vezes tinha dificuldades com meus estudos, especialmente com a matemática. Meu pai me deu um livro de oração, abriu em uma página e me disse ‘aqui tem a oração ao Espírito Santo. Deve rezar esta oração todos os dias da sua vida’”, contou o Papa, segundo publicou a Renovação Carismática Católica em sua página.
“Continuo obediente a este mandamento que meu pai me deu”, assinalou o santo polonês que até o final de sua vida rezou diariamente a prece sugerida pelo seu pai, o hino Vem Espírito Santo Criador. “Esta era minha própria iniciação espiritual”, acrescentou.

“A situação no mundo é perigosa demais, muito perigosa”, disse e advertiu do perigo do materialismo, que “é a negação do espiritual e, por isso, precisamos” da ação do Espírito Santo.
Graças ao Espírito Santo, indicou, “começamos a viver novamente, encontramos a nós mesmos, nossa identidade, toda nossa humanidade”.
Vinde, Espírito Criador,
Visitai as almas dos Vossos fiéis;
E enchei da graça divina
Os corações que criastes!
Vós sois o nosso Consolador,
Dom do Deus Altíssimo,
Fonte viva, fogo, caridade,
E unção espiritual.
Vós derramais sobre nós os sete dons;
Vós o dedo da mão de Deus;
Vós o prometido do Pai;
Vós que pondes nos nossos lábios o tesouro da vossa palavra.
Acendei com a vossa luz a nossa inteligência;
Infundi o vosso amor nos nossos corações,
E com o vosso perpétuo auxílio
fortalecei a nossa débil carne.
Afastai de nós o inimigo;
Dai-nos prontamente a paz,
Sede vós próprio o guia.
Evitaremos todo o mal.
Por Vós conheçamos o Pai,
e também o Filho;
dai-nos crer sempre em Vós,
Espírito do Pai e do Filho.
Glória ao Pai, Senhor,
e ao Filho que ressuscitou,
E ao Espírito Consolador.
Por todos os séculos.
Amém.
– Enviai, Senhor, o Vosso Espírito.
– E renovareis a face da terra.
Oremos.
Ó Deus, que instruístes os corações dos vossos fiéis com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas e gozemos sempre da sua consolação. Por nosso Senhor Jesus Cristo, na unidade do Espírito Santo.
Amém.

Via: ACI Digital 

Papa: fazer obras de misericórdia é partilhar, se compadecer, arriscar

05/06/2017 



O ponto de partida da homilia do Papa Francisco foi a primeira leitura do Livro de Tobias. Os hebreus foram deportados para a Assíria: um homem justo, chamado Tobias, ajuda compatriotas pobres e - com o risco da própria vida - secretamente enterra os hebreus que são mortos impunemente. Tobias fica triste diante do sofrimento dos outros. Daqui a reflexão sobre 14 obras de misericórdia corporais e espirituais. Realizá-las - explica Francisco - não significa somente compartilhar o que se tem, mas se compadecer:
“Isto é, sofrer com quem sofre. Uma obra de misericórdia não é fazer algo para descarregar a consciência: uma boa acção, assim estou mais tranquilo, tiro um peso das costas... Não! É também sofrer a dor dos outros. Compartilhar e compadecer: caminham juntos. É misericordioso aquele que sabe compartilhar e também se compadecer com os problemas de outras pessoas. E aqui a pergunta: “Eu sei compartilhar? Eu sou generoso? Eu sou generosa? Mas também, quando vejo uma pessoa que está a sofrer, que está em dificuldade, também eu sofro? Sei colocar-me nos sapatos dos outros? Na situação de sofrimento?".
Aos judeus era proibido enterrar os seus compatriotas: eles mesmos poderiam ser mortos. Então Tobias corria perigo. Realizar obras de misericórdia - disse o Papa - não significa apenas partilhar e ter compaixão, mas também arriscar:
“Mas, muitas vezes se corre o risco. Pensemos aqui, em Roma. Em plena guerra: quantos se arriscaram, começando por Pio XII, para esconder os hebreus, para que não fossem mortos, para que não fossem deportados. Eles arriscaram a sua pele! Mas era uma obra de misericórdia, salvar a vida daquelas pessoas! Arriscar".
O Papa Francisco enfatiza dois outros aspectos. Quem faz obras de misericórdia pode ser ridicularizado por outros - como aconteceu com Tobias - porque é considerada uma pessoa que faz coisas loucas, em vez de estar tranquilo. E é alguém que se incomoda:
“Fazer obras de misericórdia é desconfortável. “Mas, eu tenho um amigo, um amigo doente, gostaria de visitá-lo, mas ... não tenho vontade ... prefiro descansar ou assistir TV ... tranquilo...”. Fazer obras de misericórdia é sempre desconfortável. É inconveniente. Mas o Senhor sofreu a inconveniência por nós: foi para a cruz. Para nos dar misericórdia”.
Quem “é capaz de fazer uma obra de misericórdia” - disse o Papa - é “porque sabe que ele recebeu misericórdia antes; que foi o Senhor a conceder misericórdia a ele. E se nós fazemos essas coisas, é porque o Senhor teve misericórdia de nós. E pensemos nos nossos pecados, nos nossos erros e em como o Senhor nos perdoou; perdoou-nos tudo, teve esta misericórdia” e “nós façamos o mesmo com os nossos irmãos”. “As obras de misericórdia - concluiu Francisco - são as que te tiram do egoísmo e nos fazem imitar Jesus mais de perto”. (BS/SP)

