5 de abr. de 2014

Reflexão do Evangelho (v Domingo da quaresma )

06/04/2014  Ano A

Liturgia do Domingo

Ez 37,12-14
Sl 129
Rm 8,8-11
Jo 11,1-45

V Domingo da Quaresma - Jesus: Vida que vence a Morte!


De hoje a oito entraremos na Semana Santa, com a solenidade dos Ramos e da Paixão do Senhor. Agora, neste último Domingo antes dessa Grande Semana, a Liturgia nos apresenta o Senhor Jesus como nossa Ressurreição e nossa Vida. Aqui, não estamos falando de modo figurado, metafóricos! Jesus é realmente, propriamente, a nossa Vida e a nossa Ressurreição! Ele é o cumprimento do sonho de vida e felicidade que o Pai, desde o início, tem para nós: “Ó Meu povo, vou abrir as vossas sepulturas e conduzir-vos para a terra de Israel. Porei em vós o Meu Espírito, para que vivais!” É em Jesus que esta promessa se cumpre, é Nele que somos arrancados das sepulturas da vida e da sepultura da morte; é no Seu Espírito Santo, derramado sobre nós, que o Pai nos vivifica! É em Jesus, o Cristo, o Filho amado, que todos os anseios de vida – tão presentes de tantos modos no nosso coração – encontram sua realização e sua saciedade.

Caríssimos, Jesus é a própria Ressurreição; Ele é a própria Vida, Vida plena, Vida divina, Vida eterna! Jesus é a plenitude da vida, da nossa existência: Nele, o nosso caminho termina não no Nada do absurdo, do vazio, mas na plenitude da Glória. Sem Ele, seríamos nada, sem Ele, tudo quanto vivemos terminaria no aniquilamento: “De que nos valeria ter nascido, se não nos redimisse em Seu amor?” – é o que vai perguntar a liturgia da Igreja daqui a poucos dias, na noite da Páscoa. Num mundo que procura desesperadamente a vida, a felicidade; numa época como a nossa, em que se tem sede de um motivo para viver, de um sentido para a existência, Jesus Se nos apresenta como a própria Vida! Nele – e só Nele! – ressuscitaremos, vencendo a morte; Nele – e só Nele! – viveremos a Vida divina, a Vida que é o próprio Espírito Santo que Ele nos dá como germe no Batismo e nos dará plenamente na Ressurreição final!

Mas, escutemo-Lo falar, Ele mesmo nos Evangelho deste Domingo. Deixemos que Ele nos fale da vida, que Ele mesmo nos ensine a viver!

Lázaro estava doente, sofrendo; depois, morreu. Suas irmãs estavam sofridas, angustiadas, imploraram tanto pela vinda do Senhor para curar o irmão... E Jesus não vai; Jesus demora-Se... Quantas vezes fazemos, nós também, esta mesma experiência em nossa vida. “Esta doença não leva à morte; ela serve para a glória de Deus, para que o Filho de Deus seja glorificado por ela!”E, pensemos bem: Jesus era muito amigo de Marta, de sua irmã Maria e de Lázaro. Quando ouviu que estava doente, Jesus ficou ainda dois dias no lugar em que Se encontrava”... Os caminhos de Deus não são os nossos caminhos, os nossos tempos e modos não são os Dele. “Senhor, se estivesses estado aqui, meu irmão não teria morrido...” Jesus sentiu a morte de Lázaro, Jesus“ficou profundamente comovido” e chorou por Lázaro, mas não impediu sua doença e sua morte! Vede, irmãos: nosso Deus não é tapa-buracos; jamais compreenderemos Seu modo de agir! Ele nos ama, Ele é fiel, Ele Se preocupa conosco, Ele conhece nossas dores. Mas, jamais compreenderemos Seu modo de agir no mundo e na nossa vida! Uma coisa é certa: se crermos, veremos sempre a glória de Deus, em tudo no mundo e em tudo na nossa vida Deus será glorificado! Fora glorificado no cego de nascença do Domingo passado; será glorificado no morto Lázaro deste Domingo: Sua Luz dissipa as nossas trevas, como Seu Espírito vivificante destroça e vence a nossa morte!

