5 de dez. de 2015

Reflexão do Evangelho: 2° Domingo do Advento. 06/12/15 Ano C

Liturgia da Palavra.

1° Leitura Br 5, 1-9

Sl 125 (126)
2° Leitura 1,4-6.8-11
Evangelho Lc 3,1-6 



Permitamos que a Palavra eterna de Deus fale por meio de nós



Deixemos de lado palavras vazias, fúteis, ambiciosas e gananciosas. Deixemos para trás palavras que geram angústias, fofocas e maledicências. Permitamos que a Palavra eterna de Deus fale em nós e por meio de nós

“E ele percorreu toda a região do Jordão, pregando um batismo de conversão para o perdão dos pecados” (Lucas 3,3).

A graça deste domingo do Advento é contemplarmos o papel de João Batista na história da salvação. Quando falamos do papel dele, é, na verdade, para reconhecermos a importância que cada um tem no plano salvífico de Deus.

Esse ‘papel’ [de João Batista] não é representação, mas missão, compromisso, responsabilidade de cada um para que o Reino de Deus aconteça e se estabeleça. Se a plenitude da responsabilidade e da salvação de todos cabe a Jesus, Ele conta com operários, com mãos e cabeças, conta com o empenho de homens e mulheres de todos os tempos, de todos o lugares e classes sociais.

João Batista foi aquele que preparou os caminhos e a voz de Deus no deserto. Talvez poucas pessoas pudessem se lembrar da voz de João, porque ele não saía pregando em todos os lugares, mas quem ia ao deserto escutava aquela voz.

É muito interessante João saber distinguir que ele era apenas a voz, e que a Palavra vinha depois dele. João apenas emprestava a sua voz para que o Verbo, para que a Palavra eterna de Deus saísse e falasse por intermédio dele. É por isso que as palavras de João salvavam e convertiam corações, pois elas transformavam vidas!

Não é que João fosse capaz de transformar, curar e renovar alguém, mas, uma vez que se dispôs a ser a voz de Deus, mesmo no deserto a Palavra fazia acontecer.

Deixemos de lado palavras vazias, fúteis, ambiciosas e gananciosas, palavras que geram angústias, fofocas e maledicências; deixemos que a Palavra eterna de Deus fale em nós e por meio de nós.

Que o Senhor fale em nossa vida, em nossos atos, mas que nós façamos como João: permitamos que Deus fale por meio de nós, e que sejamos a boca d’Ele para o mundo tão carente, tão necessitado de palavras que renovem, curem, transformem e mostrem onde está o caminho da salvação.

Deus usou de João, porque este foi dócil, obediente e usou sua voz a serviço do Senhor.

Hoje, nós queremos ser a voz de Deus nos desertos da vida, queremos ser a voz d’Ele onde estivermos; para isso precisamos da docilidade divina, a fim de que o Senhor também fale por meio de nós!

Deus abençoe você!



Padre Roger Araújo

Via: Canção Nova 

Manter a coroa de glória


Padre Fábio de Melo reflete sobre as três dimensões de Cristo: rei, profeta e sacerdote

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Padre Fabio de Melo/ Foto: Wesley Almeida/CN
Convido você a ouvir a palavra de Deus para nós nessa manhã. Se você levar a sério aquilo que São Paulo está propondo a nós, ninguém vai te segurar. Santidade é ter bom gosto.
A palavra que tem como título Jesus Cristo nosso sumo sacerdote diz: “Tendo, portanto, um grande sumo sacerdote, Jesus, Filho de Deus, que penetrou os céus, retenhamos firmemente a nossa confissão. Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado. Cheguemo-nos, pois, confiadamente ao trono da graça, para que recebamos misericórdia e achemos graça, a fim de sermos socorridos no momento oportuno” (Hebreus 4,14-16).

Dimensão de rei

A pessoa que está do seu lado é um rei ou uma rainha, pois todo batizado participa das três dimensões de Cristo: rei, profeta e sacerdote. O rei e rainha não podem viver de qualquer jeito, pois aqueles que os observam não verão a realeza por detrás.
Eu sei que sou rei sobretudo quando estou sozinho. Você participa da realeza de Cristo mesmo quando não está sendo observado. Por exemplo, um médico que fica no boteco bebendo. As pessoas não darão credibilidade a ele. Um médico precisa cuidar de sua conduta. Não é por hipocrisia, mas porque ele cuida da saúde dos outros.
A manutenção da minha profissão passa pelo cuidado que expresso com a vida que vivo. O primeiro princípio que me autoriza cuidar do outro é cuidar de mim mesmo. Não estou dizendo que ele não pode beber cerveja ou vinho, mas que deve zelar pela sua conduta.
Eu tenho uma conduta a zelar como padre, preciso observar o tempo todo. Se não, dentro de mim começa estabelecer uma incoerência entre o que eu escolhi para minha vida e o que eu faço. As escolhas fortalecem quem eu sou ou enfraquecem quem sou?
São Paulo está preocupado com essa comunidade, por isso precisa chamar atenção para o modelo de vida que ela escolheu viver. Eu não posso ser cristão se não observo as atitudes de Cristo em minha vida. Não posso selecionar apenas algumas vantagens de ser cristão. Não posso escolher aquilo que nega a realeza que há em mim.

