24 de set. de 2016

O Dia da Bíblia

A Igreja no Brasil dedica o mês de setembro à Bíblia, o que é muito significativo e bom, pois a Palavra de Deus ilumina a vida de cada cristão e da Igreja. É uma grande oportunidade para se conhecer melhor as Sagradas Escrituras, que são como placas de trânsito a nos mostrar o caminho seguro a ser seguido, para não correr o risco de entrar em uma contra mão e acabar sofrendo um grande acidente, trazendo lesões irreversíveis e cicatrizes por toda vida. A Bíblia é sempre para nós a luz de nossa caminhada.
Deus em sua infinita misericórdia nos deixou a sua Palavra que é fonte de consolo, alegria, paciência, sabedoria e felicidade. Ele nos deixou uma Carta Magna. São Paulo diz que “toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para ensinar, para persuadir, para corrigir e formar na justiça” (2Tm 3,16). A carta aos hebreus diz que “a palavra de Deus é viva, eficaz, mais penetrante do que uma espada de dois gumes, e atinge até à divisão da alma e do corpo, das juntas e medulas, e discerne os pensamentos e intenções do coração” (Hb 4,12).
Para aquele que possui a fé sem a qual “é impossível agradar a Deus” (Hb 11,6), a Palavra de Deus é alimento sólido para a vida espiritual, indispensável para aquele que deseja, pela fé, fazer a vontade de Deus e ter luz na própria vida.
Não é sem razão que São Pedro disse: “Antes de tudo, sabei que nenhuma profecia da Escritura é de interpretação pessoal porque jamais uma profecia foi proferida por efeito de uma vontade humana. Homens inspirados pelo Espírito Santo falaram da parte de Deus” (2 Pd 1,20-21).
Toda a Bíblia é a Palavra de Deus aos homens, escrita por pessoas inspiradas pelo próprio Espírito Santo; é a Sua revelação, ensinando-nos tudo o que devemos saber e fazer nesta vida e na outra.
A Bíblia não é um livro de ciência, mas, sim, de fé. Utilizando os mais diversos gêneros literários, ela narra acontecimentos da vida de um povo guiado por Deus, desde quatro mil anos atrás, atravessando os mais variados contextos sociais, políticos, econômicos, etc. Por isso, a Palavra de Deus não pode sempre ser tomada ao “pé da letra”, literalmente, embora muitas vezes o deva ser. “Porque a letra mata, mas o Espírito vivifica” (2 Cor 3,6), disse São Paulo.

Portanto, para ler a Bíblia de maneira adequada, exige-se antes de tudo o pré-requisito da fé e da inspiração do Espírito Santo na mente e orientação da Igreja, sem o que a interpretação da Escritura pode ser comprometida. Foi a Igreja Católica quem compôs a Bíblia, discernindo os 72 livros inspirados, desde os primeiros séculos. Santo Agostinho disse que: “Eu não creria no Evangelho, se a isto não me levasse a autoridade da Igreja católica” (Cat. 119). A alma da Igreja é o Espírito Santo dado em Pentecostes; por isso a Igreja não erra na interpretação da Bíblia e isso é dogma de fé. Jesus mesmo lhe garantiu isto: “Quando vier o Paráclito, o Espírito da verdade, ensinar-vos-á toda a verdade” (Jo 16,13a).
Para que a Palavra de Deus seja eficaz em nossa vida, precisamos, pela fé, acreditar nela e colocá-la em prática objetivamente. Em outras palavras, precisamos obedecê-la, pois estaremos obedecendo ao próprio Senhor. Podemos dizer como o salmista, no Salmo 118:
“Vossos preceitos são minhas delícias.
Meus conselheiros são as vossas leis” (v. 24).
“O único consolo em minha aflição
É que vossa palavra me dá vida” (v. 50)
“Quão saborosas são para mim vossas palavras,
mais doces que o mel à minha boca” (v. 103).
“Vossa palavra é um facho que ilumina meus passos. E uma luz em meu caminho” (v. 105).
“Encontro minha alegria na vossa palavra,
Como a de quem encontra um imenso tesouro” (v.162).
O mês da Bíblia termina no dia 30 de setembro; dia de São Jerônimo, presbítero e doutor da Igreja (348-420), e no último domingo de setembro a Igreja no Brasil celebra o “Dia da Bíblia”. São Jerônimo era cidadão romano, muito culto, sabia o latim, o grego e o hebraico, um espírito enciclopédico. Era filósofo, retórico, gramático, dialético. A ele devemos a tradução em latim do Antigo e Novo Testamento, que se tornou, com o título de Vulgata, a Bíblia oficial do cristianismo.
Seu nome era Sofrônio Aurélio Jerônimo; nasceu na Dalmácia, em Strido, e educou-se em Roma; é o mais erudito dos Padres da Igreja latina. Viveu alguns anos na Palestina como eremita. Foi batizado aos 20 anos. Fez os estudos teológicos na famosa Academia de Tréveros. Desde jovem sentiu atração pela vida mundana (cf. Ep. 22,7), mas buscou a religião cristã e orientou-se para a vida ascética.
São Jerônimo é uma personalidade fortíssima: em Roma atacou os vícios e hipocrisias e deu início a novas formas de vida religiosa, atraindo para elas algumas influentes damas patrícias (de Roma), que o seguiram depois na vida eremítica de Belém. Os “rugidos deste leão do deserto” eram ouvidos tanto no Ocidente como no Oriente.
Toda vez que terminava um livro ia fazer uma visita às monjas que dirigia na vida ascética num mosteiro não distante do seu. Ele as escutava, respondendo às suas perguntas. No livro “Homens Ilustres”, onde apresenta um perfil biográfico dos homens ilustres, conclui com um capítulo dedicado a ele mesmo.
Em 382, transferiu-se para Roma; o Papa Dâmaso (366-384), conhecendo a sua fama de asceta e a sua competência de estudioso, assumiu-o como secretário e conselheiro (382 a 385); encorajou-o a fazer uma nova tradução latina dos textos bíblicos por motivos pastorais e culturais. Após a morte de Dâmaso, foi para a Palestina, e fez a revisão da versão latina da Bíblia (Vulgata), em Belém, por 35 anos; assim, deu à Igreja latina alicerces bíblicos sólidos que não foram abalados nesses dezesseis séculos depois dele. Sempre considerou os seus majestosos trabalhos como “armas que dão à fé”. Em 382, por convite do Papa Dâmaso, participou em Roma de um sínodo para debelar um cisma de Antioquia. O Papa Bento XV chamou-o de “doutor eminente na interpretação das Sagradas Escrituras”. Morreu aos 72 anos, em 420, em Belém.
Como se pode ver, não é sem razão que o Dia da Bíblia quer também lembrar este gigante da Igreja.
Neste dia da Bíblia, peçamos ao Espírito Santo que faça crescer em nós o dom de sabedoria, para que assim possamos amar ainda mais a Palavra de Deus.
Prof. Felipe Aquino
via: Cléofas 

