1 de abr. de 2017

2/4 – São Francisco de Paula

Quem já atravessou o estreito de Messina terá perguntado por quem um dos ferryboat traz o nome na proa: São Francisco de Paula.
Há cinco séculos um frade muito magro pelos jejuns e longa viagem pediu em vão para todos os barqueiros o favor de o transportarem do outro lado.
Como todos se recusassem ele estendeu o seu velho manto sobre a água e velejou para o outro lado até o porto de Messina. O prodígio valeu ao frade a fama de milagroso e no futuro o título de santo padroeiro dos marinheiros.
A vida toda deste grande santo está repleta de milagres. Viveu num ambiente de honrarias e ambições, mas não se corrompeu. Sua fama ultrapassou os Alpes e o próprio rei da França, Luís XI, exigiu que o papa lhe mandasse o santo calabrês para curá-lo de uma grave doença. O humilde frade, avisado por um mensageiro do papa, saiu com destino a Paris. O soberano não queria morrer, mas o santo conseguiu reconciliá-lo com Deus e fazê-lo aceitar a morte. Antes de morrer, Luís o nomeou diretor espiritual do seu filho e sucessor, Carlos VIII.
Francisco nasceu na Calábria em 1416. Foi o mais jovem fundador de Ordem religiosa. Aos 13 anos vestiu o hábito franciscano, mas depois de dois anos já havia desaparecido. Após alguns anos um caçador o descobriu. A fama da santidade e dos milagres atraiu numerosos jovens desejosos de seguir seu exemplo. Fundou o mosteiro de Cosenza de são Francisco de Assis, os Mínimos. Aos três votos de pobreza, castidade e obediência acrescentou um quarto, o do jejum quaresmal, da quarta-feira de cinzas até sábado santo: pão, peixe, verdura e água. As duras penitências não lhe abreviaram a vida: 91 anos. Morreu na sexta-feira santa, 2 de abril de 1507. Foi canonizado em 1519, apenas a doze anos da morte.

Cléofas 

Domingo sem Missa, semana sem Graça!

O Domingo é o Dia do Senhor – “Dominus Dei” – é Dele. Deus nos dá seis dias para trabalhar, e quer que um seja consagrado a Ele e ao nosso descanso. Temos esse direito. Não é abençoado quem não respeita isso, pois desobedece a Deus. O segundo Mandamento manda “Guardar o domingo e dias Santos”. Esse “guardar” quer dizer, dedicar a Deus. Nada de trabalhar e de fazer negócios neste dia, quando se pode deixar para outro dia.
Se fizermos isso teremos a Graça e a bênção de Deus para toda a semana que se inicia. O Salmista diz:
“É inútil levantar-vos antes da aurora, e atrasar até alta noite vosso descanso, para comer o pão de um duro trabalho, pois Deus o dá aos seus amados até durante o sono” (126,2). Até durante o sono!
“Felizes os que temem o Senhor, os que andam em seus caminhos. Poderás viver, então, do trabalho de tuas mãos, serás feliz e terás bem-estar… Assim será abençoado aquele que teme o Senhor” (Sl 127, 1-4).
É perda de tempo usar o Domingo para ganhar dinheiro, quando não há necessidade premente. “Sem Mim nada podeis fazer!” (João 15,5).
“Porque em seis dias o Senhor fez o céu e a terra, o mar e tudo o que eles contêm, mas repousou no sétimo dia. Por isso o Senhor abençoou o dia de sábado e o santificou” (Ex 20,11). O sábado, que representava o término da primeira criação, é substituído pelo domingo, que lembra a criação nova, inaugurada com a Ressurreição de Cristo.
Jesus ressuscitou dentre os mortos “no primeiro dia da semana” (Mc 16,2). Enquanto “primeiro dia”, o dia da Ressurreição de Cristo lembra a primeira criação. Enquanto “oitavo dia”, que segue ao sábado, significa a nova criação inaugurada com a Ressurreição de Cristo. Os Apóstolos celebravam a Missa no domingo, “no primeiro dia da semana” (At 20,7 e 1Cor 16,2).
O mártir São Justino (†155) deixa um belo testemunho já no início do cristianismo: “Reunimo-nos todos no dia do sol, porque é o primeiro dia (após sábado dos judeus, mas também o primeiro dia) em que Deus extraindo a matéria das trevas, criou o mundo e, nesse mesmo dia Jesus Cristo, nosso Salvador, ressuscitou dentre os mortos”. (Apologia, 1,67).