Rádio Vaticano 

05/06 – São Bonifácio

89ba428ddcdd835b8621c1db63337a71Sem a obra missionária de são Bonifácio não teria sido possível a organização política e social europeia de Carlos Magno. Bonifácio ou Winfrid parece que pertencia a uma nobre família inglesa do Devonshire, onde nasceu em 673 (ou 680). Professou a regra monástica na abadia de Exeter e de Nurslig, antes de dar início à evangelização das populações germânicas do além-Reno. Sua primeira tentativa de atingir a Frísia foi em vão por causa da hostilidade entre o duque alemão Radbod e Carlos Martelo. Winfrid fez então uma peregrinação a Roma para rezar sobre os túmulos dos mártires e obter as bênçãos do papa. São Gregório II concordou com o impulso missionário e Winfrid tornou à Alemanha. Parou na Turíngia, em seguida na Frísia, recentemente subjugada pelos francos, e aí operou as primeiras conversões. Em três anos percorreu grande parte do território germânico. Também os saxões responderam com entusiasmo à sua pregação. Chamado a Roma, recebeu do papa a consagração episcopal e o novo nome de Bonifácio. Durante a viagem de volta à Alemanha num bosque de Hessen mandou derrubar um gigantesco carvalho ao qual as populações pagãs atribuíam poderes mágicos porque era considerado a morada de um deus. Aquele gesto foi considerado como um verdadeiro desafio ao deus, e os pagãos se aglomeraram para assistirem à vingança dos deus ofendido.
Bonifácio aproveitou para lhes comunicar a mensagem do Evangelho. Aos pés da árvore derrubada edificou a primeira igreja dedicada a são Pedro. Antes de organizar a Igreja na margem direita do Reno, pensou na fundação, entre as regiões de Hessen e Turíngia, de uma abadia, que se tornasse o centro propulsor da espiritualidade e da cultura religiosa da Alemanha. Nasceu assim a célebre abadia de Fulda, comparável pela atividade e prestígio à beneditina de Montecassino. Como sede episcopal escolheu a cidade de Mogúncia, mas expressou o desejo de ser sepultado em Fulda. Já velho, mas sempre infatigável, voltou novamente para a Frísia. Acompanhavam-no uns cinquenta monges. A 5 de junho de 754 havia marcado encontro com um grupo de catecúmenos em Dokkun. Era o dia de Pentecostes. No início da celebração da Missa os missionários foram assaltados por um grupo de frisões armados de espadas. “Não temam – disse Bonifácio aos companheiros – todas as armas deste mundo não podem matar a nossa alma.” Quando a espada de um infiel estava para atingir seu corpo, ele tentou rebater com o Evangelho, mas o adversário derrubou o livro e cortou-lhe a cabeça.