Familiares de caboverdianos mortos em Nice na audiência com o Papa

24/09/2016


Familiares de caboverdianos mortos no atentado de Nice estiveram na audiência com o Papa
Joaquim Gomes Correia, caboverdiano da ilha de Santiago, e a sua esposa, natural da ilha de Guadalupe, nas Caraíbas, tomaram parte na manhã deste sábado na audiência que o Papa Francisco concedeu aos familiares das vítimas do atentado de Nice.
Joaquim e a esposa perderam os seus dois filhos – Ludivine Gomes de 25 anos e Ludovic Dylan – de 15 anos – no atentado do dia 14 de Julho em Nice.
Foi terrível, a vida tem sido dura, explica o Sr. Joaquim, satisfeito, porém, por poder vir a esse encontro com o Papa e sentir a sua ajuda, uma palavra de encorajamento para continuar a vida.
Católico, este pai de olhar, compreensivelmente, triste e vago, diz que perdoar, como sublinhou o Santo Padre no seu discurso, é difícil, porque na vida tudo tem um limite. Mas está em “observância” - remata.
A esposa do Sr. Joaquim fica em silêncio, e a irmã dela que veio com eles a esta audiência também não quis dar entrevista, mas disse que “para uma mãe não há palavras” numa situação como esta. O que ajuda é a fé”.
Recorde-se que, durante o espectáculo de fogo de artifício na “Promenade des Anglais”, no dia da festa nacional francesa do 14 de Julho, um enorme camião conduzido pelo franco-tunisino Mohamed Lahouaiej Bouhlel, invadiu, em zig-zag, a promenade, causando 84 mortos e centenas de feridos.
Na altura o Papa manifestara a sua dor e proximidade aos feridos e familiares das vítimas. E hoje recebeu, na Aula Paulo VI, um milhar de pessoas ligadas às vítimas desse trágico evento.
Presente também na audiência uma outra cabo-verdiana, Sandra Tavares e a filha de nove anos. Sandra diz que  saíram vivas, por milagre, daquele atentado. Ela conseguiu correr e salvar a filha, que sofreu, todavia, pela calca das pessoas que corriam, acabando perder sangue e por desmaiar. Hoje a pequena está ainda sob controles físicos e psicológicos.
Sandra sente que naquele dia foi valente, mas é algo que não se pode esquecer. Tanto ela como a filha continuam a ter pesadelos nocturnos ligados a esse terrível momento, mas tem de fazer o possível para a menina ultrapasse tudo sem consequências. Sandra Veio à audiência com a esperança de encontrar um alívio, e à saída a sua cara, a voz já eram outras. Sentiu-se realmente aliviada com as palavras do Papa e quanto ao perdão responde: “Quem sou eu para não perdoar”, se Jesus o fez. “Eu perdoo, perdoo".
Já para Laurindo Alzinherina, de origem portuguesa e Vice-Presidente da Câmara de Nice, este encontro com o Santo Padre era muito importante para ajudar a ultrapassar aquele momento terrível. Sublinha a grande emoção do encontro e o carinho do Papa que se deteve um momento com cada um dos familiares.
A comunidade portuguesa em Nice não foi directamente afectada, mas o sofrimento foi para todos – refere o dirigiente, acrescentando que há, todavia, que aprender a viver e a mensagem de esperança que o Papa lhes transmitiu é uma ajuda nisso.
Rádio Vaticano 

Tragédia de Nice. Papa: compaixão, proximidade e oração

24/09/2016

No final da manhã deste sábado dia 24 de setembro o Papa Francisco recebeu em audiência na Sala Paulo VI os familiares das vítimas do atentado ocorrido no passado dia 14 de julho em Nice na França.
No seu discurso o Santo Padre partilhou da dor de todos os presentes assegurando-lhes a sua compaixão, proximidade e oração:
“Uma noite de festa, a violência atingiu-vos cegamente, a vós a um dos vossos entes queridos, sem olhar à sua origem ou religião. Desejo partilhar a vossa dor, uma dor que faz ainda mais forte quando penso nas crianças, até mesmo inteiras famílias, cuja vida foi arrancada de repente e em modo tão dramático. A cada um de vós asseguro a minha compaixão, a minha proximidade e a minha oração.”
Francisco na sua breve alocução recordou também todas as vítimas do atentado que ficaram feridas, em certos casos com grande gravidade. O Santo Padre a este propósito referiu o facto de que em algumas das organizações que prestaram e prestam socorro e acompanhamento a todas estas vítimas, existem pessoas de todas as confissões religiosas.
O Papa afirmou que é uma urgente prioridade a existência de um diálogo sincero e relações fraternas entre todos aqueles que confessam um Deus único e misericordioso. “Uma autêntica conversão do coração é necessária” – afirmou o Papa Francisco.
(RS)
Radio Vaticano 

24/09 – Gerardo Sagredo

Gerardo Sagredo, filho de pais ilustres e piedosos, nasceu no ano 980, em Veneza, Itália. Sagrado sacerdote beneditino, foi como missionário para a Corte da Hungria, onde, depois de ser orientador espiritual e professor do rei Estêvão I, uniu-se ao monarca, também santo da Igreja, para converter seu povo ao cristianismo. Decisão que o santo monarca tomou ao retornar do Oriente, onde, em peregrinação, visitara os lugares santos da Palestina. O rei, então, pediu a Gerardo que o ajudasse na missão evangelizadora, porque percebera que Gerardo possuía os dotes e as virtudes necessárias para a missão, ao tê-lo como seu hóspede na Corte. Educado numa escola beneditina, Gerardo recebeu não só instrução científica como também a formação religiosa: entregou-se de corpo, alma e coração às ciências das leis de Deus e à salvação de almas. Aliás, só por isso aceitou a proposta do santo monarca. Retirando-se com alguns companheiros para um local de total solidão, buscou a inspiração entregando-se, exclusivamente, à pratica da oração, da penitência e dos exercícios espirituais. Mas assim que julgou terminado o retiro, e sentindo-se pronto, dedicou-se com total energia ao serviço apostólico junto ao povo húngaro. Falecendo o bispo de Chonad, o rei Estêvão I, imediatamente, recomendou Gerardo para seu lugar. Mesmo contra a vontade, Gerardo foi consagrado e assumiu o bispado, conseguindo acabar, de uma vez por todas, com a idolatria aos deuses pagãos, consolidando a fé nos ensinamentos de Cristo entre os fiéis e convertendo os demais. Uma das virtudes mais destacadas do bispo Gerardo era a caridade com os doentes, principalmente os pobres. Conta a antiga tradição húngara que ele convidava os doentes leprosos para fazerem as refeições em sua casa, acolhendo-os com carinhoso e dedicado tratamento. Até mesmo, quando necessário, eram alojados em sua própria cama, enquanto ele dormia no duro chão. Quando o rei Estêvão I morreu, começaram as perseguições de seus sucessores, que queriam restabelecer o regime pagão e seus cultos aos deuses. O bispo Gerardo, nessa ocasião, foi ferido por uma lança dos soldados do duque de Vatha, sempre lutando para levar a fiéis e infiéis a verdadeira palavra de Cristo. Gerardo morreu no dia 24 de setembro de 1046. As relíquias de São Gerardo Sagredo estão guardadas em Veneza, sua terra natal, na igreja de Nossa Senhora de Murano. E é festejado pela Igreja Católica, como o “Apóstolo da Hungria”, no dia de sua morte.


Cléofas 

23 de set. de 2016

É verdade que Padre Pio encontrava com seu anjo da Guarda?

O Padre Pio, que teve vários encontros com anjos durante sua vida terrena, escreveu esta incrível carta sobre como se relacionar com o anjo da guarda.
O Padre Pio, durante sua vida, teve encontros com anjos e chegou a conhecê-los bem. E também recebeu locuções interiores que teve de discernir de quem vinha
m e como deveria agir com relação a elas.
Em uma carta escrita em 15 de julho de 1913 a Anitta, ele oferece uma série de valiosos conselhos sobre como agir com relação ao anjo da guarda, às locuções e à oração.
Querida filha de Jesus:
Que o seu coração sempre seja o templo da Santíssima Trindade, que Jesus aumente em sua alma o ardor do seu amor e que Ele sempre lhe sorria como a todas as almas a quem Ele ama. Que Maria Santíssima lhe sorria durante todos os acontecimentos da sua vida, e abundantemente substitua a mãe terrena que lhe falta.
Que seu bom anjo da guarda vele sempre sobre você, que possa ser seu guia no áspero caminho da vida. Que sempre a mantenha na graça de Jesus e a sustente com suas mãos para que você não tropece em nenhuma pedra. Que a proteja sob suas asas de todas as armadilhas do mundo, do demônio e da carne.
Você tem uma grande devoção a esse anjo bom, Anita. Que consolador é saber que perto de nós há um espírito que, do berço ao túmulo, não nos abandona em nenhum instante, nem sequer quando nos atrevemos a pecar! E este espírito celestial nos guia e protege como um amigo, um irmão.
É muito consolador saber que esse anjo ora sem cessar por nós, oferece a Deus todas as nossas boas ações, nossos pensamentos, nossos desejos, se são puros.
Pelo amor de Deus, não se esqueça desse companheiro invisível, sempre presente, sempre disposto a nos escutar e pronto para nos consolar. Ó deliciosa intimidade! Ó deliciosa companhia! Se pudéssemos pelo menos compreender isso…!
Mantenha-o sempre presente no olho da sua mente. Lembre-se com frequência da presença desse anjo, agradeça-lhe, ore a ele, mantenha sempre sua boa companhia. Abra-se a ele e confie seu sofrimento a ele. Tome cuidado para não ofender a pureza do seu olhar. Saiba disso e mantenha-o bem impresso em sua mente. Ele é muito delicado, muito sensível. Dirija-se a ele em momentos de suprema angústia e você experimentará sua ajuda benéfica.

Nunca diga que você está sozinha na batalha contra os seus inimigos. Nunca diga que você não tem ninguém a quem abrir-se e em quem confiar. Isso seria um grande equívoco diante desse mensageiro celestial.
No que diz respeito às locuções interiores, não se preocupe, tenha calma. O que se deve evitar é que o seu coração se una a estas locuções. Não dê muita importância a elas, demonstre que você é indiferente. Não despreze seu amor nem o tempo para essas coisas. Sempre responda a estas vozes: “Jesus, se és Tu quem está me falando, permite-me ver os fatos e as consequências das tuas palavras, ou seja, a virtude santa em mim.”
Humilhe-se diante do Senhor e confie nele, gaste suas energias pela graça divina, na prática das virtudes, e depois deixe que a graça aja em você como Deus quiser. É a virtude que santifica a alma, e não os fenômenos sobrenaturais.
E não se confunda tentando entender que locuções vêm de Deus. Se Deus é seu autor, um dos principais sinais é que, no instante em que você ouve essas vozes, elas enchem sua alma de medo e confusão, mas logo depois a deixam com uma paz divina. Pelo contrário, quando o autor das locuções interiores é o diabo, elas começam com uma falsa segurança, seguida de agitação e um mal-estar indescritível.
Não duvido em absoluto de que Deus seja o autor das locuções, mas é preciso ser cautelosos, porque muitas vezes o inimigo mistura uma grande quantidade do seu próprio trabalho através delas.
Mas isso não deve assustá-la; a isso foram submetidos os maiores santos e as almas mais ilustradas, e que foram acolhidas pelo Senhor.
Você precisa simplesmente ter cuidado para não acreditar nessas locuções com muita facilidade, sobretudo quando elas se digam como você deve se comportar e o que tem de fazer. Receba-as e submeta-as ao juízo de quem a dirige espiritualmente. E siga a sua decisão.
Portanto, o melhor a se fazer é receber as locuções com muita cautela e indiferença constante. Comporte-se dessa maneira e tudo aumentará seu mérito diante do Senhor. Não se preocupe com sua vida espiritual: Jesus a ama muito. Procure corresponder ao seu amor, sempre progredindo em santidade diante de Deus e dos homens.
Ore vocalmente também, pois ainda não chegou a hora de deixar estas orações. Com paciência e humildade, suporte as dificuldades que você tem ao fazer isso. Esteja sempre pronta também para enfrentar as distrações e a aridez, mas nunca abandone a oração e a meditação. É o Senhor que quer tratá-la dessa maneira para seu proveito espiritual.
Perdoe-me se termino por aqui. Só Deus sabe o muito que me custa escrever esta carta. Estou muito doente; reze para que o Senhor possa desejar me livrar desse pequeno corpo logo.
Eu a abençoo, junto à excelente Francesca. Que você possa viver e morrer nos braços de Jesus.

10 ensinamentos de Padre Pio para “sacudir” sua vida

Herdeiro espiritual de São Francisco de Assis, o Padre Pio de Pietrelcina foi o primeiro sacerdote a ter impresso sobre o seu corpo os estigmas da crucificação. Ele é conhecido em todo mundo como o “Frei” estigmatizado.
Padre Pio, a quem Deus concedeu dons particulares e carismas, se empenhou com todas as suas forças pela salvação das almas. Os muitos testemunhos sobre a grande santidade de Frei, chegam até os nossos dias acompanhados de sentimentos de gratidão. Sua intercessão e providência junto a Deus foram para muitos homens causa de cura do corpo e motivo de renovação do espírito.
Alguns ensinamentos de Padre Pio que irão “sacudir” sua vida:
1. Não se preocupe com o amanhã. Faça o bem hoje.
2. Se Jesus nos faz assim felizes na Terra, como será no Céu?
3. Se o temor o deixa angustiado, exclame como São Pedro: “Senhor, salve-me!” Ele lhe estenderá a mão: aperte-a com força e caminhe alegremente”.
4. Procure fazer sempre melhor: hoje melhor do que ontem, amanhã melhor do que hoje.
5. Se o demônio não dorme para nos perder, Nossa Senhora não nos abandona nem um instante sequer.
6. Quando desperdiça o tempo, você despreza o dom de Deus, o presente que Ele, infinitamente bom, abandona ao seu amor e à sua generosidade.
7. Sejam como pequenas abelhas espirituais, que levam para sua colmeia apenas mel e cera. Que, por meio de sua conversa, sua casa seja repleta de docilidade, paz, concórdia, humildade e piedade.
8. Faça sempre o bem, assim dirão: “Este é um cristão”. Suporte tribulações, enfermidades e dores por amor a Deus e pela conversão dos pobres pecadores.
9. Um convertido exprimiu o receio de tornar a cair. Padre Pio disse-lhe: “Eu estarei com você. Você poderia pensar, meu filho, que eu deixaria recair uma alma que levantei? Vá em paz e tenha confiança!”
10. Quem tem tempo não espera pelo tempo. Não deixemos para amanhã o que podemos fazer hoje. As sepulturas transbordam de boas ações deixadas para depois… E, além disso, quem nos diz que viveremos até amanhã? Escutemos a voz de nossa consciência, a voz do real profeta: “Se ouvirdes a voz do Senhor hoje, não queirais fechar vossos ouvidos”. Devemos renascer e acumular somente as riquezas que nos pertencem, lembrando de que somente o instante que escapa está sob nosso domínio. Não podemos intercalar tempo entre um instante e outro, pois esse não nos pertence.

Via: Cléofas 

23/09 – São Pio de Pietrelcina



São Pio de Pietrelcina Este digníssimo seguidor de São Francisco de Assis nasceu no dia 25 de maio de 1887 em Pietrelcina (Itália). Seu nome verdadeiro era Francesco Forgione. Ainda criança era muito assíduo com as coisas de Deus, tendo uma inigualável admiração por Nossa Senhora e o seu Filho Jesus Cristo, os quais via constantemente devido à grande familiaridade. Ainda pequenino havia se tornado amigo do seu Anjo da Guarda, a quem recorria muitas vezes para auxiliá-lo no seu trajeto nos caminhos do Evangelho. Conta a história que ele recomendava muitas vezes as pessoas a recorrerem ao seu Anjo da Guarda estreitando assim a intimidade dos fiéis para com aquele que viria a ser o primeiro sacerdote da história da Igreja a receber os estigmas do Cristo do Calvário. Com quinze anos de idade entrou no Noviciado da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos em Morcone, adotando o nome de “Frei Pio” e foi ordenado sacerdote em 10 de agosto de 1910 na Arquidiocese de Benevento. Após a ordenação, Padre Pio precisou ficar com sua família até 1916, por motivos de saúde e, em setembro desse mesmo ano, foi enviado para o convento de São Giovanni Rotondo, onde permaneceu até o dia de sua morte. Abrasado pelo amor de Deus, marcado pelo sofrimento e profundamente imerso nas realidades sobrenaturais, Padre Pio recebeu os estigmas, sinais da Paixão de Jesus Cristo, em seu próprio corpo. Entregando-se inteiramente ao Ministério da Confissão, buscava por meio desse sacramento aliviar os sofrimentos atrozes do coração de seus fiéis e libertá-los das garras do demônio, conhecido por ele como “barba azul”. Torturado, tentado e testado muitas vezes pelo maligno, esse grande santo sabia muito da sua astúcia no afã de desviar os filhos de Deus do caminho da fé. Percebendo que não somente deveria aliviar o sofrimento espiritual, recebeu de Deus a inspiração de construir um grande hospital, conhecido como “Casa Alívio do Sofrimento”, que se tornou uma referência em toda a Europa. A fundação deste hospital se deu a 5 de maio de 1956. Devido aos horrores provocados pela Segunda Guerra Mundial, Padre Pio cria os grupos de oração, verdadeiras células catalisadoras do amor e da paz de Deus, para serem instrumentos dessas virtudes no mundo que sofria e angustiava-se no vale tenebroso de lágrimas e sofrimentos. Na ocasião do aniversário de 50 anos dos grupos de oração, Padre Pio celebrou uma Missa nesta intenção. Essa Celebração Eucarística foi o caminho para o seu Calvário definitivo, na qual entregaria a alma e o corpo ao seu grande Amor: Nosso Senhor Jesus Cristo; e a última vez em que os seus filhos espirituais veriam a quem tanto amavam. Era madrugada do dia 23 de setembro de 1968, no seu quarto conventual com o terço entre os dedos repetindo o nome de Jesus e Maria, descansa em paz aquele que tinha abraçado a Cruz de Cristo, fazendo desta a ponte de ligação entre a terra e o céu. Foi beatificado no dia 2 de maio de 1999 pelo Papa João Paulo II e canonizado no dia 16 de junho de 2002 também pelo saudoso Pontífice.


Via: Cléofas 


Vídeo blog Pe Paulo Ricardo  

22 de set. de 2016

22/09 – Santo Inácio de Santhiá

Lourenço Maurício nasceu no dia 05 de junho de 1686, em Santhiá, província de Vercelli, Itália. Era o quarto de seis filhos, da rica família dos Belvisotti, cristã, bem posicionada e muito conceituada socialmente. Aos sete anos ficou órfão de pai, mas a sua mãe cuidou para que os filhos recebessem uma excelente instrução através de um sacerdote piedoso. Assim, além de uma formação literária invejável, ele cresceu na oração e amadureceu a sua vocação sacerdotal. Completou os estudos teológicos em Vercelli, no ano de 1710. Depois de seis anos de frutuoso ministério sacerdotal, entrou na ordem dos Frades Capuchinhos, emitindo os votos religiosos em 1717 e tomando o nome de frei Inácio. Desde então foi enviado para vários Conventos, sempre obediente e honrado por poder servir os irmãos da Ordem com a sua humilde pessoa. Santo Inácio de Santhiá foi enviado para Turim-Monte, em 1727 para ser: prefeito de sacristia e confessor dos padres seculares e dos fiéis paroquianos, tarefa que desempenhou também nos últimos vinte e quatro anos de vida. Neste ministério demonstrou toda sua caridade paterna, sabedoria e ciência, adquiridas nos livros e através das orações contemplativas. Dedicava os seus dias inteiramente ao serviço do confessionário. Com isto, a sua fama de bom conselheiro espiritual se difundiu rapidamente, trazendo para a paróquia uma grande quantidade de religiosos, sacerdotes e fiéis desejosos de uma verdadeira orientação no caminho da santidade. A todos recebia com a maior caridade, porque os pecadores eram os filhos mais doentes e, necessitados de acolhida e compreensão. Passou a ser chamado de: “padre dos pecadores e dos desesperados”. Mas em 1731 o seu bom conceito de guia experiente e sábio, o levou à ocupar os cargos de mestre dos noviços e vigário do convento de Mondoví. Alí também a sua fama de santidade se espalhou entre a população, entusiasmando especialmente os jovens. Durante catorze anos Inácio ficou na direção do noviciado de Mondovì. Sua única intenção era formar os jovens para a vida, a mortificação, a penitência, e instruía, corrigia e encorajava com atenção e palavras amorosas, fazendo o caminho difícil se tornar ameno. A sua função de mestre dos noviços só foi interrompida devido a uma grave doença nos olhos, que quase o cegou. Por isto regressou à Turim, no final de 1744, para receber o tratamento adequado. Foi assim que o frei Inácio retomou o seu apostolado do confessionário, exercido até os seus últimos dias. Morreu com sua fama de santidade no dia 21 de setembro de 1770 em admirável tranquilidade. A notícia se espalhou rapidamente e uma multidão de fieis de todas as classes sociais acorreram para saudar pela última vez o “santinho do Monte”, como era chamado. Os milagres atribuídos à sua intercessão logo surgiram e o seu culto ganhou vigor entre os devotos. Até que em 1966, o Papa Paulo VI declarou Beato, Inácio de Santhiá, para ser venerado no dia seguinte à data de sua morte.



cleofas

Papa: a vaidade é a osteoporose da alma

22/09/2016  


Quinta-feira, 22 de setembro, na Missa em Santa Marta o Papa Francisco afirmou que a vaidade é a osteoporose da alma. O Evangelho do dia apresenta-nos o rei Herodes inquieto porque, depois de ter morto João o Batista, agora sente-se ameaçado por Jesus. Estava preocupado como o pai, Herodes o Grande, depois da visita dos reis magos – afirmou o Papa.
Segundo o Santo Padre, Herodes tem na alma duas inquietações: aquela boa “que nos dá o Espírito Santo e faz com que alma esteja inquieta para fazer coisas boas” e a “inquietação má, aquela que nasce de uma consciência suja”. E os dois Herodes resolviam as suas inquietações “matando” e passando “por cima dos cadáveres” – disse Francisco:
“Esta gente que fez tanto mal, que faz mal, tem a consciência suja e não pode viver em paz, porque vive numa comichão constante, numa urticária que não os deixa em paz... Esta gente praticou o mal, mas o mal tem sempre a mesma raiz, todo o mal: a avidez, a vaidade e o orgulho. E os três não deixam a consciência em paz; os três não deixam que a inquietação saudável do Espírito Santo entre, mas levam a viver assim: inquietos, com medo. Avidez, vaidade e orgulho são a raiz de todos os males”.
O Papa Francisco na sua homilia focou a sua atenção na vaidade e citou a leitura do Eclesiastes proposta pela liturgia do dia tendo sublinhado que a vaidade é como a osteoporose da alma: os ossos parecem bons mas dentro estão estragados – afirmou o Papa:
“A vaidade que nos enche. A vaidade que não tem vida longa, porque é como uma bola de sabão. A vaidade que não nos dá um ganho real. Qual o ganho que tem o homem com toda a trabalheira com a qual se ocupa? Ele está ansioso para aparecer, para fingir, pela aparência. Esta é a vaidade. Se queremos dizer simplesmente: "A vaidade é maquilhar a própria vida. E isso deixa a alma doente, porque se alguém falsifica a própria vida para aparecer, para fazer de conta, e todas as coisas que faz são para fingir, por vaidade, no final o que é que ganha? A vaidade é como uma osteoporose da alma: os ossos do lado de fora parece bons, mas por dentro estão todos estragados. A vaidade leva-nos à fraude”.
O Papa Francisco recordou que existem muitas pessoas que parecem boas, que vão à missa aos domingos e até fazem ofertas para a Igreja, mas isso é o que se vê – comentou – mas “a osteoporose é a corrupção que têm dentro”. “Que o Senhor nos livre destas três raízes de todo os males: a avidez, a vaidade e o orgulho. Mas sobretudo da vaidade, que nos faz tanto mal” – disse o Papa na conclusão da sua homilia.
(RS)

Rádio Vaticano 

21 de set. de 2016

Oração à Sabedoria Eterna

Peçamos a Deus a sabedoria que vem dos Céus!
Assim rezava São Luis de Montfort:
Ó Sabedoria divina, rainha do céu e da terra! Prostrado humildemente diante de vós, peço-vos perdão da minha ousadia em vir falar das vossas grandezas, sendo eu tão ignorante e pecador.
Peço-vos que não leveis em conta as trevas do meu espírito nem a impureza de meus lábios; e se porventura olhardes para elas, que seja para as destruirdes com o olhar dos vossos olhos e com o sopro dos vossos lábios.
Tendes em vós tantas belezas e doçuras, preservastes-me de tantos males e cumulastes-me de tantos benefícios e, apesar disso, continuais a ser tão desconhecida e desprezada!

Como poderei eu ficar calado?
Sim, não apenas o sentimento de justiça e de gratidão me impelem a falar de vós, mas também o meu próprio interesse, ainda que não consiga senão balbuciar como uma criança. Não faço senão balbuciar, é verdade, precisamente porque sou uma criança, e balbuciando, quero aprender a falar corretamente quando vier a alcançar a plenitude da vossa idade.
Admito que poderá parecer não haver nem lógica nem ordem naquilo que escrevo; mas eu tenho um desejo ardente de possuir-vos e, como Salomão, procuro por toda a parte encontrar-vos, numa correria sem rumo”
Se me empenho a tornar-vos conhecida neste mundo, é porque vós mesma prometestes dar a vida eterna a quantos vos enaltecerem e vos tornarem conhecida.
Aceitai, pois, minha amável princesa, os meus balbuciamentos, como se fossem eloquentes discursos; aceitai os traços da minha pena como outros tantos passos que eu dou para vos encontrar.
E, do alto do vosso trono, enviai tantas bênçãos e luzes sobre tudo quanto me proponho fazer e dizer de vós, que todos quantos, vierem a ouvi-la, venham a sentir-se inflamados por um desejo renovado de vos amar e vos possuir no tempo e na eternidade.
S. Luís M. Grignion de Montfort
Retirado do livro: O Amor da Sabedoria Eterna

via: cléofas

21/09 – São Mateus

São Mateus, coletor de impostos, apóstolo e evangelista: foge do dinheiro para um serviço de perfeita pobreza: a proclamação da mensagem cristã. O evangelho a ele atribuído nos fala mais amplamente que os outros três do uso certo do dinheiro: “Não ajunteis para vós tesouro na terra, onde a traça e o caruncho os destroem, e onde os ladrões arrombam e roubam, mas ajuntai para vós tesouros nos céus.” “Não podeis servir a Deus e ao dinheiro.” Foi Judas, porém, e não Mateus que teve o encargo de caixa da pequena comunidade apostólica. Mateus deixa o dinheiro para seguir o Mestre, enquanto Judas o trai por trinta dinheiros. Quando falam do episódio do coletor de impostos chamado a seguir Jesus, os outros evangelistas, Marcos e Lucas, falam de Levi. Mateus ao contrário prefere denominar-se com o nome mais conhecido de Mateus e usa o apelido de publicano, que soa como usuário ou avarento,” para demonstrar aos leitores – observa São Jerônimo – que ninguém deve desesperar da salvação, se houver uma conversão para uma vida melhor.” Mateus, o rico coletor, respondeu ao chamado do Mestre com entusiasmo. No seu evangelho, ele esconde humildemente este alegre particular, mas a informação foi divulgada por São Lucas: “Levi preparou ao Mestre uma grande festa na própria casa; uma numerosa multidão de publicanos e outra gente sentavam-se à mesa com eles.” Depois, no silêncio e com discrição livrou-se do dinheiro, fazendo o bem. É dele de fato que nos refere a admoestação do Mestre: “Quando deres uma esmola, não saiba a tua esquerda o que faz a tua direita, para que a tua esmola fique em segredo; e o teu Pai, que vê o que está oculto, te recompensará”.


Cléofas 

Audiência: misericordiosos como o Pai para perdoar e dar

21/09/2016


Quarta-feira, 21 de setembro, audiência geral com o Papa Francisco na Praça de S. Pedro. “Sede misericordiosos como o vosso Pai é misericordioso” é a passagem do Evangelho de Lucas, capítulo 6, versículos 36 a 38, que serve de lema ao Ano Santo da Misericórdia e que foi o tema da catequese do Santo Padre nesta audiência geral.
O Santo Padre referiu, desde logo, que “Sede misericordiosos como o vosso Pai é misericordioso”não se trata de um slogan, mas de um compromisso de vida, que explicita o mandamento de Jesus no Sermão da Montanha segundo o qual devemos ser perfeitos como o nosso Pai celeste.
Efetivamente – continuou o Papa – ser perfeito significa ser misericordioso como Deus, que durante a história da salvação não fez outra coisa que não fosse revelar o seu amor infinito pela humanidade, culminando na entrega total de Cristo na Cruz. Essa perfeição no amor não se mede na quantidade, mas no compromisso dos discípulos em se tornarem sinais, canais, testemunhas da misericórdia de Deus – afirmou Francisco.
Segundo o Papa, este é o caminho da santidade, ser misericordiosos sabendo perdoar e sabendo dar-se.
Saber perdoar, longe de ignorar as exigências da justiça humana, é uma expressão da gratuidade do amor de Deus, que nos convida, não a condenar o irmão que peca, mas a recuperar a sua dignidade de filho do Pai – disse o Santo Padre.
Por outro lado, estar dispostos a dar-se, significa reconhecer que, na medida que recebemos de Deus todos os dons, devemos dar-nos aos irmãos, para que nesta mesma medida recebamos ainda mais de Deus! – declarou o Papa Francisco.
Nas saudações, o Papa dirigiu-se aos peregrinos de língua portuguesa, em particular, a todos os fiéis brasileiros, e disse-lhes para serem misericordiosos, estendendo a mão, oferecendo um sorriso, realizando um gesto de amor para com todos os que necessitam.
No final da audiência, o Papa Francisco recordou a XXIII Jornada Mundial de luta contra a doença de Alzheimer e pediu a atenção de todos os fiéis para com as pessoas e famílias que vivem esta doença.
O Papa Francisco a todos deu a sua benção!
(RS)

Rádio Vaticano 

20 de set. de 2016

A Igreja Católica e a Bíblia

Se não fosse a Igreja Católica, não existiria a Bíblia como a temos hoje, com os 72 livros canônicos, isto é, inspirados pelo Espírito Santo.
“Foi a Tradição apostólica que fez a Igreja discernir que escritos deviam ser enumerados na lista dos Livros Sagrados” (Dei Verbum 8).
Portanto, sem a Tradição da Igreja não teríamos a Bíblia. Santo Agostinho dizia: “Eu não acreditaria no Evangelho, se a isso não me levasse a autoridade da Igreja Católica”(CIC,119).
Por que a Bíblia católica é diferente da protestante?
Esta tem apenas 66 livros porque Lutero e, principalmente os seus seguidores,  rejeitaram os livros de Tobias, Judite, Sabedoria, Baruc, Eclesiástico (ou Sirácida), 1 e 2 Macabeus, além de Ester 10,4-16; Daniel 3,24-20; 13-14.
No ano 100 o Sínodo de Jâmnia (ou Jabnes):
(1) deveria ter sido escrito na Terra Santa;
(2) escrito somente em hebraico, nem aramaico e nem grego;
(3) escrito antes de Esdras (455-428 a.C.);
(4) sem contradição com a Torá ou lei de Moisés.
Versão dos Setenta: Alexandria – 200 anos antes de Cristo, incluiu os livros que os judeus de Jâmnia, por critérios nacionalistas, rejeitaram. Havia então no início do Cristianismo duas Bíblias judaicas: uma da Palestina (restrita) e a Alexandrina (completa – Versão dos LXX).
Os Apóstolos e Evangelistas optaram pela Bíblia completa dos Setenta (Alexandrina), considerando canônicos os livros rejeitados em Jâmnia.