Para as mulheres que ficam escravas de relacionamentos fadados ao fracasso eu digo: ‘ô minha rainha, essa vida não combina com você! O coração pelo qual você luta tanto te respeita como cristã?’ Se não, vale aquela máxima popular: ‘antes só do que mal acompanhado’.
A nossa conversão precisa analisar um por um. Será que aquele amigo que tenho fortalece a realeza em mim ou me faz esquecer? Aquela pessoa que gasto tanto do meu tempo me faz lembrar que sou rei ou me faz lembrar a lama de pecado?

Me reconheço rei?

Acho tão interessante a Palavra do Filho Pródigo. Aquele menino, quando pediu a herança fez a pior coisa para um pai naquela época, ele dizia: “o senhor deixou de existir para mim, o senhor morreu para mim’. Aquele menino esqueceu que tinha um pai e uma família. E o que ele fez? Desceu ao mais fundo da miséria humana.
A palavra disse que ele comeu até a lavagem de porcos. Foi uma vida tão miserável que ele preferiu voltar para ser tratado como empregado pelo seu pai. Quando ele olhou para aquele homem na estrada disse: ‘não é possível, o meu pai está exatamente naquele lugar de quando eu o deixei’. E aquele menino recebeu algo que ele não esperava: o abraço do pai.
Às vezes passamos a vida inteira para dizer ‘sim, aqui é o meu lugar’. Essa frase só é possível se choramos muito pelo caminho, se sofremos muito. Foi um olhar de pai que garantiu a ele que naquele lugar, mesmo vestido de mendigo, ele ainda era rei.
O lugar que de fato é nosso é aquele que nos coloca perto de pessoas que nos amam e reconhecem o Cristo em nós. Eu sou responsável em lhe ajudar a chegar no seu lugar. Toda vez que você tem a oportunidade de amar uma pessoa como ela deve ser amada, você a recorda que ela é realeza. Tenho certeza de que muita gente dentro da sua casa está esquecida de que é rei ou rainha.

Consequências do alcoolismo do meu pai na minha vida

Quando eu era menino o meu pai teve um problema: ele esqueceu quem era, porque ele era um alcoólatra. Ele trabalhava como pedreiro, ficava no boteco umas 2 horas para depois voltar para casa. Uma vez ele bebeu demais e quando voltou para casa de bicicleta caiu. Alguém bateu na porta e disse ‘Dona Ana vai ter que buscar seu marido porque ele está caído perto da padaria’.
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“Nós vamos nos reconhecer cristãos pelo tanto que a gente ama e é amado” afirma padre Fábio de Melo/ Foto: Wesley Almeida/CN
Eu me lembro que corremos eu, minha mãe e meu irmão Geraldo. É uma cena que nunca mais vou me esquecer, lembro que eu chorava, tremia e via ele caído entre a calçada e a rua, naquele espaço da sarjeta.
Tinha chovido e meu pai estava sujo, não do trabalho dele, mas da enxurrada. A minha mãe, com toda dignidade, ajudando a levantá-lo. Me recordo que o único sentimento que me era possível naquela hora era vergonha. Eu olhava para o lado e tinha vergonha se algum coleguinha tinha visto o meu pai daquele jeito.
O tempo passou e eu descobri que o sentimento não era vergonha, mas indignação. Ficamos indignados quando vemos pessoas certas ocupando lugares errados. Meu pai tão bom, justo, honesto, vitimado pelo inferno do álcool sem condições de voltar para casa após o trabalho. Ele não era vagabundo, mas trabalhava até meio dia no sábado e se encontrava com os amigos que também esqueceram da realeza. Construíram guetos e ficavam ali bebendo nos botecos.
Eu me lembro que um amigo nos ajudou a buscá-lo de carro, o levamos para casa, tiramos a roupa suja, demos banho, penteamos o cabelo como ele gostava. Tudo isso com um desejo de que ele voltasse a ser quem era. Era um homem certo num lugar errado.
Você acha que essa história não me ajuda a ser padre? Eu encontro muitas pessoas que são jogadas nas margens dos sentimentos estragados, escolhas erradas, mulheres que sofrem a falta de amor, homens que sofrem no dia-a-dia com a infidelidade. Se você quiser abrir os seus olhos, as sarjetas estão ao seu lado. Recorde a realeza de Cristo em você para que você tenha condições de ajudar outros a se recordarem.

Dimensão de profeta

Junto à missão de sermos reis está a missão de sermos proféticos. Esse Centro de Evangelização está cheio de reis e rainhas, mas também de profetas. Cristo me faz rei, Cristo me faz profeta e eu não tenho direito de ficar calado diante das realidades que arrancam as coroas de nossas cabeças e nos tiram a realeza.
Por isso, como padre nunca deixei de falar do álcool que muitas vezes está inserido dentro de nossas vidas religiosas. O álcool patrocinando os esportes, as copas do mundo, você quer uma hipocrisia maior que essa? E as pessoas fazem isso como se fôssemos idiotas, como se não percebêssemos o problema na raiz.
Aquelas casas ricas que tem um barzinho na sala como enfeite. Cuidado! A coisa que o diabo mais sabe fazer é enfeitar. Eu bebo vinho, mas não bebo cerveja porque não gosto. Me entendam, estou falando de alcoolismo, de quando a pessoa não tem domínio. Eu sei até quantas taças de vinho posso beber, pois tem alcoolismo no meu sangue. Não acenda uma fogueira que você não poder apagar depois.
Eu lamento pela nossa sociedade que está sepultando jovens antes da hora. Eu lamento pelos seus filhos que não estão sendo respeitados pelo governo, lamento por você que não tem condição de fazer seu filho chegar onde ele merece.
Eu preciso de gente que fala de gente, que se indigne. Preciso de gente que se preocupa com os desalojados de Mariana, Governador Valadares, Vale do Rio Doce. Lá as coroas estão fora da cabeça porque ninguém vive com dignidade sem água potável, com lama até a cintura. Eu sou rei, sou profeta não posso ficar calado. Você não pode ficar calado. Precisamos recrutar valores humanos que possam nos ajudar em nossas casas.

