29 de jan. de 2016

30 Jan Santa Jacinta Marescotti, mestra das noviças

Jacinta Marescotti de tal forma empenhou-se na vida de oração, de pobreza, de castidade e vivência da regra

Em Roma, em 1585, nasceu Jacinta, dentro de uma família muito nobre, religiosa, com posses, mas que possuía, principalmente, a devoção, o amor acima de tudo. Seus pais faziam de tudo para que os filhos conhecessem Jesus e recebessem uma ótima educação.
Jacinta Marescotti que, então, tinha como nome de batismo Clarisse, foi colocada num convento para a sua educação, numa escola franciscana, juntamente com as irmãs. Uma das irmãs dela já era religiosa franciscana.
Crescendo na educação religiosa, com valores. No entanto, a boa formação sempre respeita a liberdade. Já moça e distante daqueles valores por opção, ela quis casar-se. Saiu da vida religiosa, começou a percorrer caminhos numa vida de pecados, entregue à vaidade, à formosura e aos prazeres. Enfim, ia se esvaziando. Até que outra irmã sua veio a se casar. Sua reação não foi de alegria ou de festa, pelo contrário, com inveja e revolta ela resolveu entrar novamente na vida religiosa.
A consequência foi muito linda, porque ao entrar nesse segundo tempo, ela voltou como estava: vazia, empurrada por ela própria, pela revolta. Lá dentro, ela foi visitada por sofrimentos. Seu pai, que tanto ela amava e que lhe dava respaldo material, faleceu, foi assassinado. Ela pegou uma enfermidade que a levou à beira da morte. Naquele momento de dor, ela pôde rever a sua vida e perceber o quanto Deus a amava e o quanto ela não correspondia a esse amor.
Arrependeu-se, quis confessar-se e o sacerdote foi muito firme, inspirado naquele momento a dizer: “Eu só entro para o sacramento da reconciliação se sair, do quarto dela, tudo aquilo que está marcado pelo luxo e pela vaidade”. Até as suas vestes eram de seda, diferente das outras irmãs. Ela aceitou, pois já estava num processo de conversão. Arrependeu-se, confessou-se e, dentro do convento, começou a converter-se.
Jacinta Marescotti de tal forma empenhou-se na vida de oração, de pobreza, de castidade e vivência da regra que tornou-se, mais tarde, mestra de noviças e superiora do convento.
Deus faz maravilhas na vida de quem se deixa converter pelo Seu amor.
Santa Jacinta Marescotti, rogai por nós!

Fonte: Canção Nova 

Renovar e redescobrir as obras de Misericórdia - Papa à Doutrina da Fé

29/01/2016



O Papa centrou o discurso que lhes dirigiu no Ano Santo da Misericórdia, exprimindo o desejo de que seja uma ocasião para “todos os membros da Igreja renovarem a sua fé em Jesus Cristo que é o rosto da misericórdia do Pai, a via que une Deus e o homem”.
O Papa exprimiu igualmente o desejo de que “pastores e fiéis” redescubram ao longo deste Ano Santo “As obras de misericórdia corporais e espirituais” pois, quando no fim da vida terrena de cada um de nós nos será perguntado não apenas se demos de comer e beber a quem tinha sede e fome, mas também  se ajudamos as pessoas a “sair da dúvida” , se acolhemos os pecadores, admoestando-os e corrigindo-os e se fomos capazes de combater a ignorância, sobretudo relativamente à fé cristã e a uma vida correcta.
Francisco continuou dizendo que “na fé e na caridade se dá uma relação cognitiva e unificante com o mistério do Amor, que é o próprio Deus”. Deus que, embora permanecendo um mistério, tornou efectiva e afectiva a sua misericórdia, através de Jesus feito homem para a nossa salvação. E é nisto  - disse o Papa - que está a razão de ser da Congregação para a Doutrina da fé:
Com efeito, a fé cristã não é apenas conhecimento a ser conservado na memória, mas verdade a ser vivida no amor. Por isso, juntamente com a doutrina da fé, é necessário conservar também a integridade dos costumes, de modo particular nos âmbitos mais delicados da vida. A adesão da fé à pessoa de Cristo implica tanto o acto da razão como a resposta moral ao seu dom. A este respeito, agradeço-vos por todo o empenho e a responsabilidade que exercitais ao tratar os casos de abuso de menores da parte de clérigos”.
O Papa chamou mais uma vez a atenção para a delicadeza que a tarefa de proteger a integridade da fé comporta, dizendo que isto requer um “empenho colegial”. Nesta linha agradeceu os Consultores e Comissário que colaboram com o Dicastério para Doutrina da Fé, encorajando-o a continuar e a intensificar  estas colaborações e a promover a nível eclesial  “a justa sinodalidade”. A este respeito citou como positiva a reunião realizada no ano passado com as Comissões doutrinais das Conferências Episcopais europeias, frisando que sem “uma abertura à dimensão transcendental da vida (…)  a Europa corre o risco de perder aquele espírito humanístico que, no entanto, ama e defende”.
Para o Papa Francisco, renovação da vida eclesial significa estudar a “complementaridade entre os dons hierárquicos e carismáticos” , dons que “são chamados a colaborar em sinergia para o bem da Igreja e do mundo”:
O testemunho desta complementaridade é hoje, mais do que nunca, urgente e representa uma expressão eloquente daquela ordenada pluriformidade que caracteriza o tecido eclesial, reflexo da harmoniosa comunhão que vive no coração do Deus Uno e Trino”.
A relação entre estes dons – hierárquicos e carismáticos – remete para “a sua raiz trinitária na ligação entre Logos divino incarnado e o Espírito Santo que é sempre dom do Pai e do Filho”, raiz que, se reconhecida e aceite com humildade, permite à Igreja renovar-se em todos os tempos.
Unidade e Pluriformidade são os sigilos de uma Igreja que, movida pelo Espírito, sabe caminhar, com passos seguros e fieis em direcção à meta que o Senhor Ressuscitado lhe indica ao longo da História.”
E o Papa concluiu enaltecendo mais uma vez a dinâmica sinodal que – disse - “se entendida correctamente” nasce da comunhão e conduz à comunhão”. 

