13 de ago. de 2016

13/08 – Santos Ponciano e Hipólito

São Hipólito foi um dos escritores mais destacados da Igreja de Roma dos primeiros séculos. Pode ser comparado a Clemente de Alexandria ou Orígenes. Mas por ter escrito suas obras em grego, sua memória ficou bastante diminuída até obscurecer-se quase por completo ao latinizar-se a Igreja ocidental a partir do século IV. Muitas de suas obras perderam-se por esta causa, como seus comentários ao Antigo Testamento, mas ainda se conservam numerosos escritos seus de tipo exegético, apolético ou moral, que compõem um corpo de doutrina sobre os pontos mais importantes da fé católica. Presbítero da Igreja de Roma, entrou em conflito com o Papa Calixto, por pensar que o novo Papa, ao relaxar a legislação demasiado dura sobre o casamento e a penitência, estava abandonando a tradição apostólica. Com este motivo, para justificar sua posição, Hipólito escreveu o tratado sobre “A Tradição Apostólica”, fonte de primeira importância, para conhecermos a Igreja de seu tempo. Alguns pensam que esta postura intransigente o levou até o cisma. Ano mais tarde, ao ser assassinado o imperador Severo Alexandre e seu sucessor Maximino reiniciar a perseguição contra os católicos, Hipólito foi desterrado com o Papa Ponciano à ilha insalubre de Sardenha, morrendo assim mártir (+235).

Cléofas 

12 de ago. de 2016

Sexta-Feira da Misericórdia - Papa visitou mulheres libertadas da prostituição

12/08/2016

No âmbito das chamadas “Sextas-feiras da Misericórdia”, o Papa deslocou-se nesta sexta-feira, 12 de Agosto, às 17 horas, à “Comunidade Papa João XXIII”, em Roma, Comunidade fundada pelo P. Oreste Benzi.
Segundo informa uma nota da Sala de Imprensa da Santa Sé, Francisco foi visitar 20 mulheres libertadas da escravatura do trafico humano para prostituição. Seis delas são da Roménia, 4 da Albânia, 7 da Nigéria, e três respectivamente da Tunísia, Itália e Ucrânia. A idade delas anda à volta duma media de 30 anos. Todas passaram por graves violências físicas e vivem protegidas.
Juntamente com elas, para acolher o Papa, estava o responsável geral da comunidade, Giovani Paolo Ramonda, o assistente espiritual, P. Aldo, dois chamados “operadores de rua” e a responsável do apartamento onde elas vivem no norte de Roma.
Esta visita do Papa é mais um chamamento às consciências a combater o tráfico de seres humanos, algo que o Pontífice já definiu em diversas ocasiões como “um delito contra a humanidade” e “uma chaga no corpo da humanidade contemporânea, uma chaga na carne de Cristo”.
O gesto de hoje junta-se às “sextas-feiras da Misericórdia” já vividas pelo Papa ao longo do Ano Santo que está em curso:
- em janeiro visitou uma casa de repouso para anciãos e uma para doentes em estado vegetativo  em Tor Spaccata, a sul de Roma;
- em fevereiro, uma comunidade para tóxicodependentes em Gastelgandolfo;
- em março (na Quinta-feira Santa) visitou o Centro de acolhimento para prófugos (CARA) EM Castelnuovo di Porto, na Grande periferia de Roma;
- em Abril visitou os prófugos e migrantes na ilha grega de Lesbo;
- em maio, a comunidade do “Chicco” para pessoas com graves problemas mentais, em Ciampino, sempre na cintura de Roma;
- em junho foi a duas comunidades romanas para sacerdotes anciãos e doentes.
- e a 29 de Julho, na Polónia, realizou a “Sexta-feira da Misericórdia” com uma oração silenciosas em Auschwitz-Birkenau, a visita às crianças doentes no Hospital Pediátrico de Cracóvia e a Via Sacra com os jovens da JMJ, em que participaram jovens do Iraque, da Síria e de outras partes do mundo em conflito e dificuldades.
(DA) 

Rádio Vaticano 

Papa almoçou com refugiados sírios no Vaticano

12/08/2016

O Papa Francisco almoçou com um grupo de 21 refugiados da Síria nesta quinta-feira dia 11 de agosto. A refeição teve lugar na Casa Santa Marta no Vaticano. 
Os sírios estão hospedados na Comunidade Santo Egídio, em Roma. São algumas famílias que vieram para Itália depois da visita que o Papa Francisco fez à Ilha de Lesbos, na Grécia, em abril passado. O primeiro grupo veio no mesmo avião do Pontífice a 16 de abril, e o segundo, em meados de junho.
Durante o almoço, adultos e crianças tiveram a oportunidade de conversar com o Papa. As crianças deram-lhe de presente alguns desenhos, feitos por elas, e o Papa retribuiu-lhes com alguns brinquedos.
Além dos hóspedes sírios, estavam presentes também o Substituto da Secretaria de Estado, Dom Angelo Becciu; o professor Andrea Riccardi, fundador da Comunidade de Santo Egídio, o Comandante da Gendarmaria Vaticana, Domenico Giani, e dois soldados que colaboraram na transferência das famílias desde a Ilha de Lesbos até Itália.
(MT)