O que a Igreja – porta voz de Deus na terra (Lc 10,16) – nos pede?
“No domingo e nos outros dias de festa de preceito, os fiéis se absterão das atividades e negócios que impeçam o culto a ser prestado a Deus, a alegria própria do dia do Senhor e o devido descanso da mente e do corpo”(CIC, §2193). Há muitos casos em que a pessoa precisa trabalhar no domingo, como nos restaurantes, hospitais, quartéis, farmácias, etc. Então, se não puder ir à santa Missa no domingo que vá no sábado à tarde. O cristão deve também evitar impor sem necessidade aos outros aquilo que os impediria de guardar o dia do Senhor.
A Igreja diz que “Aos domingos e nos outros dias de festa de preceito, os fiéis têm a obrigação de participar da missa”. “Satisfaz ao preceito de participar da missa quem assiste à missa celebrada segundo o rito católico no próprio dia de festa ou à tarde do dia anterior”. (CIC, § 2180). É claro que por motivos muito sérios (por exemplo, uma doença, cuidado com bebês, etc.), a pessoa pode assistir a santa Missa em outro dia da semana e nesse dia descansar.
Diz o Catecismo que “Aqueles que deliberadamente faltam a esta obrigação cometem pecado grave” (CIC, § 2181). Quem deixa de ir a Missa por preguiça ofende a Deus. Deixa de oferecer o santo Sacrifício do Calvário a Deus Pai, em agradecimento por todos os seus dons. É preciso entender que na Missa se dá a presentificação, atualização, do Sacrifício de Cristo no Calvário, “torna-se presente a nossa Redenção”.
O dia do Domingo é também para que todos desfrutem do repouso e do lazer suficiente que lhes permita cultivar sua vida familiar, cultural, social e religiosa. É um dia para estar com a família, com os amigos, socorrer os doentes, fazer caridade, meditar nas coisas de Deus e cuidar da vida espiritual.
Portanto, você que é católico, capriche no seu domingo, faça dele um Presente para Deus. A recompensa será sem dúvida uma semana abençoada; é por isso que Jesus ressuscitou no primeiro dia da semana.
Prof. Felipe Aquino

Cléofas 

01 Abr Santo Hugo de Grenoble, homem zeloso pela comunhão da Igreja

Santo Hugo de GrenobleO santo de hoje nasceu em Castelo Novo, na França, no ano de 1053. Fez toda uma caminhada de formação, tornou-se sacerdote e depois foi levado ao Papa Gregório VII para ser ordenado bispo.
Ele disse o seu “sim”. Assumiu o bispado em Grenoble e se deparou com uma realidade do Clero, leigos e famílias, que precisavam de uma renovação no Espírito Santo.
Na oração, na penitência, no sacrifício, nas vigílias, junto com outros irmãos, ele foi sendo esse sinal de formação e muitas pessoas foram abraçando e retomando o Evangelho.
Passado algum tempo, Hugo retirou-se para um mosteiro beneditino, mas por obediência a um pedido do Papa, retornou à diocese.
Homem zeloso pela comunhão da Igreja, participou do Concílio em Viena e combateu toda mentalidade que buscava um “cisma” na Igreja, e com outros bispos semeou a paz, fruto da Verdade.
De tantos sacrifícios que fez, oferecendo pela Igreja e pela salvação das almas, ficou muitas vezes doente, mas não desistia. Diante de sua debilidade física, o Papa Inocêncio II o dispensou. Passado um tempo, com quase 80 anos, veio a falecer.
Santo Hugo de Grenoble, rogai por nós!

Canção Nova 

31 de mar. de 2017

Papa faz visita surpresa à instituição que acolhe cegos em Roma

31/03/2017



Cidade do Vaticano (RV) –  Na tarde desta sexta-feira (31), o Papa Francisco deu seguimento às sextas-feiras da Misericórdia, realizadas uma vez por mês durante o Jubileu, e visitou os hóspedes do Centro Regional Sant'Alessio - Margherita di Savoia de Roma.
A histórica instituição, fundada em 1868 por alguns cidadãos, mas de iniciativa de Pio IX, é também a primeira escola italiana para cegos, já que as crianças recebiam preparação musical e literária com método Braille. Hoje realiza as mais diversas atividades de inclusão social para cegos.
Durante a visita, que surpreendeu tanto colaboradores como hóspedes do local, Francisco encontrou e pôde conversar com pessoas com deficiência visual, cegos desde o nascimento ou com perda de visão causada por graves doenças. Entre eles, 50 crianças que frequentam a instituição para receber uma formação especial, que ajuda na realização de pequenas ações diárias, e 37 idosos e adultos, residentes fixos da casa de saúde.
O Papa também pode encontrar o presidente do Centro Regional, Amedeo Piva, e o diretor geral, Antonio Organtini, que perdeu a visão no decorrer da vida, além da equipe médica e voluntários que auxiliam no trabalho aos hóspedes. Ao final da visita, Francisco deixou um presente para a instituição e assinou um pergaminho para a capela do local, como uma lembrança do encontro.
Durante o Ano Jubilar, o Pontífice percorreu obras de misericórdia que atendiam pessoas em situação de exclusão física e social, como uma casa para idosos, um centro de refugiados e hospitais de atendimento infantil. Com a visita surpresa desta sexta-feira, Francisco imprimiu mais uma vez a sua marca concreta de atenção e carinho aos mais vulneráveis nas periferias existenciais. (AC)

Rádio Vaticano 

Meditações da Via Sacra no Coliseu serão escritas por uma teóloga

31/03/2017


Cidade do Vaticano (RV) – Pela primeira vez no pontificado do Papa Francisco os textos das meditações das Estações da Via Sacra da Sexta-feira Santa no Coliseu serão preparados por uma mulher.
Segundo a Sala de Imprensa da Santa Sé, o Pontífice encarregou para este fim a Professora Anne-Marie Pelletier, francesa, ilustre biblista e estudiosa de linguística e literatura comparada, vencedora do Prêmio Ratzinger 2014.
Anne-Marie é a quarta mulher a preparar as meditações para a Via Sacra dos Papas no Coliseu. A última havia sido elaborada por sua mãe, Maria Rita Piccione, reitora da Fundação das Monjas Agostinianas, para a Sexta-feira Santa de 2011 com Bento XVI.
Já em 1993, durante o Pontificado de Wojtyla, a elaboração das meditações coube à Abadessa da Abadia beneditina “Mater Eclesiae”, Madre Ana Maria Canopi,  e em 1995 pela Irmã Minke de Vries, monja da comunidade protestante de Grandchamp, Suiça.
Durante o Pontificado de Francisco,  as meditações para a Via Sacra no Coliseu haviam sido escritas, em 2013, por jovens libaneses, orientados pelo Cardeal Béchara Boutros Raï; em 2014 pelo Arcebispo de Campobasso-Boiano, Dom Giancarlo Maria Bregantini; em 2015 pelo Bispo emérito de Novara, Dom Renato Corti e em 2016 pelo Cardeal Gualtiero Bassetti, Arcebispo de Perugia-Città dela Pieve. (JE)

Rádio Vatiano 

Pregação de Quaresma reflete sobre a fé na vida eterna


 31/03/2017




Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco participou na manhã de sexta-feira (31/03) da 4ª pregação de Quaresma, proposta pelo Frei capuchinho Raniero Cantalamessa para os colaboradores da Cúria. Na Capela Redemptoris Mater, a meditação teve o tema “O Espírito Santo nos introduz no mistério da Ressurreição de Cristo”.
O pregador iniciou a reflexão com uma abordagem histórica da ressurreição. Pelo fato de ninguém ter visto o momento em que Jesus ressuscita, mas só tê-lo visto ressuscitado, os historiadores se baseiam em dois fatos: a súbita e inexplicável fé dos discípulos; e a explicação de tal fé que os interessados nos deixaram. Negando o caráter histórico e objetivo da ressurreição, o nascimento da fé e da Igreja se tornaria um mistério ainda mais inexplicável do que a própria ressurreição. Segundo Frei Cantalamessa, “não basta constatar historicamente os fatos, é necessário ‘ver’ o Ressuscitado, e isso a história não pode dar, mas só a fé”.  
Mas o que é a ressurreição, considerada do ponto de vista da fé?, questionou ainda o frade. A morte de Cristo não torna verdadeira a sua causa; somente testemunha que eles acreditavam na verdade dela. “Que Cristo tenha morrido todo mundo acredita, inclusive os pagãos, mas que tenha ressuscitado, só os cristãos acreditam e não é cristão quem não acredita”, prosseguiu.
A fé cristã na ressurreição dos mortos responde também ao desejo mais instintivo do coração humano.  
A verdade é que tudo o que diz respeito à nossa condição no pós-vida permanece um mistério impenetrável; a eternidade não é uma entidade que existe a parte e que pode ser definida em si mesma, como se fosse um tempo esticado infinitamente. É o modo de ser de Deus. A eternidade é Deus! Entrar na vida eterna significa simplesmente ser admitidos, por graça, a compartilhar o modo de ser de Deus.
O pregador oficial da Casa Pontifícia concluiu com uma citação de Santo Agostinho: “Quando se quer atravessar um braço de mar, a coisa mais importante não é sentar-se na costa e aguçar a visão para ver o que está do outro lado, mas é subir no barco que leva àquela margem. E também para nós a coisa mais importante não é especular sobre como será a nossa vida eterna, mas fazer as coisas que sabemos que nos levam a ela”.  
Tradução de Thácio Siqueira.

Rádio Vaticano 

30 de mar. de 2017

31/3 – Santo Amós

Entre os grandes profetas de Deus, Amós foi o primeiro a deixar suas mensagens por escrito, encabeçando uma lista onde se sucedem: Oséias, Isaías, Jeremias e outros. Com o desenvolvimento e a popularização da escrita se desenrolando em toda a cultura mundial, no século VIII a.C., as profecias passaram a ser registradas e distribuídas com maior rapidez e eficiência do que com o método oral, expandindo a comunicação da palavra do Criador. Profetas são pessoas com os pés no chão, profundamente conhecedoras da vida de seu povo e de sua realidade. Conhecem e vivem a realidade, mas são extremamente sensíveis a Deus. Por isso são escolhidos e se tornam anunciadores da vontade de Deus para aquele momento histórico. E por isso denunciam tudo aquilo que fere a vontade de Deus. Assim, aconteceu com as profecias de Amós que ficaram para a posteridade e pouco sobreviveu de sua história pessoal. Sabe-se ainda que antes de se entregar totalmente à sua religiosidade, Amós foi pastor de ovelhas em Tácua, nos limites do deserto de Judá, não há sequer razão para considerá-lo um proprietário de grandes proporções. Um pequeno sítio talvez, com condições razoáveis para garantir-lhe sustento, a si e sua gente, onde permaneceu muito tempo, pois nem pertencia à corporação oficial dos profetas. Teve um curto ministério religioso na região de Betel e Samaria, mas foi expulso de Israel e voltou à atividade anterior.
Pregou depois durante o reinado de Jeroboão II, entre os anos 783 e 743 antes de Cristo. Julgam os historiadores que Amós era ainda muito jovem quando recebeu um chamado irresistível de Deus para proclamar suas mensagens. Os Escritos registram também que seu trabalho espiritual abriu uma esperança para o povo, que sentia o peso do Senhor sobre certos habitantes. Seu ministério profético aconteceu quando o povo de Israel vivia a divisão entre norte e sul. Amós embora originário do sul profetizou no norte, que viveu anos de instabilidade econômica, alternados com anos de prosperidade. Esta que foi construída por alguns para si mesmos, enquanto que outros foram oprimidos. Por um lado havia luxo e fartura; por outro, empobrecimento e miséria. E Amós deixa claro que junto à tudo isso, vem a decomposição social, a corrupção religiosa e a falsidade no culto. O culto em sua falsidade encobria na verdade o grande pecado: a injustiça social.

Cléofas 

Francisco: os ídolos nos escravizam, só Deus nos ama

30/03/2017


Cidade do Vaticano (RV) – É preciso estar atento para não se afastar do Senhor em busca de falsos ídolos e da mundanidade: esta foi a advertência feita pelo Papa na homilia da missa celebrada na quinta-feira (30/03) na capela da Casa Santa Marta.


O Pontífice se inspirou no Livro do Êxodo para refletir sobre o “sonho e as desilusões de Deus”. O povo, disse ele, é o “sonho de Deus. Sonhava porque amava”. Aquele povo, porém, trai os sonhos do Pai e Deus “começa a se sentir desiludido” e pede a Moisés para que desça da montanha onde subiu para receber a Lei. O povo “não teve a paciência de esperar Deus” por 40 dias. Eles fizeram um bezerro de ouro. Um deus “para se divertir” e se esqueceram do “Deus que os salvou”.
O profeta Baruc, acrescentou Francisco, “tem uma frase que define bem este povo: ‘Vocês se esqueceram de quem os criou’”:
“Esquecer Deus que nos criou, que nos fez crescer, que nos acompanhou na vida: esta é a desilusão de Deus. E muitas vezes no Evangelho, nas Parábolas, Jesus fala daquele homem que faz um vinha e depois faliu, porque os operários a queriam para si. No coração do homem, há sempre esta inquietação! Não está satisfeito com Deus, com o amor fiel. O coração do homem está sempre orientado para a infidelidade. Esta é a tentação.”

Deus, portanto, “por meio de um profeta, repreende este povo” que “não tem constância, não sabe esperar, se perverteu”, se afasta do verdadeiro Deus e busca outro deus:
“E há a desilusão de Deus: a infidelidade do povo… E também nós somos povo de Deus e conhecemos bem como é o nosso coração e todos os dias devemos retomar o caminho para não escorregar lentamente em direção aos ídolos, às fantasias, à mundanidade, à infidelidade. Creio que hoje nos fará bem pensar no Senhor desiludido: ‘Diga-me, Senhor, está desiludido comigo?’. Com certeza sim, por algum motivo. Mas pensar e fazer esta pergunta”.
Francisco recordou que Deus tem “um coração terno, um coração de pai”. E lembrou quando Jesus chorou sobre Jerusalém. Por isso, devemos nos perguntar se “Deus chora por mim?”, se “está desiludido comigo?”, se “me afastei do Senhor?”.
“Quantos ídolos tenho dos quais não sou capaz de me desfazer, que me escravizam? Esta idolatria que temos dentro de nós… E Deus chora por mim. Pensemos hoje nesta desilusão de Deus que nos fez por amor e nós vamos em busca de amor, de bem-estar, de conforto em outro lugar e não em Seu amor. Nós nos afastamos deste Deus que nos criou. E esta é uma reflexão de Quaresma. Isso nos fará bem. E isso, fazê-lo todos os dias; um pequeno exame de consciência: ‘Senhor, que teve tantos sonhos para mim, eu sei que me afastei, mas me diga onde, como voltar...’. E a surpresa será que Ele sempre nos espera, como o pai do filho pródigo, que o viu chegar de longe porque o aguardava”.

Fonte: Rádio Vaticano 

Sete dicas para trilhar um caminho de cura interior

A história pessoal de cada um traz experiências dolorosas que necessitam de cura interior.


