27 de dez. de 2014

O amor de Deus no mundo

res20120522214315167373uJesus veio ao mundo para salvá-lo. Depois de cumprir até o fim a sua missão, passando pela morte e ressurreição, deixou a Igreja para continuar a obra da salvação de cada pessoa. Para isto, enviou os Apóstolos: “Ide a todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura” (Mc 16,15). Esta é, portanto, a missão da Igreja e também de cada um de nós que recebeu o santo Batismo.
Cada cristão deve ser, como diziam os Padres da Igreja, “alter Christus” (um outro Cristo) que vai pelo mundo propagando o Evangelho, com a vida e com as palavras. Em cada cristão, consciente disso, Cristo continua a Sua missão salvífica. Assim, Ele nos deu a honra e a glória de o ajudarmos a construir o Seu Reino, que também é nosso. Desfrutará das delícias desse Reino eterno, todo aquele que tiver trabalhado para construí-lo.
Antes de Jesus partir para a Casa do Pai, Ele rezou profundamente pelos seus. É a oração sacerdotal de Jesus, que São João teve a felicidade de captar, naquela noite amarga em que o Senhor foi traído por Judas, negado por Pedro e abandonado pelos apóstolos. Antes de sofrer a Paixão, e enfrentar a morte, ele recomendou-nos ao Pai:
“Não peço que os tires do mundo, mas que os livre do mal. Eles não são do mundo, como eu não sou do mundo” (Jo 17,15-16).
Não somos do mundo, não pertencemos a este mundo, mas Jesus nos quer vivendo nele, para levá-lo a Deus.
Jesus precisa do cristão na  sociedade, para ser ” a luz do mundo e o sal da terra”(Mt 5,13-14). Sem os cristãos, o mundo não tem luz e não tem saúde moral e espiritual.
Diante de tantas profanações da pessoa humana, diante de tanta corrupção, diante de tanto roubo, de tanto crime, de tanta prostituição e pornografia, enfim, diante de tantas trevas, não é difícil de se concluir que a luz de Cristo ainda brilha muito pouco, mesmo numa civilização que se diz cristã. Por isso tudo, é urgente evangelizar; é urgente acender a luz de Cristo, no mundo do trabalho, no mundo da ciência, no mundo da economia, no mundo das leis, no mundo do comércio…
E esta é exatamente a missão que o Senhor confiou a cada um de nós leigos, que vivemos no mundo.
O documento do Concilio Vaticano II, sobre os leigos, Apostolicam Actuositatem, conclama-nos a abraçar a missão de iluminar o mundo com a luz de Cristo:
“Nosso tempo exige dos leigos um zelo não menor pois as circunstâncias atuais reclamam deles um apostolado mais intenso e mais amplo (AA,1)
“Faz-se porém mister que os leigos assumam a renovação da ordem temporal como sua função própria ” (AA,7)
O santo Concilio, iluminado pelo Espírito, deixou claro a nossa missão: consagrar o mundo em que vivemos a Deus. Estabelecer nele as Suas leis, construir nele o Seu Reino. E nesta imensa tarefa, ninguém está dispensado. Alguém já disse que no Reino de Deus não há desempregados e nem aposentados. Todos são indispensáveis. Cada um recebeu dons próprios que os outros não receberam; é mister colocar esses dons a serviço da construção do Reino de Cristo para a glória do Pai e a salvação dos irmãos.
A mola propulsora de todo este trabalho há de ser sempre o amor a Deus e aos irmãos. Deus nos deu tudo: a vida, o ser, o mundo material com todas as suas belezas e riquezas, e nos deu o Seu Filho Único para sofrer e morrer pela nossa salvação. O que mais poderíamos pedir a Deus? Nada. Resta-nos agradecer. Mas não apenas com palavras e orações, mas com o comprometimento de toda a nossa existência no Seu projeto de reunir de novo todos os homens em Jesus Cristo, pela Igreja.
Cristo veio a nós e deu-nos a maior prova de amor que alguém poderia dar – deu a Sua vida – a fim de que pudéssemos voltar para a Casa do Pai, onde a felicidade é eterna. E Ele precisa agora de cada um para salvar a todos. Então, o nosso agradecimento será realizado se lhe entregarmos o coração e as mãos.
Jesus ama loucamente cada uma das suas criaturas humanas, pois cada uma delas é única, irrepetível, criada à sua imagem e semelhança. Por isso Ele não quer perder nenhuma de suas ovelhas, por mais fraca que seja. Ele garantiu que há mais alegria no céu porum único pecador que se converta; mais até por causa de noventa e nove justos que já fazem penitência (Lc 15). Veja como Ele ama cada um com um amor eterno!
Cada um de nós aqui na terra, pode fazer acontecer uma festa entre os anjos de Deus lá no céu, toda vez que convertemos um pecador do seu mal caminho. Esta é uma grande prova de amor a Deus. Não importa que você não possa converter a muitos; mas Deus espera que você converta para Ele aquele que está ao alcance do seu braço; aquele que é o seu próximo mais próximo.
Comece amando-o, gratuitamente. Não diga a ele logo: “Deus te ama”, pois ele pode não acreditar. Diga-lhe primeiro: “eu te amo”; e prove isto com os seus atos. Só depois, você vai dizer-lhe: “Deus te ama”; aí, então, ele vai acreditar, e vai querer conhecer o seu Deus. O amor é o combustível da evangelização. Ninguém pode evangelizar se não for movido pelo amor; amor a Deus e amor aos filhos de Deus.
A única recompensa que deve esperar aquele que abraçou esta missão, é a alegria de agradar ao seu Deus e ter o seu nome escrito no céu. Se buscarmos outra recompensa que não seja esta, perdemos todo o mérito diante de Deus. “Já receberam a sua recompensa” (Mt 6,2.5.16).
Cada um de nós deve se apropriar daquela palavra do Apóstolos:
“Anunciar o Evangelho não é glória para mim; é uma obrigação que se me impõe. Ai de mim se eu não anunciar
o Evangelho!  Se o fizesse da minha iniciativa, mereceria  recompensa. Se o faço independentemente  de minha vontade, é uma obrigação que se me impõe. “(1 Cor 9,16-18).
Quando Deus chamou o profeta Jeremias para revelar sua dura palavra aos hebreus que já não obedeciam as Suas leis, o profeta teme medo, e viu-se como se fosse uma criança despreparada para a missão. Mas o Senhor não pensava assim.
“Ah! Senhor Javé, eu  nem sei falar, pois que sou como uma criança”.
Replicou porém o Senhor:
Não digas: “Sou apenas uma criança;” porquanto irás procurar todos aqueles aos quais te enviar, e a eles dirás o que Eu ordenar. Não os deves temer porque estarei contigo para livrar-te – oráculo do Senhor. ” (Jer 1, 4-8).
Quando o Senhor nos envia em seu Nome, seja ao próximo mais próximo, seja aos confins da terra, Ele nos dá a Sua graça; e, mais ainda, a Sua própria Presença.
“Eis que estou convosco todos os dias até a consumação dos séculos” (Mt 28,20)
Não tenhamos, portanto, nem medo e nem desânimo, pois a obra é Dele, e a batalha lhe pertence, somos apenas os seus comandados.
Prof. Felipe Aquino

Cléofas 

Convite


Amizade Verdadeira

2-soldados-de-guerraNa guerra, um dos soldados disse ao seu superior:
Senhor, meu amigo ainda não regressou do campo de batalha. Solicito permissão para ir buscá-lo.
Permissão negada,  respondeu o oficial, não quero que você arrisque a vida por um homem que provavelmente está morto.
O soldado, desconsiderando a proibição, saiu, e uma hora mais tarde regressou mortalmente ferido, transportando o cadáver de seu amigo.
O oficial ficou furioso.
Eu te disse que ele já estava morto! Agora, por causa da sua indisciplina, eu perdi dois homens!  Me diga, valeu a pena ir até lá para trazer um cadáver?
E o soldado, moribundo, respondeu:cpa_sabedoria_em_par_bolas
Claro que sim, Senhor! Quando eu encontrei o meu amigo, ele ainda estava vivo e pôde me dizer: “Eu tinha certeza que você viria!” 

(Autor Desconhecido)

Pensamento: “Amigo é aquele que chega quando todo mundo já se foi”.

Texto retirado do livro ao lado 

O cristão é um outro Cristo

bispo_macedoPela fé e pelos Sacramentos nos tornamos membros do Senhor.
 “Neste corpo, a vida de Cristo se difunde através dos crentes que os sacramentos, de uma forma misteriosa e real, unem a Cristo sofredor e glorificado (LG 7).
É por isso que todo batizado, todo cristão, é chamado a “conformar-se” com Cristo; isto é, assumir a forma de Cristo, tanto no sofrimento quanto na glória. É o que São Paulo dizia a São Timóteo:
“Eis uma verdade absolutamente certa: Se morrermos com ele, com ele viveremos. Se soubermos perseverar, com ele reinaremos” ( 2Tm 2,11).
Diziam  os Santos Padres da Igreja: “Christianus alter Christus”, isto é, o cristão é um outro Cristo, exatamente por ser membro do Corpo de Cristo e viver do Seu mesmo Espírito. É por sentir-se realmente membro de Cristo que São Paulo afirmava:
“O que falta às tribulações de Cristo, completo na minha carne, por seu corpo que é a Igreja” (Col 1,24).
Aos Gálatas o Apóstolo mostra a sua perfeita identificação com Cristo-Cabeça da Igreja:
“Eu vivo, mas já não sou eu: é Cristo que vive em mim. A minha vida presente, na carne, eu a vivo na fé no Filho de Deus,  que me amou e se entregou por mim” (Gal 2,20).
Aos Filipenses São Paulo resume sua perfeita comunhão com Cristo dizendo que:
“Cristo será glorificado no meu corpo (tenho toda a certeza disto) quer pela minha vida quer pela minha morte. Por que para mim o viver é Cristo…”(Fil 1,20-21).
Paulo queria que os filipenses tivessem “o mesmo sentimento  de Cristo  Jesus” (Fil 2,5);  isto é, que os seus  membros imitassem a Cabeça.
“Tende um mesmo amor, uma só alma e os mesmos pensamentos” (2,3).
A meta de cada membro é  assemelhar-se à Cabeça (Col 1,18), “até Cristo  ser formado  neles” (Gal 4,19). Para isso somos inseridos nos mistérios de Sua vida.
Porque a Igreja é  “um só Corpo”, é que a sua maior necessidade é a unidade, tão exigida por Jesus e pelos Apóstolos.
Prof. Felipe Aquino

Cleofas 

26 de dez. de 2014

Testemunhar Jesus com coerência

26/12/14

26 de dezembro, Dia de Santo Estevão, Angelus do Papa Francisco na Praça de S. Pedro:

“...hoje a liturgia recorda o testemunho de Santo Estevão. Escolhido pelos Apóstolos juntamente com outros seis, para a diaconia da caridade na comunidade de Jerusalém, ele transforma-se no primeiro mártir da Igreja. Com o seu martírio, Estevão honra a vinda ao mundo do Rei dos reis, oferecendo-lhe o dom da sua própria vida. E, assim, mostra-nos como viver em plenitude o mistério do Natal.”

O Evangelho do dia retirado da narrativa de S. Mateus recorda uma parte do discurso de Jesus aos seus discípulos no momento em que os envia em missão. O Santo Padre citou-o no Angelus: “Sereis odiados por todos por causa do meu nome. Mas quem tiver perseverado até ao fim será salvo”.

Estas palavras – continuou o Santo Padre – “não perturbam a celebração do Natal mas retiram-lhe aquele falso revestimento adocicado que não lhe pertence”. E apontou o caminho do cristão – declarou o Papa Francisco.

“... para acolher verdadeiramente Jesus na nossa existência e prolongar a alegria da Noite Santa, o caminho é aquele indicado por este Evangelho, ou seja, dar testemunho de Jesus na humildade, no serviço silencioso, sem medo de andar contra a corrente e de pagar pessoalmente”.

O Papa Francisco pediu especialmente a graça da coerência.

Neste nomento da sua mensagem antes da oração do Angelus o Santo Padre lançou uma intenção especial:

“Hoje rezamos em modo particular por quantos são discriminados pelo testemunho dado a Cristo. Gostaria de dizer a cada um deles: se levais esta cruz com amor, entrareis no mistério do Natal, sereis no coração de Cristo e da Igreja.”

“Rezemos ainda para que graças também ao sacrifício destes mártires de hoje, se reforce em todo o mundo o empenho para reconhecer e assegurar concretamente a liberdade religiosa, que é um direito inalienável de cada pessoa humana.”

Após a oração do Angelus o Papa Francisco renovou os seus votos de paz para as famílias, comunidades paroquiais e religiosas, para os movimentos e associações. Aproveito ainda a ocasião para agradecer as tantas mensagens de boas festas que lhe foram enviadas de todo o mundo.

O Santo Padre a todos desejou uma boa festa e um bom almoço e recordou que devem testemunhar Jesus com coerência, pois não devem ser cristãos com comportamento pagão.

Fonte: http://pt.radiovaticana.va/

26/12 Santo Estêvão, primeiro mártir de toda a história católica


Santo Estêvão

Nos capítulos 6 e 7 dos Atos dos Apóstolos encontramos um longo relato sobre o martírio de Estêvão, que é um dos sete primeiros Diáconos nomeados e ordenados pelos Apóstolos. Santo Estêvão é chamado de Protomártir, ou seja, ele foi o primeiro mártir de toda a história católica. O seu martírio ocorreu entre o ano 31 e 36 da era cristã. Eis a descrição, tirada do livro dos Atos dos Apóstolos:
“Estêvão, porém, cheio de graça e poder, fazia prodígios e grandes sinais entre o povo. Levantaram-se então alguns da sinagoga, chamados dos Libertos e dos Cirenenses e dos Alexandrinos, e dos da Cicília e da Ásia e começaram a discutir com Estêvão, e não puderam resistir à sabedoria e ao Espírito com que ele falava. Subornaram então alguns homens que disseram: ‘Ouvimo-lo proferir palavras blasfematórias contra Moisés e contra Deus’. E amotinaram o povo e os Anciãos e Escribas e apoderaram-se dele e conduziram-no ao Sinédrio; e apresentaram falsas testemunhas que disseram: ‘Este homem não cessa de proferir palavras contra o Lugar Santo e contra a Lei; pois, ouvimo-lo dizer que Jesus, o Nazareno, destruirá este Lugar e mudará os usos que Moisés nos legou’. E todos os que estavam sentados no Sinédrio, tendo fixado os olhares sobre ele, viram o seu rosto como o rosto de um anjo”.
Num longo discurso, Estêvão evoca a história do povo de Israel, terminando com esta veemente apóstrofe:
“‘Homens de cerviz dura, incircuncisos de coração e de ouvidos, resistis sempre ao Espírito Santo, vós sois como os vossos pais. Qual dos profetas não perseguiram os vossos pais, e mataram os que prediziam a vinda do Justo que vós agora traístes e assassinastes? Vós que recebestes a Lei promulgada pelo ministério dos anjos e não a guardastes’. Ao ouvirem estas palavras, exasperaram-se nos seus corações e rangiam os dentes contra ele. Mas ele, cheio do Espírito Santo, tendo os olhos fixos no céu, viu a glória de Deus e Jesus que estava à direita de Deus e disse: ‘Vejo os céus abertos e o Filho do homem que está à direita de Deus’. E levantando um grande clamor, fecharam os olhos e, em conjunto, lançaram-se contra ele. E lançaram-no fora da cidade e apedrejaram-no. E as testemunhas depuseram os seus mantos aos pés de um jovem, chamado Saulo. E apedrejavam Estêvão que invocava Deus e dizia: ‘Senhor Jesus, recebe o meu espírito’. Depois, tendo posto os joelhos em terra, gritou em voz alta: ‘Senhor, não lhes contes este pecado’. E dizendo isto, adormeceu”.
Santo Estêvão, rogai por nós!

Canção Nova 

Você tem acreditado nos seus sonhos e lutado por eles?

Nossos sonhos estão intimamente ligados à vida. Falar sobre eles mexe com nossas emoções e nossos sentimentos
Falar a respeito de sonhos exige uma maestria que talvez esteja além da que possuo. Porém, é justamente porque acredito no poder dos sonhos que me arrisco a tocar no assunto.
Você tem acreditado nos seus sonhos
Nossos sonhos estão intimamente ligados à vida, por isso, falar sobre eles mexe com nossas emoções e nossos sentimentos, os quais podem estar ligados ao presente, ao passado ou relacionados ao futuro. Por isso, quando você leu a frase “Não deixe de sonhar”, pode ser que isso lhe tenha despertado um sentimento de ânimo, que o encoraje a continuar lutando por seus sonhos e o faz ler um pouco mais; ou pode ser também, que tenha despertado um sentimento de frustração ligado ao fato de você ter sonhado muito no passado, e, hoje, viver uma realidade totalmente inversa a que desejou. Eu peço licença para entrar em seu coração, esteja como ele estiver, e convidá-lo para falarmos sobre o assunto com calma e sinceridade.
Um xícara de chá, um fim de tarde com vista para um lago ao pôr do sol seria meu cenário escolhido para nossa partilha. Mas vamos fazer bom uso do que temos, o coração tem o poder de nos levar além. Então, respire fundo, imagine a calma do entardecer e permita que a suave brisa da primavera o ajude a pensar nos seus sonhos.
Talvez, você precise fazer uma pequena viagem antes de começarmos a conversa. Então, coragem! Vá até seu baú de lembranças, abra com cuidado e recolha de lá seus sonhos de criança, pegue também os sonhos da adolescência, da juventude e todos os outros que encontrar. Traga tudo com cuidado e comece a rever um por um antes de falar qualquer coisa. Verá que alguns já não fazem sentido, pois estavam ligados às fantasias próprias da idade, enquanto outros continuam com todo sentido, embora estejam desbotados pelo tempo e amassados pelos acontecimentos. Então, sopre sobre eles com força e retire a poeira que tenta os encobrir. Pegue seus sonhos de volta, pois eles são seus e isso os faz preciosos, exclusivos e especiais. Nada nem ninguém neste mundo tem mais poder sobre eles do que você mesmo. Portanto, segure-os com firmeza e não dê a ninguém o direito de os destruir.
Tenho escutado muitos relatos de pessoas que deixaram de sonhar. As razões são diversas, mas o resultado, infelizmente, é o mesmo. A falta de esperança, o desânimo e o viver por viver têm inquietado meu coração, porque acredito que viver sem sentido, sem sonhos, sem esperança e alegria não é a vontade de Deus para ninguém. Quando, por inúmeras razões, alguém deixa de sonhar é como se, de certa forma, desistisse também de viver. Torna-se insatisfeito com tudo e com todos, não consegue se alegrar com o sucesso do outro, gasta muita energia procurando defeito em tudo; geralmente, não acha graça em quase nada nesta vida e está sempre se referindo ao passado ou ao futuro, nunca vive o presente. Conhece alguém assim? Tomara que você não diga: “sou eu”!
Mas se for seu caso, não se preocupe! Tem jeito! É possível voltar a sonhar e a viver plenamente com a ajuda do maior Sonhador que a humanidade já conheceu: Jesus Cristo! Ele passou por este mundo distribuindo sonhos e contagiando multidões. Eu faço parte do grupo d’Ele, fui cativada por Seu jeito de sonhar e, desde então, tento seguir Suas pegadas. Às vezes caio, mas Ele me levanta. Às vezes acerto, e Ele me aplaude. Às vezes erro, e Ele me espera. Com Sua graça retomo e tento seguir em frente. Aliás, é por isso que estou aqui convidando você para também segui-Lo.
Acredito que Deus nos criou para vivermos plenamente, por isso nos capacitou com a possibilidade de sonhar. Ele sabe que enquanto lutarmos para conquistar nossos ideais, experimentaremos uma alegria antecipada que nos move, enche-nos de esperança, o que é essencial para uma vida plena.
Quem sonha consegue ir além, vê nas adversidades a oportunidade para crescer e não para diante dos desafios. Quando olhamos para a história, vemos que as grandes conquistas mundiais passaram pelo coração de um sonhador. Podemos recordar, por exemplo, Thomas Edison, considerado o mais fértil inventor de todos os tempos. Ele criou o fonógrafo, a lâmpada elétrica, o projetor de cinema e aperfeiçoou o telefone. Mas precisou acreditar que tudo isso era possível, mesmo quando a maioria dos mortais afirmava que não daria certo. É graças a sua insistência em sonhar que hoje temos essas e outras preciosidades da ciência e da técnica a nosso favor. E você, tem acreditado nos seus sonhos e lutado por eles?
Há uma música do Juninho Cassimiro que diz: “Tudo o que é teu está no coração de Deus. Não deixe de sonhar, basta enfim acreditar…”
Foi ouvindo essa canção que comecei a rabiscar este texto. Tomara que, de alguma forma, ele o ajude a continuar acreditando em seus sonhos. Eu sei que esperar não é fácil, também faço parte do grupo que espera o cumprimento das promessas de Deus, mas o que não podemos fazer jamais é deixar de sonhar. Se enquanto estiver examinando o “baú de suas recordações”, perceber que alguma coisa não deu certo, comece de novo sem medo.
Lembre-se de que você nunca está sozinho. Aquele que sonhou com você, antes mesmo de sua existência, estará ao seu lado dando-lhe a força necessária para cada instante. Se me permite, termino nosso encontro de hoje com um conselho: com relação aos seus sonhos, não se dê por vencido! As promessas de Deus para sua vida hão de se cumprir no tempo d’Ele e do jeito que for melhor para você. Para o Senhor tudo é possível, peça a Ele que renove sua esperança e o ajude a dar os passos certos na direção da vitória. Não deixe de sonhar!

Por 

Dijanira Silva

Canção Nova 

A Mulher do Natal

imagens-nascimento-jesus-decoupage“Maria é aquela que sabe transformar um curral de animais na casa de Jesus, com uns pobres paninhos e uma montanha de ternura”. (EG,286)
Na Encíclica “Evangelli Gaudium” (Evangelho da alegria), o Papa Francisco deixou-nos uma profunda reflexão sobre a Virgem Maria, que mostra um pouco mais da sua grandeza. Com palavras profundas nos ensina que:
“Maria é aquela que sabe transformar um curral de animais na casa de Jesus, com uns pobres paninhos e uma montanha de ternura. Ela é a serva humilde do Pai, que transborda de alegria no louvor. É a amiga sempre solícita para que não falte o vinho na nossa vida. É aquela que tem o coração trespassado pela espada, que compreende todas as penas. Como Mãe de todos, é sinal de esperança para os povos que sofrem as dores do parto até que germine a justiça. Ela é a missionária que Se aproxima de nós, para nos acompanhar ao longo da vida, abrindo os corações à fé com o seu afeto materno. Como uma verdadeira mãe, caminha conosco, luta conosco e aproxima-nos incessantemente do amor de Deus. Através dos diferentes títulos marianos, geralmente ligados aos santuários, compartilha as vicissitudes de cada povo que recebeu o Evangelho e entra a formar parte da sua identidade histórica. Muitos pais cristãos pedem o Batismo para seus filhos num santuário mariano, manifestando assim a fé na ação materna de Maria que gera novos filhos para Deus. É lá, nos santuários, que se pode observar como Maria reúne ao seu redor os filhos que, com grandes sacrifícios, vêm peregrinos para A ver e deixar-se olhar por Ela. Lá encontram a força de Deus para suportar os sofrimentos e as fadigas da vida. Como a São João Diego, Maria oferece-lhes a carícia da sua consolação materna e diz-lhes: «Não se perturbe o teu coração. (…) Não estou aqui eu, que sou tua Mãe?» (n. 286).
Nesse tempo de Natal, nada melhor do que meditar as grandes virtudes da Virgem de Nazaré, Aquela que Deus escolheu para Mãe do seu Filho. O padre jesuíta, Alexandre Joseph Herouville, nascido em 1716, massacrado na Revolução Francesa, escreveu um belo livro “Imitação de Maria”, a exemplo da Imitação de Cristo, de Tomás de Kemphis. Ele nos mostra as virtudes daquela que é Mãe de Deus: “Donde me vem esta honra de vir a mim a mãe do meu Senhor? ” (Lc 1, 43).
Nenhum de nós pode escolher a sua mãe, mas Jesus pode, então, é claro, “escolheu a melhor”: a mais humilde, a mais desapegada de si e das criaturas, a mais pura, a mais singela e doce criatura, aquela que é “cheia de graça”. Deus se encantou com sua pequenez: “Ele olhou para a humildade de sua serva”. “Por isso todas as gerações a proclamarão bem-aventurada” (Lc 1,48). Quem se humilha será exaltado.
O Papa nos recorda que ela soube transformar a gruta fria de Belém, onde os animais se refugiavam do frio, numa quente “maternidade” do Filho de Deus.
Ela antecipou o primeiro milagre do Divino Redentor para que a festa de Caná não acabasse.
Ela aceitou, sem reclamar, que a Espada de Simeão transpassasse aos poucos o seu sagrado coração, desde a fuga para o Egito até o Calvário. “E uma espada transpassará a tua alma” (Lc 2, 35).
Ela é a “Estrela da evangelização” (Paulo VI) e “a mulher eucarística” (João Paulo II), o “primeiro sacrário de Jesus na Terra”.
Ela caminha conosco adoçando as nossas cruzes; fazendo como a mãe que coloca açúcar no remédio amargo para o filho beber.
Nos seus Santuários pelo mundo todo, o Papa lembra que ela distribuiu copiosamente suas bênçãos; e seus filhos experimentam seu amor e recebem suas graças.
Ela é a discípula perfeita que “conservava todas estas palavras, meditando-as no seu coração” (Lc 2, 19.51) Meditava e as guardava!
Ela é a mãe espiritual de cada irmão de Jesus, para formar a Sua imagem em cada um de nós. “Eis aí tua mãe” (Jo 19, 26-27)”. “Apenas o filho insensato despreza sua mãe” (Pr 15, 20).
Ela foi recebeu de Deus, desde os primórdios, o poder e a missão de vencer o Dragão vermelho. “O Dragão vendo que fora precipitado na terra, perseguiu a Mulher que dera à luz o Menino” (Ap 12, 13).
Os seus filhos a amam; e por isso lhe dão-lhe centenas de títulos, inumeráveis: Imaculada, Porta do Céu, Augusta rainha do céu, Virgem do Perpétuo Socorro, Refúgio dos pecadores, Consoladora dos aflitos, Auxílio dos cristãos, Rainha dos Anjos, dos Santos, dos patriarcas, dos profetas, dos mártires, dos apóstolos…
E a grande mensagem que Ela nos deixa é essa: “Fazei o que ele vos disser” (Jo 2, 5).
São todas essas glórias a Virgem Maria, nossa Mãe, Mãe de Jesus e da Igreja, que nós devemos meditar no silêncio diante do Presépio. Que as luzes e as bênçãos do Menino Deus penetre nossa alma pelo coração daquela que o gerou para nós.
Prof. Felipe Aquino

Cléofas 

25 de dez. de 2014

Crianças vítimas dos Herodes de hoje: Papa na Mensagem Urbi et Orbi

25/12/14

Aos mais de 80 mil fiéis, entre romanos e peregrinos, reunidos na Praça de S. Pedro neste dia de Natal o Papa Francisco, na sua mensagem, começou por reafirmar que o Filho de Deus e Salvador do mundo nasceu em Belém, da Virgem Maria, e que ele nasceu para nós, dando cumprimento às antigas profecias, e foram as pessoas humildes (como Maria, S. José, os pastores, os velhos Simeão e Ana …) que o acolheram:
São as pessoas humildes, cheias de esperança na bondade de Deus, que acolhem Jesus e O reconhecem. Assim o Espírito Santo iluminou os pastores de Belém, que acorreram à gruta e adoraram o Menino. E mais tarde o Espírito guiou os anciãos Simeão e Ana, no templo de Jerusalém, e eles reconheceram em Jesus o Messias.
E foi assim, continuou o Papa, porque Jesus é a salvação para cada pessoa e para cada povo! E a este propósito o Pontífice dirigiu o seu pensamento para o povo sofredor do Iraque, Síria e do mundo inteiro:
Ao Salvador do mundo, peço que olhe para os nossos irmãos e irmãs do Iraque e da Síria que há tanto tempo sofrem os efeitos do conflito em curso e, juntamente com os membros de outros grupos étnicos e religiosos, padecem uma perseguição brutal. Que o Natal lhes dê esperança, como aos inúmeros desalojados, deslocados e refugiados, crianças, adultos e idosos, da Região e do mundo inteiro; mude a indiferença em proximidade e a rejeição em acolhimento, para que todos aqueles que agora estão na provação possam receber a ajuda humanitária necessária para sobreviver à rigidez do inverno, retornar aos seus países e viver com dignidade. Que o Senhor abra os corações à confiança e dê a sua paz a todo o Médio Oriente, a começar pela Terra abençoada pelo seu nascimento, sustentando os esforços daqueles que estão activamente empenhados no diálogo entre Israelitas e Palestinianos.
Em seguida o Papa pediu a Jesus, Salvador do mundo, para que olhe para os que sofrem na Ucrânia e conceda àquela terra a graça de superar as tensões, vencer o ódio e a violência e embocar um caminho novo de fraternidade e reconciliação, também rezou pela paz na Nigéria  onde mais sangue foi derramado e muitas pessoas se encontram injustamente subtraídas aos seus entes queridos e mantidas reféns ou massacradas. E o Papa invocou paz também para as outras partes do continente africano, particularmente a Líbia, o Sudão do Sul, a República Centro-Africana e as várias regiões da República Democrática do Congo, e pediu a quantos têm responsabilidades políticas que se empenhem, através do diálogo, a superar os contrastes e construir uma convivência fraterna duradoura.
Foi igualmente forte o pensamento do Papa para as crianças em situações difíceis e as vítimas do Ébola, verdadeiras lágrimas (disse o Papa) neste Natal, juntamente com as lágrimas do Menino Jesus:

Jesus salve as inúmeras crianças vítimas de violência, feitas objecto de comércio ilícito e tráfico de pessoas, ou forçadas a tornar-se soldados, tantas crianças abusadas. Dê conforto às famílias das crianças que, na semana passada, foram assassinadas no Paquistão. Acompanhe todos os que sofrem pelas doenças, especialmente as vítimas da epidemia de ébola, sobretudo na Libéria, Serra Leoa e Guiné. Ao mesmo tempo que do íntimo do coração agradeço àqueles que estão trabalhando corajosamente para assistir os doentes e os seus familiares, renovo um premente apelo a que sejam garantidas a assistência e as terapias necessárias.
Jesus Menino. O meu pensamento vai a todas as crianças hoje mortas e maltratadas, quer aquelas antes de ver a luz, privadas do amor generoso dos seus pais e sepultadas no egoísmo de uma cultura que não ama a vida, quer aquelas crianças deslocadas por causa das guerras e das perseguições, abusadas e exploradas, sob os nossos olhos e o nosso silêncio cúmplice, e às crianças massacradas sob os bombardeamentos também lá onde nasceu o Filho de Deus. Ainda hoje, o seu silêncio impotente grita sob a espada de tantos Herodes, por cima do seu sangue sobressai hoje a sombra dos Herodes actuais.
E o Papa rezou para que todos nós, iluminados pelo Espírito Santo, possamos reconhecer no Menino Jesus a salvação oferecida por Deus a cada um de nós, a todo o ser humano e a todos os povos da terra e, a concluir, disse:
Que o poder de Cristo, que é libertação e serviço, se faça sentir a tantos corações que sofrem guerras, perseguições, escravidão. Que este poder divino tire, com a sua mansidão, a dureza dos corações de tantos homens e mulheres imersos no mundanismo e na indiferença. Que a sua força redentora transforme as armas em arados, a destruição em criatividade, o ódio em amor e ternura. Assim poderemos dizer com alegria: «Os nossos olhos viram a vossa salvação».
E o Papa desejou bom Natal para todos e deu a sua tradicional bênção “urbi et orbi”. (BS)

Fonte: http://pt.radiovaticana.va/

Homilia do Papa: "Também nós, nesta noite abençoada, viemos à casa de Deus atravessando as trevas que envolvem a terra"

Vaticano, 24 Dez. 14 / 10:08 pm (ACI/EWTN Noticias).- "Também nós, nesta noite abençoada, viemos à casa de Deus atravessando as trevas que envolvem a terra, mas guiados pela chama da fé que ilumina os nossos passos e animados pela esperança de encontrar a «grande luz». Abrindo o nosso coração, temos, também nós, a possibilidade de contemplar o milagre daquele menino-sol que, surgindo do alto, ilumina o horizonte". Abaixo reproduzimos na íntegra a homilia do Santo Padre na Missa do Galo na Basílica de São Pedro neste 24 de dezembro:
Homilia do Papa Francisco, 24 de dezembro de 2014
«O povo que andava nas trevas viu uma grande luz; habitavam numa terra de sombras, mas uma luz brilhou sobre eles» (Is 9, 1). «Um anjo do Senhor apareceu [aos pastores], e a glória do Senhor refulgiu em volta deles» (Lc 2, 9). É assim que a Liturgia desta santa noite de Natal nos apresenta o nascimento do Salvador: como luz que penetra e dissolve a mais densa escuridão. A presença do Senhor no meio do seu povo cancela o peso da derrota e a tristeza da escravidão e restabelece o júbilo e a alegria.
Também nós, nesta noite abençoada, viemos à casa de Deus atravessando as trevas que envolvem a terra, mas guiados pela chama da fé que ilumina os nossos passos e animados pela esperança de encontrar a «grande luz». Abrindo o nosso coração, temos, também nós, a possibilidade de contemplar o milagre daquele menino-sol que, surgindo do alto, ilumina o horizonte.
A origem das trevas
A origem das trevas que envolvem o mundo perde-se na noite dos tempos. Pensemos no obscuro momento em que foi cometido o primeiro crime da humanidade, quando a mão de Caim, cego pela inveja, feriu de morte o irmão Abel (cf. Gn 4, 8). Assim, o curso dos séculos tem sido marcado por violências, guerras, ódio, prepotência. Mas Deus, que havia posto suas expectativas no homem feito à sua imagem e semelhança, esperava. O tempo de espera fez-se tão longo que a certo momento, quiçá, deveria renunciar; mas Ele não podia renunciar, não podia negar-Se a Si mesmo (cf. 2 Tm 2, 13). Por isso, continuou a esperar pacientemente face à corrupção de homens e povos.
A luz
Ao longo do caminho da história, a luz que rasga a escuridão revela-nos que Deus é Pai e que a sua paciente fidelidade é mais forte do que as trevas e do que a corrupção. Nisto consiste o anúncio da noite de Natal. Deus não conhece a explosão de ira nem a impaciência; permanece lá, como o pai da parábola do filho pródigo, à espera de vislumbrar ao longe o regresso do filho perdido.
O sinal de Deus
A profecia de Isaías anuncia a aurora duma luz imensa que rasga a escuridão. Ela nasce em Belém e é acolhida pelas mãos amorosas de Maria, pelo afecto de José, pela maravilha dos pastores. Quando os anjos anunciaram aos pastores o nascimento do Redentor, fizeram-no com estas palavras: «Isto vos servirá de sinal: encontrareis um menino envolto em panos e deitado numa manjedoura» (Lc 2, 12). O «sinal» é a humildade de Deus levada ao extremo; é o amor com que Ele, naquela noite, assumiu a nossa fragilidade, o nosso sofrimento, as nossas angústias, os nossos desejos e as nossas limitações. A mensagem que todos esperavam, que todos procuravam nas profundezas da própria alma, mais não era que a ternura de Deus: Deus que nos fixa com olhos cheios de afecto, que aceita a nossa miséria, Deus enamorado da nossa pequenez.
Ternura
Nesta noite santa, ao mesmo tempo que contemplamos o Menino Jesus recém-nascido e reclinado numa manjedoura, somos convidados a reflectir. Como acolhemos a ternura de Deus? Deixo-me alcançar por Ele, deixo-me abraçar, ou impeço-Lhe de aproximar-Se? «Oh não, eu procuro o Senhor!» – poderíamos replicar. Porém a coisa mais importante não é procurá-Lo, mas deixar que seja Ele a encontrar-me e cobrir-me amorosamente das suas carícias. Esta é a pergunta que o Menino nos coloca com a sua mera presença: permito a Deus que me queira bem?
E ainda: temos a coragem de acolher, com ternura, as situações difíceis e os problemas de quem vive ao nosso lado, ou preferimos as soluções impessoais, talvez eficientes mas desprovidas do calor do Evangelho? Quão grande é a necessidade que o mundo tem hoje de ternura!
A resposta do cristão não pode ser diferente da que Deus dá à nossa pequenez. A vida deve ser enfrentada com bondade, com mansidão. Quando nos damos conta de que Deus Se enamorou da nossa pequenez, de que Ele mesmo Se faz pequeno para melhor nos encontrar, não podemos deixar de Lhe abrir o nosso coração pedindo-Lhe: «Senhor, ajudai-me a ser como Vós, concedei-me a graça da ternura nas circunstâncias mais duras da vida, dai-me a graça de me aproximar ao ver qualquer necessidade, a graça da mansidão em qualquer conflito».
Presépio
Queridos irmãos e irmãs, nesta noite santa, contemplamos o presépio: nele, «o povo que andava nas trevas viu uma grande luz» (Is 9, 1). Viram-na as pessoas simples, dispostas a acolher o dom de Deus. Pelo contrário, não a viram os arrogantes, os soberbos, aqueles que estabelecem as leis segundo os próprios critérios pessoais, aqueles que assumem atitudes de fechamento. Olhemos o presépio e façamos este pedido à Virgem Mãe: «Ó Maria, mostrai-nos Jesus!»

Fonte: ACI digital 

24 de dez. de 2014

A exemplo dos três reis magos, o que podemos oferecer a Jesus neste Natal?

Três-Reis-MagosOs reis magos vieram da Pérsia, iluminados por uma estrela no céu e por uma luz interior que os guiava e os dirigia para Cristo, o Messias que eles sabiam que os judeus esperavam. A tradição diz que eram reis de pequenos reinos, entendidos em ler as estrelas.
Enquanto em Jerusalém ninguém esperava e acreditava, eles, na fé, procuravam o esperado Menino, sua Mãe e seu Pai em Belém. “Onde está o rei dos judeus que acaba de nascer? Vimos a sua estrela no Oriente e viemos adorá-lo” (Mt 2,1-2). São Mateus diz que o rei Herodes ficou perturbado e com ele toda a Jerusalém.
E a misteriosa estrela os guiava até chegarem onde estava o Menino. Encontrando-O, prostraram-se diante Dele, “abrindo seus tesouros, ofereceram-lhe como presentes: ouro, incenso em mirra.” O ouro é dado ao Rei, o incenso a Deus, e a mirra à vítima a ser imolada um dia no Calvário. Que mistério!
A epifania, é esta manifestação de Jesus como Messias, Filho de Deus e Salvador do mundo. Esses “magos”, representantes das religiões pagãs, representam as primeiras nações que acolhem a Boa Nova da salvação pela Encarnação do Verbo. A vinda deles a Jerusalém para “adorar ao Rei dos Judeus” mostra que eles procuram em Israel, à luz do Messias da estrela de Davi, aquele que será o Rei das nações. Isto significa que “a plenitude dos pagãos entra na família dos patriarcas” e adquire a mesma dignidade dos judeus.
Os reis magos, que eram pagãos, souberam ver no Menino, o Deus salvador, por isso o adoraram e lhe deram presentes. E nós, o que devemos dar a Jesus? Antes de tudo precisamos seguir a sua Luz, a sua Estrela.
Ora, São João da Cruz disse que “amor só se paga com amor.” Jesus só nos deu amor: sua vida, sua morte, sua ressurreição. “Tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim” (Jo 13,1). Ele é o amor! Nossos presentes ao grande Menino devem ser presentes de amor.
Ele disse na Santa Ceia: “Se me amais guardareis os meus mandamentos” (Jo 14,15). Então, a primeira disposição nossa deve ser de renovar o desejo de ouvir a sua voz e obedecer-lhe. São Jerônimo disse que “quem não conhece os Evangelhos não conhece Jesus”. O primeiro passo é conhecer o que Ele ensinou; o segundo é viver o que Ele manda.
Jesus veio para “tirar o pecado do mundo” (Jo 1,29); Ele é o Cordeiro imolado pelos nossos pecados. Então, o melhor presente que você pode colocar na Sua manjedoura é o propósito firme de lutar, sem tréguas, sem desanimar, sem se cansar, contra os seus pecados; pois é a única ação que pode afastá-Lo do seu coração, onde Ele quer sempre estar.
Olhe para você mesmo diante do Presépio, e pergunte ao divino Menino o que Ele quer que você mude na sua vida. Peça-lhe a sua graça, para ouvir a sua voz e ter a graça de obedecer-Lhe. Ofereça esse propósito como o seu ouro, incenso e mirra. Ele vai gostar!
Mais do que os presentes e as micro lâmpadas piscando, Ele quer seu coração; todo, inteiro, sem divisão. Então, o melhor presente é entregar-lhe o coração, determinado a amá-lo.
Prof. Felipe Aquino