Fonte: Rádio Vaticano

12/08 – Santo Inocêncio XI

Beato Odescalchi nasceu em Como (norte da Itália) em 16/05/1611, de família nobre. Fez os estudos primários ou elementares em Como com Jesuítas, passando depois a Gênova, Roma e Nápoles. Era formado em direito civil e econômico. Pouco depois entrou na carreira eclesiática, recebendo apenas a tonsura. Inocêncio X, que muito o estimava pelas suas virtudes, o fez cardeal legado apostólico em Ferrara (administrador civel da região). Em 1650 foi nomeado bispo de Novara, quando recebeu a ordenação sacerdotal e a sagração epsicopal. Como bispo foi muito zeloso, procurando imitar em todos São Carlos Borromeu, cujas constituições sinodais seguir à risca. Depois foi chamado e retido em Roma pelos papas, por isso pediu renúncia da sua diocese, que não foi aceita. No conclave de 1676 não pôde se eximir de aceitar o peso do sumo pontificado, assumindo o nome de Inocêncio XI, em homenagem ao seu benfeitor Inocêncio X. Foi papa de 21-9-1676 até a data da sua morte em 12-8-1686. Está sepultado no Vaticano, na de São Pedro. O operoso pontificado de Inocêncio XI decorreu num período convulso. Expreendeu uma poderosa atividade diplomáica e de reforma postal. Piedosíssimo, detestou toda forma de negativismo. Vivia com seus bens próprios, e não à custa da Igreja. Era chamado de pai dos pobres, fama que já tinha desde dos tempos de sua administração civil em Ferrara. Mas foi muito firme em relação ao rei da França. Luís XIV, a quem se pôs tenazmente na questão das regalias das embaixadas. Exatamente por isso, por política, para não desagradar aos reis absolutos e não humilhar a França, o seu processo de beatificação esteve paralisado por quase dois séculos. Apenas em 1956, passandas os razões “políticas”, pode ser canonizado por Pio XII.

Cléofas 

Beata Teresa de Calcutá (1910-1997)

Fundadora das Irmãs Missionárias da Caridade
«Um Caminho Simples»
«Perdoai-nos as nossas ofensas, como nós perdoamos a quem nos tem ofendido.»
Todos os dias, antes de te deitares, deves fazer um exame de consciência (porque não sabes se no dia seguinte ainda estarás neste mundo!). Por maior que seja o mal que tiveres feito, deves empenhar-te em repará-lo, se for possível. Se, por exemplo, roubaste alguma coisa, deves devolvê-la. Se trataste mal alguém, tenta pedir-lhe desculpa sem demora. Se for impossível reparar, exprime a Deus a tua pena e o teu remorso. É muito importante que o faças, porque temos de ser capazes de contrição para nos tornarmos capazes de amar. Podes dizer, por exemplo: «Senhor, lamento muito ter-Te ofendido e prometo esforçar-me por não voltar a fazê-lo.» Que impressão de bem-estar, de alívio, se tem então, sentindo o coração purificado! Recorda-te de que Deus é misericórdia. Ele é um Pai atencioso, disposto a tudo perdoar e a tudo esquecer, desde que nós procuremos fazer o mesmo para com aqueles que nos ofenderam.

Via: Arautos do Evangelho 

10 de ago. de 2016

Francisco, Clara e Seus Amigos

Francisco amava muito a seus amigos, que amavam Francisco.
Um dia, Francisco começou a amar muito a Jesus, que amava a Francisco e a todos os seus amigos.
De tanto Francisco amar Jesus, os amigos de Francisco começaram a amar o Jesus de Francisco.
De tanto Francisco e seus amigos amarem Jesus, Jesus, que amava os pobres, os levou ao desejo de também ser pobre.
Em Assis, havia muitas meninas, ricas e pobres. Mas uma delas, dezoito anos, Clara de Offreducio, rica, começou a amar muito a Francisco, que, por sua vez, a amava com amor de amigo.
E então, Clara passou a amar muito a Jesus, que amava muito a Francisco e seus amigos, e que amava Clara e sua irmã Inês e amigas, e que amava os pobres, a quem Clara também passou a amar, como Francisco.
Dali por diante, Clara e Francisco se amaram com amor amigo, amor profundo, amor celibatário, amor todo feito de Jesus e de idealismo.
E, no meio daquelas amizades, apareceria, mais tarde, uma viúva chamada Jacoba.
Então, Francisco amava Jesus, que amava Clara, que amava Jacoba, que amava os amigos e amigas deles, que amavam Francisco.
E todos amavam Jesus que os amavam a todos.
Mais que amigos e amigas, eram irmãos e irmãs.
Mais que irmãos e irmãs eram irmãos e irmãs menores.
Mais que simples irmãos menores, eram irmãos menores na Igreja e no Cristo.
Aquela sim era uma amizade frutífera, que se expandia, se e cimentava e se iluminava em Jesus, o irmão maior.
E assim viveram. E assim morreram.
Francisco amava Jesus, que amava os pobres, que amava o povo.
Francisco amava Jesus, que amava seus amigos, que amava Clara.
Clara amava Jesus, que amava os pobres, que amava o povo, que amava suas amigas, que amava Francisco.
Poucas amizades foram tão bonitas como aquela.
Pouca gente se amou com maior pureza do que aqueles dois.
Como qualificar aquela amizade?