Então, Jesus consola Marta e Maria. Jesus lhes promete a Ressurreição. Compreendei, meus Caros: como grande parte dos judeus, as irmãs esperam a Ressurreição no Último Dia, no final dos tempos. Jesus, então, faz uma das revelações mais impressionantes de todo o Evangelho: “Eu sou a Ressurreição! Eu sou a Vida!” Atenção! Levemos a sério esta afirmação! Detenhamo-nos diante dela, admirados! A Ressurreição que os judeus esperavam chegou: é Jesus! A Ressurreição não é uma coisa, uma realidade impessoal, uma força, uma lei da  natureza! Não! A Ressurreição é uma Pessoa: ela tem coração, rosto, voz e amor sem fim! A Ressurreição é Jesus em Pessoa: “Eu sou a Ressurreição e a Vida! Quem crê em mim, mesmo que esteja morto, viverá!” É Ele Quem vem nos buscar, é na força Dele que seremos erguidos da morte, é Nele que nossa vida é salva do Absurdo, do Nada, do Vazio: “quem vive e crê em Mim, não morrerá para sempre!” Nunca será demais a surpresa, a admiração, a grandeza dessas palavras! Caríssimos, “Deus nos deu a Vida eterna, e essa Vida está no Seu Filho” (1Jo 5,11), esta Vida é o Seu Filho que, morto e ressuscitado, nos dará o Espírito vivificador! Somente para deixar mais claro: (1) Jesus é a Ressurreição: Ele nos levantará da morte, Ele nos livrará – alma nossa e corpo nosso – das garras da morte; (2) Ele é a Vida, a Vida divina, a Vida do Eterno, porque nos dá o Seu Espírito vivificante. Assim, a Vida de ressuscitados não é mais esta nossa vida sofrida e precária, mas a Vida divina; (3) quem tenha morrido e ressuscite com esta Vida divina que somente Jesus nos pode conceder, nunca mais morrerá, mas viverá com esta Vida divina, eterna, para sempre!

Caríssimos, estamos para celebrar a Páscoa. Não esqueçamos que é para que tenhamos a Vida que o nosso Jesus se entregou por nós: morto na carne foi vivificado no Espírito Santo pela Sua Ressurreição (cf. 1Pd 3,18). Ressuscitado, plenificado no Espírito Santo, derramou sobre nós esse Espírito de vida, dando-nos, assim, a semente de Vida eterna: “Se o Espírito do Pai que ressuscitou Jesus dentre os mortos já habita em vós, então o Pai que ressuscitou Jesus Cristo dentre os mortos vivificará também vossos corpos mortais por meio do Espírito que habita em vós!”


É esta a nossa esperança: a Ressurreição! Por ela vivemos, dela temos certeza! E já possuímos, como primícias, como garantia o Espírito Santo de ressurreição. Então, vivamos uma vida nova, uma vida de ressuscitados em Cristo Jesus: “Os que vivem segundo a carne, segundo o pecado, não podem agradar a Deus! Vós não viveis segundo a carne, mas segundo o Espírito” do Cristo Jesus! Então, vida nova! Deixemo-nos guiar pelo Espírito! Renovemo-nos! Convertamo-nos! Que as observâncias da santa Quaresma, o combate aos vícios, a abstinência dos alimentos e a confissão dos pecados nos preparem para celebrar de coração renovado a Santa Páscoa – esta, de 2014 e, um dia, aquela, da Vida eterna! Amém.

Dom Henrique Soares da Costa

Fonte: http://visaocristadomhenrique.blogspot.com.br/

05 Abr São Vicente Ferrer

Nascido na Espanha em 1350, viveu em tempos difíceis pois, por influência política, havia um cisma na Igreja do Ocidente: por Cardeais foi declarada inválida a eleição de Urbano VI como Papa, e foi escolhido Roberto de Genebra que tomou o nome de Clemente VII. As coroas ibéricas procuraram manter-se neutras entre os dois Papas, mas o de Avinhão esforçou-se por conquistar a obediência delas e mandou como seu legado o Cardeal Pedro de Luna. Este procurou o apoio de Vicente, que lho deu em boa fé e escreveu um tratado sobre o cisma.
São Vicente acompanhou o mesmo legado nalgumas viagens por esses reinos, regressando depois ao ensino e à pregação em Valência. Pouco depois, volta Pedro de Luna a Avinhão e sucede a Clemente VII como Papa, tomando o nome de Bento XIII. E é reclamada a presença de Vicente em Avinhão, onde passa uns anos.
São Vicente Ferrer foi um santo religioso dominicano, grande pregador e fiel ao carisma. Ele pregava sobre a segunda vinda de Jesus, o Juízo Final, mas de uma maneira que provocava uma conversão nas pessoas. Sua pregação, Deus a confirmava com sinais, milagres e conversões.
Um homem de penitência, da verdade, da esperança, que semeava a unidade e essa expectativa do Senhor que voltará.
Vicente pôde contribuir para a eleição do Papa e pôde deixar bem claro, pela sua vida, que a Palavra de Deus precisa ser anunciada com o espírito e com uma vida a serviço da verdade e da Igreja.
São Vicente Ferrer, rogai por nós!

Fonte: Canção Nova 

A Grande Semana 1° Parte

Estamos novamente na Semana Santa e nosso coração nos coloca face a face com o momento máximo de nossa religiosidade. Entramos no período mais expressivo e tocante do Ano Litúrgico. Entendemos que, do ponto de vista da liturgia, celebramos a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém e Sua permanência nesta cidade síbolo dos judeus, ende foram registrados os últimos acontecimentos de Sua Paixão, Morte e Ressurreição.

Celebremos Sua chegada na manhã do primeiro dia da semana, a Última Ceia com Seus Apóstolos e discípulos, as orações e a virgília no Horto das Oliveiras, Sua prisão, condenação sumária, Seu caminho ao Monte Calvário, onde ocorre Sua morte e finalmente, Sua ressurreição. Comprova-se definitivamente que Ele é o Filho de Deus.

Estes eventos deixam os rituais litúrgicos desta grande senamatotalmente enriquecidos e cheios de graça, envolvidos pelas celebrações, entre elas, da: Procissão de Ramos e Paixão do Senhor; Benção dos Óleos; lava-pés e Ceia do Senhor; Vigília Pascal e Ressurreição do Senhor.

Nesta grande semana, em nossa tradição cristã, desde os primeiros séculos , os fiéis recebiam o Sacramento do Batismo, tornamdo-se perticipantes deste grande mistário pascal da vida de Jesus Cristo. Todos celebram com muita alegria e emoção estas funções litúrgicas. Porque são preparados intensamente para estes momentos durante o período da Quaresma.

Cronologia da Semana Santa 
A Semana Santa é uma extensão do período quaresmal, compreendendo, portanto, a Celebração de Ramos, no Domingo anterior ao da Páscoa, passando pela Missa de Lava-pés e da Ceia do Senhor na Quinta-feira Santa, pois com essa solene festa, inicia-se o Tríduo Pascal e finalizando na Vigília Pascal no Sábado Santo. Litugicamente, a Quaresma termina com o inícil do Tríduo Pascal, na Celebração da Ceia do Senhor. Desta forma, a Quaresma, assim como o Tríduo e o Tempo Pascais, integram o chamado Ciclo Pascal do Ano Litúgico. 


Prof João H. Hansen, Padres Antônio S. Bogaz e Rodinei Thomazella
Fonte: Revista O Mílite 
ed Abril de 2014 

4 de abr. de 2014

O segredo de Anchieta é a fé, afirma Papa Francisco

2014-04-04


Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco enviou uma mensagem aos fiéis reunidos no Santuário Nacional de Anchieta, que aguardavam a notícia da canonização do Apóstolo do Brasil.

Uma salva de palmas e o repicar dos sinos acompanharam a leitura da mensagem do Pontífice, que foi assinada pelo Secretário de Estado, Card. Pietro Parolin.

No texto, Francisco recorda as “incontáveis peripécias, dificuldades e perigos” que o missionário jesuíta enfrentou, revelando que seu segredo era a fé, “alicerçada no Senhor Jesus com quem se encontrava e a quem se unia na Eucaristia”.

O Santo Padre “encoraja todos os seus devotos a tornarem-se discípulos-missionários de Jesus, sobre todos implorando, pela intercessão de São José de Anchieta, a constante assistência divina em penhor da qual lhes concede uma particular Bênção Apostólica”.

Eis a íntegra da mensagem:

«Sua Santidade o Papa Francisco saúda com particular afeto os fiéis reunidos no Santuário Nacional de Anchieta para agradecer à Santíssima Trindade a canonização do «Apóstolo do Brasil», a quem pede que lhes alcance de Deus a graça de viverem como ele ensinou. Na sua existência, enfrentou incontáveis peripécias, dificuldades e perigos com o mesmo espírito de São Paulo. «Nada é difícil – lê-se numa carta do nosso amado Santo – para aqueles que acalentam no coração e têm como fim único a glória de Deus e a salvação das almas, pelas quais não hesitam em dar a sua vida». O segredo deste homem era a fé, alicerçada no Senhor Jesus com quem se encontrava e a quem se unia na Eucaristia. Isto era possível porque se entregara a Nossa Senhora, deixando-A tomar conta dele enquanto ele nutria um terníssimo amor por Ela. Ao lembrar-lhes o exemplo deste incansável evangelizador, o Santo Padre encoraja todos os seus devotos a tornarem-se discípulos-missionários de Jesus, sobre todos implorando, pela intercessão de São José de Anchieta, a constante assistência divina em penhor da qual lhes concede uma particular Bênção Apostólica.
Cardeal Pietro Parolin, Secretário de Estado».

O Santuário localiza-se numa encosta do morro do Rio Benevente, na antiga aldeia de Reritiba, núcleo histórico da atual cidade de Anchieta. No Santuário, encontra-se a igreja de Nossa Senhora da Assunção, título de devoção de Anchieta, que foi erguida em 1564 para servir de escola de catequização de índios. O altar conserva parte de sua pintura original e, nos fundos, uma escada leva até a "cela" - quarto onde o beato viveu e morreu.

O santuário inclui um museu com imagens e antigos objetos litúrgicos. 



Texto proveniente da página http://pt.radiovaticana.va

Papa Francisco: "Quem tem poder procura calar os profetas, mas o Espírito Santo não pode ser engaiolado"

 2014-04-04


Cidade do Vaticano (RV) - "Quando anunciamos o Evangelho caminhamos rumo à perseguição", destacou o Papa Francisco na missa celebrada na manhã desta sexta-feira, na Casa Santa Marta, no Vaticano.

O coração dos ímpios que se afastam de Deus querem tomar posse da religião. O Papa Francisco desenvolveu sua homilia partindo de um trecho do Livro da Sabedoria, na primeira leitura.

Francisco ressaltou que os inimigos de Jesus constroem armadilhas contra Ele, fazem calúnias e tiram-lhe a fama. "É como se preparassem um caldo para destruir o Justo. Isso porque Ele se opõe às suas ações, reprova as culpas contra as leis, joga na cara deles as transgressões contra a educação recebida", disse ainda o pontífice.

O Santo Padre destacou que em toda a história da salvação, os profetas foram perseguidos e Jesus diz isso aos fariseus. "Na história da salvação, no tempo de Israel e também na Igreja, os profetas foram perseguidos. Perseguidos porque os profetas falam: Vocês erraram o caminho. Voltem para o caminho de Deus! As pessoas que têm o poder desse caminho errado não gostam de ouvir isso", disse ainda Francisco que acrescentou:

"O Evangelho de hoje é claro, não é? Jesus se escondia, naqueles últimos dias, porque ainda não tinha chegado sua hora, mas Ele sabia qual seria o seu fim. Jesus foi perseguido desde o início: recordamos que no início de sua pregação Ele volta à sua cidade, vai à Sinagoga e prega. Depois de uma grande admiração, eles começam: esse aí nós sabemos de onde vem. Ele é um de nós. Com que autoridade ele vem nos ensinar? Onde estudou? O desqualificam! É o mesmo discurso, não? Mas ele sabemos de onde é! O Cristo, ao invés, quando virá ninguém saberá de onde é! Desqualificar o Senhor, desqualificar o profeta para tirar a autoridade! 
Desqualificam Jesus porque Ele saia e fazia sair daquele ambiente religioso fechado, daquela gaiola. "O profeta luta contra as pessoas que engaiolam o Espírito Santo. Por isso, é perseguido: sempre! Os profetas são perseguidos ou não compreendidos, deixados de lado. Não lhes dão espaço! Esta situação não terminou com a morte e ressurreição de Jesus: continuou na Igreja! Perseguidos fora e perseguidos dentro! Quando lemos a vida dos Santos quantas incompreensões, quantas perseguições eles sofreram porque eram profetas", disse ainda o pontífice.

"Também muitos pensadores na Igreja foram perseguidos. Penso em um, agora, nesta época, não muito distante de nós, um homem de boa vontade, um profeta realmente, que com os seus livros reprovava a Igreja de se distanciar do caminho do Senhor. Logo ele foi chamado, os seus livros foram colocados no índex, lhe tiram a cátedra e este homem terminou assim a sua vida: não muito tempo atrás. Passaram-se os tempos e hoje é beato! Mas como ontem era um herético e hoje é um beato? É que ontem aqueles que tinham o poder queriam silenciá-lo, porque não gostavam daquilo que ele dizia. Hoje, a Igreja, que graças a Deus sabe se arrepender, diz: Não, este homem é bom. Está no caminho da santidade: é um beato!"
Segundo o Papa Francisco, "todas as pessoas que o Espírito Santo escolhe para dizer a verdade ao Povo de Deus são perseguidas. Jesus é o modelo, o ícone". O Senhor tomou sobre si todas as perseguições de seu Povo. "Ainda hoje os cristãos são perseguidos", disse o pontífice com tristeza. "Ouso dizer que talvez existam mais mártires agora do que nos primeiros tempos da Igreja, porque a esta sociedade mundana, a esta sociedade um pouco tranqüila, que não quer os problemas, eles dizem a verdade, anunciam Jesus Cristo", disse ainda o Santo Padre.

"Hoje, em algumas partes do mundo, uma pessoa é condenada à morte ou vai para o cárcere somente por ter o Evangelho em casa, por ensinar o Catecismo, me dizia um católico desses países em que os cristãos não podem rezar juntos. É proibido! Somente é possível rezar sozinho e escondido, mas eles querem celebrar a Eucaristia. Como fazem? Fazem uma festa de aniversário, fazem de conta de celebrar o aniversário e ali celebram a Eucaristia, antes da festa. Quando chega a polícia, eles escondem tudo e felicidade, felicidade, parabéns! E continuam a festa. Depois que a polícia vai embora, eles terminam a celebração eucarística. