6 de mai. de 2017

15 anos de idade, puro, alegre, apóstolo: São Domingos Sávio, uma vida capaz de maravilhar

Incentivado por ninguém menos que Dom Bosco, ele foi dócil à graça de Deus e se deixou santificar!





Domingos Sávio nasceu em Castelnuovo d’Asti, na Itália, no dia 2 de abril de 1842 e, segundo o seu diretor espiritual, ninguém menos que São João Bosco, tinha “uma índole doce e um coração formado para a piedade; aprendeu com extraordinária facilidade as orações da manhã e da noite e as rezava quando tinha apenas quatro anos de idade”.
Aos cinco anos, impressionava a todos pela devoção nas missas, em que já ajudava como coroinha apesar de não lhe ser fácil segurar o grande missal nas mãos pequeninas.
programa de vida de Domingos Sávio era muito claro:


“Antes morrer que pecar”.
Ele evitava os meninos bagunceiros e era amigo dos que tinham boa conduta. Além disto, confessava-se com frequência e foi autorizado a receber a Primeira Comunhão aos 7 anos, quando a idade mínima era 12. Nessa ocasião, ele registrou os seus impactantes propósitos pessoais:


“Propósitos que eu, Domingos Sávio, me propus no ano de 1849, quando fiz a Primeira Comunhão, aos 7 anos de idade:

1. Confessar-me-ei com muita frequência e receberei a Sagrada Comunhão sempre que o confessor me permitir;

2. Quero santificar os dias de festa;

3. Os meus amigos serão Jesus e Maria;
4. Antes morrer que pecar".

A família Sávio tinha se mudado para Mondonio, a 10 quilômetros de Castelnuovo. Depois de terminar o primário, a única opção para prosseguir os estudos era ir andando até a cidade vizinha. O menino frágil de 10 anos de idade percorria o trajeto de ida e volta todos os dias: ele
precisava estudar porque queria ser sacerdote. Aplicado e disciplinado, Domingos era o primeiro da classe.
Os colegas, certa vez, encheram de pedras uma estufa da escola e acusaram Domingos. O mestre duvidava disto, mas teve de repreendê-lo publicamente porque as supostas provas apontavam para a sua culpa e, além disto, Domingos não se defendia. Mas a verdade veio à tona já no dia seguinte. O mestre indagou então por que Domingos não tinha se justificado. O menino respondeu que queria
imitar Jesus, que foi acusado injustamente e não se defendeu. Ele sabia, ainda, que seria perdoado porque era a sua primeira indisciplina, enquanto seus colegas, se fossem acusados, poderiam sofrer a expulsão da escola.
Em 1854, o professor de Domingos foi conversar com Dom Bosco “para falar de um seu aluno digno de particular atenção". Domingos Sávio tinha 12 anos e
Dom Bosco assim o descreve:


Domingos era frágil e delicado de compleição, de aspecto grave e ao mesmo tempo doce, com algo de agradável seriedade. Era afável e de aprazível condição, de humor sempre igual. Guardava constantemente, em aula e fora dela, na igreja e em toda parte, uma tal compostura que o mestre sentia a mais agradável impressão somente com vê-lo e falar-lhe (…) Todas as virtudes que vimos brotar e crescer nele, nas diversas etapas da vida, aumentaram sempre maravilhosamente e cresceram juntas, sem que uma o fizesse em detrimento da outra (…) Nas coisas ordinárias, começou a tornar-se extraordinário (…) Aqui teve início aquela vida exemplaríssima, aquele contínuo progresso de virtude em virtude e aquela exatidão no cumprimento de seus deveres que alguém dificilmente poderia superar”.
O pequeno Domingos era profundamente devoto de
Maria. Em 8 de dezembro de 1854, data e ano da proclamação do dogma da
Imaculada Conceição, ele renovou com a seguinte prece os seus propósitos da Primeira Comunhão:


Maria, eu vos dou meu coração. Tornai-me vosso. Jesus e Maria, sede sempre meus amigos; mas, por vosso amor, fazei com que eu morra mil vezes antes de ter a desgraça de cometer um único pecado”.

No Oratório de Dom Bosco, incentivado por ele a buscar a santidade, Domingos Sávio foi procurá-lo e disse ao mestre:


“Sinto desejo e necessidade de ser santo. Nunca tinha imaginado que alguém pudesse ser santo com tanta facilidade! Mas, agora que vi que é possível estando sempre alegre, eu quero e tenho absoluta necessidade de ser santo”.
Dom Bosco então aconselhou o menino a "
ganhar almas para Deus, pois não há nada mais santo nesta vida que cooperar com Deus na salvação das almas, pelas quais Jesus derramou até a última gota do seu sangue preciosíssimo”.
Domingos não deixava passar ocasião de dar bons conselhos e se preocupava em especial com as
crianças que, ao chegarem à adolescência, "
corrompem-se moralmente e perdem a alma, talvez eternamente, por não haver quem os instrua na fé!”.
No dia 9 de março de 1857, aos 15 anos de idade, Domingos Sávio
morreu em santidade. Convicto da futura canonização do jovem, Dom Bosco escreveu a respeito:


“Os que, havendo experimentado os efeitos de sua celestial proteção, gratos e ansiosos, esperam a palavra do oráculo infalível de nossa Santa Mãe, a Igreja”.




Fonte: Aleteia 

06 Mai São Domingos Sávio – Padroeiro dos acólitos

Este jovem santo ofereceu a sua juventude por amor a Deus e Maria Santíssima
O santo de hoje viveu o lema “Antes morrer do que pecar”.
Nascido em Turim, na Itália, no ano de 1842, Domingos conheceu muito cedo Dom Bosco e participou do Oratório – lugar de formação integral – onde seu coração se apaixonou por Jesus e Nossa Senhora Auxiliadora.
Pequeno na estatura, mas gigante na busca de corresponder ao chamado à santidade, foi um ícone da alegria de ser santo. Um jovem comum, que buscava cumprir os seus deveres e amava a vida de oração.
Com a saúde fragilizada, faleceu com apenas 15 anos.
São Domingos Sávio, rogai por nós.

Fonte: Canção Nova 

5 de mai. de 2017

Maria é toda poderosa junto de Deus



Assim quer Jesus honrar sua querida Mãe, que tanto o honrou em vida, prontamente concedendo-lhe tudo que pede ou deseja.