Para trilhar um itinerário de cura, é necessário tomar consciência de sua necessidade, entrar nos processos interiores, os quais, muitas vezes, são exigentes e até podem doer um pouco. Para sarar, em algumas situações, tem de abrir a ferida, mexer nela e identificar o tratamento certo. Acredite: tomar consciência da necessidade da cura interior já é iniciar a cura. E quando você a conhece, compromete-se com ela.

Após essa reflexão, vamos a algumas dicas de como trilhar uma caminho de cura interior. Claro que existem muitas outras orientações a esse respeito, mas eu lhe apresento algumas.

Dicas para trilhar o caminho de cura interior

1) Recorrer aos sacramentos como fonte de cura e libertação (sacramento do batismo, se acaso você não foi batizado; sacramento da reconciliação, de reconciliar-se com si mesmo, com Deus e com o próximo; sacramento da Eucaristia, alimento solido espiritual.
2) Autoconhecimento: Deus trabalha com o seu real para alcançar o ideal. Quando você se conhece, compromete-se e não permite que todos deem palpite sobre como você deve ser. Seja quem você é, sem trair sua consciência, pois é nela que Deus habita.
3) Buscar ajuda adequada: diretor espiritual, psicoterapia, pessoas com ministério de cura interior. Se ainda você não encontrou essa ajuda, reze e peça a Deus que possa lhe conceder Sua providência, pois Ele é o maior interessado em sua cura.
4) Saborear e admirar a vida: enxergar a beleza oculta em si mesmo, nas pessoas, nas coisas mais simples e complexas. Dizer, muitas vezes, “eu sou belo”, porque essa é uma frase tão natural como emocionante.
5) Possuir atitudes de louvor: ter o coração grato pelos pequenos e grandes milagres diários, louvar pelo dom da vida, louvar pelo sol, pela lua, pelo vento, louvar pelo passado, pelo presente e futuro.

6) Dar novo sentido ao sofrimento: não sofrer em vão, aprender com sabedoria o que o sofrimento pode lhe ensinar e assim fazer novas escolhas.
7) Amar como fonte de cura para si mesmo: sair da condição acomodada e egoísta. Uma espiritualidade saudável, com os pés na terra, contribui para que as pessoas sejam capazes de amar verdadeiramente, e em suas relações e encontros possam passar pela experiência de serem amadas.
É preciso compreender que o caminho de cura vai até contemplarmos a Deus na eternidade. E quanto mais curados, mais santos e prontos para seguirmos a Deus com generosidade.
Um coração curado é capaz de agradecer a Deus pelo o que se é e o que se tem. Não possui inveja nem comparação. Um coração curado reconhece que é capaz de compartilhar e aceitar o que não possui. Um coração curado é feliz e alargado para o amor.
Deus abençoe seu caminho de cura interior. Estamos juntos nessa!
Leticia Cavalli Gonçalves
Missionária Comunidade Canção Nova

Fonte: Canção Nova 

São Benjamim foi canal para que muitos cegos voltassem a ver

Nasceu no ano de 394 na Pérsia e, ao ser evangelizado, começou a participar da Igreja ao ponto de descobrir sua vocação ao diaconato.
Serviu a Palavra e aos irmãos na caridade, chamando a atenção de muitos para Cristo.
Chegou a ser preso por um ano, sofrendo, e se renunciasse ao nome de Jesus, seria solto. Porém, mesmo na dor, na solidão e na injustiça, ele uniu-se ainda mais ao Cristo crucificado.
Foi solto com a ordem de não falar mais de Jesus para ninguém, o que era impossível, pois sua vida e seu serviço evangelizavam.
Benjamim foi canal para que muitos cegos voltassem a ver, muitos leprosos fossem curados e assim muitos corações duvidosos se abriram a Deus.
Foi novamente preso, levado a público e torturado para que renunciasse à fé. Perguntou então ao rei, se gostaria que algum de seus súditos fosse desleal a ele. Obviamente que o rei disse que não. E assim o diácono disse que assim também ele, não poderia renunciar à sua fé, a seu Rei, Jesus Cristo.
E por não renunciar a Jesus, foi martirizado. Isso no ano de 422.
São Benjamim, rogai por nós!

Canção Nova 

29 de mar. de 2017

Papa: "Como Abraão, esperar contra toda esperança"

29/03/2017


Cidade do Vaticano (RV) – A catequese proferida pelo Papa na audiência geral desta quarta-feira (29/03) foi inspirada no episódio narrado por Paulo na Carta aos Romanos. Segundo Francisco, este trecho é um ‘grande dom’, porque mostra Abraão como ‘pai da esperança’ e preanuncia a Ressurreição: a vida nova que vence o mal e até a morte.


“Abraão não vacilou na fé, apesar de ver o seu físico desvigorado por sua idade e considerando o útero de Sara já incapaz de conceber”, diz o trecho lido em várias línguas aos 13 mil fiéis presentes na Praça São Pedro.
O Apóstolo nos ensina que somos chamados a viver esta experiência, a ‘esperar contra toda esperança’; a acreditar no Deus que salva, que chama à vida e nos tira do desespero e da morte. “Que aquele hino a Deus, que liberta e regenera, se torne profecia para nós”, disse o Papa, prosseguindo:
“Deus ‘ressuscitou dos mortos a Jesus’ para que nós também possamos passar Nele da morte à vida. Pode-se bem dizer que Abraão  se tornou ‘pai de muitos povos’, porque resplandece como o anúncio de uma nova humanidade, resgatada por Cristo do pecado e conduzida para sempre ao abraço do amor de Deus”. 

A esperança cristã vai além da esperança humana
Paulo nos ajuda a compreender a íntima relação entre fé e esperança. A esperança cristã não se baseia em raciocínios, previsões e garantias humanas; ela se manifesta quando não há mais nada em que esperar, exatamente como o fez Abraão ante sua morte iminente e a esterilidade de Sara, sua esposa. Era o fim para eles... não podiam ter filhos... mas Abraão acreditou, teve esperança”.
A grande esperança se fundamenta na fé e precisamente por isso é capaz de ir além de qualquer esperança. Não se baseia em nossa palavra, mas na Palavra de Deus, explicou Francisco à multidão. 
“E é neste sentido que somos chamados a seguir o exemplo de Abraão, que mesmo diante da evidencia de uma realidade que o levaria à morte, confia em Deus, plenamente convencido de que Ele tem poder para cumprir o que prometeu”. 
Improvisando, a pergunta aos fiéis
Dirigindo-se à Praça, o Papa perguntou aos fiéis: “Estamos convencidos realmente de que Deus nos quer bem? Que ele pode cumprir o que prometeu? Qual seria o seu preço? Abrir o coração! A força de Deus ensinará o que é a esperança. Este é o único preço: abrir o coração á fé... e Ele fará o resto!”.
“Eis, portanto, o paradoxo e ao mesmo tempo, o elemento mais forte, mais elevado, da nossa esperança! Ela é fundada em uma promessa que do ponto de vista humano parece ser incerta e imprevisível, mas que se manifesta até mesmo diante da morte, quando quem a promete é o Deus da Ressurreição e da vida”.
Firmes na esperança
“Queridos irmãos e irmãs, peçamos ao Senhor a graça de permanecer firmes não apenas em nossas seguranças, em nossas capacidades, mas na esperança que brota da promessa de Deus. Assim, a nossa vida terá uma nova luz, na certeza de que Aquele que ressuscitou o seu Filho ressuscitará a nós também, tornando-nos uma só coisa com Ele, junto de todos os nossos irmãos na fé”. 
O Papa encerrou o encontro concedendo a bênção aos fiéis 
Rádio Vaticano 

29/3 – São Constantino

O santo de hoje, nos chama a atenção pela sua radicalidade na vivência do Evangelho, já que, de rei, nada comprometido com Jesus, passou a ser um santo sacerdote da Igreja de Cristo. São Constantino era rei de Cornualha, região da Inglaterra, casado com a filha do rei da Bretanha, até que abandonou os compromissos com a esposa e foi se aventurar nos conflitos armados. Semelhante a São Paulo, Constantino “caiu do cavalo” e converteu-se ao Cristianismo. Recebeu o Batismo e foi viver num mosteiro irlandês, com o firme propósito de santidade, ou seja, optou pela mais linda e profunda aventura humana e divina.
Empenhado na vida monástica, despertou-lhe o dom para o sacerdócio missionário, tanto que, juntamente a São Columba, saiu a evangelizar com grande ardor pela Inglaterra, onde chegaram a construir vários conventos para formar outros monges na missão. Constantino gastou toda sua vida para testemunhar o reino de Deus, até que foi atacado no ano de 598 por fanáticos pagãos que tiraram-lhe a vida, mas não a Vida Eterna.
São Constantino, rogai por nós!

Cléofas 

28 de mar. de 2017

Papa na missa da manhã: "Viver a vida assim como ela é; a preguiça paralisa"

28/03/2017


Cidade do Vaticano (RV) – O Evangelho do dia, que narra o episódio do paralítico curado por Jesus, foi o centro da homilia do Papa na missa celebrada na manhã desta terça-feira (28/03), na Casa Santa Marta.
Um homem que estava doente havia trinta e oito anos estava deitado na beira de uma piscina com cinco pórticos, chamada Betesda em hebraico. Muitos doentes ficavam ali deitados - cegos, coxos e paralíticos -, esperando que a água se movesse. Diziam que quando um anjo descia e movimentava a água da piscina, os primeiros doentes que entrassem, depois do borbulhar da água, ficavam curados de qualquer doença que tivessem.


Jesus viu o homem deitado e sabendo que estava doente há tanto tempo, disse-lhe: 'Quer ficar curado?'
“É belo, Jesus sempre nos diz ‘Quer ficar curado? Quer ser feliz? Quer melhorar a sua vida? Quer estar cheio do Espírito Santo?’... a palavra de Jesus... Todos os outros que estavam ali – doentes, cegos, paralíticos – disseram: ‘Sim, Senhor, sim!’. Mas aquele homem, estranho, respondeu a Jesus: ‘Senhor, não tenho ninguém que me leve à piscina quando a água é agitada. Quando estou chegando, outro entra na minha frente’. Sua resposta é uma lamentação: ‘Veja, Senhor, como é ruim e injusta a vida comigo. Todos os outros podem entrar e se curar e eu tento há 38 anos, mas...’
“Este homem – observa o Papa – era como a árvore plantada nos braços de um rio - como diz o primeiro Salmo - ‘mas tinha as raízes secas’ e ‘as raízes não tocavam a água, não podiam extrair saúde das águas’”:
“Isto se entende pelo comportamento, pelas lamentações... sempre tentando dar a culpa ao outro: ‘Mas são os outros que vão antes de mim, eu sou um coitadinho que está aqui há 38 anos...”. Este é um pecado feio, o pecado da preguiça, que é pior do que ter o coração morno, bem pior. É viver, mas ‘viver sem vontade de ir avante, de fazer alguma coisa na vida; é perder a memória da alegria’. “Este homem não conhecia nem de nome a alegria, a havia perdido. Isto é pecado, é uma doença muito ruim”. ‘Mas eu estou bem assim, me acostumei... A vida foi injusta comigo...’. “Sente-se o ressentimento, a amargura do seu coração”.
Jesus não o repreende, mas lhe diz: ‘Levanta-te, pega a tua cama e anda’. O paralítico se cura; mas era sábado, os Doutores da Lei lhe dizem que não lhe é permitido carregar a cama e lhe perguntam quem o havia curado naquele dia. ‘É contra a lei, este homem não é de Deus’. O Paralítico não tinha ainda agradecido Jesus, não lhe havia nem perguntado seu nome. “Levantou-se com a preguiça de quem vive porque o oxigênio é grátis”, disse o Papa.
“Daqueles que vivem sempre vendo que os outros são mais felizes e vivem na tristeza, esquecendo-se da alegria. A preguiça – explicou Francisco – é um pecado que paralisa, que nos deixa paralíticos, que não deixa caminhar. Hoje também o Senhor olha por todos nós; todos temos pecados, mas vendo este pecado, nos diz: ‘Levanta’”:
“Hoje o Senhor diz a cada um de nós: ‘Levanta, pega a tua vida como ela é: boa, ruim, como for, pegue-a e vá adiante. Não tenha medo, vai adiante, com a tua cama’. ‘Mas Senhor, não é o último modelo...’. ‘Vai avante! Com a cama ruim, mas avante! É a sua vida e a sua alegria!’ “Quer ser curado? – é a primeira pergunta que o Senhor nos faz hoje. ‘Sim, Senhor’. ‘Levanta’. E na antífona, no início da missa, havia aquele trecho tão bonito: ‘Vós, que tendes sede, vinde às águas – são grátis, não a pagamento – vinde e bebei com alegria’. E se dissermos ao Senhor ‘Sim, quero ser curado; sim, Senhor, ajuda-me porque quero me levantar’, saberemos como é a alegria da salvação”. 

Rádio Vaticano 

28/3 – São Guntrano

A santidade não escolhe pessoa, nem posição social, mas entra no coração aberto que quer viver somente para Deus, servindo os irmãos. Por isso, neste dia, contemplamos a vida de São Guntrano que, tocado pela graça, converteu-se, tornando-se o santo deste dia. A vida de Guntrano começou agitada, tanto na moral como política, isto devido à experiência com três esposas, ora sem filho, ora vendo os herdeiros morrerem crianças e politicamente tendo que enfrentar semi-bárbaros na região. São Guntrano assumiu como herdeiro um sobrinho seu, e providencialmente assumiu também um vida nova ao converter-se a Jesus e Sua Igreja. Devoto da Igreja, rezava e usava da humildade e obediência aos conselhos dos bispos, para assim governar com retidão e santidade o seu povo. São Guntrano, com 68 anos partiu feliz para a Igreja Triunfante.
São Guntrano, rogai por nós!

Cléofas 

27 de mar. de 2017

Jejum digital: uma alternativa para essa Quaresma

Foto: Shutterstock.



Vamos dar um tempo para pensar em como esse jejum alternativo pode ser uma boa ideia para crescer na nossa amizade com o Senhor e uma boa preparação para a sua Páscoa.
Agora que chegamos na Quaresma somos convidados pela Igreja a colocar os nossos corações já no final desse caminho de conversão, que é a Páscoa. De fato, a Quaresma não tem sentido nenhum se perdemos de vista o que nos move em primeiro lugar a qualquer tipo de penitência. E se isso que nos move é qualquer coisa que não seja o desejo de conversão, não estamos falando de uma autêntica Quaresma. Por isso podemos nos fazer uma pergunta simples que nos ajudará a viver bem esse tempo. O que tem me afastado de Jesus?
As respostas podem ser de diversos tipos. Mas considerando que a Internet em geral está cada vez mais presente na nossa vida, é bem razoável pensar que algumas vezes ela está ocupando um lugar que acaba ofuscando a presença de Deus na vida de cada um. Não porque ela seja algo ruim em si mesmo, mas simplesmente porque como pecadores que somos, acabamos por utilizá-la mal. Por isso, vamos dar um tempo para pensar em como esse jejum alternativo pode ser uma boa ideia para crescer na nossa amizade com o Senhor e uma boa preparação para a sua Páscoa.
 