Como descrever aquele amor fraterno?
Como imaginar que tenha sido possível?
Possível foi! E Assis inteira o viu!
É que Francisco, que amava Clara, e Clara, que amava Francisco, amaram a quem amaram; e amaram do jeito que amaram porque, para ser amigos como foram, souberam amar Jesus de Nazaré.
Com Deus, as amizades se tornam cada dia mais perfeitas.
Sem Deus, não passam de um contrato de risco…

Texto retirado do livro: Amizade Talvez Seja Isso, José Fernandes de Oliveira
Via: Cléofas

Papa: junto da Porta Santa a palavra de Jesus: “Levanta-te”

10/08/2016

Quarta-feira, 10 de agosto – numa Sala Paulo VI repleta de fiéis o Papa Francisco tomou como estímulo da sua catequese a leitura do Evangelho de S. Lucas, capítulo 7, versículos 12 a 16 que nos narra a ressurreição do filho da viúva de Naim.
Em particular, o Santo Padre sublinhou a atitude de ternura e compaixão que Jesus demonstra por aquela pobre mulher, que perdera o marido e agora viu o seu filho morrer e está prestes a enterra-lo. Segundo Francisco esta atitude é mais importante que o milagre grandioso que ele realiza.
Neste encontro que tem lugar na porta da cidade de Naim, a viúva que vivia uma situação marcada pela morte, tem a vida transformada por Jesus compassivo, portador de vida. Este episódio pode, assim, servir de inspiração para todos os que atravessam a Porta Santa da Misericórdia durante este Jubileu – afrimou o Papa Francisco:
“Durante este Jubileu, seria uma coisa boa que, no passar a Porta Santa, a Porta da Misericórdia, os peregrinos recordassem este episódio do Evangelho, acontecido sob a porta de Naim. Quando Jesus vê aquela mãe em lágrimas, ela entrou no seu coração! Na Porta Santa cada um chega levando a própria vida, com as suas alegrias e os seus sofrimentos, os projetos e falências, as dúvidas e temores, para apresenta-la à misericórdia do Senhor. Estejamos seguros que, junto à Porta Santa, o Senhor faz-se próximo para encontrar cada um de nós, para trazer e oferecer a sua poderosa palavra consoladora: “Não chores”. “
“Esta é a Porta do encontro entre a dor da humanidade e a compaixão de Deus. Passando-a nós cumprimos a nossa peregrinação na misericórdia de Deus que, como ao rapaz morto, repete a todos: “Levanta-te”. A palavra poderosa de Jesus pode fazer-nos reerguer e operar também em nós a passagem da morte à vida. A sua palavra faz-nos reviver, dá esperança, tranquiliza os corações cansados, abre a uma visão do mundo e da vida que vai para além do sofrimento e da morte.”
No final da sua catequese Francisco salientou que este Jubileu deve ser vivido em todas as Igrejas particulares do mundo e não só em Roma e sublinhou ainda que Jesus é a “verdadeira Porta” que conduz à salvação e a uma vida nova plena de “obras de misericórdia”.
O Santo Padre saudou também os peregrinos de língua portuguesa:
“Dirijo uma saudação cordial aos peregrinos de língua portuguesa, em particular aos fiéis de Portugal e do Brasil. Queridos amigos, a experiência da compaixão misericordiosa de Deus nos deve impelir a levar os outros ao encontro com Jesus que espera a cada homem e mulher nas Portas da Misericórdia espalhadas por todas as Igrejas particulares do mundo. Que Deus vos abençoe!”
O Papa Francisco a todos deu a sua benção!
(RS)
Rádio Vaticano 

9 de ago. de 2016

Obras de Misericórdia Corporais

Disse Jesus, de quem nos esforçamos para sermos discípulos: “Sede misericordiosos como vosso Pai do céu é misericordioso” (Lc 6, 36). Ainda, em outro momento reafirmou citando o Profeta Oséias:”Quero misericórdia e não sacrifícios” (Mt 9, 13); e, mais uma vez insistiu nas bem-aventuranças: “Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia” (Mt 5, 7).
O quanto Deus é misericordioso, não me proponho a descrever neste artigo, pois pressuponho já ser uma verdade, assimilada, experimentada, e profundamente internalizada, por você querido (a) leitor (a).
Proponho-me a discorrer e aprofundar uma reflexão sobre: o que é ser misericordioso, e em que consiste fazer obras de misericórdia.
Ter misericórdia não é ter pena da alguém. Longe disto, ter e exercitar a misericórdia é ter compaixão, e solidariedade para com a necessidade do outro. Mais do que só dar esmola, é descer até a carência física, espiritual e material da outra pessoa envolvendo-a com nosso ser e elevando-a à dignidade e à vida.
Partindo da Palavra de Deus, como citarei, e da tradição da Igreja (CIC § 2447), podemos falar em quatorze obras de misericórdia. Das quais, sete são obras de misericórdia espirituais e sete corporais.