Por S. Afonso Maria de Ligório — Tão grande é o prestígio de uma mãe, que nunca pode tornar-se súdita de seu filho, ainda que seja monarca e tenha domínio sobre todas as pessoas do seu reino. É verdade, sentado agora à direita de Deus Pai, no céu, reina Jesus e tem supremo domínio sobre todas as criaturas e também sobre Maria. E o tem mesmo como homem, diz Santo Tomás, por causa da união hipostática com a pessoa do Verbo. Todavia, é também certo que nosso Redentor, quando vivia na terra, quis humilhar-se a ponto de ser submisso a Maria. "E lhes estava sujeito" (Lc2, 51). Sim, desde que Jesus Cristo se dignou escolher Maria por Mãe, estava como Filho realmente obrigado a obedecer-lhe, diz S. Ambrósio. Os outros santos — reflete Ricardo de S. Lourenço — estavam unidos à vontade de Deus; mas teve Maria maior ventura. Pois não só foi submissa à vontade de Deus, mas também o Senhor se submeteu à sua vontade. Das outras virgens diz-se que "seguem o Cordeiro por toda parte". Porém, de Maria dizer se pode que o Cordeirinho de Deus a seguia, porque lhe foi submisso.
Daí concluímos que são as súplicas de Maria eficacíssimas para obterem tudo quanto ela pede, ainda que não possa dar ordens a seu Filho no céu. Pois os seus rogos sempre são rogos de Mãe. Tem Maria o grande privilégio de ser poderosíssima junto ao Filho, diz Conrado de Saxônia. E por quê? Justamente pela razão já apresentada, e que mais abaixo vamos examinar minuciosamente: porque as súplicas de Maria são súplicas de Mãe. De onde as palavras de S. Pedro Damião: A Virgem consegue quanto quer, no céu como na terra; até aos desesperados pode dar esperança de salvação. O Santo chama o Redentor de altar de misericórdia, onde os pecadores obtém de Deus a graça do perdão. A ele, Jesus, dirige-se Maria quando quer obter-nos alguma graça. O filho tanto aprecia, porém, os rogos de sua Mãe e tanto deseja ser-lhe agradável, que sua intercessão mais afigura uma ordem do que uma prece, e ela parece antes uma Rainha do que uma serva, remata o santo. Assim quer Jesus honrar sua querida Mãe, que tanto o honrou em vida, prontamente concedendo-lhe tudo que pede ou deseja. Belamente o exprime S. Germano nas suas palavras dirigidas à Virgem: Sois onipotente, ó Mãe de Deus, para salvar os pecadores; não precisais de recomendação alguma diante de Deus, pois que sois a Mãe da verdadeira vida.
Não receia S. Bernardino de Sena concordar com a sentença de que "ao império de Maria todos estão sujeitos, até o próprio Deus". Isto é, Deus lhe atende os rogos como se foram ordens. Exclama por isso Eádmero: Virgem, de tal modo vos elevou o Senhor, que podeis obter para vossos servos todas as graças possíveis; pois é onipotente vosso patrocínio, como assevera Cosmas de Jerusalém. Maria, sim, sois onipotente — acentua Ricardo de S. Lourenço; pois, que, conforme as leis, deve a rainha gozar dos mesmos privilégios que o rei. Por isso, colocou Deus toda a Igreja não só sob o patrocínio, senão também sob o império de Maria, observa S. Antonino.
Convindo portanto à mãe o mesmo império que ao filho, com razão Jesus, que é onipotente, tornou Maria toda poderosa. Contudo, sempre será verdade que o Filho é onipotente por natureza e a Mãe o é por graça. E isto se verifica, porque, quanto pede a Mãe, tudo lhe concede o Filho, como justamente foi revelado a S. Brígida. Ouviu ela Jesus dizer a Maria: Minha Mãe, já sabes quanto te quero; pede-me por isso o que quiseres, porque, seja qual for a tua petição, não pode deixar de ser de mim ouvida. E que bela razão alegou o Senhor! Minha Mãe, disse-lhe, nada me negavas na terra; é justo que nada eu te negue no céu. Diz-se que Maria é onipotente; mas é do modo que se pode entender de uma criatura, que não é capaz de atributo divino. Porque com seus rogos obtém tudo quanto quer, é ela, pois, onipotente.
Com sobras de razão, portanto, ó excelsa advogada nossa, vos diz S. Bernardo: Tudo se faz, se vós o quereis. Basta a vossa vontade para que tudo se faça. Quereis elevar a uma alta santidade o mais abjeto dos pecadores? Em vossa vontade está o fazê-lo. De Eádmero são estas palavras: Senhora, basta-vos querer a nossa salvação e nós não podemos perecer. S. Alberto Magno põe na boca de Maria palavras semelhantes: Devo ser rogada, para que queira; porque o que eu quero é necessário que se faça.

Da obra Glórias de Maria (I, 6), de Santo Afonso Maria de Ligório, 
3. ed. Aparecida: Santuário, 1989, pp. 151-153.

Via: https://padrepauloricardo.org

5/5 – Santo Ângelo

Uma tradição muito antiga nos trás a luz sobre a vida de Ângelo. Os registros indicam que ele nasceu em 1185, na cidade de Jerusalém, de pais judeus pela religião, chamados José e Maria, nomes muito comuns na região. E que eles se converteram após Nossa Senhora ter avisado Ângelo, durante as orações, que ele teria um irmão, o que lhes parecia impossível porque eram idosos. Mas, isto aconteceu. Emocionados receberam o batismo junto com a criança, à qual deram o nome de João. Mais tarde, ele também vestiu o hábito carmelita. Ângelo viveu em muitos conventos da Palestina e da Ásia Menor. Recebeu muitas graças do Senhor, sobretudo o dom da profecia e dos milagres, depois de viver cinco anos no Monte Carmelo, mesmo lugar onde viveu o profeta Elias. Entrou para a Ordem do Carmo quando tinha apenas dezoito anos e, em 1213, foi ordenado sacerdote. Ainda segundo a tradição, Ângelo saiu do Monte Carmelo com os primeiros carmelitas que foram para Roma a fim de obterem do Papa Honório III a aprovação da Regra do Carmelo, e depois imigraram para a Sicília. Lá, ao visitar a basílica de São João se encontrou com os sacerdotes, que se tornaram santos: Domingos de Gusmão e Francisco de Assis, instante em que previu e anunciou a sua morte como mártir de Jesus Cristo. Dentre seus grandes feitos o que mais se destaca é o trabalho de evangelização que manteve entre os hereges cátaros daquela cidade.
A história narra que ele conseguiu converter até uma mulher que, antes disso, mantinha uma vida de pecados, inclusive uma relação incestuosa com um rico senhor do lugar. No dia 05 de maio de 1220, Ângelo fez sua última pregação na igreja de São Tiago de Licata, na Sicília. Nesse dia foi morto, vítima daquele rico homem que, não se conformou com o abandono e a conversão de sua amante, encomendando o assassinato. Venerado pela população, logo uma igreja foi erguida no lugar de seu martírio, onde foi sepultado o seu corpo. A Igreja canonizou o mártir Santo Ângelo em 1498. Porém, somente em 1662, as suas relíquias foram transladadas para a igreja dos Carmelitas. O seu culto se difundiu amplamente no meio dos fiéis e na Ordem do Carmo. Santo Ângelo foi nomeado padroeiro de muitas localidades, inicialmente na Itália, depois em outras regiões da Europa. Sua veneração se manteve até os nossos dias, sendo invocado pelo povo e devotos nas situações de suas dificuldades. Os primeiros padres carmelitas da América difundiram a sua devoção, construindo igrejas, nomeando as aldeias que se formavam e expandiram o seu culto, que também chegou ao Brasil.