Rádio Vaticano 

Papa: fraqueza faz pecar, mas não nos transformemos em corruptos

29/01/2016


Rezemos a Deus para que a fraqueza que nos leva a pecar nunca se transforme em corrupção. A este tema, já abordado no passado, o Papa dedicou a homilia da missa desta sexta-feira (29/01), na Casa Santa Marta. Francisco narrou a história bíblica de David e Betsabé, sublinhando que o demónio induz os corruptos a não sentir – como os outros pecadores – a necessidade do perdão de Deus.
Pode-se pecar em muitos modos e por tudo se pode pedir sinceramente perdão a Deus e saber que sem dúvidas, o perdão será obtido. O problema nasce com os corruptos. O pior dos corruptos – reafirmou o Papa – é que “ele não precisa pedir perdão”, porque lhe é suficiente o poder no qual se sustenta a sua corrupção.
É o comportamento que o rei David assume quando se apaixona por Betsabé, esposa do oficial Urias, que está combatendo longe. O Papa ilustrou, citando alguns trechos, o episódio narrado na Bíblia. Depois de seduzir a mulher e saber que está grávida, Davi arquitecta um plano para encobrir o adultério. Manda chamar Urias e lhe propõe ir descansar em casa. Homem leal, Urias não aceita ir enquanto seus homens morrem na batalha. Então, David tenta de novo, levando-o à embriaguez, mas nem isso funciona:
“Isto colocou David em dificuldade, mas Urias disse: ‘Não, não posso...’ E escreveu uma carta, como ouvimos: “Façam Urias ser capitão, coloquem-no à frente da batalha mais difícil e depois, retirem-se, para que seja atingido e morra”. Uma condenação à morte. Este homem, fiel – fiel à lei, fiel ao seu povo, fiel ao seu rei – recebeu uma sentença de morte”.
 “David é santo, mas também pecador”. Cede à luxúria mas, apesar disso, considerou Francisco, Deus “gostava tanto” dele. Mesmo assim, observa, “o grande, o nobre David” sente-se tão "seguro" – ‘porque o reino era forte’ – que, depois de cometer adultério, move todas as alavancas à sua disposição para ajeitar as coisas, também de um modo mentiroso, até conspirar e ordenar o assassinato de um homem leal, fazendo-o passar por um infortúnio de guerra:
“Este é um momento na vida de David que nos faz ver um momento pelo qual todos nós podemos passar na nossa vida: é a passagem do pecado à corrupção. Aqui David começa, dá o primeiro passo em direcção à corrupção. Detém o poder e a força. E por isso, a corrupção é um pecado mais fácil para todos nós que temos um poder qualquer, seja poder eclesiástico, religioso, econômico, politico... Porque o diabo nos faz sentir seguros: ‘Eu posso’”.
A corrupção arruinou o coração daquele “rapaz corajoso” que havia enfrentado o filisteu com uma funda e cinco pedras. “Hoje gostaria de destacar somente isso”, concluiu Francisco: há “um momento em que a rotina do pecado, um momento em que a nossa situação é tão segura e somos bem vistos e temos tanto poder” que o pecado deixa “de ser pecado” e passa a ser “corrupção”. E “uma das piores coisas que há na corrupção é que o corrupto não sente necessidade de pedir perdão”:
“Façamos hoje uma oração pela Igreja, começando por nós, pelo Papa, pelos bispos, pelos sacerdotes, pelos consagrados, pelos fiéis leigos: ‘Mas, Senhor, salvai-nos, salvai-nos da corrupção. Pecadores sim, Senhor, somos todos, mas corrompidos, jamais’. Peçamos esta graça”. 
Fonte: Rádio Vaticano 

Por que José e Maria não tiveram relações sexuais?

Uma reflexão magistral de dom Fulton Sheen (1895-1979) sobre a sublimidade da Sagrada Família e o seu exemplo para os casais!