As obras de misericórdia corporais são:

- Dar de comer a quem tem fome.
Várias vezes, Nosso Senhor Jesus Cristo se preocupou com a fome dos que O seguiam (Lc 9, 10-17). Seu mandato ecoa até hoje:”Daí-lhes vós mesmos de comer” (Lc 9, 13).
Pe. Zezinho expressa muito bem isto na letra de sua canção: ”somos a Igreja do pão, do pão repartido, do abraço e da paz.” É bem verdade que nossas cestas básicas, missas do quilo e “sopões”, servidos nas madrugadas frias, não resolvem os problemas sociais, mas é uma solução imediata que sacia quem sente o desespero da fome. 
É urgente e necessário que avancemos em políticas sócias que atinjam a causa da fome, mas enquanto não chegamos ao ideal, exercitemos a partilha no real. “Quem tiver muita roupa partilhe com quem não tem, e faça o mesmo quem tiver alimentos (Lc 3, 11).”

- Dar abrigo aos peregrinos.
Jesus foi um desabrigado já em seu nascimento, quando negaram a José e Maria que estava para dar à luz, um lugar na hospedaria (Lc 2,7).
Tendo em vista que a realidade dos tempos de Jesus era muito diferente da realidade dos tempos atuais, torna-se complicado, perigoso e é até ingenuidade de nossa parte querer acolher em nossas casas, pedintes ou moradores de rua. Porém, Deus suscita obras de acolhimento na Igreja, através dos padres, religiosos (as), e leigos (as), que nos permite praticar esta obra de misericórdia, com nossa ajuda concreta. 
Como cidadãos, cristãos, ou enquanto comunidade, somos chamados a contribuir economicamente e voluntariamente nos serviços desta obra.
Não podemos eximir o poder público de uma política habitacional, ao contrário, é nosso dever como cristãos, estar atentos a isto, como obra de misericórdia. No entanto, partilho que conheço inúmeros casos de famílias nos grandes centros que acolhem pessoas vindas do interior até que estas se estabeleçam economicamente.
Sem querer forçar a natureza desta obra de misericórdia, não se poderia entendê-la de uma forma mais ampla, como por exemplo, simplesmente “acolher” na vida familiar, na convivência, no afeto, no dedicar algum tempo? Na escravidão de compromissos intermináveis e espaços curtíssimos entre uma novela e outra, arrumar um tempo, e simplesmente se dispor em “acolher”?

- Assistir os enfermos:
Os Evangelhos relatam abundantemente, momentos em que Jesus acolhe, atende, socorre e cura os doentes. As  vezes eram levados a Ele no entardecer  (Mc 1,32-34); em outras pediam que Ele fosse até a casa do enfermo, como fez o oficial que pediu a cura do filho que estava morrendo (Jo, 4, 46-53). Vale lembrar a ação de Jesus, quando na casa de Pedro, cura sua sogra (Mt 8, 14-15). Jesus se desdobrou em misericórdia para com os doentes.
Maria, mesmo grávida, andou quilômetros para ajudar e pôr-se a serviço da idosa Isabel, sua prima, grávida de seis meses.
A obra de misericórdia: assistir os doentes começa na família quando se lida com doenças prolongadas e, às vezes irreversíveis. Seja em qualquer idade, e por qualquer problema de saúde, que podem ser, entre tantos: o câncer, as paralisias, a anencefalia, e socorrer sem preconceito os portadores do vírus HIV.
Trata-se também de um trabalho voluntário em hospitais, asilos, e casas de recuperação terapêutica. Estende-se a uma pastoral urbana que visite e acompanhe aqueles que, nos grandes centros urbanos vivem a dor de sua enfermidade na solidão, e no esquecimento.
De forma profética esta obra de misericórdia questiona a ausência de uma pastoral de saúde, tanto em nossas comunidades paróquias, como nos hospitais, que efetivamente possam marcar presença nestes momentos de fragilidade, e vulnerabilidade do ser humano.
Muitos se perguntam: o que fazer para um doente gravemente enfermo?
A resposta é simples, às vezes nada, apenas “estar” presente junto ao que sofre. Misericórdia e solidariedade é estar perto de quem sofre, mesmo sem entender a extensão do sofrimento,  pois o pulsar e o latejar da dor é próprio só de quem está machucado.
Assistir os doentes até o fim é uma obra de misericórdia conflitante a toda e qualquer idéia de eutanásia e  similares.
Implica inclusive em oferecer, além de recursos físicos, e terapêuticos necessários, a assistência religiosa e espiritual. Fato este que familiares estão se esquecendo e negligenciando.