Cléofas 

4 de mai. de 2017

Papa em S. Marta: Igreja em pé, em caminho e atenta às inquietações

04/05/2017 



A Igreja deve estar de pé e em caminho, escutando as preocupações da gente e sempre na alegria – é a exortação do Papa Francisco durante a homilia na Missa desta quinta-feira, na Casa Santa Marta. Na sua homilia, o Pontífice comentou três palavras extraídas da Primeira Leitura do capítulo 8º dos Actos dos Apóstolos, convidando os fiéis a relerem este trecho depois com calma em casa. A primeira expressão é “Prepara-te e vai”, dirigida por um Anjo a Filipe. “Este é um sinal da evangelização”, disse o Papa. De facto, a vocação e a grande consolação da Igreja é evangelizar:
“Mas para evangelizar, o Senhor diz “prepara-te e vai”. Não diz: “Fica sentado, tranquilo, em casa”: Não! A Igreja, para ser sempre fiel ao Senhor, deve estar em pé e em caminho: “Prepara-te e vai”. Uma Igreja que não se levanta, que não está em caminho, adoece”.
Uma Igreja parada, acrescentou o Papa, acaba fechada com tantos traumas psicológicos e espirituais, “fechada no pequeno mundo das fofocas, das coisas... fechada, sem horizontes”. “Prepara-te e vai, em pé e em caminho. Assim deve agir a Igreja na evangelização”, destacou.
“Aproxima-te desse carro e acompanha-o” é a exortação sucessiva que Filipe recebe do Espírito, e a segunda expressão evidenciada pelo Pontífice. No carro, havia um eunuco etíope, que foi a Jerusalém para adorar Deus e que, enquanto viajava, lia o profeta Isaías. Trata-se da “conversão de um ministro da economia” e, portanto, destacou o Papa, de “um grande milagre”. O Espírito exorta Filipe a se aproximar daquele homem, “não lhe diz para pregar”, afirmou Francisco, ressaltando a importância de uma Igreja que saiba ouvir a inquietação do coração de todo o homem:
“Todos os homens, todas as mulheres têm uma inquietação no coração, boa ou ruim, mas há uma inquietação. Ouça aquela inquietação. Não diz: “Vai e faça proselitismo”. Não, não! “Vai e ouve”. Ouvir é o segundo passo. O primeiro é “Prepara-te e vai”; o segundo, “ouve”. Aquela capacidade de escuta: o que as pessoas sentem, o que sente o coração dessa gente, o que pensam... Mas pensam coisas erradas? Mas eu quero ouvir essas coisas erradas, para entender bem onde está a inquietação. Todos temos uma inquietação dentro de nós. O segundo passo da Igreja é encontrar a inquietação das pessoas”.
Depois, é o próprio etíope que, vendo Filipe se aproximar, lhe pergunta de quem falava o Profeta Isaías e o convida a subir e sentar-se junto a ele. Então, “com mansidão” – destacou o Papa – Filipe começa “a pregar”. Assim, “a sua inquietação encontra uma explicação que enche de esperança o seu coração”. “Mas isso – prosseguiu Francisco – foi possível porque Filipe se aproximou e ouviu”.
Enquanto o etíope ouvia, o Senhor trabalhava dentro dele. Deste modo, o homem entende que a profecia de Isaías se referia a Jesus. A sua fé em Jesus então cresceu a tal ponto que, quando chegaram onde estava a água, pede para ser baptizado. “Foi ele quem pediu o Baptismo, porque o Espírito tinha trabalhado no coração”, notou o Papa, exortando a deixar o Espírito trabalhar no coração das pessoas. Depois do Baptismo, o Espírito, “que está sempre presente”, pega Filipe e o leva a outra parte, e o eunuco “cheio de alegria” prosseguiu o seu caminho.
A terceira palavra que o Papa destaca é, por fim, a alegria: “a alegria do cristão”. Francisco concluiu a homilia fazendo votos de que a Igreja esteja “em pé”, “mãe” que ouve e, “com a graça do Espírito Santo”, “encontra a Palavra a dizer”:
“A Igreja mãe que dá à luz a tantos filhos com este método digamos – usemos a palavra – este método que não é proselitista: é o método do testemunho à obediência. A Igreja, que hoje nos diz: “Alegra-te”. Alegrar-se, a alegria. A alegria de ser cristãos inclusive nos momentos mais duros, porque depois da lapidação de Estevão, teve início uma grande perseguição e os cristãos se espalharam por todos os lugares, como a semente que o vento leva. E foram eles que pregaram a Palavra de Jesus. Que o Senhor nos dê a graça a todos nós de viver a Igreja assim: em pé e em saída, em escuta das inquietações das pessoas e sempre em alegria”.
Rádio Vaticano 

4/5 – São Ciríaco

Segundo um antigo texto da tradição cristã, do século IV, um hebreu de nome Judas teria ajudado nos trabalhos para encontrar a Cruz de Cristo na cidade de Jerusalém, promovidos pelo bispo e pela rainha Helena, que era cristã e mãe do então imperador Constantino. Este hebreu se converteu e se tornou um sacerdote tomando o nome de Ciríaco, que em grego significa “Patrício”, comum entre os romanos. Mais tarde, após ter percorrido as estradas da Palestina, ele foi eleito bispo de Jerusalém, e aí teria sido martirizado, junto com sua mãe chamada Ana, durante a perseguição de Juliano, o Apóstata. Esta seria a história de São Ciríaco que comemoramos hoje, não fosse a marca profunda deixada por sua presença na cidade italiana de Ancona, em Nápolis. A explicação para isto encontra-se no Martirológio Romano, que associou os textos antigos e confirmou sua presença em ambas cidades. A conclusão de sua trajetória exata é o que veremos a seguir.Logo que se converteu, para fugir à hostilidade dos velhos amigos pagãos, Ciríaco teria abandonado a Palestina para se exilar na Itália, fixando-se em Ancona. Nessa cidade ele foi eleito bispo, trabalhando arduamente para difundir o cristianismo, pois o edito de Milão dava liberdade para a expansão da religião, em todos os domínios do Império.
Após uma longa vida episcopal, Ciríaco, já idoso fez sua última peregrinação à cidade de Jerusalém onde fora bispo na juventude, para rever os lugares santos. E foi nesse momento que ele sofreu o martírio e morreu em nome de Cristo, por ordem do último perseguidor romano, Juliano, o Apóstata, entre 361 e 363.Os devotos dizem que suas relíquias chegaram ao porto de Ancona, trazidas pelas ondas do mar. Essa tradição é celebrada no dia 04 de maio na catedral de Ancona, onde são distribuídos maços de junco benzidos. Na realidade as relíquias de São Ciríaco retornaram à cidade durante o governo do imperador Teodósio, entre 379 e 395 graças à sua filha Gala Plácida que interveio favoravelmente junto as autoridades conseguindo o que a população de Ancona tanto desejava. A memória desse culto antiquíssimo à São Ciríaco pode ser observada pelos monumentos, das mais remotas épocas, que existem em toda a cidade com a imagem do Santo. Aliás São Ciríaco foi escolhido como o padroeiro de Ancona e a própria catedral, no século XIV, foi dedicada à ele, mudando inclusive o nome. Essa majestosa igreja, que domina a cidade do alto das colinas do Guasco, é vista por todos que chegam em Ancona por terra ou por mar, mais um tributo à São Ciríaco, por seu exílio e vida episcopal.

Fonte: Cléofas

Missão como vocação Batismal

O Batismo nos insere no Corpo de Cristo, nos faz membros da Igreja; e, portanto, responsáveis pela sua missão de salvar o mundo pelo anúncio do Evangelho do Reino de Deus.
“Ora, vós sois o corpo de Cristo e cada um, de sua parte, é um dos seus membros” (1Cor 12,27).
Todo batizado, na sua realidade e no seu estado de vida, é um missionário por vocação batismal, e assim, precisa assumir a missão da Igreja, que é evangelizar. A Igreja somos todos nós.
Anunciar o Evangelho era para São Paulo a essência da sua missão:
“Anunciar o Evangelho, não é glória para mim; é uma obrigação que se me impõe. Ai de mim, se eu não anunciar o Evangelho” (1 Cor 9,16).
Pedro e os apóstolos, depois que receberam a luz e a força do Espírito Santo no dia de Pentecostes (cf. At 2,3), compreenderam que a “missão da Igreja” é evangelizaro mundo, e assim o fizeram.
Esta ordem de Jesus é para todos:
“Ide, pois, ensinai a todas as nações batizai-as em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Ensinai-as a observar tudo o que vos prescrevi. Eis que estou convosco todos os dias, até o fim do mundo” (Mt 28,19-20).
E é confortadora a grande promessa de Jesus:
“Eis que estou convosco todos os dias até o fim do mundo” (Mt 28,20).
Que conforto e que segurança para o evangelizador! Onde ele vai, o Senhor vai com ele, presente, abrindo-lhe o caminho e as portas dos corações dos homens para receberem Seu Evangelho.
Já séculos antes de Cristo, o profeta Isaías dizia:
“Como são belos sobre as montanhas os pés do mensageiro que anuncia a felicidade, que traz as boas novas e anuncia a libertação” (Is 52,7).
São Paulo alertava os cristãos de Roma:
“Logo, a fé provém da pregação e a pregação se exerce em razão da palavra de Cristo” (Rm 10,17).
Quer dizer: “a fé entra pelo ouvido”; por isso, é preciso anunciar o Evangelho a todos.
Jesus ama cada pessoa individualmente, e não quer perder nenhuma, pois cada alma foi criada à sua imagem e semelhança, para ser feliz e viver para sempre com Ele. Pelo valor de cada pessoa Ele desceu do céu e sacrificou a sua vida para nos resgatar para  Deus.
É uma grande frustração para Jesus perder uma alma. No céu não pode faltar ninguém que foi criado à imagem de Deus. Por isso, Jesus convoca cada um de nós para irmos buscar cada uma das “ovelhas desgarradas da casa de Israel”.
E não pode haver para cada um de nós missão mais nobre e mais digna do que esta; ajudar a Jesus a salvar as almas.
“Descerá sobre vós o Espírito Santo e dareis força, sereis minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia, na Samaria e até os confins do mundo” (At 1,8).
Que beleza! Deus confia em cada um de nós e chama a cada um para o ajudar nesta bela missão de “ser testemunha de Jesus”. Não importa se você é letrada ou analfabeta; pobre ou rico, capacitado ou não. Ele sempre nos capacitará se estivermos dispostos a dizer como o profeta: “Eis me aqui Senhor, enviai-me!” (Is 6,8-9)
A evangelização se dá em primeiro lugar pelo exemplo, em outras palavras, pela santidade de vida de cada cristão. A recíproca é verdadeira: a melhor maneira de des-evangelizar é pelo mau exemplo, pelo contra-testemunho. Nada pior para o Reino de Deus do que um cristão que ensina uma coisa e vive o contrário.
São Gregório Magno dizia que há uma lei áurea para todo evangelizador: “viver o que prega!”
O povo está cansado de mestres, está querendo mais santos.
Mas nem por isso podemos deixar de pregar e de evangelizar com medo de depois dar contra-testemunho.
Também não podemos esperar ficar cem por cento santos para começar a evangelizar; isto seria impossível.
O que precisamos é “vigiar e orar” em todo o tempo e em todo o lugar, pois “o espírito é forte, mas a carne é fraca”, como Jesus ensinou.
A evangelização se dá de inúmeros modos: pela palavra, pelo exemplo, pela oração. Na medida do carisma de cada um é preciso participar das atividades pastorais que levam os outros a um aprofundamento religioso. Os movimentos que há na Igreja se multiplicaram, graças a Deus, por obra do Espírito Santo, e precisam da cooperação daqueles que se dispõem a trabalhar pelo Reino de Deus.
Quantas crianças precisando de catequese!
Quantos jovens precisam conhecer o Caminho e a Vida que é Jesus!
O Senhor continua a nos dizer:
“A messe é grande, mas os operários são poucos”. (Lc 10,2)

Via: Cléofas 

3 de mai. de 2017

Egipto: Terra de refúgio da Sagrada Família de Nazaré

03/05/2017

Cidade do Vaticano (RV) – Como habitualmente, também na manhã de hoje, quarta-feira, dia 03 de Maio de 2017, às 10 horas de Roma, o Papa Francisco presidiu a audiência geral na Praça de S. Pedro. Tema da catequese de hoje, a sua recente viagem apostólica ao Egipto: um momento para Francisco de partilhar com os milhares de fiéis e peregrinos provenientes de diversas partes da Itália e do mundo inteiro, os frutos da sua viagem apostólica à este país africano e árabe. Recordamos que é a segunda viagem apostólica do Papa Francisco ao continente africano.
Hoje quero falar-vos da viagem apostólica que, com a ajuda de Deus, realizei recentemente no Egipto. Fui para este país após ter recebido um quarto convite: do Presidente da República, de Sua Santidade o Patriarca Copto Ortodoxo, do Gran Imãn de Al-Azhar e do Patriarca Copto Católico. Agradeço cada um deles pela calorosa hospitalidade que me reservaram. E agradeço também a todo o povo egípcio pela participação e o afecto com que viveu esta visita do Sucessor de S. Pedro.
Após ter sublinhado o extraordinário empenho levado a cabo pelo Presidente e pelas autoridades civis e religiosas do país para que tudo podesse decorrer da melhor maneira possível e sobretudo para que a sua visita podesse também, ser um sinal concreto de busca da paz, para o Egipto e para toda a subregião do Médio Oriente, Francisco confirmou aos presentes que a sua viagem apostólica tinha realmente como principal objetivo ser um sinal de paz para aquela região, atribulada por séculos de conflitos e terrorismo. Daí o lema da viagem, “O Papa da paz num Egito de paz”.
A minha visita à Universidade Al-Azhar, a mais antiga universidade islâmica e máxima instituição do Islão sunita, disse o Santo Padre, se revestiu de um duplo horizonte: o do diálogo entre cristãos e muçulmanos e ao mesmo tempo, o da promoção da paz no mundo. Ainda em Al-Alzhar, acrescentou o Papa, encontrei-me antes de mais com o Grãn Imãme; encontro esse que prosseguiu depois na participação conjunta da Conferência Internacional para a Paz. E referindo-se da sua comunicação, Francisco disse que “ofereceu uma reflexão que valorizou a história do Egipto como terra de civilização e terra de aliança”.
Para toda a humanidade, frisou, o Egipto é sinónimo de antiga civilização, de tesouros de arte e conhecimento; e isto recorda-nos que a paz se constrói mediante a educação, a formação do saber,  a formação de um humanismo que compreende também a dimensão religiosa, a relação com Deus, como sublinhou, recordou o Santo Padre, o Grãn Imãme no seu discurso.
A paz se constrói também partindo  da Aliança entre Deus e o homem, fundamento da aliança entre todos os homens, baseada no Decálogo, nos 10 mandamentos da Lei de Deus escritos na tábua da pedra do Sinai, mas mais profundamente, inscrita no coração de cada ser humano, de todos os tempos e de todos os lugares. Esta lei, acrescentou Francisco, se resume em dois mandamentos: o do amor à Deus e ao próximo.
Este mesmo fundamento está também na base da construção da ordem social e civil e, disse o Santo Padre, no encontro com o Presidente da República, falou-se da necessidade  a que todos os cidadãos, independentemente da sua cultura ou religião possam prestar a sua colaboração na construção dessa ordem social e civil. O grande patrimônio histórico e religioso do Egipto e o seu papel na região medioriental lhe atribui uma tarefa peculiar no caminho rumo a paz douradoura e estável, que se assente não no direito da força, mas na força do direito disse ainda o Papa.
Os cristãos, no Egipto, como em todas as nações da terra, estão chamados a ser fermento de fraternidade. E isso é possível se viverem na comunhão com Cristo. Um forte sinal de comunhão, graças a Deus, conseguimos dar juntos com o meu caro irmão Papa Tawadrós II, Partriarca dos Coptos Ortodoxos. Renovamos o empenho, assinando uma Declaração conjunta, de caminhar juntos e de empenharmo-nos em não repetir o Baptismo administrado nas respectivas Igrejas. Juntos rezamos para os mártires dos recentes atentados que atingiram tragicamente aquela venerável Igreja e o sangue destes mártires fecundou aquele encontro ecumênico, no qual participou também o Patriarca de Constantinopla Bartolomeu, o Patriarca Ecumênico e meu irmão.
 Por fim, sublinhou ainda Francisco entre outros, o encontro com a comunidade católica local que se desenvolveu num clima de fé e de fraternidade na presença do Senhor Ressuscitado, e que para o Santo Padre, renovou no coração de cada um o apelo a ser sal e luz para o povo egípcio.
E Francisco agradeceu novamente todos aqueles que, de diversos modos, contribuíram a tornar possível a realização efectiva desta viagem, sobretudo aqueles que ofereceram mediante a oração, o seu sofrimento a bem desta viagem.
 A Sagrada Família de Nazaré, concluiu dizendo Francisco, que emigrou pelas margens do rio Nilo para escapar da violência de Herodes, abençoe e proteja sempre o povo egípcio e o guie pelos caminhos da fraternidade e da paz.
E, como habitualmente, também hoje não faltou a saudação especial de Francisco aos peregrinos de língua oficial portuguesa presentes na Praça de S. Pedro: “Queridos peregrinos de língua portuguesa, sede bem-vindos! A todos saúdo com grande afeto e alegria, de modo especial os grupos vindos do Brasil: os membros da família Esperança, da Federação brasileira de Academias de Medicina, bem como os fiéis de Ribeirão Preto, Londrina e Caratinga. Desça sobre vós e vossas famílias a bênção de Deus.

Rádio Vaticano 

03/05 São Filipe e São Tiago, discípulos e apóstolos de Jesus Cristo

São Felipe e São TiagoAmbos nasceram na Galileia e foram discípulos e apóstolos de Jesus Cristo, e por Ele deram a vida.
Filipe nasceu em Betsaida, e o Evangelho de São João é que nos apresenta dados a respeito de seu santo testemunho. Jesus passou, chamou-o e ele disse ‘sim’ com a vida.
Ele foi ‘canal’ para que São Bartolomeu também se tornasse discípulo de Cristo. Durante o acontecimento da multiplicação dos pães, Filipe também participou deste milagre (foi para Filipe que Jesus perguntou como se faria para alimentar aquela multidão).
Na Santa Ceia, o apóstolo Filipe é quem pede a Jesus: ‘Mostra-nos o Pai e isso nos basta’ (Jo 14,8). Filipe estava em Pentecostes com a Virgem Maria e os outros apóstolos. São Clemente de Alexandria nos diz que ele foi crucificado. Que honra para os apóstolos morrerem como o seu Senhor!
São Tiago também foi martirizado, por volta do ano 62. Ele que nasceu em Caná, filho de Alfeu, familiar de Nosso Senhor Jesus Cristo. E foi um dos doze apóstolos. Nos Atos dos Apóstolos encontramos ele como o primeiro bispo de Jerusalém. Tiago recebeu mais de uma visita de São Paulo e foi reconhecido como uma das colunas principais da Igreja, ao lado de São Pedro e São João. Uma das cartas do Novo Testamento é atribuída a ele. E, nela, o apóstolo nos ensina que a fé sem obras é morta e que é preciso deixarmos que o Espírito Santo governe a nossa língua.
O martírio não está centrado no sofrimento, mas no amor a Jesus Cristo que supera essa vida.
São Filipe e São Tiago, rogai por nós!

Fonte: Canção Nova 

O segredo para vivermos da Divina Providência

No mundo em que estamos, pode parecer difícil viver da Divina Providência, mas o Senhor nos mostra o segredo para viver assim
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Foto: Wesley Almeida/cancaonova.com
“Não vos preocupeis com coisa alguma, mas, em toda ocasião, apresentai a Deus os vossos pedidos, em orações e súplicas, acompanhadas de ação de graças. E a paz de Deus, que supera todo entendimento, guardará os vossos corações e os vossos pensamentos no Cristo Jesus”. (Fl 4,6-7).
Nós sempre teremos necessidades? Sim, e elas podem ser muito grandes; talvez problemas insolúveis. O Senhor não está dizendo que não teremos problemas; ao contrário, Ele nos dá o segredo para enfrentar as dificuldades: “Manifestai a Deus as vossas necessidades por meio de orações, súplicas e ação de graças”. Aí está o segredo: manifestar seus problemas para o Senhor, contar para Ele as suas necessidades, a fim de que tenha a maravilhosa intercessão de Nossa Senhora.
Quando Luzia Santiago [cofundadora da Canção Nova] foi à primeira vez a Medugorje, trouxe uma palavra: Nossa Senhora, em Medugorje, recomendou muito e pediu que as quintas-feiras fossem consagradas à adoração ao Santíssimo, e que lessem essa passagem do Evangelho de São Mateus 6,24, a qual garante que o Senhor proverá em todas as nossas necessidades.
“Ninguém pode servir a dois senhores, porque ou odiará a um e amará o outro, ou dedicar-se-á a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e à riqueza. Portanto, eis que vos digo: não vos preocupeis por vossa vida, pelo que comereis, nem por vosso corpo, pelo que vestireis. A vida não é mais do que o alimento e o corpo não é mais que as vestes?”.
Em outras palavras, a sua cabeça e o seu coração não podem estar em Deus e no dinheiro; nem mesmo suas preocupações e seus projetos, porque se você os colocar em bens materiais, vai acabar adorando o “deus do dinheiro”. Talvez você pense: “Eu tenho que conquistar o dinheiro!”. O Senhor diz, em todo o Antigo Testamento, que se Ele não guardar a casa, em vão os guardas vigiarão. No Novo Testamento, fala-se muito da providência. Não sou eu, monsenhor Jonas Abib, falando, é o próprio Jesus: “O meu Deus suprirá todas as necessidades de vocês, de acordo com as suas gloriosas riquezas em Cristo Jesus” (Filipenses 4,19).

Maria também nos ensina a confiar na Divina Providência, pois ela é canal para que isso aconteça. Nós não podemos ter vergonha de rezar com Nossa Senhora. Precisamos conversar com ela, como conversamos com outras pessoas; ela é a Mãe; nós apenas não a vemos.
Maria é a onipotência suplicante, como diz São Bernado. Quer dizer que tudo o que ela pede o Filho atende. Conversando com ela, você conversa com o Senhor, como aconteceu nas bodas de Caná.
Seja qual a situação que você esteja vivendo, fale de coração aberto com Nossa Senhora e manifeste a ela suas necessidades. Neste tempo de violência, precisamos da presença de Deus, e Ele coloca a Mãe ao nosso lado.

É isso que Nossa Senhora poderia falar: “O meu Deus proverá esplendidamente em Cristo Jesus, em todas as nossas necessidades” (Filipenses 4,19). São Paulo, quando escreveu essa carta, ficou com o coração cheio de alegria. Por isso, confie, confie! Aprenda a confiar em Deus e na Sua Divina Providência! Seja como a criança nos braços da mãe.
Transcrição e adaptação: Jakeline Megda D’Onofrio.
Pregação ‘Deus proverá’, de monsenhor Jonas Abib, em 13 de dezembro de 2002.

Fonte: Canção Nova 

Resumo sobre a vida dos apóstolos

1) André - No dia seguinte àquele em que João Batista viu o E.S. descer sobre Jesus, ele o apontou para dois de seus discípulos, e disse: “Eis o Cordeiro de Deus” (Jo 1.36). Movidos de curiosidade, os dois deixaram João e começaram a seguir a Jesus. Jesus notou a presença deles e perguntou-lhes o que buscavam. Responderam: “Rabi, onde assistes?” Jesus levou-os à casa onde ele se hospedava e passaram a noite com ele. Um desses homens chamava-se André (Jo 1, 38-40). André foi logo à procura de seu irmão, Simão Pedro, a quem disse: “Achamos o Messias…” (Jo 1,41). Por seu testemunho, ele ganhou Pedro para o Senhor. André é tradução do grego Andreas, que significa “varonil”. Outras pistas do Evangelhos indicam que André era fisicamente forte, e homem devoto e fiel. Ele e Pedro eram donos de uma casa (Mc 1.29) Eram filhos de um homem chamado Jonas ou João, um próspero pescador. Ambos os jovens haviam seguido o pai no negócio da pesca. Eram Pescadores. André nasceu em Betsaida, nas praias do norte do mar da Galiléia. Embora o Evangelho de João descreva o primeiro encontro dele com Jesus, não o menciona como discípulo até muito mais tarde (Jo 6.8). O Evangelho de Mateus diz que quando Jesus caminha junto ao mar da Galiléia, ele saudou a André e a Pedro e os convidou para se tornarem discípulos (Mt 4.18,19). Isto não contradiz a narrativa de João; simplesmente acrescenta um aspecto novo. Uma leitura atenta de João 1.35-40 mostra-nos que Jesus não chamou André e a Pedro para seguí-lo quando se encontraram pela primeira vez. André e outro discípulo chamado Filipe apresentaram a Jesus um grupo de gregos (Jo 12.20-22). Por este motivo podemos dizer que eles foram os primeiros missionários estrangeiros da fé cristã. Diz a tradição que André viveu seus últimos dias na Cítia, ao norte do mar negro. Mas um livreto intitulado: Atos de André (provavelmente escrito por volta do ano 260 d.C) diz que ele pregou primariamente na Macedônia e foi martirizado em Patras. Diz ainda, que ele foi crucificado numa cruz em forma de “X”, símbolo religioso conhecido como Cruz de Sto. André.

2) Bartolomeu (Natanael) - Falta-nos informação sobre a identidade do Apóstolo chamado Bartolomeu. Ele só é mencionado na lista dos apóstolos. Além do mais, enquanto os Evangelhos sinóticos concordam em que seu nome era Bartolomeu, João o dá como Natanael (Jo 1.45). Crêem alguns estudiosos que Bartolomeu era o sobrenome de Natanael. A palavra aramaica bar significa “filho”, por isso o nome Bartolomeu significa literalmente, “filho de Talmai”. A Bíblia não identifica quem foi Talmai. Supondo que Bartolomeu e Natanael sejam a mesma pessoa, o Evangelho de João nos proporciona várias informações acerca de sua personalidade. Jesus chamou Natanael de “israelita em quem não há dolo” (Jo 1.47). Diz a tradição que ele serviu como missionário na Índia e que foi crucificado de cabeça para baixo.

3) Tiago - Filho de Alfeu Os Evangelhos fazem apenas referências passageiras a Tiago, filho de Alfeu (Mt 10.3; Lc 6.15). Muitos estudiosos crêem que Tiago era irmão de Mateus, visto a Bíblia dizer que o pai de Mateus também se chamava Alfeu (Mc 2.14).  Outros crêem que este Tiago se identificava como “Tiago, o Menor”, mas não temos  prova alguma de que esses dois nomes se referiam ao mesmo homem   (Mc 15.40). Se o filho de Alfeu era, deveras, o mesmo homem Tiago, o Menor, talvez ele tenha sido primo de Jesus (Mt 27.56; Jo 19.25). Alguns comentaristas da Bíblia teorizam que este discípulo trazia uma estreita semelhança física com Jesus, o que poderia explicar por que Judas Iscariotes teve de identificar Jesus na noite em que foi traído.  (Mc 14.43-45; Lc 22.47-48).  Diz as lendas que ele pregou na Pérsia e aí foi crucificado. Mas não há informações concretas sobre sua vida, ministério posterior e morte.

4) Tiago - Filho de Zebedeu  Depois que Jesus convocou a Simão Pedro e a seu irmão André, ele caminhou um pouco mais ao longo da praia da Galiléia e convidou a “Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão, que estavam no barco consertando as redes”  (Mc 1.19). Tiago e seu irmão responderam imediatamente ao chamado de Cristo. Ele foi o primeiro dos doze a sofrer a morte de mártir. O rei Herodes Agripa I ordenou que ele fosse executado ao fio da espada (At 12.2). A tradição diz que isto ocorreu no ano 44 dC, quando ele seria ainda bem moço. Os Evangelhos nunca mencionam Tiago sozinho; sempre falam de “Tiago e João”. Até no registro de sua morte, o livro de Atos refere-se a ele como “Tiago, irmão de João” (At 12.2) Eles começaram a seguir a Jesus no mesmo dia, e ambos estiveram presentes na Transfiguração (Mc 9.2-13). Jesus chamou a ambos de “filhos do trovão” (Mc 3.17). A perseguição que tirou a vida de Tiago infundiu novo fervor entre os cristãos (At 12.5-25). Herodes Agripa esperava sufocar o movimentos cristão executando líderes como Tiago. “Entretanto a Palavra do Senhor  crescia e se multiplicava” (At 12.24). As tradições afirmam que ele foi o primeiro missionário cristão na Espanha.

5) João Felizmente - temos considerável informação acerca do discípulo chamado João. Marcos diz-nos que ele era irmão de Tiago, filho de Zebedeu (Mc 1.19). Diz também que Tiago e João trabalhavam com “os empregados” de seu pai (Mc 1.20). Alguns eruditos especulam que a mãe de João era Salomé, que assistiu a crucificação de Jesus   (Mc 15.40). Se Salomé era irmã da mãe de Jesus, como sugere o Evangelho de João (Jo 19.25), João pode ter sido primo de Jesus. Jesus encontrou a João e a seu irmão Tiago consertando as redes junto ao mar da Galiléia. Ordenou-lhes que se fizessem ao largo e lançassem as redes. arrastaram um enorme quantidade de peixes – milagre que os convenceram do poder de Jesus. “E, arrastando eles os barcos sobre a praia, deixando tudo, o seguiram” (Lc 5.11) Simão Pedro foi com eles. João parece ter sido um jovem impulsivo. Logo depois que ele e Tiago entraram para o círculo íntimo dos discípulos de Jesus, o Mestre os apelidou de “filhos do trovão” (Mc 3.17). Os discípulos pareciam relegar João a um lugar secundário em seu grupo. Todos os Evangelhos mencionavam a João depois de seu irmão Tiago; na maioria das vezes, parece, Tiago era o porta-voz dos dois irmãos. Paulo menciona a João entre os apóstolos em Jerusalém, mas o faz colocando o seu nome no fim da lista (Gl 2.9). Muitas vezes João deixou transparecer suas emoções nas conversas com Jesus.

Certa ocasião ele ficou transtornado porque alguém mais estava servindo em nome de Jesus. “E nós lho proibimos”, disse ele a Jesus, “porque não seguia conosco” (Mc 9.38). Jesus replicou: “Não lho proibais… pois quem não é contra a nós, é por nós” (Mc 9.39,40). Noutra ocasião, ambiciosos, Tiago e João sugeriram que lhes fosse permitido assentar-se à esquerda e à direita de Jesus na sua glória. Esta idéia os indispôs com os outros discípulos (Mc 10.35-41). Mas a ousadia de João foi-lhe vantajosa na hora da morte e da ressurreição de Jesus. Jo 18.15 diz que João era ” conhecido  do sumo sacerdote”.  Isto o tornaria facilmente vulnerável à prisão quando os aguardas do sumo sacerdote prenderam a Jesus. Não obstante, João foi o único apóstolo que se atreveu a permanecer ao pé da cruz, e Jesus entregou-lhe sua mãe aos seus cuidados (Jo 19.26-27). Ao ouvirem os discípulos que o corpo de Jesus já não estava no túmulo, João correu na frente dos outros e chegou primeiro ao sepulcro. Contudo, ele deixou que Pedro entrasse antes dele na câmara de sepultamento (Jo 20.1-4,8).

Se João escreveu, deveras, o quarto Evangelhos, as cartas de João e o Apocalipse, ele escreveu mais texto do NT do que qualquer dos demais apóstolos. Não temos motivo para duvidar de que esses livros não são de sua autoria. Diz a tradição que ele cuidou da mãe  de Jesus enquanto pastoreou a congregação em Éfeso, e que ela morreu ali. Preso, foi levado a Roma e exilado na Ilha de Patmos. Acredita-se que ele viveu até avançada idade, e seu corpo foi devolvido a Éfeso para sepultamento

6) Judas - Não o Iscariotes João refere-se a um dos discípulos como “Judas, não o Iscariotes” (Jo 14.22). Não é fácil determinar a identidade desse homem.  O NT refere-se a diversos homens com o nome de Judas – Judas Iscariotes; Judas, irmão de Jesus (Mt 13.55; Mc 6.3); Judas, o galileu (At 5.37) e Judas, não o Iscariotes. Evidentemente, João desejava evitar confusão quando se referia a esse homem, especialmente porque o outro discípulo chamado Judas não gozava de boa fama.