Dimensão de sacerdote

Se você não estabelecer as regras da sua família você não estabelecerá regras na sociedade ou nos países. Você precisa ajudar os outros porque além de ser rei, profeta, você também é sacerdote. Diferente do meu sacerdócio, você tem a capacidade de tirar uma pessoa de uma realidade profana e colocá-la num lugar sagrado. São muitas as sarjetas da vida e estamos todos indefesos. Por isso São Paulo pede para nos aproximarmos do trono da graça.
Não há rei que lhe tire o direito de ser olhado por Deus. Não precisa ficar esquisito para ser cristão. Sorriso nos lábios, brilho nos olhos! O mundo precisa de gente que ama, que abra menos caminhos para que o mal chegue até nós. Você não precisa estar bêbado para estar agradável. Ou se seus amigos exijam que você participe do álcool, da cocaína, dá o fora.
Aquele que você enxerga e que naturalmente provoca um desconforto por ser tão diferente de nós. Não sabemos quantas coroas de dignidade essa pessoa pode ter colocado em outras com a caridade, de repente com um banho, uma comida ou um tratamento de saúde. Você é cristão e nem sempre tem a disposição que ele tem de dar banho em quem está sujo, dar comida para quem está com fome.

O cristianismo não vive de aparência

Como que está o seu coração? Que consciência você tem da realeza que lhe hospeda? Ninguém e nada pode arrancar a realeza que há em você. Não cabe vaidade espiritual entre nós. Não caia na tentação de achar que você está melhor do que os outros. Não se mensura cristianismo. Eu sei que no amor não há contradição, ou você ama ou não, ou você é hipócrita ou não. Nós vamos nos reconhecer cristãos pelo tanto que a gente ama e é amado. O verdadeiro cristianismo não está na aparência.
A Igreja Católica é a instituição religiosa que mais faz caridade no mundo. Podemos errar em muitas coisas, mas quando perseguimos a caridade não existe erro. Escolha a caridade, a justiça e você não errará.
Ajeita essa coroa na cabeça porque você é rei, você é rainha, você é profeta, profetiza, você é sacerdote, sacerdotisa. Hosana Brasil! Dia de renovar em nosso coração a força do ressuscitado!
Transcrição e adaptação: Fernanda Soares 
Fonte: Canção Nova 
data 05/12/15 

10 perguntas essenciais sobre o Ano Santo da Misericórdia

Um ótimo resumo com tudo o que você precisa saber sobre este grande acontecimento da Igreja Católica.



No próximo dia 8 de dezembro, festividade da Imaculada Conceição, o Papa Francisco abrirá a Porta Santa na Basílica de São Pedro de Roma, ao mesmo tempo em que serão abertas as portas santas de todas as dioceses do mundo, para que todos possam viver o Jubileu.

Apresentamos, a seguir, 10 perguntas essenciais sobre como viver o Ano Santo, de acordo com a bula papal “Misericordiae vultus” (MV), com a qual o Papa convocou este jubileu.

1. O que é um Ano Santo ou Jubileu Extraordinário?

Na tradição católica, o Jubileu é o ano que a Igreja proclama para que as pessoas se convertam em seu interior e se reconciliem com Deus, por meio da penitência, da oração, da caridade, dos sacramentos e da peregrinação, “porque a vida é uma peregrinação e o homem é um peregrino” (MV 14).

Em todos os anos santos é possível ganhar indulgências, graças especiais que a Igreja concede e que podem ser aplicadas à remissão dos próprios pecados e suas penas, ou também aos defuntos que estão no purgatório.

O lema deste Ano Santo é “Misericordiosos como o Pai”, e a principal intercessora do Jubileu é Nossa Senhora de Guadalupe, Mãe de misericórdia.

A cada 25 anos, a Igreja celebra um Ano Santo Ordinário. O próximo será em 2025. Fora dos anos santos ordinários, a celebração do Ano Santo é “extraordinária”.

2. Por que este Ano Santo é o da misericórdia?

O Papa quis que o tema fosse a misericórdia para nos unir mais ao rosto de Cristo, no qual se reflete a misericórdia do Pai, que é “rico em misericórdia” (MV 1). A misericórdia é superior à justiça. Deus é justo, mas vai muito além da justiça, com sua misericórdia e seu perdão. E é isso que podemos vivenciar neste Ano Santo.

3. Quando começa e quando termina este Ano Santo?

O Ano Santo começa no dia 8 de dezembro de 2015, com a celebração dos 50 anos do final do Concílio Vaticano II, e termina na festa de Cristo Rei, em 20 de novembro de 2016, o último dia do ano litúrgico.

4. O que o Papa pede que façamos?

O Papa Francisco insiste na iniciativa “24 horas para o Senhor, que desejo que seja celebrada em toda a Igreja”, entre a sexta-feira e o sábado antes do 4º domingo da Quaresma, porque “é expressão desta necessidade da oração”.