- Dar de beber ao sedento
Nosso Mestre Jesus disse: “Todo aquele que der ainda que seja somente um copo de água fresca a um destes pequeninos, porque é meu discípulo, em verdade eu vos digo: não perderá sua recompensa” (Mt 10, 42). Em nossos tempos esta obra de misericórdia  parece sem sentido, quando cada um tem água encanada, com facilidade em seus lares. Pensa desta forma quem tem o privilégio de viver longe da seca, e dos desafios de andar, em pleno Século XXI, muitos quilômetros para buscar água em açudes, e em carros pipas, num Brasil de graves contrastes sociais que clama aos céus igualdade de direitos.
Podemos não ter como, diretamente praticar esta obra de misericórdia nas regiões do Brasil que sofrem o flagelo da seca, mas podemos de forma indireta fazê-lo. Sabemos que água é vida, e que a médio ou longo prazo tende a ser um “tesouro” que se extingue. A consciência  cristã e ecológica impele a “copos d’água” que são dados quando exercitamos o uso responsável da água potável. O uso correto, consciente, e sem desperdício da água  é um desmembrar desta obra de misericórdia.
Não obstante, Jesus Cristo, nas bem-aventuranças, fala da sede, porém de uma “sede de justiça” (Mt 5, 6). A sede saciada de justiça não seria o saciar a sede real de água, de dignidade e de solidariedade?

- Vestir os nus
Chamados somos nós, a sermos discípulos de um Mestre que Evangelhos relatam, exortou: “Quem tem duas túnicas dê uma ao que não tem” (Lc 3, 11a)
O apóstolo Tiago  escreveu à comunidade que lhe foi confiada pastorear: “Se a um irmão ou a uma irmã faltarem roupas e o alimento cotidiano,  e algum de vós lhes disser: Ide em paz, aquecei-vos e fartai-vos, mas não lhes der o necessário para o corpo, de que lhes aproveitará? Assim também a fé: se não tiver obras, é morta em si mesma. (Tg 2, 15-17).
Recentemente, deparei-me com uma situação muito triste, percebi que uma senhora levava muitas peças de roupas, e pares de sapato para um bazar beneficente. O que a principio parecia uma atitude louvável, na realidade era fruto de uma compulsão em comprar, e uma forma velada de esvaziar o guarda-roupa e sapateira para sempre ter espaço que acomodasse os artigos de suas compras, nas freqüentes visitas aos shopping. Caridade? Obra de misericórdia? Creio numa partilha de bens, onde a atitude condiz com a intenção e a real motivação.
Em contra partida soube de algo edificante: uma pessoa após observar que seu colega de trabalho, recém contratado, passou semanas com a mesma calça, se deu conta que era a única que ele tinha, então com muita sutileza, e descrição para não humilhar o colega, o presenteou com uma calça jeans.

- Socorrer os prisioneiros
Ficará à direita de Deus, no grupo dos bem-aventurados, aquele que visitou os que estavam na prisão (Mt 25, 36).
Hoje o acesso nos presídios não é livre, há um certo rigor e triagem para visitas à presidiários. Porém, nossas dioceses ainda são deficientes em se tratando de uma pastoral carcerária efetiva, e dinâmica.
Os presidiários são lembrados em época de eleição, com falsas promessas de novos presídios a serem construídos, caso o candidato ganhe a eleição. E, quando acontecem as rebeliões que, quanto mais violentas e longas, mais espaço terão na mídia. Inclusive inspirando filmes premiados. Mas, a realidade dos presos, logo cai no esquecimento.
Há pouco tempo, um presidiário que na prisão acompanha meu programa de rádio,  escreveu-me partilhando: “minha família não me visita, porque têm vergonha de mim, mas eu também tenho deles...”
A obra de misericórdia socorrer os prisioneiros, também se estende ao socorro às famílias dos presidiários (as); auxiliando economicamente as que necessitam, e ajudando-as a superarem os preconceitos.