Mateus e Marcos referem-se a esse homem como Tadeu (Mt 10.3; Mc 3.18). Lucas o menciona como “Judas, filho de Tiago” (Lc 6.16; At 1.13). Não sabemos ao certo quem era o pai de Tadeu. O Historiador Eusébio diz que Jesus uma vez enviou esse discípulo ao rei Abgar da Mesopotâmia a fim de orar pela sua cura. Segundo essa história, Judas foi a Abgar depois da ascensão de Jesus, e permaneceu para pregar em várias cidades da Mesopotâmia.  Diz outra tradição que esse discípulo foi assassinado por mágicos na cidade de Suanir, na Pérsia. O mataram a pauladas e pedradas.

7) Judas Iscariotes - Todos os Evangelhos colocam Judas Iscariotes no fim da lista dos discípulos de Jesus. Sem dúvida alguma isso reflete a má fama de Judas como traidor de Jesus. A Palavra aramaica Iscariotes literalmente significa “homem de Queriote”. Queriote era uma cidade próxima a Hebrom (Js 15.25). Contudo, João diz-nos que Judas era filho de Simão (Jo 6.71). Se Judas era, de fato, natural desta cidade, dentre os discípulos, ele era o único procedente da Judéia. Os habitantes da Judéia desprezavam o povo da Galiléia como rudes colonizadores de fronteira. Essa atitude pode ter alienado Judas Iscariotes dos demais discípulos.

Os Evangelhos não nos dizem exatamente quando Jesus chamou Judas pra juntar-se ao grupo de seus seguidores. Talvez tenha sido nos primeiros dias, quando Jesus chamou tantos outros (Mt 4.18-22). Judas funcionava como tesoureiro dos discípulos, e pelo menos em uma ocasião ele manifestou uma atitude sovina para com o trabalho. Foi quando uma mulher por nome Maria derramou ungüento precioso sobre os pés de Jesus. Judas reclamou: “Por que não se vendeu este perfume por trezentos denários, e não se deu aos pobres?” (Jo 12.5). No versículo seguinte João comenta que Judas disse isto “não porque tivesse cuidado dos pobres; mas porque era
ladrão.” Enquanto os discípulos participavam de sua última refeição com Jesus, o Senhor revelou saber que estava prestes a ser traído e indicou Judas como o criminoso. Disse ele a Judas: “O que pretendes fazer,  faze-o depressa” (Jo 13.27). Todavia, os demais discípulos não suspeitavam do que Judas estava prestes a fazer. João relata que “como Judas era quem trazia a bolsa, pensaram alguns que Jesus lhe dissera: Compra o que precisamos para a festa da Páscoa…” (Jo13.28-29). Judas traiu o Senhor Jesus, influenciado ou inspirado pelo maligno ( Lc 22.3; Jo 13.27). Tocado pelo remorso, Judas procurou devolver o dinheiro aos captores de Jesus e enforcou-se. (Mt 27.5)

8) Mateus - Nos tempos de Jesus, o governo romano coletava diversos impostos do povo palestino. Pedágios pra transportar mercadorias por terra ou por mar eram recolhidos por coletores particulares, os quais pagavam uma taxa ao governo romano pelo direito de avaliar esses tributos. Os cobradores de impostos auferiam lucros cobrando um imposto mais alto do que a lei permitia. Os
coletores licenciados muitas vezes contratavam oficiais de menor categoria, chamados de publicanos, para efetuar o verdadeiro trabalho de coletar. Os publicanos recebiam seus próprios salários cobrando uma fração a mais do que seu empregador exigia. O discípulo Mateus era um desses publicanos; ele coletava pedágio na estrada entre Damasco e Aco; sua tenda estava localizada fora da cidade de Cafarnaum, o que lhe dava a oportunidade de, também, cobrar impostos dos pescadores.

Normalmente um publicano cobrava 5% do preço da compra de artigos normais de comércio, e até 12,5% sobre artigos de luxo. Mateus cobrava impostos também dos pescadores que trabalhavam no mar da Galiléia e dos barqueiros que traziam suas mercadorias das cidades situadas no outro lado do lago. O judeus consideravam impuro o dinheiro dos cobradores de impostos, por isso nunca pediam troco. Se um judeu não tinha a quantia exata que o coletor exigia, ele emprestava-o a um amigo. Os judeus desprezavam os publicanos como agentes do odiado império romano e do rei títere judeu. Não era permitido aos publicanos prestar depoimento no tribunal, e não podiam pagar o dízimo de seu dinheiro ao templo. Um bom judeu não se associaria com publicanos (Mt 9.10-13).

Mas os judeus dividiam os cobradores de impostos em duas classes. a primeira era a dos gabbai,  que lançavam impostos gerais sobre a agricultura e arrecadavam do povo impostos de recenseamento. O  Segundo grupo compunha-se dos mokhsa era judeus, daí serem eles desprezados como traidores do seu próprio povo. Mateus pertencia a esta classe.

O Evangelho de Mateus diz-nos que Jesus se aproximou deste improvável discípulo quando ele esta sentado em sua coletoria. Jesus simplesmente ordenou a Mateus: “Segue-me!” Ele deixou o trabalho pra seguir o Mestre (Mt 9.9). Evidentemente, Mateus era um homem rico, porque ele deu um banquete em sua própria casa. “E numerosos publicanos e outros estavam com eles à mesa” (Lc 5.29). O simples fato de Mateus possuir casa própria indica que era mias rido do que o publicano típico. Por causa da natureza de seu trabalho, temos certeza que Mateus sabia ler e escrever. Os documentos de papiro, relacionados com impostos, datados de cerca de 100 dC, indicam que os publicanos eram muito eficientes em matéria de cálculos. Mateus pode ter tido algum grau de parentesco com o discípulo Tiago, visto que se diz de cada um deles ser “filho de Alfeu” (Mt 10.3; Mc 2.14). Às vezes Lucas usa o nome Levi para referir-se a Mateus (Lc 5.27-29). Daí alguns estudiosos crerem que o nome de Mateus era Levi antes de se decidir-se a seguir a Jesus, e que Jesus lhe deu um novo nome, que significa “dádiva de Deus”. Outros sugerem que Mateus era membro da tribo sacerdotal de Levi. De todos os evangelhos, o de Mateus tem sido, provavelmente, o de maior influência. A literatura cristã do segundo século faz mais citações do Evangelho de Mateus do qu de qualquer outro. Os pais da igreja colocaram o Evangelho de Mateus no começo do cânon do NT provavelmente por causa do significado que lhes atribuíam. O relato de Mateus desta a Jesus como o cumprimento das profecias do AT. Acentua que Jesus era o Messias prometido. Não sabemos o que aconteceu com Mateus depois do dia de Pentecostes. Uma informação fornecida por John Foxe, declara que ele passou seus últimos anos pregando na Pártia e na Etiópia e que foi martirizado na cidade Nadabá em 60 dC.  Não podemos julgar se esta informação é digna de confiança.

9) Filipe - O Evangelho de João é o único a dar-nos qualquer informação pormenorizada acerca do discípulos chamado Filipe. Jesus encontrou-se com ele pela primeira vez em Betânia, do outro lado do Jordão (Jo 1.28). É interessante notar que Jesus chamou a Filipe individualmente enquanto chamou a maioria dos outros em pares. Filipe apresentou Natanael a Jesus (Jo 1.45-51), e Jesus também chamou a Natanael (ou Bartolomeu) para seguí-lo. Ao se reunirem 5 mil pessoas para ouvir a Jesus, Filipe perguntou ao Seu Senhor como alimentariam a multidão. “Não lhes bastariam duzentos denários de pão, para  receber cada um o seu pedaço”, disse ele (Jo 6.7). Noutra ocasião, um grupo de gregos dirigiu-se a Filipe e pediu-lhe que o apresentasse a Jesus. Filipe solicitou a ajuda de André e juntos levaram os homens para conhecê-lo (Jo 12.20-22). Enquanto os discípulos tomavam a última refeição com Jesus, Filipe disse: “Senhor, mostra-nos o Pai, e isso nos basta” (Jo 14.8). Jesus respondeu que nele eles já tinham visto o Pai. Esses três breves lampejos são tudo o que vemos acerca de Filipe. A igreja tem preservado muitas tradições a respeito de seu último ministério e morte. Segundo algumas delas, ele pregou na França; outras dizem que ele pregou no sul da Rússia, na Ásia Menor, ou até na Índia. Nada de concreto portanto.

10) Simão Pedro - Era um homem de contrastes. Em Cesaréia de Filipe, Jesus perguntou: “Mas vós, quem dizeis que eu sou?” Ele respondeu de imediato: “Tu és o Cristo, o filho do Deus vivo” (Mt 16.15-16). Alguns versículos adiante, lemos: “E Pedro chamando-o à parte, começou a reprová-lo…” Era característico de Pedro passar de um extremo ao outro. Ao tentar Jesus lavar-lhe os pés no cenáculo, o imoderado discípulo exclamou: “Nunca me lavarás os pés.” Jesus, porém, insistiu e Pedro disse: “Senhor, não somente os meus pés, mas também as mãos e a cabeça” (Jo 13.8,9). Na última noite que passaram juntos, ele disse a Jesus: “Ainda que todos se escandalizem, eu jamais!” (Mc 14.29). Entretanto, dentro de poucas horas, ele não somente negou a Jesus mas praguejou (Mc 14.71). Este temperamento volátil, imprevisível, muitas vezes deixou Pedro em dificuldades. Mas, o ES o moldaria num líder, dinâmico, da igreja primitiva, um “homem-rocha” (Pedro significa “rocha”) em todo o sentido.

Os escritores do NT usaram quatro nomes diferentes com referência a Pedro. Um é o nome hebraico Simeon (At 15.14), que pode significar “ouvir”. O Segundo era Simão, a forma grega de Simeon. O terceiro nome era Cefas palavra aramaica que significa “rocha”. O quarto nome era Pedro, paralavra grega que significa “Pedra” ou “rocha”; os escritores do NT se referem ao discípulo com estes nomes mais vezes do que os outros três. Quando Jesus encontrou este homem pela primeira vez, ele disse: “Tu és Simão, o filho de João; tu serás chamado Cefas” (Jo 1.42). Pedro e seu irmão André eram pescadores no mar da Galiléia (Mt 4.18; Mc 1.16). Ele falava com sotaque galileu, e seus maneirismos identificavam-no como um nativo inculto da fronteira da galiléia (Mc 14.70). Foi levado a Jesus pelo seu irmão André. (Jo 1.40-42)

Enquanto Jesus pendia na cruz, Pedro estava provavelmente entre o grupo da Galiléia que “permaneceram a contemplar de longe estas coisas” (Lc 23.49). Em 1Pe 5.1, ele escreveu: “…eu, presbítero como eles, e testemunha dos sofrimentos de Cristo…” Pedro encabeça a lista dos apóstolo em cada um dos relatos dos Evangelhos, o que sugere que os escritores do NT o consideravam o mais importante dos doze. Ele não escreveu tanto como João ou Mateus, mas emergiu como o  líder mais influente da igreja primitiva. Embora 120 seguidores de Jesus tenha recebido o ES no dia do Pentecoste, a Bíblia registra as palavras de Pedro (At 2.14-40). Ele sugeriu que os apóstolos procurassem um substituto para Judas Iscariotes (At 1.22). Ele e João foram os primeiros a realizar um milagre depois do
Pentecoste, curando um paralítico na Porta Formosa (At 3.1-11). O livro de Atos acentua as viagens de Paulo, mas Pedro também viajou extensamente. Ele visitou Antioquia (Gl 2.11), Corinto (2Co 1.12) e talvez Roma.

Pedro sentiu-se livre para servir aos gentios (At 10), mas ele é mais bem conhecido como o apóstolo dos judeus (Gl 2.8). À medida que Paulo assumir um papel mais ativo na obra da igreja  e à medida que os judeus se tornavam mais hostis ao Cristianismo, Pedro foi relegado a segundo plano na narrativa do NT.

A tradição diz que a Basílica de São Pedro em Roma está edificada sobre o local onde ele foi sepultado. Escavações modernas sob a antiga igreja exibem um cemitério romano muito antigo e alguns túmulos usados apressadamente para sepultamentos cristãos. Uma leitura cuidadosa dos Evangelhos e do primitivo segmento de Atos tenderia a apoiar a tradição de que Pedro foi figura preeminente da igreja primitiva.

11) Simão Zelote -  Mateus refere-se a um discípulo chamado “Simão, o  Cananeu”, enquanto Lucas e o livro de Atos referem-se a “Simão, o Zelote”. Esses nomes referem-se à mesma pessoa. Zelote é uma palavra grega que significa “zeloso”; “cananeu” é transliteração da palavra aramaica kanna’ah,  que também significa “zeloso”; parece, pois, que este discípulo pertencia à seita judaica conhecida como zelotes. A Bíblia não indica quando Simão, foi convidado para unir-se aos apóstolos. Diz a tradição que Jesus o chamou ao mesmo tempo em que chamou André e Pedro, Tiago e João, Judas Iscariotes e Tadeu (Mt 4.18-22). Temos diversos relatos conflitantes acerca do ministério posterior deste homem e não é possível chegar a uma conclusão.

12) Tomé - O Evangelho  de João dá-nos um quadro mais completo do discípulo chamado Tomé do que o que recebemos dos Sinóticos ou do livro de Atos. João diz-nos que ele também era chamado Dídimo    (Jo 20.24). A palavra grega para “gêmeos” assim como a palavra hebraica t’hom significa “gêmeo”. A Vulgata Latina empregava Dídimo como nome próprio. Não sabemos quem pode ter sido Tomé, nem sabemos coisa alguma a respeito do passado de sua família ou de como ele foi convidado para unir-se ao Senhor. Sabemos, contudo, que ele juntou-se a seis outros discípulos que voltaram aos barcos de pesca depois que Jesus foi crucificado (Jo 21.2-3). Isso sugere que ele pode ter aprendido a profissão de pescador quando jovem. Diz a tradição que Tomé finalmente tornou-se missionário na Índia. Afirma-se que ele foi martirizado ali e sepultado em Mylapore, hoje subúrbio de Madrasta. Seu nome é lembrado pelo próprio título da igreja Martoma ou “Mestre Tome”.

13) Matias - Substituto de Judas Iscariotes Após a morte de Judas, Pedro propôs que os discípulos escolhessem alguém para substituir o traidor. O discurso de Pedro esboçava certas qualificações para o novo apóstolo ( At 1.15-22). O apóstolo tinha de conhecer a Jesus “começando no batismo de João, até ao dia em que dentre nós foi levado às alturas”. Tinha de ser também, “testemunha conosco de sua ressurreição” (At 1.22). Os apóstolos encontraram dois homens que satisfaziam as qualificações: José, cognominado Justo, e Matias (At 1.23). Lançaram sortes para decidir a questão e a sorte recaiu sobre Matias. O nome Matias é uma variante do hebraico Matatias, que significa “dom de Deus”. Infelizmente, a Bíblia nada diz a respeito do ministério de Matias.

Fonte: Cléofas

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