Cléofas 

4 de jun. de 2017

O Espírito Santo é uma Pessoa Viva

“A missão do Espírito Santo, enviado pelo Pai em nome do Filho e pelo Filho “de junto do Pai” (Jo 15, 26), revela que o Espírito é com eles o mesmo Deus único. “Com o Pai e o Filho é adorado e glorificado” (Cat. §263). Ele é uma Pessoa divina, viva, que fala, ouve, sente, age…
“O Espírito Santo procede do Pai enquanto fonte primeira e, pela doação eterna deste último ao Filho, do Pai e do Filho em comunhão” (S. Agostinho , A Trindade 15,26,47).
Ele “falou pelos Profetas”, ensina o Credo. Por “profetas”, entendemos todos aqueles que o Espírito Santo inspirou para o anúncio de viva voz e na redação dos livros sagrados, tanto do Antigo como do Novo Testamento.
Diz São Pedro: “Porque jamais uma profecia foi proferida por efeito de uma vontade humana. Homens inspirados pelo Espírito Santo falaram da parte de Deus” (2 Pe 1, 21).
São Paulo diz: “Não extingais o Espírito” (1Ts 5,19). Ele pode ser sufocado em nossa alma por nossos pecados. “Não contristeis o Espírito Santo de Deus, com o qual estais selados para o dia da Redenção” (Ef 4,30). Ele pode ser entristecido quando viramos as costas para Deus, quando negamos suas Leis, quando somos preguiçosos em ouvi-lo e seguir suas moções.
“A graça do Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus e a comunhão do Espírito Santo estejam com todos vós!” (2Cor 13,13), deseja São Paulo.

O Papa Paulo VI professou a fé da Igreja no Espírito Santo:
“Cremos no Espírito Santo, Senhor que dá a vida e que com o Pai e o Filho é juntamente adorado e glorificado. Foi Ele que falou pelos profetas e nos foi enviado por Jesus Cristo, depois de sua ressurreição e ascensão ao Pai. Ele ilumina, vivifica, protege e governa a Igreja, purificando seus membros, se estes não rejeitam a graça. Sua ação, que penetra no íntimo da alma, torna o homem capaz de responder àquele preceito de Cristo: “Sede perfeitos como perfeito é o vosso Pai celeste” (cf. Mt 5,48). (Credo do Povo de Deus, 13)
Foi Jesus mesmo quem nos revelou o Espírito Santo e no-lo enviou no dia de Pentecostes. Ele é inseparável dos dois. Ao anunciar e prometer a vinda do Espírito Santo, Jesus o chamou de “Paráclito”, “advocatus”, consolador, aquele que está perto. O mundo pecador não pode recebê-lo, mas ele está com os filhos de Deus. Na Última Ceia, na despedida da Igreja, Jesus promete enviá-lo:
“E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Paráclito, para que fique eternamente convosco. É o Espírito da Verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece, mas vós o conhecereis, porque permanecerá convosco e estará em vós” (João 14,15). Ele “vos ensinará todas as coisas e vos recordará tudo o que Eu vos disse”. (João 14,25). Ele é a memória viva da Igreja sobre tudo o que Jesus lhe ensinou.
“Quando vier o Paráclito, o Espírito da Verdade, ensinar-vos-á toda a verdade”. (João 16,13). É por isso que a Igreja nunca errou o caminho da verdade, embora seus filhos sejam santos e pecadores.
Prof. Felipe Aquino
*Autoriza-se a publicação desde que cite a fonte

Fonte: Cléofas 

Natividade de São João Batista: o maior dos profetas

A natividade de  São João Batista  é  uma solenidade muito importante no ano litúrgico, porque nesse dia lembramos o maior dos profetas, com...