- Enterrar os mortos
Crer na ressurreição da carne, na vida eterna, faz parte da oração pela qual professamos nossa fé.
No Livro de Tobias encontramos o seguinte: Tobitcom uma solicitude toda particular, sepultava os defuntos e os que tinham sido mortos (Tb 1, 20).
O Novo Catecismo da Igreja Católica, assim diz: “Os corpos dos defuntos devem ser tratados com respeito e caridade, na fé e na esperança da ressurreição. O enterro dos mortos é uma obra de misericórdia corporal que honra os filhos de Deus, templos do Espírito Santo” (CIC § 2300).
 Cada pessoa é templo do Espírito Santo e mesmo depois de morta, seu corpo merece respeito.
A Igreja permite a cremação do corpo, desde que não seja um ato que se faça numa manifestação de contrariedade à fé na ressurreição dos mortos (CIC § 2301). A doação gratuita de órgãos não é um desrespeito ao corpo quando desejada pela própria pessoa, é uma pratica legitima, incentivada pela Igreja como meritória.
Acredito seriamente que o velório, ou guarda do corpo é muito válido, importante e edificante, tanto para o morto, como para os familiares.
Da parte do falecido pelas orações feitas em seu favor, da parte dos familiares pela oportunidade de perdão, conversão e reflexão. Sobre isto aprenderemos mais nas obras espirituais. São elas: instruir, aconselhar, consolar, confortar, perdoar, suportar com paciência,  e rezar pelos mortos (esta ultima é item apresentado no capitulo IV do catecismo de São Pio X).No momento limito-me apenas em citá-las. Em outro artigo, refletiremos detalhadamente sobre elas.
Finalizando este artigo, partilho com você, caro(a) leitor (a), algo que marcou-me muito na infância. Certo dia, minha mãe na sua simplicidade, disse-me: “filho, Jesus Cristo, às vezes desce do céu e se veste com roupas de mendigo, anda pelas ruas e bate nas casas pedindo esmola. Nunca se desfaça de uma pessoa pobre”. Certamente, para alguns não passará de “lorota”, mas há muito de verdade neste ensinamento.  “Tive fome e me deste de comer, tive sede e me deste de beber, era peregrino e me acolheste, nu e me vestiste...(Mt 25, 35-40).”
Fonte: https://www.padrereginaldomanzotti.org.br

8 de ago. de 2016

Obras de Misericórdia Espirituais

As obras de misericórdia são quatorze. Sete delas são chamadas de obras de misericórdia corporais: Dar de comer a quem tem fome; Dar de beber a quem tem sede; Vestir os nus; Dar abrigo aos peregrinos; Assistir aos enfermos; Visitar os presos; Enterrar os mortos. Sobre elas explanamos no artigo do mês anterior. E sete são chamadas obras de misericodia espirituais: instruir; aconselhar, consolar, confortar, perdoar, suportar com paciência e rogar pelos vivos e pelos mortos.
A seguir nos deteremos sobre as obras espirituais.

- Instruir (ensinar os que não sabem)
Instruir não é simplesmente transmitir conhecimentos, é também corrigir os que erram, doutrinar,   ensinar os valores  do Evangelho, formar  na doutrina e nos bons costumes éticos e morais.
A história da salvação é sem dúvida uma instrução contínua e interrupta da parte de Deus para com a humanidade.
Deus se revela e instrui o povo pelos patriarcas, profetas e plenamente em Jesus Cristo.
Com muita dificuldade o ser humano é chamado a compreender os desígnios de Deus, porém nem sempre se consegue. O próprio Jesus Cristo escolheu pessoalmente doze homens, para que, os pudesse instruir, no entanto já no final de sua convivência afirma: “Há muitas coisas para vos revelar, mas que não poderias compreender agora, por isso vos mandarei o Espírito da verdade que vos levará à plena verdade.”  (Jo 16, 12-13a)
Cada pessoa tem sua hora de encontrar a “verdade”. É a partir disto             que nasce a missão de instruir da Igreja, dos pais, dos catequistas e de todos nós.
No principio de Jesus Cristo não há pessoas que sejam casos perdidos, e que tenhamos o direito de desistir.
Evangelizar é também instruir para a verdade, a luz que vem de Jesus Cristo.
À comunidade de Colossenses Paulo diz: “A palavra de Cristo permaneça em vós com toda sua riqueza, de sorte que com toda sabedoria possais instruir e exortar-vos mutuamente.” (Col 3, 16a)
Lembremos que toda instrução que brota  da caridade, oração e paciência gera frutos em abundancia.

- Aconselhar (dar bons conselhos aos que necessitam)
É o dom de orientar e ajudar a quem precisa.
Jesus nos orientou e aconselhou a não sermos cegos guinando cegos Mt 15, 14), e também a primeiro tirarmos a trave do nosso olho, para depois tirar o cisco do olho do irmão (Lc 6, 39). Apesar da força deste conselho e alerta de Jesus, não podemos nos eximir de dar bons conselhos àqueles que necessitam.
Reforço, dar bons conselhos e não qualquer conselho. Para que isto aconteça é preciso mergulhar na graça do Espírito Santo, para perceber os sinais de Deus que nos auxiliam na compreensão dos fatos e discernimento da vida.
Perigosos são os conselhos quando dados sem uma vida de oração. Destrutivos são os conselhos recebidos nas mesas de botequins ou grupos de fofoqueiras.
O Salmista nos convida a rezar: “Bendito o Senhor que me aconselha, mesmo de noite a consciência me admoesta (Sl 16, 7).
Na história do povo de Deus, no Antigo Testamento, um mau conselho dado ao rei de Israel por parte de um falso profeta custou ao posso um massacre, invasão e cativeiro (Nm 31, 16).
Por conselhos desprovidos da luz de Deus muitas amizades foram desfeitas, casamentos destruídos e guerras iniciadas.
São Paulo Apóstolo, também sofreu um naufrágio por não terem escutado seu conselho e disso ele se queixa em Atos 27, 21ss.
Aconselhar não é profetizar o futuro, muito menos projetar nossas angustias; é antes de tudo, à luz da oração e do conhecimento da vontade de Deus sobre a humanidade, ajudar aos que nos pedem um discernimento nas opções e decisões a serem tomadas.
Aconselhar é ajudar a lançar luz no caminho de quem hoje pisa em sombras.

