28 de mai. de 2016

28/05 – São Germano de Paris

São Germano de Paris, nasceu no ano 496, próximo à cidade de Autun, na França. O inicio de sua vida é marcado por situações bastante difíceis, pois sua mãe tentou abortá-lo e, mais tarde sua tia tentou envenená-lo, tendo sido os planos frustados, graças à criada que se descuidou e deu o copo de vinho envenenado ao Estratídio, filho da madame e seu primo. Foi ordenado sacerdote no ano de 531, tornando-se depois, abade do Mosteiro de São Sinforiabno de Autun. Pelo fato dos monges o considerarem muito austero, o destituíram do cargo logo em seguida, mais no ano 555, foi eleito Bispo de Paris. Lutou muito contra as guerras civis e a depravação entre os reis francos, mas não teve sucesso. Ainda como bispo, fundou um mosteiro, em Paris. São Germano de Paris frequentemente, contentando-se com uma única túnica, cobria com o restante das vestes um pobre nu, assim que, enquanto o pobre se sentia quente, o bispo padecia de frio. Quando nada lhe restava, permanecia sentado, triste e inquieto, com fisionomia mais grave e conversação mais severa. Morreu em Paris, no dia 28 de Maio de 576, tendo sido enterrado na Igreja do mosteiro que fundou, que mais tarde recebeu o nome de Saint-Germain-des-Prés.


Cleofas 

Papa se solidariza com as crianças migrantes e refugiadas

28/05/2016

Cidade do Vaticano – No final da manhã deste sábado (28/5), o Santo Padre encontrou, no Átrio da Sala Paulo VI, no Vaticano, numerosas crianças que participam da iniciativa “O trem das Crianças”.
Trata-se de uma iniciativa promovida, pelo segundo ano consecutivo, pelo Pátio dos Gentios, uma estrutura do Pontifício Conselho da Cultura, que tem como lema “Trazidos pelas ondas”. O trem das crianças, que partiu da Calábria, sul da Itália, trouxe ao Vaticano cerca de 400 crianças, que vivem em centros de acolhida de migrantes.
Antes do pronunciamento do Santo Padre, o Cardeal Gianfranco Ravasi, Presidente do Pontifício Conselho para a Cultura, explicou sobre o objetivo da vinda das crianças ao Vaticano: encontrar o Papa e entregar-lhe uma carta.
Depois, algumas das crianças dirigiram umas breves saudações ao Papa Francisco, em nome das demais: um menino nigeriano, um do Sri Lanka, uma professora e o responsável do Centro Esportivo “Sem Fronteiras”.
A seguir, o Papa tomou a palavra e falou, em forma de diálogo com as crianças, sobre a Carta que lhe entregaram, com um desenho feito por elas, que representa as ondas, o pôr-do-sol, a indiferença e a fraternidade, e disse:
“Todos nós, todos, somos diferentes, diversos, mas também todos somos iguais porque somos irmãos. Mas, há um perigo: as crianças são obrigadas a fugir da sua terra, com seus pais e famílias, por causa da guerra, da fome... pegam grandes barcos e correm tantos perigos, sobretudo o de não chegar ao destino devido aos naufrágios”.
Por outro lado, o Papa recordou outro grande perigo: aquelas pessoas que fazem de tudo para que as embarcações não cheguem à meta final: a Europa. 
Radio Vaticano 

25 de mai. de 2016

Papa na Audiência: oração conserva a fé, não é varinha mágica

25/05/2016


Cidade do Vaticano (RV) – A oração como fonte de misericórdia. Este foi o tema da Audiência Geral do Papa Francisco, nesta quarta-feira, (25/05).


Inspirado na parábola da viúva e do juiz iníquo, Francisco recordou que, no final, a perseverança da viúva prevaleceu até mesmo sobre a iniquidade de um juiz inescrupuloso.
“Nos fará bem escutar isso hoje”, enfatizou o Papa, ao destacar que a parábola contém um ensinamento importante:
“‘A necessidade de rezar sempre, sem jamais esmorecer’. Portanto, não se trata de rezar às vezes, quando ‘estou a fim’. Não, Jesus diz que é preciso ‘rezar sempre, sem cessar’”.
Jesus nos assegura – afirmou Francisco – que, ao contrário do juiz desonesto, Deus atende prontamente seus filhos, mesmo que isso signifique que não o faça no tempo e da maneira que gostaríamos.
“A oração não é uma varinha mágica, não é uma varinha mágica. A oração ajuda a conservar a fé em Deus e a nos entregar a Ele mesmo quando não compreendemos a sua vontade. Nisto, Jesus – que rezava tanto! – é um exemplo para nós”, disse o Papa.
Francisco então argumentou que, à primeira vista, poderia parecer que Deus não teria escutado as orações de seu Filho, dado que Cristo morreu na cruz. Todavia, citando a Carta aos Hebreus, o Papa recordou que “Deus realmente salvou Jesus da morte concedendo-Lhe sobre essa a vitória completa, mas o caminho para conquistá-la passou pela própria morte”.
Na oração no Getsêmani, Jesus se entrega sem reservas ao Pai: que “não seja como eu quero, mas como tu queres”. A partir deste momento, tudo mudou:
“O objeto da oração passa a um segundo plano; o que importa antes de tudo é a relação com  o Pai. É isso o que a oração faz: transforma o desejo e modela-o segundo a vontade de Deus, seja qual essa for, porque quem reza quer, em primeiro lugar, unir-se a Deus, que é Amor misericordioso”, explicou.
Ao concluir, o Papa ressaltou que a parábola termina com um importante questionamento: “Mas quando o Filho do Homem voltar, encontrará a fé sobre a terra?”
“E com esta pergunta, estamos todos em alerta: não devemos desistir da oração mesmo que não seja correspondida. É a oração que conserva a fé, sem ela a fé vacila”, concluiu o Papa. 

Fonte: Rádio Vaticano 

24 de mai. de 2016

Papa: Santidade é caminho que só se percorre ao lado de Deus

24/05/2016


Cidade do Vaticano (RV) – “Caminhar na presença de Deus de modo irrepreensível”. Isto, segundo o Papa, quer dizer caminhar rumo à santidade. É um compromisso que necessita, no entanto, de um coração que saiba esperar com coragem, se coloque em discussão e se abra com simplicidade à graça de Deus.
O tema esteve ao centro da homilia de Francisco nesta manhã de terça-feira, (24/05), na Casa Santa Marta.
Não se compra a santidade; nem as melhores forças humanas a podem ganhar. Não, ‘a santidade simples, de todos os cristãos’, ‘a nossa, a de todos os dias’, é um caminho que pode ser percorrido somente se sustentado por quatro elementos imprescindíveis: coragem, esperança, graça, conversão.
O caminho da coragem
Francisco comenta o trecho litúrgico extraído da Primeira Carta de Pedro, definindo-a como um ‘pequeno tratado sobre a santidade’. Esta é, antes de tudo, “caminhar de modo irrepreensível diante de Deus”:
“Este ‘caminhar’: a santidade é um caminho, a santidade não se compra e nem se vende. Nem se pode presentear. A santidade é um caminho na presença de Deus, que eu devo fazer: ninguém o faz em meu nome. Posso rezar para que o outro seja santo, mas é ele que deve fazer o caminho, não eu. Caminhar na presença de Deus, de modo irrepreensível. Usarei hoje algumas palavras que nos ensinam como é a santidade de todo dia, a santidade – digamos – anônima. Primeira: coragem. O caminho rumo à santidade requer coragem”. 
Esperança e graça
“O Reino dos Céus de Jesus”, repetiu o Papa, é para “aqueles que têm a coragem de ir avante” e a coragem, observou, é movida pela “esperança”, a segunda palavra da viagem que leva à santidade. A coragem que espera “num encontro com Jesus”. Depois, há o terceiro elemento, quando Pedro escreve: “colocai toda a vossa esperança
na graça”:
“A santidade não podemos fazê-la sozinhos. Não, é uma graça. Ser bom, ser santo, avançar a cada dia um passo na vida cristã é uma graça de Deus e devemos pedi-la. Coragem, um caminho. Um caminho que se deve fazer com coragem, com a esperança e com a disponibilidade de receber esta graça. E a esperança: a esperança do caminho. É tão bonito o XI capítulo da Carta aos Hebreus, leiam. Fala do caminho dos nossos pais, dos primeiros que foram chamados por Deus. E como eles foram avante. E do nosso pai Abraão diz: ‘Ele saiu sem saber para onde ia’. Mas com esperança”.
Converter-se todos os dias
Francisco prosseguiu: na sua carta, Pedro destaca a importância de um quarto elemento. Quando convida os seus interlocutores a não se conformarem “aos desejos de uma época”, os impulsiona essencialmente a mudar a partir de dentro do próprio coração, num contínuo e cotidiano trabalho interior:
“A conversão, todos os dias: ‘Ah, Padre, para me converter devo fazer penitência, me dar umas pauladas…’. ‘Não, não, não: conversões pequenas. Mas se você for capaz de não falar mal do outro, está no bom caminho para se tornar santo’. É tão simples! Eu sei que vocês nunca falam mal dos outros, não? Pequenas coisas… Tenho vontade de criticar o vizinho, meu colega de trabalho: morder um pouco a língua. Vai ficar um pouco inchada, mas o espírito de vocês será mais santo nesta estrada. Nada de grandes mortificações: não, é simples. O caminho da santidade é simples. Não voltar para trás, mas ir sempre avante, não? E com força”.
(CM/BF)
Fonte Rádio Vaticano 

Apresentado tema do IX Encontro Mundial das Famílias 2018

24/05/2016 

Dublin (RV) – "O Evangelho da família, alegria para o mundo" será o tema do IX Encontro Mundial das Famílias, em Dublin, entre 22 e 26 de agosto de 2018.
Foi o que anunciou o Presidente do Pontifício Conselho para a Família, DomVincenzo Paglia, durante uma coletiva de imprensa realizada na Sala de Imprensa da Santa Sé.
“É o primeiro grande encontro das famílias do mundo depois o Sínodo dos Bispos, após o qual o Papa Francisco publicou a Exortação Apostólica AmorisLaetitia, que torna-se, obviamente, a “Carta Magna” de todo o encontro, quer na sua preparação como na sua celebração”, afirmou Dom Paglia.
“A Exortação Apostólica, que foi às Igrejas locais para ser acolhida, abraçada, aprofundada e aplicada nos diversos contextos culturais, terá em Dublin uma etapa significativa desta recepção. Amoris Laetitia requer não uma simples atualização da pastoral familiar, mas bem mais do que isto: um novo modo de viver a Igreja, um novo modo de realizar aquele amor que tona alegre a vida do povo de Deus, das famílias e da própria sociedade”.
Neste sentido, o Encontro de Dublin assume uma "característica particular em relação aos outros Encontros Mundiais”, acrescentou Dom Paglia.
Sinodalidade
“É a nossa intenção – prosseguiu o Presidente do Pontifício Conselho para a Família – viver os próximos meses e os anos acentuando ou promovendo esta sinodalidade que está no coração da Exortação Apostólica Amoris Laetitia. O Papa, de fato, sugere uma espécie de enculturação, um aprofundamento de temas, é um verdadeiro itinerário, não somente uma preparação – entre aspas – exterior. É um verdadeiro processo eclesial do qual a Irlanda, junto ao Pontifício Conselho, assume a sua responsabilidade” Neste sentido, o Pontifício Conselho  está trabalhando para elaborar catequeses e instrumentos de reflexão.
O país, “marcado por um delicado momento de transição, também através deste Encontro Mundial pode ajudar a si mesmo, a Europa e o Mundo, a reencontrar a força, a energia, a tensão missionária, mediante a redescoberta da vocação e da missão da família.
O título do Encontro Mundial – “O Evangelho da família, alegria para o mundo” – é um convite a escolher o “nós” da família para responder à necessidade de amor que brota de cada homem e cada mulher”.
Organização
O Arcebispo de Dublin, Diarmuid Martin, defendeu por sua vez, que o evento deve ser “mundial em nível de preparação”, pois às vezes vemos “críticas a eventos que parecem mundiais, mas a preparação é local”. A realização deste evento – avaliou - “será uma ocasião para a renovação eclesial e a Igreja na Irlanda poderá ser um estímulo para outros países. É este o desafio que a Igreja na Irlanda deve enfrentar, mas estou certo que conseguiremos vencê-lo bem”.
Os organizadores do encontro anteciparam que gostariam de envolver na preparação também os movimentos voltados à espiritualidade das famílias, que normalmente vivem fora das paróquias e por isto, quem sabe, participam em massa do evento, mas não no percursos de preparação.
“Precisamente ontem – revelou Dom Martin – falávamos disto em uma reunião da Conferência Episcopal irlandesa e pensamos a um momento de partilha de experiências de todos os movimentos familiares europeus. Falta somente a data, mas será provavelmente em setembro ou outubro”.
Dom Paglia informou que o Pontifício Conselho para a Família está organizando diversas iniciativas voltadas aos movimentos, com o envolvimento de teólogos de todo o mundo e de comunidades e universidades.
(JE)

Rádio Vaticano 

23 de mai. de 2016

Os dogmas solenemente proclamados pelos Papas

Poucas vezes na história da Igreja os Papas tiveram a necessidade de se pronunciar “ex-cathedra”.  E nem todos os dogmas da fé católica foram pronunciados solenemente; por exemplo, no Credo, há 12 Artigos de Fé, que não precisaram ser proclamados solenemente, já que vieram dos Apóstolos.
Podemos relatar, em ordem cronológica, a lista das definições pontifícias. Resumiremos a seguir o que foi apresentado por D. Estevão Bettencourt,  na revista “Pergunte e Responderemos” (nº 381, pp. 67 a 72, 1994).
1 – Em 449, a carta do Papa São Leão Magno a Flaviano, bispo de Constantinopla, expunha a sã doutrina sobre o mistério da Encarnação “em Cristo há uma só Pessoa (a Divina) e duas naturezas” (divina e humana).  Esta carta foi enviada pelo Papa ao Concílio Ecumênico de Calcedônia, no ano 451 e os Padres conciliares a consideraram como um documento definitivo e obrigatório para todos os fiéis.  O Papa reprimia assim a heresia chamada monofisitismo ou monofisismo.
2 – Em 680, a carta do Papa S. Agatão “aos imperadores” afirmava, em termos definitivos, haver em Cristo duas vontades distintas, a Divina e a humana, sendo porém que a vontade humana ficava em tudo moralmente submissa à vontade divina.  Assim o Papa reprimia a heresia do monotelitismo, que afirmava haver em Cristo apenas uma vontade, a divina. O documento foi enviado pelo Papa à assembleia do Concílio de Constantinopla III (680/681), a qual a aceitou com aplausos.
3 – Em 1302, o Papa Bonifácio VIII, através da Bula “Unam Sanctam”, “declara, afirma, define e pronuncia que toda criatura humana está sujeita ao Romano Pontífice”.
Esta sentença deve ser entendida no quadro histórico da época, e quer dizer que o Papa tem jurisdição sobre toda e qualquer criatura humana “ratione peccati”, isto é, na medida em que as atividades de determinada pessoa dizem respeito à vida eterna, e não nas atividades administrativas dos governos civis.

4 – Em 1336, através da Constituição “Benedictus Deus”, o Papa Bento XII definiu que, logo após a morte corporal, as almas totalmente puras são admitidas à contemplação da essência de Deus face à face.
5 – Em 1520, através da Bula “Exsurge Domine”, o Papa Leão X condenou 41 proposições de Lutero como heréticas.
6 – Em 1653, através da Constituição Apostólica “Cum Occasione” o Papa Inocêncio X reprovava as cinco proposições extraídas da obra “Augustinus” de  Cornélio Jansenius, definindo-as como heréticas.

O jansenismo (de Cornelius Jansenius), influenciado pelas idéias de Lutero sobre o pecado original, ensinava um conceito pessimista sobre a natureza, julgando-a escravizada à concupiscência e ao pecado; em conseqüência, admitiam que o homem só pode praticar o bem em virtude de irresistível influxo da graça de Deus. O pessimismo Jansenista ainda era acentuado pela tese de que Cristo não remiu todos os homens, mas apenas os predestinados. Essas heresias foram condenadas por Inocêncio X.
7 – Em 1687, através da Constituição  “Caelestis Pastor”, o Papa Inocêncio XI condenou como heréticas  68 proposições de Miguel de Molinos (†1696), sobre o Quietismo, que era uma tendência mística que coincidia a perfeição espiritual com tranqüilidade e passividade da alma, de modo que o cristão não desejava mais a sua bem aventurança eterna, nem a aquisição da virtude; qualquer tendência nele estaria extinta. A alma colocada neste estado de aniquilamento não pecaria mais, e não seriam mais necessárias as orações vocais, as práticas de piedade e a luta contra as tentações.
8 – Em 1699, através da Constituição “Cumm alias”, o Papa Inocêncio XII condenou 23 proposições de François de Salignac Fènelon, da obra “Explications des máximes des Saints sur la vie intérieure”, que pretendiam renovar o Quietismo, apresentando-o como modalidade de puríssimo amor a Deus.
9 – Em 1713, através da Constituição “Unigenitus”, o Papa Clemente XI condenou 101 afirmações do livro “Reflexions Moralis” de Pascássio Quesnel (†1719). Era de novo o Jansenismo, com suas concepções pessimistas. É relevante lembrar aqui que foi na crise jansenista que se deram as aparições do Sagrado Coração de Jesus (1673-1675) à Santa Margarida Maria Alocoque, que sobretudo lembrava ao mundo a misericórdia de Deus e o Amor de Cristo que se fez homem, em oposição às teses do jansenismo pessimista.
10 – Em 1794, através da Constituição “Auctorem Fidei”, o Papa Pio VI condenava 85 teses heréticas promulgadas em 1786 pelo Sínodo de Pistoria (Toscana), que eram a expressão radical do nacionalismo e do despotismo de Estado que haviam começado a crescer nos tempos de Felipe IV, o Belo, da França. Essa mentalidade levava os soberanos católicos a pretender criar Igrejas regionais, independentes do Papa,  subordinando a Igreja ao Estado. Entre outras coisas pretendia a abolição da devoção ao Sagrado Coração de Jesus, das procissões, das imagens, das indulgências, das espórtulas da Missa e outros serviços religiosos, redução das Ordens e Congregações Religiosas a um tipo só, jansenista.
cpa_os_dogmas_da_f_11 – Em 1854, pela bula “Inefabilis Deus”, o Papa Pio XI definiu o dogma da Imaculada Conceição de Maria.
12 – Em 1950, pela Constituição “Munificientíssimus Deus”, o Papa Pio XII definiu o dogma da Assunção de Nossa Senhora ao Céu, de corpo e alma.
É preciso dizer aqui que os demais documentos do Magistério da Igreja e, de modo especial do Papa, mesmo que não sejam pronunciamentos “ex-cáthedra”, pertencem ao magistério ordinário da Igreja, ao qual  os fiéis católicos devem o devido respeito, como ensina o Concílio Vaticano II:
“Religiosa submissão da vontade e da inteligência devem de modo particular, ser prestada ao autêntico Magistério do Romano Pontífice, mesmo quando não fala “ex-cathedra”. E isto de tal modo que seu magistério supremo seja reverentemente reconhecido, suas sentenças sinceramente acolhidas, sempre de acordo com a sua mente e vontade” (LG, 25).
Prof. Felipe Aquino

Via: Cléofas 

Papa: Jesus nos dá a verdadeira alegria, não a riqueza

23/05/2016


Cidade do Vaticano (RV) - “O cristão vive na alegria e no estupor graças à ressurreição de Jesus Cristo”, disse o Papa Francisco na missa celebrada na manhã desta segunda-feira, (23/05), na Casa Santa Marta. 


Comentando a Primeira Carta de São Pedro Apóstolo, o Pontífice sublinhou que não obstante as provações, nunca nos será tirada a alegria “daquilo que Deus fez em nós. Regenerou-nos em Cristo e nos deu a esperança”. 
A carteira de identidade do cristão é a alegria do Evangelho
“Podemos caminhar rumo àquela esperança que os primeiros cristãos representavam como uma âncora no céu. Aquela esperança que nos dá alegria”, disse Francisco, que acrescentou:
“O cristão é um homem e uma mulher da alegria, um homem e uma mulher com a alegria no coração. Não existe cristão sem alegria! Mas, Padre, eu já vi tanta coisa! Não são cristãos! Dizem que são, mas não são! Falta-lhes alguma coisa. A carteira de identidade do cristão é a alegria, a alegria do Evangelho, a alegria de ter sido escolhido por Jesus, salvo por Ele, regenerado por Jesus. A alegria daquela esperança que Jesus espera de nós, a alegria que, nas cruzes e nos sofrimentos desta vida, se expressa de outra maneira que é a paz, na certeza de que Jesus nos acompanha. Está conosco”.
“O cristão faz esta alegria crescer com a confiança em Deus. Deus se lembra sempre de sua aliança. O cristão sabe que Deus se lembra dele, que Deus o ama, que Deus o acompanha, que Deus o espera. Esta é a alegria”, disse ainda o Papa.
É um mal servir a riqueza, no final faz-nos tristes
Francisco, assim, dirigiu sua atenção para a passagem do Evangelho de hoje que narra o encontro de Jesus com o jovem rico. Um homem, disse, que “não foi capaz de abrir o coração à alegria e escolheu a tristeza”, “porque possuía muitos bens”:
“Era apegado aos bens! Jesus nos disse que não se pode servir a dois senhores: ou serve a Deus ou serve as riquezas. As riquezas não são ruins em si mesmas: mas servir a riqueza, esse é o mal. O pobre homem foi embora triste... “Ele franziu a testa e retirou-se triste”. Quando em nossas paróquias, nas nossas comunidades, em nossas instituições, encontramos pessoas que se dizem cristãs e querem ser cristãs, mas são tristes, algo está errado. E nós devemos ajudá-las a encontrar Jesus, a tirar essa tristeza, para que possa se alegrar com o Evangelho, possa ter essa alegria que é própria do Evangelho”.

Ele se concentrou sobre a “alegria e o estupor”. “O estupor bom – disse o Papa – diante da revelação, diante do amor de Deus, diante das emoções do Espírito Santo”.
O cristão “é um homem, uma mulher de estupor”. Uma palavra, destacou, que volta hoje no final, “quando Jesus explica aos Apóstolos que aquele jovem tão bom não conseguiu segui-lo, porque ficou preso às riquezas”.
Quem pode ser salvo, se perguntam então os Apóstolos? A eles, o Senhor responde: “Impossível aos homens”, mas “não a Deus!”. 
Não buscar a felicidade em coisas que, no final, nos entristecem
A alegria cristã, portanto, “o estupor da alegria, de ser salvos de viver presos às coisas, à mundanidade – as muitas mundanidades que nos afastam de Jesus – isso pode ser superado somente com a força de Deus, com a força do Espírito Santo”:
“Peçamos hoje ao Senhor que nos dê o estupor diante Dele, diante das muitas riquezas espirituais que nos deu; e com este estupor nos dê a alegria, a alegria da nossa vida e de viver com paz no coração as inúmeras dificuldades; e nos proteja da busca da felicidade em muitas coisas que, no final, nos entristecem: prometem muito, mas não nos darão nada! Lembrem-se bem: um cristão é um homem e uma mulher de alegria, de alegria no Senhor; um homem e uma mulher de estupor”.
(MJ/SP/BF)

Fonte: Rádio Vaticano 

22 de mai. de 2016

Reflexão do Evangelho. Solenidade da Santíssima Trindade 22/05/16 Ano C

O nosso coração é o lugar da morada de Deus


Esse Deus trino e maravilhoso quis morar no meio de nós. Nosso coração é o lugar da Sua morada, onde Ele quer se fazer presente

Tudo o que o Pai possui é meu. Por isso, disse que o que ele receberá e vos anunciará, é meu” (João 16, 15).


Celebramos, neste domingo, a Festa da Santíssima Trindade. Se todos os dias da nossa vida celebramos Deus entre nós, hoje, de modo especial, celebramos a identidade d’Ele.
Quem é Deus? Essa é uma pergunta que muitos fazem! Criança ou adulto, crente ou descrente, Deus é a realidade mais sublime que existe em todo o universo!
A Palavra de Deus, as Sagradas Escrituras nos ajudam a compreender, conhecer e saber quem é o Deus a quem servimos. É Ele quem se deixa revelar, ser conhecido ao longo da história da salvação e da humanidade.
Os primeiros pais que tivemos conheceram Deus como o Pai de todas as coisas, perceberam que Ele havia criado tudo. Eles perceberam, na perfeição das coisas criadas, na existência humana, que um Pai havia feito todas as coisas. E esse Pai fez questão de se manifestar e dizer: “Eu sou o princípio e o fim!”. Esse Pai foi se mostrando e conduzindo Seus filhos pela mão.
Esse Pai viu Seus filhos caírem, machucarem-se, perderem-se na realidade mais negativa da vida humana, que é o pecado. Esse Pai bondoso nos revelou que não estava sozinho. Por isso, ninguém pode ser sozinho na vida, precisamos ser um com Deus e Ele quer ser um conosco!
Deus, na Sua própria natureza, não estava sozinho. Quando Ele chegou à plenitude dos tempos, enviou-nos Seu Filho, que é igual a Ele, distinto quanto pessoa, porém, igual quanto natureza.
Na natureza divina, esse Filho estava com o Pai desde toda a eternidade. Eterno como Ele, revelou-nos a face do Pai, mostrou-nos o quanto amoroso, bondoso e misericordioso Ele é. Esse Filho deu Sua vida por nós, morreu para nos resgatar e nos colocar mais próximos do coração do Pai.
Foi este Filho quem nos revelou o segredo íntimo que os une. Esse segredo íntimo chama-se: Espírito Santo. O Espírito do Pai, do Filho, que é também uma pessoa divina, una como Eles. De modo que conhecemos a identidade de um Deus que é único. Não existem três deuses nem três realidades divinas. Há um único Deus, manifesto a nós em três pessoas distintas.
Que nome podemos dar a isso? Alguns chamam de Santíssima Trindade. Um Deus que é único e trino, contudo, a melhor definição de Deus é Amor!
As pessoas da Santíssima Trindade viveram a perfeição do amor, uma comunhão única, eterna, que não se rompe, e cada vez mais sólida se manifesta para a nossa realidade humana.
Esse Deus trino e maravilhoso quis morar no meio de nós, e o nosso coração é o lugar da Sua morada, onde Ele quer se fazer presente. Primeiro, para romper a nossa falta de unidade interior, para nos ajudar a sermos criaturas únicas, ligadas e unidas a Deus, para romper toda divisão que há no seio da humanidade.
Salve, Trindade Santa! Salve, Deus uno e trino!

Deus abençoe você!


Por Padre Roger Araújo 
Fonte: Canção Nova 

22/05 – Santa Rita de Cássia

Não são poucos os santos que chegaram à santidade por meio de um longo processo de aperfeiçoamento espiritual através do que os moralistas acharam os “três estados de vida”: casamento, viuvez, vida religiosa. Na idade Moderna, poderíamos lembrar, entre outros, de São Francisco de Borja, governador e duque, que se fez jesuíta depois de perder a esposa e casar seus filhos, chegando a ser terceiro geral da Companhia de Jesus; S. Afonso Rodrigues, também jesuíta, após a morte de sua esposa a de suas duas filhas; Santa Francisca Romana, fundadora das Oblatas de Maria; Santa Luíza de Marillac, fundadora das Irmãs da Caridade; Santa Francisca Fremiot de Chantal, fundadora das Salesas.
Santa Rita de Cássia (1381-1457) pertenceu a este grupo, pois ela também foi casada, Viúva e religiosa. Há, contudo, uma diferença fundamental entre ela e os Santos acima mencionados: o casamento não foi para ela, como para Francisco de Borja ou Luíza de Marillac, uma etapa de harmonioso crescimento espiritual, mas um período de terrível provação.
Casada aos treze anos, teve de suportar durante dezoito longos anos os excessos de um marido duro e cruel. Quando morreu assassinado, Rita ofereceu a Deus a vida de seus dois filhos, João e Paulo Maria, determinados a vingar a morte do pai. Os dois morreram antes de consumar a vingança. Pede então ser admitida no convento das freiras agostinianas. E-lhe negado por não ser virgem. Insiste três vezes. A lenda revestiu poeticamente esse fato, fazendo-a ser introduzida no convento milagrosamente por seus três santos protetores. Por isso é invocada como advogada dos impossíveis.
Oração a Santa Rita de Cássia
Ó Poderosa e gloriosa Santa Rita, eis a vossos pés uma alma desamparada que, necessitando de auxílio, a vós recorre com a doce esperança de ser atendida por vós que tem o título de santa dos casos impossíveis e desesperados. Ó cara santa, interessai-vos pela minha causa, intercedei junto a Deus para que me conceda a graça de que tanto necessito (faça o pedido). Não permitais que tenha de me afastar de vossos pés sem ser atendido. Se houver em mim algum obstáculo que me impeça de alcançar a graça que imploro, auxiliai-me para que o afaste. Envolvei o meu pedido em vossos preciosos méritos e apresentai-o a vosso celeste esposo, Jesus, em união com a vossa prece. Ó Santa Rita, eu ponho em vós toda a minha confiança. Por vosso intermédio, espero tranquilamente a graça que vos peço. Santa Rita, advogada dos impossíveis, rogai por nós.Amém. 

Cléofas 

Papa Angelus: Deus é família aberta, não devemos nos fechar

22/05/2016

Cidade do Vaticano (RV) – A dimensão trinitária nos “ensina que Deus é uma ‘família’ de três pessoas que se amam tanto de modo a formar uma só coisa. Esta ‘família divina’ não é fechada em si mesma, mas é aberta, comunica-se na criação e na história e entrou no mundo dos homens para chamar todos a fazerem parte”: foi o que disse o Papa Francisco neste domingo, antes do Angelus com os fiéis e peregrinos reunidos na Praça São Pedro. Na sua reflexão antes da oração mariana, o Santo Padre falou do mistério trinitário, mistério da fé cristã, na Solenidade da Santíssima Trindade.


Imagem e semelhança de Deus
Um “horizonte” de comunhão – continuou o Papa – “que envolve todos e nos estimula a viver no amor e na partilha fraterna, certos de que onde há amor, há Deus”:
“O nosso ser, criados à imagem e semelhança de Deus-comunhão nos chama a compreender nós mesmos como seres-em-relação e a viver as relações interpessoais na solidariedade e no amor recíproco. Tais relações são reproduzidas, em primeiro lugar, no âmbito de nossas comunidades eclesiais, para que seja sempre mais clara a imagem da Igreja ícone da Trindade”.
Solenidade da Santíssima Trindade
Mas se reproduzem também – continuou o Papa – “em todas as relações sociais, da família até as amizades no ambiente de trabalho: são oportunidades concretas que são oferecidas para construir relações sempre mais humanamente ricas, capazes de respeito mútuo e amor altruísta”.
“A festa da Santíssima Trindade nos convida a nos comprometermos nos eventos diários para sermos fermento de comunhão, de consolação e de misericórdia. Nesta missão, somos sustentados pelo poder que o Espírito Santo nos dá: ele cuida da carne da humanidade ferida pela injustiça, pela opressão, pelo ódio e pela ganância”.
O Papa Francisco concluiu recordando a Virgem Maria, que “na sua humildade, aceitou a vontade do Pai e concebeu o Filho por obra do Espírito Santo. Que ela nos ajude, espelho da Trindade, a fortalecer a nossa fé no Mistério trinitário e encarná-la com escolhas e atitudes de amor e unidade”. (SP)
Rádio Vaticano 

Natividade de São João Batista: o maior dos profetas

A natividade de  São João Batista  é  uma solenidade muito importante no ano litúrgico, porque nesse dia lembramos o maior dos profetas, com...