Além disso, ele aconselha que pratiquemos as obras de misericórdia, além de viver intensamente a oração, o jejum e a caridade na Quaresma (MV 17); também recomenda que nos confessemos, para poder receber melhor as graças do ano jubilar. E que cada um realize uma peregrinação, de acordo com suas capacidades, para atravessar a Porta Santa.

5. É preciso ir a Roma para atravessar a Porta Santa e ganhar indulgências?

Não. Você pode ir à catedral da sua diocese ou às igrejas e basílicas destinadas a isso. Em cada diocese haverá uma Porta Santa e, cruzando-a, você ganhará as indulgências do Ano Santo (quando a peregrinação for acompanhada de confissão, comunhão no dia da peregrinação, um ato de fé – recitação do Credo – e uma oração pelo Papa).

6. O que são as obras de misericórdia?

Existem 14 obras de misericórdia, 7 espirituais e 7 corporais.

Obras de misericórdia corporais:

1-Dar de comer a quem tem fome;
2-Dar de beber a quem tem sede;
3-Vestir os nus;
4-Visitar os doentes;
5-Visitar os presos;
6-Acolher os peregrinos;
7-Enterrar os mortos.

Obras de misericórdia espirituais:

1-Dar bom conselho;
2-Corrigir os que erram;
3-Ensinar os ignorantes;
4-Suportar com paciência as fraquezas do próximo;
5-Consolar os aflitos;
6-Perdoar os que nos ofenderam;
7-Rezar pelos vivos e pelos mortos.

7. O que são e o que fazem os “missionários da misericórdia”?

O Papa Francisco anunciou que enviará padres em todas as dioceses, chamados “missionários da misericórdia”, os quais poderão celebrar missões pregadas nas paróquias e despertar o chamado à misericórdia. Além disso, poderão perdoar pecados muito grandes, como crimes mafiosos, assassinatos cometidos para enriquecer, bem como o gravíssimo pecado da corrupção.

8. É necessário se confessar no Ano Santo?

Durante o Ano Santo, a reconciliação com Deus é vivida especialmente através do sacramento da confissão, muito unido ao da Eucaristia. É aconselhável confessar-se várias vezes ao longo do Jubileu, para experimentar mais profundamente a misericórdia de Deus.

9. Qual é a importância do Ano Santo no pontificado de Francisco?

O centro do pontificado do Papa Francisco é a misericórdia de Deus e, portanto, este ano jubilar é o cume do seu pontificado.

10. O Ano Santo é importante para outras religiões?

A misericórdia “ultrapassa os confins da terra” (MV 23); ela nos relaciona com o judaísmo, como se vê no Antigo Testamento, em que a misericórdia de Deus é evidente; também os relaciona com o islamismo, que atribui ao Criador os nomes de “misericordioso” e “clemente”. O Papa Francisco pede o diálogo com todas as “nobres tradições religiosas” do mundo.


4 de dez. de 2015

5/12 – São Sabas

Sabas nasceu na Capadócia em 440, teve uma difícil infância pois os pais morreram cedo e foi preciso ser cuidado pelo tio autoritário.
Quando jovem fez sua primeira experiência na vida monástica e mais tarde entrou no mosteiro dirigido por Santo Eutímio, e lá tornou-se exemplo de monge e virtudes monásticas.
Sabas passou pelas diversas fases da vida consagrada: vida eremita (total solidão), vida cenobita (celas vizinhas dos irmãos consagrados) e vida monástica, onde há vida comunitária sob o governo de um Abade. A santidade de Sabas arrastou muitos para Deus e inúmeros jovens, para o convento, tendo assim que construir na Palestina novos mosteiros.
Organizado e sábio, mestre e santo, Sabas por duas vezes livrou os Católicos de opressões políticas, já que possuía grande influência social. Esta homem de oração e de Deus; São Sebas, com 93 anos morreu com a merecida fama de defensor da fé pura e verdadeira.
Via Cléofas 