Reproduzimos a seguir uma exortação do arcebispo norte-americano dom Fulton Sheen (1895-1979) sobre o matrimônio cristão vivido a exemplo da Sagrada Família de Nazaré. É uma preciosidade!
Quero falar-vos de um matrimônio que formou uma família: o de Maria e José
Para se explicar a singularidade destas núpcias, importa ter presente uma verdade: pode haver casamento sem haver união física.
Isto pode verificar-se por três razões: porque os sentidos, já saciados, se tornaram insensíveis; porque os esposos, depois de se terem unido, fazem voto a Deus de renunciarem ao prazer para se dedicarem aos mais sublimes êxtases do espírito; e, finalmente, porque os esposos, não obstante o casamento, fazem voto de virgindade, renunciando aos direitos recíprocos. E a virgindade torna-se o fulcro desta união.
Uma coisa é renunciar aos prazeres da vida conjugal pela saciedade experimentada; outra é renunciar a eles antes de se terem experimentado, para formar apenas uma união de corações, como nas núpcias de Maria e José.
Eles se uniram como duas estrelas que nunca se conjugam, enquanto as suas luzes se cruzam na atmosfera.
Foi um enlace semelhante ao que se dá na primavera entre as flores que irradiam conjuntamente os seus perfumes; melodia formada pela fusão de sons de instrumentos diferentes.
Os esposos, renunciando aos seus direitos recíprocos, não destroem a essência do matrimônio, pois, como diz Santo Agostinho: “A base de um casamento de amor é a união dos corações”.
Isto sugere uma pergunta: por que foi necessário o casamento, se Maria e José fizeram voto de virgindade?
O casamento era necessário, não obstante o voto de virgindade, para preservar a Virgem de qualquer sombra, enquanto não chegasse o momento, para Ela, de revelar o mistério do nascimento de Jesus.
Julgou-se, então, que Nosso Senhor era filho de São José. E, assim, o nascimento de Cristo não foi exposto ao sarcasmo do povo, nem foi motivo de escândalo para os fracos na fé. Deste modo, a pureza de Maria pôde ter em José um testemunho e bem valioso.
Porém, todo o privilégio de graça deve ser correspondido. Maria e José haviam de vir a pagá-lo com a sua maior dor.
O Anjo não lhe havia mandado revelar a obra do Espírito Santo realizada nela, e Maria calou-se. José, não sabendo como explicar o fenômeno, pensou em repudiá-la.
Nossa Senhora revelou outrora a um santo: “Nunca experimentei angústia mais intensa, depois da do Gólgota, do que a dos dias em que, com meu pesar, tive de desagradar a José, que era um justo”.
José, não podendo compreender o sucedido, sofria: sabia que Maria tinha feito, como ele, voto de virgindade, e, portanto, reputando-a acima de toda suspeita, não queria considerá-la culpada. Que havia ele de pensar?
A surpresa de José era comparável à de Maria, quando, no momento da Anunciação, perguntou: “Como pode isso acontecer, se eu não conheço homem?”. Maria queria saber como podia ser virgem e mãe; José não sabia como podia ser virgem e pai.
E o anjo explicou-lhe que só Deus tinha o poder de fazer isso; não a ciência humana. Só os que entendem as vozes dos anjos podem penetrar este mistério.
Como José queria repudiar secretamente Maria, o anjo levantou-lhe o véu do mistério: de fato, apenas tal pensamento se apresentou ao espírito de José, apareceu-lhe em sonho um anjo que lhe disse: “José, filho de Davi, não receies ter contigo a tua esposa Maria, porque Aquele que dela há de nascer é obra do Espírito Santo. Ela dará à luz um filho a quem darás o nome de Jesus. Ele libertará o seu povo dos pecados” (Mateus 1, 20-21).
E assim, conhecendo as razões do nascimento de Cristo, José pôde encontrar de novo a paz. A sua alma transbordou de felicidade ao saber que era o pai putativo do Salvador do mundo e o guardião da Mãe daquele que não cabe nos céus.
Eis-nos, agora, na segunda pergunta relativa a José: era ele velho ou novo?
A maior parte das esculturas e dos quadros no-lo apresenta como um ancião de longas barbas brancas. Não há, todavia, nenhum dado histórico preciso a nos indicar a sua idade. Se indagarmos as razões pelas quais, em arte, ele é representado como um velho, descobrimos que esse aspecto lhe é atribuído em virtude de assim lhe caber melhor a função de guardião da virgindade de Maria.
Mas a arte fez de José um marido casto e puro mais pela idade que pela virtude. É como admitir que a melhor forma de representar um homem que nunca roubará é imaginá-lo sem mãos.
Esquece-se, acima de tudo, que, nos velhos, podem arder os mesmos maus desejos que nos jovens. Temos um exemplo em Suzana. Foram alguns velhos que a tentaram no jardim. Representando-se José como ancião, atribui-se maior merecimento à idade de um homem do que à sua virtude.
Considerar José como puro por ser velho seria o mesmo que querer exaltar uma torrente montanhosa privada de água. Antes parece lógico pensar que Nosso Senhor preferiu para pai putativo um homem que sabia e queria sacrificar-se, e não um que fosse obrigado a isso. De resto, parece-nos possível que Deus quisesse unir uma donzela a um idoso? Se Ele não desdenhou, aos pés da Cruz, confiar sua mãe ao jovem João, por que havia de a querer, na primavera da vida, ligada a um ancião?
O amor da mulher determina o do homem. A mulher é a silenciosa educadora da virilidade do marido. Uma vez que Maria é o símbolo da virgindade e é para todos a sublime inspiradora da pureza, por que não havia Ela de ter exercido essa maravilhosa fascinação sobre José, o Justo?
Não diminuindo a potência do amor, mas sublimando-a, ela conquistou o seu jovem esposo. Quero, pois, admitir que José fosse jovem, forte, viril, atlético, formoso e casto; aquele tipo de homem que ainda hoje podeis ver num prado a apascentar um rebanho, ou a pilotar um avião, ou na oficina de um carpinteiro.
Longe de ser incapaz de amar, ele estava em plena efervescência viril; não fruto seco, mas flor exuberante e promissora; não no ocaso da vida, mas no alvorecer, pletórico de energia, de força e de paixão!
Como nos aparecem mais belos Maria e José quando, ao contemplarmos a sua vida, descobrimos neles o primeiro romance de amor!
O coração humano não se comove diante do amor de um velho por uma jovem, mas como não nos sentirmos profundamente impressionados com o amor de dois jovens cujo liame é divino?
Maria e José eram ambos jovens, formosos e cheios de possibilidades.
Deus ama as cataratas impetuosas e as turbulentas cascatas, mas estou certo de que Ele as prefere, com a energia que delas emana, quando iluminam as cidades e, com suas águas, mitigam a sede de uma criança. Em Maria e José encontramos dois jovens que se entregam inteiramente à “paixão sem paixão” e à “impetuosa calma” de Jesus.
Maria e José levaram para as suas núpcias não só os seus votos de virgindade, mas também dois corações cheios de um amor maior que qualquer amor jamais alimentado por corações humanos. Nunca um par de noivos se amou tanto!
Posso perguntar-vos, a vós que sois casados: a que tendeis depois de vos terdes amado? Ao Infinito, a um eterno êxtase. Mas vós não podeis experimentá-lo na sua plenitude, porque o Infinito a que a vossa alma aspira está aprisionado pelo corpo. Isto vos obstrui o caminho para Deus, ao qual aspirais. Mas, se hoje, o ato de amor não vos faz experimentar uma delícia infinita, amanhã ser-vos-á dado experimentá-la no céu. Já não será então necessária a união dos corpos, porque tereis o amor infinito.
Eis porque disse Deus que no céu não haverá matrimônios. Não será necessária a aparência, porque tereis a substância. Ireis vós afadigar-vos para descobrirdes um raio de sol refletido num espelho se dele podeis gozar diretamente?
Pois bem, a alegria de possuir no céu um amor eterno, sem limites, para o qual aspira o vosso matrimônio em Cristo, foi já experimentado por Maria e José. Vós tendes necessidade da união material porque não possuís a realidade de Deus. Maria e José, possuindo Jesus, nada mais desejavam. Vós necessitais da comunhão física para compreenderdes a união de Cristo e da Igreja. Eles não, porque lhes fora confiada a Divindade.
Como disse Leão XIII em termos maravilhosos: “O seu matrimônio foi consumado em Jesus”. Vós vos unis nos corpos; eles, em Jesus. Por que haviam eles de procurar as alegrias da carne quando, em seu amor, estava a Luz do Mundo?
Em verdade, Ele é Jesus, a delícia dos corações. Estando Ele presente, nada mais conta.
Do mesmo modo que marido e mulher, inclinados sobre o berço do seu menino recém-nascido, se esquecem de si mesmos, assim Maria e José não tiveram outro pensamento senão Jesus.
Amor mais profundo nunca houve nem haverá jamais sobre a terra. Não alcançaram Deus através do seu amor recíproco, mas, tendo-se dirigido primeiramente a Ele, sentiram depois esse grande e puro amor um pelo outro.
José renunciou à paternidade no sangue, mas encontrou-a no espírito, pois tornou-se pai putativo de Jesus. Maria renunciou à maternidade, e encontrou-a na sua própria virgindade. Ela foi como o jardim fechado em que nada pôde entrar senão a Luz do Mundo, tal como a luz do dia penetra em uma sala sem lhe partir os vidros.
Dedico esta transmissão a todos vós os que sois casados cristãmente e a todos os que um dia hão de ser admitidos ao grande mistério do amor.
Sirva o exemplo de Maria e José para vos fazer compreender que o maior erro de um casal de noivos é o de suporem que duas pessoas são suficientes para se desposarem: ele e ela. Não! São necessárias três: ele, ela e Deus! José, Maria, Jesus.
Poderei pedir-vos, marido, mulher e filhos, que rezeis em comum, em homenagem a este amor perfeito da Sagrada Família, um rosário todas as noites? Todos os casais que eu tenho unido em matrimônio vos podem dizer que foi sempre esta a minha recomendação: rezarem todos em comum.
A oração de uma família unida é mais aceita a Deus do que aquela que se faz individualmente, porque a família representa a unidade da sociedade. O cristianismo é a única religião que tem caráter familiar, porque tem origem numa Mãe e num Filho.
Enquanto vós rezardes todas as noites o santo rosário com a vossa família, Nossa Senhora vos revelará o segredo do Amor e, talvez, vos segredeis entre vós: “Amo-te; não segundo a minha vontade, mas segundo a de Deus. Se, no amor, tu procurares a mim somente, não encontrarás nada; mas, se através de mim, procurares Deus, encontrarás tudo, porque, repito, é necessário sermos três para nos amarmos: tu, eu e Deus!”.
No amor de Jesus!
Dom Fulton J. Sheen

Fonte : http://pt.aleteia.org/2016/01/18/por-que-maria-e-jose-nao-tiveram-relacoes-sexuais/

Papa: o cristão tem um coração grande que acolhe todos

28/01/2016

Quinta-feira, 28 de janeiro – na Missa em Santa Marta o Papa Francisco afirmou que o cristão tem um coração grande que acolhe todos. O coração do cristão é magnânimo porque abre os braços para acolher todos com generosidade – disse o Santo Padre na memória litúrgica de S. Tomás de Aquino numa Missa concelebrada por sacerdotes com 50 anos de ordenação.
Partindo das leituras do dia o Papa Francisco recordou a luz do “Batismo” dos cristãos que deve ser doada e transmitida, porque o “cristão é uma testemunha”. Testemunha de “Jesus Cristo, Luz de Deus” e deve colocar esta luz no “candeeiro da sua vida” – sublinhou o Papa na sua homilia tendo referido que o “coração do cristão é magnânimo” porque é filho de um “Pai magnânimo”, é uma “alma grande” que não tem medo de perder para ser Jesus a ganhar:
“O coração cristão é magnânimo. Está sempre aberto. Não é um coração que se fecha no próprio egoísmo. Quando tu entras nesta luz de Jesus, entras em amizade com Jesus e deixas-te guiar pelo Espírito Santo, o coração torna-se aberto, magnânimo... O cristão, naquele ponto, não ganha: perde, mas perde para ganhar outra coisa, e com essa derrota de interesses, ganha Jesus, ganha tornando-se testemunha de Jesus.”
O Papa Francisco dirigiu-se depois aos sacerdotes presentes na Missa e que celebravam 50 anos de ordenação:
“Para mim é uma alegria celebrar hoje convosco que completam cinquenta anos de sacerdócio: cinquenta anos no caminho da luz e do testemunho, cinquenta anos tentando ser melhores, tentando levar a vela ao candelabro. Às vezes ela cai, mas vamos novamente, sempre com o desejo de oferecer luz generosamente, ou seja, com o coração magnânimo. Somente Deus e vocês sabem quanta gente receberam com magnanimidade, com a bondade de pais, de irmãos. Muitas pessoas que tinham o coração um pouco escuro e vocês ofereceram a luz, a luz de Jesus. Obrigado. Obrigado pelo que vocês fizeram na Igreja, pela Igreja e por Jesus.”

Fonte: Rádio Vaticano 

O Papa fala de paz e segurança com o Presidente do Togo

28/01/2016


O Papa Francisco recebeu nesta quinta-feira (28/01) em audiência o Presidente da República do Togo, Faure Essozimna Gnassingbé que, em seguida, teve encontro com o Cardeal Pietro Parolin, Secretário de Estado, acompanhado por D. Paul Richard Gallagher, secretário para as Relações com os Estados.
"Durante as cordiais conversações – segundo informa a Sala de Imprensa do Vaticano – tomou-se conhecimento das boas relações existentes entre a Santa Sé e o Togo, e das perspectivas para uma sua ulterior consolidação. Foi, em seguida, tomada em consideração a contribuição dos católicos para o desenvolvimento do País e o progresso integral do povo togolês, particularmente na educação. Mais tarde na conversa foram revistos alguns desafios que afectam os Países da África Ocidental e a África Subsaariana, salientando-se a necessidade de um empenho comum em favor da segurança e da paz na região”. 

Fonte: Rádio Vaticano 

28 de jan. de 2016

As misericórdias de Deus são de sempre e para sempre

Onde abundou o delito, superabundou a graça…Conheça essa belíssima meditação de São Bernardo, doutor da Igreja:
breviariodaconfiancaOnde encontrar repouso tranquilo e firme segurança para os fracos, a não ser nas chagas do Salvador? Ali permaneço tanto mais seguro, quanto mais poderoso é ele para salvar. O mundo agita, o corpo dificulta, o demônio arma ciladas; não caio, porque estou fundado sobre rocha firme. Pequei e pequei muito; a consciência abala-se, mas não se perturba, pois me lembro das chagas do Senhor. Ele foi ferido por causa de nossas iniquidades. Que pecado tão mortal que a morte de Cristo não apague? Se vier à mente tão poderoso e eficaz remédio, não haverá mal que possa aterrorizar.
Por isso, muito errou quem disse: Tão grande é o meu pecado que não merece perdão. Mostra com isso não ser membro de Cristo nem lhe interessar o mérito de Cristo, por apoiar-se no próprio merecimento, declarar coisa sua o que pertence a outro, como acontece com um membro em relação à cabeça.

Quanto a mim, vou buscar o que me falta confiadamente nas entranhas do Senhor, tão cheias de misericórdia, que não lhe faltam fendas por onde se derrame. Cavaram suas mãos e seus pés, traspassaram seu lado; por estas fendas é-me permitido sugar o mel da pedra, o óleo do rochedo duríssimo, quero dizer, provar e ver quão suave é o Senhor.
Ele alimentava pensamentos de paz e eu não sabia. Pois quem conheceu o pensamento do Senhor? Ou quem foi seu conselheiro? Mas o cravo que penetra tornou-se-me a chave que abre a fim de ver a vontade do Senhor. Que verei através das fendas? Clama o cravo, clama a chaga que Deus está em Cristo reconciliando o mundo consigo. A espada atravessou sua alma e tocou seu coração; é-lhe agora impossível deixar de compadecer-se de minhas misérias.

Abre-se o íntimo do coração pelas chagas do corpo, abre-se o magno sacramento da piedade, abrem-se as entranhas de misericórdia de nosso Deus que induziram o Oriente, vindo do alto a visitar-nos. Qual o íntimo que se revela pelas chagas? Como poderia brilhar de modo mais claro do que em vossas chagas, que vós, Senhor, sois suave e manso e de imensa misericórdia? Maior compaixão não há do que entregar sua vida por réus de morte e condenados.
Em vista disso, meu mérito é a misericórdia do Senhor. Nunca me faltam méritos enquanto não lhe faltar a comiseração. Se forem numerosas as misericórdias do Senhor, eu muitos méritos terei. Que acontecerá se me torno bem consciente dos meus muitos pecados? Onde abundou o delito, superabundou a graça. E se as misericórdias de Deus são de sempre e para sempre, também eu cantarei eternamente as misericórdias do Senhor. Acaso é minha a justiça? Senhor, lembrar-me-ei unicamente de vossa justiça. Vossa, sim, e minha; porque vós vos fizestes para mim justiça de Deus.
Dos Sermões sobre o Cântico dos Cânticos, de São Bernardo, abade (Séc. XII)
(Sermo 61,3-5: Opera omnia 2,150-151)

Cléofas 

27 de jan. de 2016

Audiência: a misericórdia de Deus atua sempre para salvar

27/01/2016


Quarta-feira, 27 de janeiro – na audiência geral o Papa Francisco continuou com as suas catequeses sobre a misericórdia na perspetiva bíblica. Como habitualmente, a audiência foi introduzida por uma leitura bíblica. Desta vez, foi lida nas várias línguas uma passagem do Livro do Êxodo ((2,23-25) na qual Deus escuta os gemidos dos filhos de Israel na servidão. Na sua misericórdia, atende o grito de socorro; não desvia o olhar para não ver, não é indiferente ao sofrimento humano. Nas palavras do Papa Francisco: “Deus recordou-se da sua aliança com Abraão, Isaac e Jacob”.
Assim, o Senhor intervém para salvar, suscitando homens capazes de ouvir o gemido do sofrimento e agir em favor dos oprimidos. Como mediador de libertação para o seu povo, envia Moisés, que vai ter com o Faraó para o convencer a deixar partir Israel e depois guia-o no caminho para a liberdade.
Moisés, quando era menino, fora salvo das águas do rio Nilo pela misericórdia divina; e agora é feito mediador daquela mesma misericórdia a favor do seu povo, permitindo-lhe nascer para a liberdade salvo das águas do Mar Vermelho.
É que a misericórdia de Deus atua sempre para salvar – sublinhou o Papa Francisco. Através do seu servo Moisés, o Senhor guia Israel no deserto como se fosse um filho, educa-o na fé e faz aliança com ele criando um vínculo fortíssimo de amor, uma relação semelhante à que existe entre pai e filho e entre marido e esposa. É uma relação particular, exclusiva, privilegiada de amor, fazendo dos israelitas “um reino de sacerdotes e uma nação santa”.
A misericórdia divina torna o homem precioso, como um tesouro pessoal que pertence ao Senhor, que Ele guarda e no qual Se compraz. Tornamo-nos joias preciosas nas mãos do Pai bom e misericordioso – afirmou o Papa Francisco na conclusão da sua catequese.
Nas saudações o Santo Padre dirigiu-se também aos peregrinos de língua portuguesa:
“Queridos peregrinos de língua portuguesa, sede bem-vindos! A todos vos saúdo, especialmente aos fiéis de Brasília e S. José dos Campos, desejando-vos que nada nem ninguém possa impedir-vos de viver e crescer na amizade de Deus Pai; mas deixai que o seu amor sempre vos regenere como filhos e vos reconcilie com Ele e com os irmãos. Desça, sobre vós e vossas famílias, a abundância das suas bênçãos.”
No final da audiência houve uma breve apresentação circense e Francisco mencionou ainda uma iniciativa do Conselho Pontifício Cor Unum por ocasião do Ano Jubilar: trata-se de uma jornada de retiro espiritual para as pessoas, grupos e obras que estão empenhadas nos serviços de caridade. Este retiro deverá ser realizado a nível local, nas dioceses, durante a próxima Quaresma. Um momento para “refletir sobre o chamamento a sermos misericordiosos como o Pai".
O Papa Francisco a todos deu a sua bênção!

Rádio Vaticano 

As devoções da Igreja para cada mês do Ano

A Igreja procura santificar o ano todo celebrando a cada dia os Santos do dia, ou as festa e solenidades especiais. Mas também a cada mês do ano a Igreja dedica uma devoção particular. A escolha dessa devoção mensal é feita com base em algum acontecimento histórico ou alguma celebração litúrgica especial.
Essas devoções surgiram espontaneamente ao longo da vida da Igreja, e nem sempre é possível se determinar exatamente a data e o local de sua origem. E isto pode mudar de um país para o outro, dentro da unidade da Igreja respeitando a saudável diversidade; especialmente as diferenças culturais do Ocidente e do Oriente católicos. No livro “Orações de todos os tempos da Igreja” (Ed. Cléofas, 1998) você encontra orações para todas essas devoções.
Conheça algumas delas:
Em JANEIRO a devoção é dedicada o Santíssimo Nome de Jesus, porque oito dias após o Natal, São José o circuncidou dando-lhe o sagrado nome. A Igreja celebra oito dias após o Natal, em 2 janeiro, de acordo com o “Diretório da Liturgia” da CNBB, a festa do Santíssimo Nome de Jesus. O anjo disse a Maria: “Não temas, Maria, pois encontraste graça diante de Deus. Eis que conceberás e darás à luz um filho, e lhe porás o nome de Jesus” (Lc 1, 30-31). Por causa das festas em Janeiro que pertencem a infância de Cristo, Janeiro também se tornou o mês dedicado a Santa Infância de Jesus.
FEVEREIRO é o mês da Sagrada Família porque após as celebrações do Natal, a Igreja a venera. Foi na Sagrada Família que Jesus viveu toda a a sua vida antes de começar a sua vida pública para a salvação a humanidade. Ali ele aprendeu as coisas santas, trabalhou com mãos humanas, obedeceu a Seus pais e se preparou para a grande missão. Olhando para a Sagrada Família a Igreja deseja que os casais e filhos aprendam a viver segundo a vontade de Deus. “O mundo seria bem melhor se o Natal não fosse um dia, se as mães fossem Maria e os pais fossem José”. Embora o começo da Quaresma mude de acordo com o calendário civil, uma boa parte de Fevereiro nos dá um espaço de tempo entre as celebrações do Natal e do foco maior na vida pública e no ministério de Jesus, que ocorre na Quaresma.
cpa_para_entender_e_celebrar_a_liturgia_1MARÇO é o mês da devoção a São José, porque a sua festa maior é no dia 19 de março: São José, o esposo da Virgem; o homem justo que teve a honra e a glória de se escolhido por Deus para ser o pai legal, nutrício, de Seu Filho feito homem. Coube a José dar-lhe o nome de Jesus. Neste mês a Igreja nos convida a olhar para este modelo de pai amoroso, esposo fiel e casto, trabalhador dedicado; pronto a fazer, sem demora a vontade de Deus. A Igreja lhe presta um culto de “protodulia” (primeira veneração).
Há muitas orações dedicadas a São José, a Ladainha em sua honra, o Terço de São José, etc.. Santa Teresa de Ávila disse que sempre que lhe fazia um pedido a São José, em uma de suas festas (19 de março ou 1 de maio), nunca deixou de ser atendida. Todos os seus Carmelos renovados tiveram o nome de São José.
O mês de ABRIL é dedicado a Eucaristia e ao Divino Espírito Santo. Quase sempre o Dia da Páscoa cai em abril; e, mesmo quando cai em Março, o período pascal de 40 dias continua em abril. A Eucaristia é o centro da vida da Igreja. Ela é o Sacrifício de Cristo que se atualiza (torna-se presente) no altar, na celebração da santa Missa; e Alimento (banquete) do Cordeiro que se dá como alimento espiritual. É a maior prova de amor de Jesus para conosco. Além da Missa, Ele permanece em estado de vítima oferecida permanentemente ao Pai em nossos Sacrários, para nos socorrer em todas as necessidades e estar sempre conosco. “Tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim” (Jo 13,1).
MAIO é o mês da Virgem Maria porque é repleto de Suas Festas: 13 de maio (Na. Sa. de Fátima), Visitação (31 de maio); e por ser ela Mãe de Deus e nossa, o mundo cristão comemora o Dia das Mães no segundo domingo de maio, rogando-lhe que defenda, proteja e auxilie todas as mães em sua difícil missão. A devoção a Virgem Maria quer destacar o papel fundamental dela de Medianeira de todas as graças, intercessora permanente do povo de Deus, modelo para as mães cristãs, pura e santa, sempre pronta e disposta a fazer a vontade de Deus. É o mês por excelência para as noivas se casarem e consagrarem seus casamentos a Ela, é o mês de rezar o Rosário e a Sua bela Ladainha lauretana.
JUNHO é o mês do Sagrado Coração de Jesus. Uma devoção que começou por volta do ano 1620 quando Jesus a pediu a Santa Margarida Maria Alacoque. Foi divulgada no mundo por São Claudio de La Colombiere, que era diretor espiritual da Santa. Era um tempo em que havia uma perigosa heresia chamada jansenismo, que impedia os católicos de Comungarem com frequência e incutia medo de Deus nas pessoas. A devoção ao Sagrado Coração quer mostrar um Jesus humano, misericordioso, pronto a perdoar como o Pai do filho pródigo; e que encoraja a participação na Adoração a Eucaristia e a receber a Sagrada Comunhão na primeira sexta-feira de cada mês. Conhecemos a bela Ladainha do Sagrado Coração de Jesus e inúmeras orações compostas pelos santos.
JULHO é dedicado ao Preciosíssimo Sangue de Nosso Senhor; e a festa específica é no primeiro Domingo do mês. O Sangue de Jesus é o “preço da nossa salvação”. A piedade cristã sempre manifestou, através dos séculos, especial devoção ao Sangue de Cristo derramado para a remissão dos pecados de todo o gênero humano, e atravessando a história até hoje com Sua presença real no Sacramento da Eucaristia. O Papa São João Paulo II, em sua Carta Apostólica “Angelus Domini”, frisou o convite de João XXIII sobre o valor infinito daquele Sangue, do qual “uma só gota pode salvar o mundo inteiro de qualquer culpa”.
AGOSTO é o mês dedicado às vocações no Brasil. Em cada semana do mês a Igreja destaca uma modalidade delas: a vocação sacerdotal, matrimonial, religiosa e os leigos. A vocação define a vida religiosa da pessoa, e é dada por Deus a cada um. Em Sua bondade e sabedoria, Deus distribui Seus dons a cada um como lhe apraz; o importante é que cada um descubra a sua vocação, e nela se realize fazendo o bem a todos. Especialmente é tempo dos jovens rezarem pedindo a Deus o discernimento para o caminho a seguir. De modo especial os leigos devem assumir a sua missão no mundo, como “sal da terra e luz do mundo”; fiéis aos ensinamentos da Igreja, levando o Evangelho a todas as realidades temporais.
SETEMBRO no Brasil é o mês da Bíblia, com a finalidade de que o povo católico se aproxime mais dela, a leia e medite, a conheça e aprofunde os seus conhecimentos bíblicos, promovendo cursos bíblicos, etc.. Não é sem razão que São Pedro disse: “Antes de tudo, sabei que nenhuma profecia da Escritura é de interpretação pessoal porque jamais uma profecia foi proferida por efeito de uma vontade humana. Homens inspirados pelo Espírito Santo falaram da parte de Deus” (2 Pd 1,20-21). A Carta aos Hebreus nos lembra de que que “a palavra de Deus é viva, eficaz, mais penetrante do que uma espada de dois gumes, e atinge até à divisão da alma e do corpo, das juntas e medulas, e discerne os pensamentos e intenções do coração” (Hb 4,12).
cpa_ora_es_de_todos_os_tempos_da_igrejaOUTUBRO é o mês do santo Rosário e das Missões. Santo Rosário porque a Europa cristã se viu livre da ameaça muçulmana que queria destruir o cristianismo, no ano 1571; mas foram vencidos pelas forças cristãs na Batalha de Lepanto, no mar da Grécia. O Papa São Pio V pediu aos exércitos cristãos que levassem a “arma do Rosário”. Como a grande e milagrosa vitória se deu no dia 7 de outubro, o Papa instituiu neste dia a Festa de Nossa Senhora do Santo Rosário. O mês das missões é um devoção para estimular ainda mais a missão evangelizadora que Cristo confiou à Igreja. Mandou que seus discípulos fossem pelo mundo todo, pregando o Evangelho e batizando a todos.
NOVEMBRO é mês dedicado às almas do Purgatório. O Dia de Finados, no dia 2 de Novembro, é dedicado às orações por todos os fiéis falecidos. O Papa Paulo VI, na “Constituição das Indulgências”, de 1967, estabeleceu indulgências parciais e plenárias pelas almas do purgatório, e determinou a semana de 1 a 8 de novembro como a semana das almas, em que podemos lucrar indulgências plenárias a elas mediante uma visita ao cemitério para rezar por elas, tendo se confessado, comungado e rezado pelo Papa (Pai Nossa, Ave Maria, Glória ao Pai). As almas, por elas mesmas não podem conseguir sua purificação; dependem de nossas orações, missas, esmolas, penitências, etc., por elas.
DEZEMBRO é o mês do Advento e do Natal. São quatro semanas de preparação para a vinda de Cristo no Natal. Arma-se a “coroa do Advento”, com uma vela acessa a cada domingo, meditando esse tempo de graça. É um tempo propício para preparação espiritual e piedosa para celebrar o Natal e também a segunda e definitiva vinda do Senhor. É o tempo do Presépio, que nos ajuda a meditar este grande mistério da Encarnação do Verbo, que “se fez pobre para nos enriquecer”, como disse São Paulo.
Prof. Felipe Aquino

Cléofas 

Comece o dia na presença de Deus

São Francisco de Sales dá orientações interessantes para a oração e meditação nos escritos em sua Filotéia (Alma que ama a Deus):
1 – Antes de começar, lembrar que Deus está em toda parte.
2 – Colocar-se na sua presença, ter consciência disso.
3 – Saber que Ele está em nossa alma: não o vemos, mas Ele nos vê, ouve, acompanha…
4 – Pedir o Seu auxílio para a oração e meditação.
5 – Não ter pressa na oração: rezar como coração.
6 – Escolher um mistério para meditar. Pode-se usar um bom livro de meditação, a Bíblia, e fazer leitura orante.
paraestarmenor7 – Confrontar a própria vida com a meditação para viver as virtudes e o amor a Deus.
8 – Agradecer a Deus e pedir as graças para viver as resoluções tomadas.
9 – Rezar pelas outras intenções: família, Igreja, conversão dos infiéis…
10 – Pode-se rezar as orações de manuais de oração, com devoção.

Cléofas 

Mensagem do Papa para a Quaresma: obras de misericórdia no Jubileu

26/01/2016

Foi publicada nesta terça-feira dia 26 de janeiro a Mensagem do Papa Francisco para a Quaresma deste ano de 2016. Partindo da passagem do Evangelho de S. Mateus que nos diz: “Prefiro a misericórdia ao sacrifício” a mensagem propõe as obras de misericórdia no caminho jubilar
“A misericórdia de Deus é um anúncio ao mundo; mas cada cristão é chamado a fazer pessoalmente experiência de tal anúncio” – diz o Santo Padre na sua Mensagem que recorda a iniciativa dos Missionários da Misericórdia como sinal concreto da proximidade e do perdão de Deus.
“O mistério da misericórdia divina desvenda-se no decurso da história da aliança entre Deus e o seu povo Israel” – diz o Papa na sua Mensagem que sublinha que “na realidade, Deus mostra-Se sempre rico de misericórdia, pronto em qualquer circunstância a derramar sobre o seu povo uma ternura e uma compaixão viscerais, sobretudo nos momentos mais dramáticos quando a infidelidade quebra o vínculo do Pacto e se requer que a aliança seja ratificada de maneira mais estável na justiça e na verdade.”
“Este drama de amor” – escreve ainda o Papa – “alcança o seu ápice no Filho feito homem. N’Ele, Deus derrama a sua misericórdia sem limites até ao ponto de fazer d’Ele a Misericórdia encarnada.
Desta forma – salienta o Santo Padre – “em Jesus crucificado, Deus chega ao ponto de querer alcançar o pecador no seu afastamento mais extremo, precisamente lá onde ele se perdeu e afastou d'Ele.”
Segundo o Papa Francisco “a misericórdia de Deus transforma o coração do homem e faz-lhe experimentar um amor fiel, tornando-o assim, por sua vez, capaz de misericórdia. A Quaresma deste Ano Jubilar “é um tempo favorável” – escreve o Papa – “para todos poderem, finalmente, sair da própria alienação existencial, graças à escuta da Palavra e às obras de misericórdia. Se, por meio das obras corporais, tocamos a carne de Cristo nos irmãos e irmãs necessitados de ser nutridos, vestidos, alojados, visitados, as obras espirituais tocam mais diretamente o nosso ser de pecadores: aconselhar, ensinar, perdoar, admoestar, rezar. Por isso, as obras corporais e as espirituais nunca devem ser separadas” – diz o Papa na sua Mensagem para a Quaresma concluindo com um pedido e uma palavra para a intercessão de Maria, Mãe de Jesus:
“Não percamos este tempo de Quaresma favorável à conversão! Pedimo-lo pela intercessão materna da Virgem Maria, a primeira que, diante da grandeza da misericórdia divina que Lhe foi concedida gratuitamente, reconheceu a sua pequenez (cf. Lc 1, 48), confessando-Se a humilde serva do Senhor (cf. Lc 1, 38).”

Rádio Vaticano 

25 de jan. de 2016

Ecumenismo. Papa: a misericórdia de Deus renovará nossas relações


Cidade do Vaticano (RV) - “Não pode existir autêntica busca da unidade dos cristãos sem um confiar-se plenamente na misericórdia do Pai.” Foi o que disse o Papa Francisco na tarde desta segunda-feira (25/01), nas segundas Vésperas, celebradas na Basílica de São Paulo Fora dos Muros, na festa da Conversão de São Paulo.
Como se dá habitualmente nesta ocasião, sendo uma celebração ecumênica, as Segundas Vésperas tiveram a participação de representantes de diferentes confissões cristãs, entre os quais, representante do Patriarcado ecumênico de Constantinopla, representante em Roma do Primaz da Comunhão Anglicana, e os representantes das várias Igrejas e Comunidades eclesiais de Roma. Todos, com Francisco, passaram pela Porta Santa do Jubileu extraordinário da Misericórdia.
Após referir-se ao Ano jubilar da Misericórdia, e dirigindo-se aos representantes de outras Igrejas cristãs, o Papa disse: “Peçamos perdão pelo pecado das nossas divisões, que são uma ferida aberta no Corpo de Cristo”, exortou Francisco acrescentando:
“Como Bispo de Roma e Pastor da Igreja Católica, quero invocar  misericórdia e perdão pelos comportamentos não-evangélicos da parte de católicos em relação a cristãos de outras Igrejas. Ao mesmo tempo, convido todos os irmãos e irmãs católicos a perdoar se, hoje ou no passado, sofreram ofensas de outros cristãos.”
Com realismo e esperança, o Santo Padre acrescentou: “Não podemos eliminar o que houve, mas não queremos permitir que o peso das culpas passadas continue manchando as nossas relações. A misericórdia de Deus renovará as nossas relações”.
O Pontífice havia iniciado a homilia partindo do significado e alcance da conversão de São Paulo. Conversão essa que, em primeiro lugar – observou – “é uma experiência transformadora da graça de Cristo, e, ao mesmo tempo, o chamado a uma nova missão”.
Referindo-se ao chamado que o Senhor fez ao Apóstolo dos Gentios, disse que “a vocação a ser apóstolo se funda não nos méritos humanos de Paulo”, mas “na bondade infinita de Deus, que o escolheu e confiou-lhe o ministério”.
“A superabundante misericórdia de Deus é a razão única sobre a qual se funda o ministério de Paulo, e é, ao mesmo tempo, aquilo que o Apóstolo deve anunciar a todos”, frisou.
Na liturgia que encerrou a Semana de Oração pela Unidade dos Cristão – semana esta celebrada no hemisfério norte –, o Papa ressaltou que o Pai ama a todos e quer salvar a todos, e para isso chama alguns, “conquistando-os” com a sua graça, a fim de que através destes o seu amor possa chegar a todos.
“A missão de todo o povo de Deus é de anunciar as obras maravilhosas do Senhor, em primeiro lugar, o Mistério pascal de Cristo, por meio do qual passamos das trevas do pecado e da morte para o esplendor da sua vida, nova e eterna.”
Dirigindo-se aos fiéis de todas as confissões cristãs, ali representados, Francisco disse que realmente podemos dizer que todos nós fiéis em Cristo somos “chamados a anunciar as obras maravilhosas de Deus”.
“Para além das diferenças que ainda nos separam – disse –, reconhecemos com alegria que na origem da vida cristã há sempre um chamado cujo autor é Deus mesmo. Podemos progredir no caminho da plena comunhão visível entre os cristãos não somente quando nos aproximamos uns dos outros, mas, sobretudo, na medida em que nos convertemos  ao Senhor, que por sua graça nos escolhe e nos chama a ser seus discípulos. E converter-se significa deixar que o Senhor viva e opere em nós.”
“Quando juntos os cristãos de diferentes Igrejas ouvem a Palavra de Deus e buscam colocá-la em prática, dão passos importantes rumo à unidade. E não é somente o chamado que nos une; somos unidos também pela mesma missão: anunciar a todos as obras maravilhosas de Deus.”
Enquanto estamos caminhando rumo à plena comunhão entre nós, já podemos desenvolver múltiplas formas de colaboração, de caminhar juntos e colaborar para favorecer a difusão do Evangelho. “E caminhando e trabalhando juntos, nos damos conta de que já estamos unidos no nome do Senhor. A unidade se faz caminhando”, afirmou o Papa Francisco.
Recordando que a unidade é dom da misericórdia de Deus Pai, o Papa concluiu convidando todos nós, cristãos, a  unirmo-nos hoje à oração que Jesus dirigiu ao Pai: “Sejamos uma só coisa (...) para que o mundo creia” (Jo 17.21).
(RL)
(from Vatican Radio)

Natividade de São João Batista: o maior dos profetas

A natividade de  São João Batista  é  uma solenidade muito importante no ano litúrgico, porque nesse dia lembramos o maior dos profetas, com...