Das 350 citações do Antigo Testamento que há no Novo, 300 são tiradas da Versão dos Setenta, o que mostra o uso da Bíblia completa pelos apóstolos.
Verificamos também que nos livros do Novo Testamento há citações dos livros que os judeus nacionalistas da Palestina rejeitaram. Por exemplo: Rom 1,12-32 se refere a Sb 13,1-9;  Rom 13,1 a  Sb 6,3;  Mt 27,43 a Sb 2, 13.18; Tg 1,19 a Eclo 5,11;  Mt 11,29s a Eclo 51,23-30;  Hb 11,34 a 2 Mac 6,18; 7,42;  Ap 8,2 a Tb 12,15.
Nos mais antigos escritos dos santos Padres da Igreja (patrística) os livros rejeitados pelos protestantes (deutero-canônicos) são citados como Sagrada Escritura.
São Clemente de Roma, Papa, no ano de 95 escreveu a Carta aos Coríntios, citando Judite, Sabedoria, fragmentos de Daniel, Tobias e Eclesiástico; livros rejeitados pelos protestantes.
Pastor de Hermas, no ano 140, faz amplo uso de Eclesiástico, e do 2 Macabeus;
Santo Hipólito (†234), comenta o Livro de Daniel com os fragmentos deuterocanônicos rejeitados pelos protestantes, e cita como Sagrada Escritura Sabedoria, Baruc, Tobias, 1 e 2 Macabeus.
Vários Concílios confirmaram isto: os Concílios regionais de Hipona (ano 393); Cartago II (397), Cartago IV (419), Trulos (692). Principalmente os Concílios ecumênicos de Florença (1442), Trento (1546) e Vaticano I (1870).
Lutero, ao traduzir a Bíblia para o alemão, traduziu também os sete livros (deuterocanônicos) na sua edição de 1534, e as Sociedades Biblícas protestantes, até o século XIX incluíam os sete livros nas edições da Bíblia.
“Pela Tradição torna-se conhecido à Igreja o Cânon completo dos livros sagrados e as próprias Sagradas Escrituras são nelas cada vez mais profundamente compreendidas  e  se fazem sem cessar, atuantes.” (DV,8).
A Bíblia não define o seu catálogo; isto é, não há um livro da Bíblia que diga qual é o índice dela. Assim, este só pode ter sido feito pela Tradição dos apóstolos, pela tradição oral que de geração em geração chegou até nós.
A Vulgata – O Papa São Dâmaso (366-384), no século IV, pediu a S.Jerônimo que fizesse uma revisão das muitas traduções latinas que havia da Bíblia. São Jerônimo revisou o texto grego do Novo Testamento e traduziu do hebraico o Antigo Testamento, dando origem ao texto latino chamado de Vulgata, usado até hoje.


Via : Cléofas 

20/09 – Santa Fausta

Em Cízico, na Propôntides (Ásia Menor), o natal dos santos mártires Fausta, virgem, e Evilásio, sob o imperador Maximiliano. Fausta foi suspensa e atormentada pelo próprio Evilásio, sacerdote dos ídolos, tendo sido despojada dos cabelos e raspada por humilhação. Em seguida querendo serrá-la pelo meio e não conseguindo os algozes ofendê-la, Evilásio, surpreso com isso, converteu-se a Cristo; e enquanto ele, por ordem do imperador era duramente atormentado, Fausta ferida na cabeça, traspassada com pregos por todo o corpo e colocada num tacho ardente, finalmente, junto com Evilásio, chamada por uma voz celeste, passou ao Senhor.” Assim o Martirológio Romano fixa a memória da santa de hoje. Como acontece frequentemente, estas informações foram tiradas exclusivamente das Atas, ou melhor de uma Paixão, à qual os historiadores atuais atribuem um valor quase nulo, sobretudo por algumas extravagâncias. Por outro lado a narração não ficou isenta de correções e variantes mais ou menos contemporâneas o documento foi utilizado também pelo célebre historiador São Beda o venerável no seu Martirológio, onde se leem mais ou menos as mesmas notícias já referidas. É interessante até como ele tenha acolhido juntamente duas variantes. O primeiro suplício de Santa Fausta, “despojada dos cabelos e raspada por humilhação”, foi ampliado por ele, sintetizando dois documentos diferentes, um dos quais atestava somente que a mártir tinha sido “despojada dos cabelos.” Este suplício era evidentemente um dos números preferidos pelos verdugos, pois é recordado também no caso de outras santas virgens mártires, e o mesmo se diga da tentativa (fracassada no caso de Fausta) de serrar pelo meio, “como se fosse um pedaço de madeira,” acrescenta Beda. As próprias Atas, lembrando o suplício dos pregos, dizem com certa gozação que o corpo de Fausta, todo pregado, ficou parecido com “a sola de uma bota.” A mártir de Cízico consumou o seu máximo Sacrifício somente quando a chamou “uma voz celeste.” As relíquias de Fausta de Cízico foram objeto de uma dupla transladação: na metade do século VI para Narni e depois no século IX para Luca. Em Narni, de fato, o bispo de 537 a 558, São Cássio edificou para sua queridíssima esposa falecida também de nome Fausta, um sepulcro. Posteriormente quis enriquecê-lo com as relíquias da santa homônima de Cízico. Começou assim a veneração de uma Santa Fausta de Narni.


Cléofas 

O Papa em Assis: crentes sejam artífices de paz. Texto integral

20/09/2016



O Papa Francisco pronunciou na Praça São Francisco o discurso conclusivo do Encontro de Oração pela paz, em Assis: "Não nos cansemos de repetir que nunca o nome de Deus pode justificar a violência. Só a paz é santa e não a guerra!"
Texto integral:

Santidades,
Ilustres Representantes das Igrejas, Comunidades cristãs e Religiões,
Amados irmãos e irmãs!
Com grande respeito e afeto vos saúdo e agradeço a vossa presença. Viemos a Assis como peregrinos à procura de paz. Trazemos connosco e colocamos diante de Deus os anseios e as angústias de muitos povos e pessoas. Temos sede de paz, temos o desejo de testemunhar a paz, temos sobretudo necessidade de rezar pela paz, porque a paz é dom de Deus e cabe a nós invocá-la, acolhê-la e construí-la cada dia com a sua ajuda.
«Felizes os pacificadores» (Mt 5, 9). Muitos de vós percorreram um longo caminho para chegar a este lugar abençoado. Sair, pôr-se a caminho, encontrar-se em conjunto, trabalhar pela paz: não são movimentos apenas físicos, mas sobretudo da alma; são respostas espirituais concretas para superar os fechamentos, abrindo-se a Deus e aos irmãos. É Deus que no-lo pede, exortando-nos a enfrentar a grande doença do nosso tempo: a indiferença. É um vírus que paralisa, torna inertes e insensíveis, um morbo que afeta o próprio centro da religiosidade produzindo um novo e tristíssimo paganismo: o paganismo da indiferença.
Não podemos ficar indiferentes. Hoje o mundo tem uma sede ardente de paz. Em muitos países, sofre-se por guerras, tantas vezes esquecidas, mas sempre causa de sofrimento e pobreza. Em Lesbos, com o querido Irmão e Patriarca Ecuménico Bartolomeu, vimos nos olhos dos refugiados o sofrimento da guerra, a angústia de povos sedentos de paz. Penso em famílias, cuja vida foi transtornada; nas crianças, que na vida só conheceram violência; nos idosos, forçados a deixar as suas terras: todos eles têm uma grande sede de paz. Não queremos que estas tragédias caiam no esquecimento. Desejamos dar voz em conjunto a quantos sofrem, a quantos se encontram sem voz e sem escuta. Eles sabem bem – muitas vezes melhor do que os poderosos – que não há qualquer amanhã na guerra e que a violência das armas destrói a alegria da vida.
Nós não temos armas; mas acreditamos na força mansa e humilde da oração. Neste dia, a sede de paz fez-se imploração a Deus, para que cessem guerras, terrorismo e violências. A paz que invocamos, a partir de Assis, não é um simples protesto contra a guerra, nem é sequer «o resultado de negociações, de compromissos políticos ou de acordos económicos, mas o resultado da oração» [João Paulo II, Discurso, Basílica de Santa Maria dos Anjos, 27 de outubro de 1986, 1: Insegnamenti IX/2 (1986), 1252]. Procuramos em Deus, fonte da comunhão, a água cristalina da paz, de que está sedenta a humanidade: essa água não pode brotar dos desertos do orgulho e dos interesses de parte, das terras áridas do lucro a todo o custo e do comércio das armas.
Diversas são as nossas tradições religiosas. Mas, para nós, a diferença não é motivo de conflito, de polémica ou de frio distanciamento. Hoje não rezamos uns contra os outros, como às vezes infelizmente sucedeu na História. Ao contrário, sem sincretismos nem relativismos, rezamos uns ao lado dos outros, uns pelos outros. São João Paulo II disse neste mesmo lugar: «Talvez nunca antes na história da humanidade, como agora, o laço intrínseco que existe entre uma atitude autenticamente religiosa e o grande bem da paz se tenha tornado evidente a todos» (Discurso, Praça inferior da Basílica de São Francisco, 27 de outubro de 1986, 6: o. c., 1268). Continuando o caminho iniciado há trinta anos em Assis, onde permanece viva a memória daquele homem de Deus e de paz que foi São Francisco, «uma vez mais nós, aqui reunidos, afirmamos que quem recorre à religião para fomentar a violência contradiz a sua inspiração mais autêntica e profunda» [João Paulo II, Discurso aos Representantes das Religiões, Assis, 24 de janeiro de 2002, 4: Insegnamenti XXV/1 (2002), 104], que qualquer forma de violência não representa «a verdadeira natureza da religião. Ao contrário, é a sua deturpação e contribui para a sua destruição» [Bento XVI, Intervenção na jornada de reflexão, diálogo e oração pela paz e a justiça no mundo, Assis, 27 de outubro de 2011: Insegnamenti VII/2 (2011), 512]. Não nos cansamos de repetir que o nome de Deus nunca pode justificar a violência. Só a paz é santa; não a guerra!
Hoje imploramos o santo dom da paz. Rezamos para que as consciências se mobilizem para defender a sacralidade da vida humana, promover a paz entre os povos e salvaguardar a criação, nossa casa comum. A oração e a colaboração concreta ajudam a não ficar bloqueados nas lógicas do conflito e a rejeitar as atitudes rebeldes de quem sabe apenas protestar e irar-se. A oração e a vontade de colaborar comprometem a uma paz verdadeira, não ilusória: não a tranquilidade de quem esquiva as dificuldades e vira a cara para o lado, se os seus interesses não forem afetados; não o cinismo de quem se lava as mãos dos problemas alheios; não a abordagem virtual de quem julga tudo e todos no teclado dum computador, sem abrir os olhos às necessidades dos irmãos nem sujar as mãos em prol de quem passa necessidade. A nossa estrada é mergulhar nas situações e dar o primeiro lugar aos que sofrem; assumir os conflitos e saná-los a partir de dentro; percorrer com coerência caminhos de bem, recusando os atalhos do mal; empreender pacientemente, com a ajuda de Deus e a boa vontade, processos de paz.
Paz, um fio de esperança que liga a terra ao céu, uma palavra tão simples e ao mesmo tempo tão difícil. Paz quer dizer Perdão que, fruto da conversão e da oração, nasce de dentro e, em nome de Deus, torna possível curar as feridas do passado. Paz significa Acolhimento, disponibilidade para o diálogo, superação dos fechamentos, que não são estratégias de segurança, mas pontes sobre o vazio. Paz quer dizer Colaboração, intercâmbio vivo e concreto com o outro, que constitui um dom e não um problema, um irmão com quem tentar construir um mundo melhor. Paz significa Educação: uma chamada a aprender todos os dias a arte difícil da comunhão, a adquirir a cultura do encontro, purificando a consciência de qualquer tentação de violência e rigidez, contrárias ao nome de Deus e à dignidade do ser humano.
Nós aqui, juntos e em paz, cremos e esperamos num mundo fraterno. Desejamos que homens e mulheres de religiões diferentes se reúnam e criem concórdia em todo o lado, especialmente onde há conflitos. O nosso futuro é viver juntos. Por isso, somos chamados a libertar-nos dos fardos pesados da desconfiança, dos fundamentalismos e do ódio. Que os crentes sejam artesãos de paz na invocação a Deus e na ação em prol do ser humano! E nós, como Chefes religiosos, temos a obrigação de ser pontes sólidas de diálogo, mediadores criativos de paz. Dirigimo-nos também àqueles que detêm a responsabilidade mais alta no serviço dos povos, aos líderes das nações, pedindo-lhes que não se cansem de procurar e promover caminhos de paz, olhando para além dos interesses de parte e do momento: não caiam no vazio o apelo de Deus às consciências, o grito de paz dos pobres e os anseios bons das gerações jovens. Aqui, há trinta anos, São João Paulo II disse: «A paz é um canteiro de obras aberto a todos e não só aos especialistas, aos sábios e aos estrategistas. A paz é uma responsabilidade universal» (Discurso, Praça inferior da Basílica de São Francisco, 27 de outubro de 1986, 7: o. c., 1269). Assumamos esta responsabilidade, reafirmemos hoje o nosso sim a ser, juntos, construtores da paz que Deus quer e de que a humanidade está sedenta.
(Assis – Praça de São Francisco, 20 de setembro de 2016)
Fonte: Rádio Vaticano 

Natividade de São João Batista: o maior dos profetas

A natividade de  São João Batista  é  uma solenidade muito importante no ano litúrgico, porque nesse dia lembramos o maior dos profetas, com...