Eterna é a misericórdia do Senhor

padre Roger Luis
Padre Roger Luis – Foto: Daniel Mafra/cancaonova.com

Só terá sentido o Hosana na nossa vida se eterna for Sua misericórdia

“Partindo Jesus dali, dois cegos o seguiram, gritando: Filho de Davi, tem piedade de nós! Jesus entrou numa casa e os cegos aproximaram-se dele. Disse-lhes: Credes que eu posso fazer isso? Sim, Senhor, responderam eles. Então ele tocou-lhes nos olhos, dizendo: Seja-vos feito segundo vossa fé. No mesmo instante, os seus olhos se abriram. Recomendou-lhes Jesus em tom severo: Vede que ninguém o saiba. Mas apenas haviam saído, espalharam a sua fama por toda a região.” (Mt 9,27-31)
Celebrar o Hosana Brasil, no Advento, é preparar um povo bem disposto para o Senhor. Ele vai vir para enxugar todas as lágrimas do nosso rosto, vai acabar com nosso sofrimento. Com a vinda d’Ele, o mal vai acabar.
Este é um tempo da misericórdia, e a graça do Senhor tem sido derrama abundantemente sobre nós, por isso queremos dizer “Hosana!”, é a vitória que nos sustenta. Esta graça é fruto da misericórdia.
Foi Deus quem nos atraiu para vivenciarmos Sua graça nesta Missa, para sentirmos a Sua misericórdia agindo em nossa vida. Temos de estar preparados para a vinda do Senhor!
Participantes do Hosana Brasil
Participantes do Hosana Brasil – Foto: Daniel Mafra/cancaonova.com
A Canção Nova tem a graça de profetizar pelos meios de comunicação e, assim, preparar o povo para a vinda do Senhor. Queremos fazer aquilo que nos cabe, aquilo que vem do Pai. Queremos entrar nas casas por meio da TV, dos celulares e das rádios, porque por trás das comunicações está um povo de Deus. O Evangelho de hoje nos mostra que eterna é a Sua misericórdia!
Jesus escutou um clamor: “Senhor, tem piedade de nós!”. Podemos substituir “piedade” por “misericórdia”.
Precisamos ter confiança no Senhor, porque Ele é nossa Luz. Caminhar, esperar sempre n’Ele, mesmo que seja em situações difíceis. Com Ele podemos vencer qualquer situação e obstáculo. Quantas vezes achamos que não vamos vencer e, ao olhar para trás, vemos que conseguimos, porque Jesus Cristo estava conosco o tempo todo!
O Senhor é a proteção da nossa vida, é nossa vitória, por isso precisamos abraçar essa graça que Ele nos oferece: a “misericórdia”. A fé nos dá a graça de tocar a misericórdia de Deus.
Os inúmeros problemas que enfrentamos precisam ser superados com os olhos no Senhor, porque a fé nos faz superar todas as realidades. Mesmo que o inimigo se levante contra nós, temos de enfrentá-lo com fé em Deus, porque eterna é a misericórdia do Senhor. Fé é a condição para proclamarmos a vitória! Peçamos a Deus que tudo seja feito conforme Sua eterna misericórdia.
É hora de colocarmos em prática a Palavra do Senhor. Jesus voltará, por isso precisamos pedir a fé e colocarmos nossa confia sempre n’Ele. Deixemos nossa fé aumentar e teremos sempre motivos para celebrar vitórias e gritar “Hosana” na nossa vida.
Só terá sentido o Hosana na nossa vida se eterna for Sua misericórdia. É quem perseverar sempre terá a vitória.

Por Padre Roger Luis 

Fonte: Canção Nova 
data: 04/12/15 

Papa aos jovens: querem me fazer feliz? Leiam a Bíblia

03/12/15


Papa escreveu prefácio de uma edição da Bíblia voltada para os jovens; Francisco conta como lê sua “velha Bíblia”.



A Bíblia não é uma “obra de arte literária”, mas um livro no qual Deus fala. Essas são palavras do Papa Francisco no prefácio de uma edição da Bíblia destinada aos jovens e por eles comentada. A versão publicada em alemão é fruto de um projeto que teve colaboração diversa, como a de alguns jesuítas austríacos, professores de Antigo Testamento.
O prefácio em italiano escrito pelo Papa foi publicado no último número da revista Civiltà Cattolica, desta semana. Francisco explica para os jovens o significado da Bíblia, Palavra de Deus pela qual a luz veio ao mundo e jamais poderá ser apagada. Ele enfatiza, portanto, que este não é um livro para ser colocado na prateleira, mas para estar sempre em mãos e ser lido todos os dias.
Até Mahatma Gandhi, que não era cristão, reconheceu o valor da Bíblia. O Papa recorda aos jovens uma fala do líder pacifista: “A vocês foi confiado um texto que tem em si uma quantidade de dinamite suficiente para explodir em mil pedaços toda a civilização, por colocar o mundo de cabeça pra baixo e levar a paz a um planeta devastado pela guerra. Vocês o tratam, porém, como se fosse simplesmente uma obra literária, nada mais”.

O Papa e sua velha Bíblia

Francisco fala aos jovens sobre sua “velha Bíblia”, companheira de longa data que ele não troca por nada nesse mundo. “Se vocês vissem a minha Bíblia…Diriam: ‘O que? Essa é a Bíblia do Papa? Um livro tão velho, tão desgastado!’”, brincou o Papa. Mas mesmo que quisessem te dar uma nova, ele não aceitaria, porque a sua Bíblia, apesar de velha, viu suas alegrias e tristezas, é seu “grande tesouro”.
E como será que o Papa lê a Bíblia? Ele mesmo respondeu aos jovens no prefácio: pega o livro, lê, depois coloca-o de lado e se deixa olhar por Deus, que está verdadeiramente ali presente. Ele se deixa observar e percebe o que Deus o diz.
“Às vezes não fala, então não sinto nada, somente vazio, vazio, vazio…Mas, paciente, permaneço ali e O espero assim, lendo e rezando. Rezo sentado, porque me faz mal ficar de joelhos. Às vezes, rezando, até adormeço, mas não faz mal: sou como um filho próximo ao seu pai e isso é o que conta. Vocês querem me fazer feliz? Leiam a Bíblia”, pede o Papa.

Cristãos perseguidos por terem a Bíblia

Francisco também fala aos jovens que, depois de lida, a Bíblia não deve ficar nas estantes se enchendo de poeira. Ele lembrou que hoje, mais que no início da Igreja, os cristãos são perseguidos porque dão testemunho de Cristo, são condenados por terem uma Bíblia.
“Evidentemente a Bíblia é um livro extremamente perigoso, tanto que em certos países quem possui uma Bíblia é tratado como se escondesse granadas no armário”, disse o Papa fazendo alusão à perseguição que os cristãos sofrem em tantos lugares no mundo.

Da Redação, com Rádio Vaticano
Via: Canção Nova 

O pão e o vinho têm significados particulares?

paoevinhoO pão e o vinho têm, certamente, significados especiais. De fato:
O pão e o vinho são alimento, comida, sustento: isto nos faz compreender que, assim como a nossa vida física tem necessidades de ser constantemente alimentada, assim a nossa vida espiritual tem necessidade de ser nutrida com o alimento que Jesus no dá: o seu Corpo e o seu Sangue.comocomungar
Além disso, o pão e o vinho são, como diz o sacerdote durante o Ofertório da Santa Missa, fruto da terra e do trabalho humano. Portanto é toda a criação que está presente, sintetizada no pão e no vinho, e que participa deste mistério da transubstanciação no Corpo e no Sangue de Cristo.
O pão, formando por muitos grãos de trigo, e o vinho, feito com muitos bagos de uva, encerram também um sentido de união: tornam-se pão os grãos moídos, tornam-se vinho os bagos esmagados graças à união, unificação. Tudo isto indica que também nós, que participamos do Banquete Eucarístico, por mias numerosos que sejamos, devemos nos tornar um só pão, um só vinho, quer dizer, devemos formar, unidos em Cristo, um só corpo, como nos diz São Paulo: <<Uma vez que há um só pão, nós embora sendo muitos, formamos um só corpo, porque todos nós comungamos do mesmo pão>> (1 Cor 10, 17). A Doutrina dos Doze Apóstolos (“Didaqué”), um livro composto por volta do ano 100, traz em uma de suas orações esta afirmação: <<Como este pão repartido estava espalhado pelas colinas e colhido tornou-se uma só coisa, assim a tua Igreja desde os confins da terra seja reunida no teu Reino>> (IX, 4).

<<No pão feito de grãos triturados esconde-se também o mistério da Paixão de Cristo. A farinha, o trigo moído, supõe o morrer e o ressuscitar o grão. O próprio Jesus expressou este fato quando disse; “Em verdade eu vos digo, se o grão de trigo caído na terra, não morrer, permanece só, mas se morrer dará muito fruto” (Jo 12, 24). O trigo, ao ser triturado e cozido, carrega em si, mais uma vez, o mistério da Paixão. Somente através do morrer vem o ressurgir, vem o fruto e a vida nova, Mas também o vinho fala da Paixão: a videira deve ser podada repetidas vezes para ser purificada; a uva deve ser esmagada: somente através desta paixão amadurece um vinho precioso>> (Bento XVI, Homilia do Corpus Domini, 15-6-06).


E mais, o pão e vinho indicam a fadiga humana, o trabalho quotidiano de quem cultiva a terra, colhe as espigas e os cachos de uva e os transforma em pão e vinho. Estes alimentos simbolizam todos os vários trabalhos que os homens realizam para satisfazer suas exigências pessoais, familiares, sociais. Todo o trabalho humano é santificado deste modo.
Deus realiza o seu mistério de comunhão com os himens escondendo-se sob as espécies consagradas do pão e do vinho, que, sendo frutos da terra e do trabalho do homem, evidenciam a colaboração harmoniosa do homem com a Criação e, ao mesmo tempo, antecipam os Novos Céus e a Nova Terra que Deus, em Cristo realizará no fim do mundo. Desse modo a Criação demonstra que aspira, para além de si mesma, a algo maior…aeucaristiacultor
Por que usam pão e vinho no Banquete Eucarístico?
Usam-se pão e vinho porque assim o fez Jesus na Última Ceia, na Quinta Feira Santa, e a Igreja não pode mudar esta decisão de Cristo. Respeita-a desde há dois mil anos e a respeitará até o fim do mundo.
Retirado do livro: “Eucaristia, Pão de vida eterna”, Ed. Cléofas e Ed. Cultor de Livros

Via: Cléofas 

4/12 – São João Damasceno

São João DamascenoLembramos São João Damasceno, um santo Padre e Doutor da Igreja de Cristo. Nasceu em 675, em Damasco (Síria) num período em que o Cristianismo tinha uma certa liberdade, tanto assim que o pai de João era muito cristão e amigo dos Sarracenos, que naquela época eram senhores do país. Esta estima estendia-se também ao filho. Os raros talentos e merecimentos deste levaram o Califa a distingui-lo com a sua confiança e nomeá-lo prefeito (mansur) de Damasco.
João Damasceno ainda jovem e ajudante do pai gozava de muitos privilégios financeiros, mas ao crescer no amor ao Cristo pobre, deu atenção a Palavra que mostra a dificuldade dos ricos (apegados) para entrarem no Reino dos Céus. Assim, num impulso para a santidade, renunciou todos os bens e deu aos pobres. Preferiu São João uma vida de maus tratos ao se entregar as “delícias venenosas” do pecado.
Retirou-se para um convento de São Sabas perto de Jerusalém e passou a viver na humildade, caridade e alegria. Escreveu inúmeras obras tratando de vários assuntos sobre teologia, dogmática, apologética e outros campos que fizeram de São João digno do título de Doutor da Igreja. Com escritos defendeu principalmente a Igreja contra os iconoclastas, que condenavam o uso de imagens nas Igrejas.
Certa vez, os hereges prenderam São João e cortaram-lhe a mão direita a fim de não mais escrever, mas por intervenção de Nossa Senhora foi curado. Seu amor a Mãe de Jesus foi tão concreto que foi São João quem tornou presente a doutrina sobre a Imaculada Conceição, Maternidade divina, Virgindade perpétua e Assunção de corpo e alma de Maria. Este filho predileto da Mãe faleceu em 749, quase centenário.
Foi declarado Doutor da Igreja pelo Papa Leão XIII em 1890.

Via: Cléofas 

3 de dez. de 2015

Diocese nos Estados Unidos estuda o caso da “hóstia que sangra”

HostiaSangre_TwitterKUTV2News_301115Segundo o site ACI (30/11/15), a diocese do Salt Lake City nos Estados Unidos iniciou uma investigação sobre um fato que chamou atenção dos fiéis. Uma hóstia consagrada devolvida ao celebrante da missa, e posta em um copo d´água, ainda não se dissolve, e dentro dela é possível ver marcas de sangue. O caso está ficando conhecido como a “hóstia que sangra”.
No último 27 de novembro, a diocese de Salt Lake enviou à imprensa uma declaração sobre a “hóstia que sangra”, que se encontrava na Igreja de São Francisco Xavier.
O canal KUTV de Utah assinala que um sacerdote dessa igreja deu a hóstia consagrada a um menino para que comungasse e um parente disse ao presbítero que o pequeno não tinha feito sua primeira comunhão – ou não era católico – e por isso a devolveu.
A hóstia logo foi colocada em água para que se dissolvesse como costuma fazer-se nestes casos de acordo com as normas litúrgicas.
Entretanto, a hóstia não se dissolveu e ainda, depois de alguns dias, apareceram nela manchas vermelhas, talvez de sangue. Alguns sugerem que poderia tratar-se de um milagre, enquanto outros afirmam causas naturais para o acontecimento.
O fato é que o Administrador Diocesano do Salt Lake City, Mons. Colin F. Bircumshaw, designou uma comissão ad hoc de “indivíduos de distintos campos para investigar o tema”. O grupo inclui cientistas e pesquisadores.
“O processo já está em marcha e os resultados serão feitos públicos”, indicam as autoridades da diocese.
A hóstia que é objeto da investigação está sob custódia do Administrador Diocesano. “Diferentemente do que assinalam os rumores, não há planos de expô-la publicamente ou para a adoração”, precisa o texto.
A declaração, que leva a assinatura do Mons. M. Francis Mannion, Presidente do Comitê de investigação, assinala ainda que “qualquer que seja o resultado da investigação, podemos usar este tempo para renovar nossa fé e devoção no maior dos milagres: a presença real de Jesus Cristo que se dá em cada Missa”.
Confira o vídeo divulgado: https://www.youtube.com/watch?v=D3kfuV7cz_Y

Em nova entrevista, Papa Francisco revela a cada quanto tempo se confessa

ConfesionFrancisco_LOsservatoreRomano_021215O site ACI Digital noticiou ontem (02/11/2015) que em uma entrevista concedida ao semanário italiano Credere (“Crer”), a revista oficial do Jubileu da Misericórdia, o Papa Francisco explicou que se reconhece pecador e por isso tem a necessidade de recorrer com frequência ao confessionário.
“Sou pecador, me sinto pecador, estou seguro que sou um pecador ao qual o Senhor olhou com misericórdia”, indicou o Santo Padre.
Em seguida, Francisco sublinhou: “Sou, como disse aos presidiários na Bolívia, um homem perdoado. Sou um homem perdoado, Deus me olhou com misericórdia e me perdoou”.
“Ainda agora cometo erros e pecados, e me confesso a cada quinze ou vinte dias”, indicou.
O Santo Padre explicou: “Se me confesso é porque tenho necessidade de sentir que a misericórdia de Deus ainda está em mim”.
Em outro momento da entrevista, o Papa assinalou que “o mundo tem necessidade de descobrir que Deus é Pai, que tem misericórdia, que a crueldade não é o caminho”.
“Todos nós somos pecadores, todos levamos pesos interiores”, indicou.
Para este Ano Jubilar da Misericórdia, disse, “senti que Jesus quer abrir a porta do Seu coração, que o Pai quer mostrar suas entranhas de misericórdia, e por isso nos envia o Espírito: para mover-se e para mover-nos”.
“Este é o ano do perdão, o ano da reconciliação”, assegurou o Pontífice.

03/12 – São Francisco Xavier

sao-francisco-xavier5Francisco de Jasu e Xavier (nascido no castelo de Xavier na Espanha em 1506), correspondendo as expectativas dos nobres pais, laureou-se na prestigiosa universidade parisiense. Naqueles anos teve a felicidade de viver cara a cara, participando até do mesmo quarto da pensão, com Pedro Favre, que como ele se tornará jesuíta e será beatificado, e com outro estudante meio esquisito, já bastante velho para se sentar nos bancos escolares, Inácio de Loyola.
Inácio tinha descoberto aquela alma: “Um coração tão grande e uma alma tão nobre -disse-lhe- não se satisfazem com efêmeras honras terrenas. A sua ambição deve ser a glória que dura para sempre.” No dia da Assunção de 1534, na cripta da Igreja de Montmartre, Francisco Xavier, Inácio de Loyola e outros cinco companheiros se consagraram a Deus fazendo voto de absoluta pobreza e decidiram ir a Terra Santa para de lá iniciarem a sua obra missionária, colocando-se para tudo sob a inteira disposição do papa.
Ordenados presbíteros em Veneza e evaporada a perspectiva da Terra Santa, tomaram o caminho de Roma, onde  São Francisco colaborou com Inácio na redação das Constituições da Companhia de Jesus. Aos trinta e cinco anos teve início a grande aventura para Francisco. A convite do rei de Portugal, foi escolhido como missionário e legado pontifício para as colônias portuguesas nas Índias orientais. Goa foi o centro da sua intensíssima atividade missionária que se irradiou por uma área tão vasta que seria excepcional até com os atuais meios de comunicação: em dez anos percorreu a Índia, a Málaga, as Molucas e ilhas ainda no estado selvagem: “Se não encontrar um barco, irei a nado”, dizia Francisco, e acrescentava: “Se naquelas ilhas existissem minas de ouro, os cristãos lá se precipitaram. Mas não existem senão almas para serem salvas.” E foi.
Após quatro anos de atividade missionária nessas ilhas, embarcou para o Japão, onde em meio a dificuldades imensas, estabeleceu o primeiro núcleo de cristãos. Seu zelo não conhecia descanso: do Japão já olhava para a China. Retomou o mar, chegou a Singapura e foi a 150 quilômetros de Cantão, o grande porto chinês. Na ilha de San Chao, aguardando uma embarcação que o levasse a China, caiu gravemente enfermo. Com ele estava um jovem chinês que o guiava. Morreu à beira-mar, a 3 de dezembro de 1552, aos 46 anos de idade. Tinha administrado o batismo a mais de trinta mil convertidos.

Fonte: Cléofas 

2 de dez. de 2015

Por que Cristo quis permanecer presente na Eucaristia?

eucaristiawwbimg4A presença do Senhor no Sacramento Eucarístico foi querida por Ele próprio, para estar próximo ao homem e nutri-lo de Si mesmo, para permanecer na comunidade eclesial. Por isto, a Fé nos pede que estejamos diante da Eucaristia sabendo que estamos diante do próprio Cristo. É a sua presença que dá às outras dimensões deste Sacramento: Baquete, Memorial da Páscoa, antecipação escatológica um significado que vai além do puro simbolismo. A Eucaristia é Mistério de Presença, por meio do qual se realiza de modo incomparável a promessa de Jesus de estar conosco até o fim do mundo. É um sinal consolador do amor, do poder e da divindade do nosso Divino Salvador. Ele quis entrar em união íntima com os fiéis de cada geração e quis fazê-lo de um modo que satisfizesse a nossa natureza de espírito encarnados (constituídos por corpo e alma).osegredodasagradaeucaristia
<<A Igreja vive do Cristo Eucarístico, por Ele é nutrida, por Ele é iluminada. A Eucaristia é mistério de fé e, ao mesmo tempo, “mistério de luz”. Sempre que a Igreja a celebra, os fiéis podem de certo modo reviver a experiência dos dois discípulos de Emaús: “abriram-se-lhes os olhos e reconheceram-no” (Lc 24, 31). […] Ao pedido dos discípulos de Emaús para que permanecesse “com eles”, Jesus respondeu com um dom muito maior: mediante o Sacramento da Eucaristia achou um modo de permanecer “neles”. Receber a profunda com Jesus “permanecei vós” (Jo 15, 4)>> (Ecclesia de Eucharistia, 6, 19).
O que são as espécies eucarísticas?
Com o termo espécie eucarísticas indicam-se as características sensíveis (aquelas que o gosto, o tato, a vista podem perceber: a cor, a forma, o peso…) do pão e do vinho, isto é, suas propriedades físicas, químicas e nutritivas.
Depois da consagração, o pão e o vinho mantêm inalteradas as suas características sensíveis, mas em toda sua substância (na sua essência, na sua identidade mais íntima e profunda), e nela somente, não são mais pão e vinho, mas o Corpo e o Sangue de Cristo.

Quando recebemos a Comunhão percebemos que as características exteriores, ou “espécies”, do pão e do vinho permanecem idênticas depois da consagração; de fato, nem o sabor, nem o odor, nem a cor, nem as dimensões mudam. Mudou, todavia, a sua substancia, que se tornou a substancia do Corpo e do Sangue de Jesus. Isto nós cremos pela fé, fundada na Palavra de Jesus. Com os exemplos aqui ao lado, de Marcos e de Biba, vemos que sucede exatamente o contrário.
Neste exemplo, representamos Marcos em diversas idades: mesmo que as suas características exteriores mudem com o passar do tempo (no início era um embrião, depois um menino, depois um rapaz, depois um adulto, depois um velho…) a sua substância, isto é o seu ser Marcos, permanece idêntica. É sempre Marcos, quer quando era um recém-nascido, quer agora que tem oitenta anos.
Vemos que Biba, ao crescer, mudou nas suas características exteriores, ou “acidentes”, ou “espécies” (cor, altura, etc…), mas sua substância permaneceu sempre a mesma: de fato, Biba é sempre Biba, mesmo que o seu aspecto tenha mudado com o passar do tempo.
Na Eucaristia, acontece o contrário destes dois exemplos: muda a substancia, permanecem idênticas as características exteriores.
Depois da consagração o pão e vinho não são um sinal simbólico (como pode ser, por exemplo, a bandeira da Pátria), mas são realmente o Corpo e o Sangue de Cristo.aeucaristiacultor
O fiel reconhece e acolhe este fato misterioso pela fé, fundada nas Palavras de Cristo: <<Isto é o meu Corpo… Isto é o meu Sangue>>.
Por isto são admitidos a receber a Eucaristia somente aqueles que têm fé e foram batizados na Igreja Católica.
Retirado do livro: “Eucaristia, Pão de vida Eterna”, D. Rafaello Martinelli Ed. Cléofas e Ed.Cultor de Livros.

Via: Cléofas 

Natividade de São João Batista: o maior dos profetas

A natividade de  São João Batista  é  uma solenidade muito importante no ano litúrgico, porque nesse dia lembramos o maior dos profetas, com...