- Consolar (Aliviar o sofrimento dos aflitos)
Nosso Senhor Jesus Cristo deu-nos muitos exemplos de consolação, lembremos principalmente, seu empenho em consolar Marta e Maria na morte de Lázaro (Jo 11, 19).
Paulo, fiel apóstolo de Jesus, começa sua segunda carta aos Coríntios dizendo: “Bendito seja Deus, o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai das misericórdias, Deus de toda a consolação,  que nos conforta em todas as nossas tribulações, para que, pela consolação com que nós mesmos somos consolados por Deus, possamos consolar os que estão em qualquer angústia!” (2Cor 1, 3-4).
Todos nós passamos na vida momentos de aflições e sofrimentos, algumas vezes em conseqüência de nossos próprios erros, em outras  por perdas, enfermidades, problemas pessoais ou familiares. Nesses momentos  precisamos de consolação. Da parte de Deus ela vem com certeza, pois consolar é atributo de Deus. Em Isaías encontramos Deus comparado à uma  mãe: “Como uma criança que a mãe consola, sereis consolados em Jerusalém” (Is 66,13). Mas, aliviar, diminuir dor, ou sofrimento moral e espiritual  deve acontecer também da parte dos irmãos, como recomenda São Paulo: “Consolai-vos mutuamente e edificai-vos uns aos outros.” (1Tes 5, 11).
Porém, o mundo está cada vez mais povoado. Pessoas vão e vêem trombando umas  nas outras, nas ruas, repartições e elevadores, mas quase ninguém se conhece muitos menos partilham suas experiências. Solitários em meio à multidão, pouco falamos de nossos sentimentos e, menos ainda, ouvimos os outros. Não há tempo. Não queremos arrumar  tempo, pois ouvir compromete.
A atitude de consolar apresentada como uma obra de misericórdia, mais do que nunca, torna-se uma virtude cristã a ser exercitada no cotidiano.
Exercitar os olhos para as tragédias alheias; aguçar os ouvidos para escutar os soluços dos que sofrem; oferecer o ombro para deixar reclinar quem chora; estender a mão para levantar quem tropeça e cai.
Hoje consolamos, amanhã seremos consolados.

- Confortar  (Fortalecer os angustiados e abatidos)
Deus conforta os humildes (2Cor 7, 6). Também  assim devemos agir, aperfeiçoando nossas virtudes.
Estando prisioneiro, muitas vezes, Paulo conforta as comunidades em suas tribulações, tristezas e sentia-se confortado por elas (At 16,40.20,1; 2Cor 2,7; Col 2,2).
Assim como Paulo, outros personagens da Sagrada Escritura tiveram momentos de angustia, medo, tristeza, desânimo e foram confortados.
O próprio Jesus, no Getsêmani passou por estes momentos (Mt 26, 37ss), e foi confortado por um anjo do céu (Lc 22, 43).
Atualmente o  desanimo, a angustia tem minado a vida de muitas pessoas, abatendo-as e levando-as até a um estado de depressão. É nosso dever cristão confortar os que necessitam. E, confortar  não significa apenas dar o que é material, ou  simplesmente tentar fazê-los esquecer o motivo de seu desânimo, mas estar ao lado deles em seu desânimo, tornando esses momentos mais amenos, revigorando-os na fé.
Muitos de nós não estamos dispostos a nos colocar ao lado de quem está   abatido e desanimado, achamos que essas pessoas nos põe para baixo. Não nos sensibilizamos com a fraqueza do outro, estamos preocupados somente com nossos interesses e pensamos apenas em nós mesmos, sobre isto nos alerta São Paulo na Carta aos Filipenses (Fl 2, 4).
Coloquemo-nos à disposição do Espírito Santo de Deus, para que Ele nos inspire e nos use para confortar aqueles que precisam.

- Perdoar (as injustiças de boa vontade)
O perdão é uma exigência do Evangelho, e uma condição para entrar no Reino. Jesus nos dá essa lição ao ensinar a oração do Pai Nosso: “Se perdoardes aos homens as suas ofensas, vosso Pai celeste também vos perdoará. Mas se não perdoardes aos homens, tampouco vosso Pai vos perdoará.” (Mt  6, 14-15)
Se nós não perdoamos, impedimos que o perdão de Deus chegue a nós.
São Paulo também nos exorta: “Suportai-vos uns aos outros e perdoai-vos mutuamente toda vez que tiverdes queixas contra os outros. Como o Senhor vos perdoou, assim perdoai  também vós” (Col 3, 13).
Pedir perdão a Deus é fácil, mas conceder o perdão aos outros na maioria das vezes é difícil, e agimos como o servo mau que foi perdoado no muito que devia, e não soube perdoar seu próximo no pouco que lhe era devido (Mt 18, 23-35).
Perdoar de coração deveria nos levar a esquecer toda injustiça sofrida, mas nem sempre conseguimos,  e nem sempre   voltamos a um relacionamento normal com a pessoa perdoada, isso não deve nos impedir de, à luz do Espírito Santo, exercitar e aprimorar o perdão, pois nem sempre e na maioria das vezes um  ato de vontade pode eliminar uma lembrança.
No dialogo com Pedro, Nosso Senhor Jesus ensina que devemos perdoar sempre e sem limites (Mt 18, 21-22).
Negar o perdão nos leva um ato de injustiça com Deus, conosco e com os irmãos.

- Suportar com paciência (as adversidades e fraquezas do próximo)
Para viver o evangelho de Jesus é preciso ser paciente. Esta obra espiritual nos exorta a suportar com paciência os que estão próximos a nós, com todos as suas limitações, fraquezas, defeitos, adversidades e misérias. 
Isto não quer dizer que devemos nos omitir  de orientar, encorajar, oferecer oportunidades e servir de suporte, para que, essas limitações e fraquezas sejam superadas.
Neste sentido São Paulo escreve: “Pedimo-vos, porém, irmãos, corrigi os desordeiros, encorajai os tímidos, amparai os fracos e tende paciência para com todos”(1Tes 5, 14).
Ainda, segundo São Paulo,  quando estamos fortes, devemos suportar as  fraquezas dos que são fracos, e não agir a nosso modo. (Rm 15, 1). Ajamos então como discípulos de Jesus,  que tomou sobre si as nossas fraquezas e carregou nossas dores (Is 53, 4).
São Pedro nos diz: “Que mérito teria alguém se suportasse pacientemente os açoites por ter praticado o mal? Ao contrário, se é por ter feito o bem que sois maltratados, e se o suportardes pacientemente, isto é coisa agradável aos olhos de Deus” (1Pd 2, 20).
Sejamos acolhedores e pacientes com todos.

- Rogar a Deus pelos vivos e pelos mortos
Na oração sacerdotal Jesus rogou a Deus pelos seus e por todos que em todos os tempos viriam a ser seus discípulos, isto é por todos nós (Jo 17). Em várias outras passagens dos Evangelhos Jesus retirava-se para rezar, entre elas cito: Mt14, 23; Mt 26,36Mc 6,46; Lc 3,21Lc 5,16.
Na Carta aos Efésios, São Paulo  recomenda que se intensifiquem as suplicas e pede por ele oração (Ef 6, 18-19).
Podemos até identificar uma pessoa pela oração que ela faz,  a oração  egoista, indica um espírito egoísta. Orações que mais parecem lista de compras ou de presentes: Senhor quero isto, isto e aqulo.
O ser humano, é sempre mais preocupado com suas próprias necessidades, mas através desta obra de misericórdia espiritual, somos exortados a rezar pela humanidade, rezar por aqueles que nem conhecemos; rezar pela reparação e expiação dos pecados do mundo; pela conversão dos pecadores;  pelo Papa e ministros ordenados que conduzem a Igreja de Deus; pelas vocações sacerdotais e leigas; pelas autoridades; pelos que sofrem e  pelos que se recomendam às orações.
Rezar pelos mortos: Este ensinamento se apóia, também,na prática da oração pelos defuntos, da qual já  a Sagrada Escritura fala: "Eis por que ele [Judas Macabeu) mandou oferecer esse sacrifício expiatório pelos que haviam morrido, a fim de que fossem absolvidos de seu pecado" (2Mc 12,46).
Desde os primeiros tempos a Igreja honrou a memória dos defuntos e ofereceu sufrágios em seu favor, em especial o sacrifício eucarístico, a fim de que, purificados, eles possam chegar à visão beatífica de Deus. A Igreja recomenda também as esmolas, as indulgências e as obras de penitência em favor dos defuntos (CIC  1032).
A Igreja não tem dúvida desta realidade por isso, desde o primeiro século reza pelo sufrágio das almas do Purgatório.
As almas merecem a  lembrança e orações dos seus. As orações que fazemos por elas, as ajudam a alcançar  o repouso eterno, o refrigério e a luz que não se apaga.
Ao socorrer com oração as almas do Purgatório praticamos a caridade em toda sua extensão.
Rezar pelas almas é o melhor meio de salvar a nossa, pois como nos ensinou Santo Ambrósio "Tudo o que damos por caridade às almas do Purgatório converte-se em graças para nós, e, após a morte, encontramos o seu valor centuplicado".
Que as obras de misericórdia corporais e espirituais nos ajudem a sermos mais perfeitos e assim construirmos um mundo novo e bem melhor.

Fonte: https://www.padrereginaldomanzotti.org.br

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