"A Quaresma é esse tempo que se assemelha a uma caminhada no deserto, um grande retiro no qual preparamos melhor os nossos corações para receber Aquele que já habita em nós..."
Primeiro é preciso reconhecer os momentos em que a Internet acaba atrapalhando. Soa um pouco clichê, mas penso que é verdade. E é difícil encontrar pessoas que reconhecem estar um pouco viciadas nesse site, ou naquele aplicativo. Já repararam que, embora saibamos que existe esse problema, sempre nos encontramos com as poucas pessoas que sabem se controlar e que dizem “eu não estou viciado nisso”. Mas isso não é um problema aqui, porque somos nós mesmos que queremos viver uma boa Quaresma e a nossa consciência fica alerta quando fazemos aquela primeira pergunta e buscamos respondê-la com sinceridade.
Onde perdemos mais tempo? Em quais atividades digitais (seja em alguma página web, seja um aplicativo que usamos) percebo que perco o controle algumas vezes? Para mim, João, tem sido o Youtube. Vou vendo vídeos de canais do meu interesse e quando vejo, perco a hora para fazer alguma outra tarefa que tinha planejado. Mesmo que sejam vídeos bons, percebo que tiram a atenção daquilo que eu realmente gostaria de estar fazendo. É como aquela situação típica de sala de aula, na qual os alunos estão conversando e diante da “bronca” do professor eles respondem: “Estamos conversando sobre a matéria”. Sempre achei que fosse uma boa desculpa, mas não tira o fato de que se está fazendo algo que não se deve fazer no momento. Só que aqui o professor é a tua consciência, a voz de Deus na nossa alma. E ele está chamando para uma amizade mais profunda com Ele. E nós continuamente inventamos desculpas para continuar “conversando sobre a matéria”.
Talvez essa confissão ajude a que outros possam também dar-se o tempo de pensar na própria vida e naquilo que esteja atrapalhando um pouco a relação com Deus. A Quaresma, como sabemos todos, é esse tempo que se assemelha a uma caminhada no deserto, um grande retiro no qual preparamos melhor os nossos corações para receber Aquele que já habita em nós, mas que quer renovar essa presença. Se o mundo digital está, de alguma forma, atrapalhando a obra de Deus em nós, não percamos a oportunidade de purificar a maneira como utilizamos essa ferramenta que tem muito potencial para, pelo contrário, unir-nos ainda mais a Ele. Boa Quaresma e, se for o caso, jejum digital!

Por: Ir João Antônio 
Fonte: Portal A12 

Bispos do Canadá ao Papa: diálogo ecumênico para melhor convivência entre os povos

27/03/2017 



Cidade do Vaticano (RV) – Na manhã desta segunda-feira (27), o Papa Francisco recebeu em visita ad Limina, no Vaticano, os bispos da Conferência Episcopal do Canadá Ocidental.

Muitos são os desafios sociais e as problemáticas pastorais para Igreja católica naquele país, nos últimos anos, um dos mais secularizados ao mundo e entre aqueles mais avançados na legitimidade de práticas controversas que interpelam questões éticas como a reprodução assistida, a clonagem humana, a eutanásia e o suicídio assistido.
O comprometimento dos bispos sobre tantas temáticas abertas é grande para levar a mensagem evangélica ao coração de cada pessoa. A Igreja canadense é assídua sobre argumentos como a paz no mundo, o desarmamento, o desenvolvimento sustentável e a proteção do ambiente, a justiça social, a defesa das populações indígenas, dos imigrantes e refugiados, de todos os excluídos da sociedade.
Entre os temas mais dolorosos levantados em questão durante o encontro com o Pontífice, aquele sobre os casos de abusos e maus tratos às crianças, ocorridos no passado e que a Igreja canadense reconheceu e pediu perdão.
Na audiência com o Papa, os bispos também abordaram o profícuo diálogo ecumênico e inter-religioso em defesa dos princípios da solidariedade e da convivência dos povos, visto o recente ataque à mesquita de Quebec e as medidas restritivas de migração do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
A população, de 35 milhões de habitantes, é um mosaico de povos de diversas origens, agrupados em duas áreas culturais e linguísticas, ligadas à sua colonização: o país é bilíngue e multicultural, com o inglês e o francês como línguas oficiais. Historicamente influenciada, 40% são batizados católicos, um outro terço é de protestantes; os muçulmanos são 2%, seguidos de hebreus, budistas e hindus com 1% cada um. O Canadá é o segundo maior país do mundo, superado apenas pela Rússia, e um dos mais desenvolvidos do planeta. (AC)
Rádio Vaticano 

Natividade de São João Batista: o maior dos profetas

A natividade de  São João Batista  é  uma solenidade muito importante no ano litúrgico, porque nesse dia lembramos o maior dos profetas, com...