Cléofas 

24/12 – São Charbel

São CharbelO santo de hoje nasceu no norte do Líbano, num povoado chamado Bulga-Kafra, no ano de 1828. Proveniente de uma família cristã e centrada nos valores do Evangelho, muito cedo precisou conviver com a perda de seu pai.
Após discernir o seu chamado à vida religiosa, com 20 anos ingressou num seminário libanês maronita. Durante o Noviciado, trocou seu nome de batismo (José) por Charbel. Mostrou-se um homem fiel às regras, obediente à ação do Espírito Santo e penitente.
Após sua ordenação em 1859, enfrentou muitas dificuldades, dentre elas a perseguição ferrenha aos cristãos com o martírio de muitos jovens religiosos e a destruição de inúmeros mosteiros em sua época. Em meio a tudo isso, perseverou na fé, trazendo consigo as marcas de uma vocação ao silêncio, à penitência e à uma vida como eremita.
Aos 70 anos, vivendo num ermo dedicado a São Pedro e São Paulo, com saúde bastante fragilizada, discerniu que era chegada a hora de sua partida para a Glória Celeste. Era Véspera de Natal. E no dia 24 de Dezembro, deitado sobre uma tábua, agonizante, entregou sua vida Àquele que concede o prêmio reservado aos que perseveram no caminho de santidade: a vida eterna.
São Charbel, rogai por nós!

Fonte: Cléofas 

Que elementos são usados no Batismo e o que significam?

Água, óleo, roupas brancas, círio: conheça o significado de cada um destes elementos e sua importância ao longo de toda a vida dos batizados.


É muito necessário explicar o sentido dos elementos materiais usados no rito do batismo. A linguagem verbal, as palavras, leituras e cânticos da celebração do batismo são excelentes, abundantes e fáceis de compreender, ainda que às vezes precisem de explicações.
 
No entanto, a linguagem não verbal, ou seja, dos sinais, gestos simbólicos e elementos como a água, o óleo e a luz precisam de uma explicação detalhada para que se compreenda por que são usados e que efeitos espirituais produzem em quem os recebe com fé.
 
Convém explicar estes símbolos para descobrir as realidades espirituais que significam e realizam realmente. Tais sinais precisam ser autênticos, verdadeiros e não fictícios, “adaptados à capacidade dos fiéis e, em geral, não devem requerer muitas explicações” (SC 34).
 
No batismo, são utilizados, além da água: o óleo dos catecúmenos, o crisma, a veste branca e o círio aceso. São sinais claros que simbolizam realidades espirituais.
 
água é a principal matéria do batismo. O óleo dos catecúmenosrecorda aquele utilizado pelos atletas antes das competições, para ficar mais fortes, ágeis e alegres.
 
Este óleo aplicado no peito é como um escudo que afasta o demônio e defende a fé. Tudo o que se recebe no batismo não é apenas simbólico, mas real, e vai se tornando eficaz ao longo da vida.
 
crisma é o óleo perfumado, consagrado pelo bispo na Páscoa, e serve para consagrar e marcar o cristão como pessoa sagrada, pertencente à família de Deus.
 
Tal óleo é usado no batismo, na confirmação e na ordenação sacerdotal. Em teologia, diz-se que ele “imprime caráter”, ou seja, marca, sela para sempre; por isso, estes são sacramentos que não se repetem.
 
roupa branca às vezes é representada apenas por um véu sobre a cabeça. Para expressar seu sentido, deveria ser um vestido novo ou túnica branca, que recorda as túnicas brancas que os batizados recebiam na Páscoa, nos primeiros tempos do cristianismo.
 
As vestes brancas simbolizam a limpeza e a dignidade de vida do cristão, ajudado pela palavra e pelo exemplo dos seus.
 
vela acesa que se entrega aos padrinhos lhes recorda e dá a capacidade para fazer que Cristo, que é a luz do mundo, ilumine o afilhado com a fé, por meio das palavras, do exemplo e da ajuda dos padrinhos.
 
compromisso dos padrinhos é muito sério, pois eles devem substituir os pais, caso cheguem a faltar, na parte material e espiritual, para que seus afilhados mantenham a fé.
sources: SIC  repassado por:  Aleteia 

Natividade de São João Batista: o maior dos profetas

A natividade de  São João Batista  é  uma solenidade muito importante no ano litúrgico, porque nesse dia lembramos o maior dos profetas, com...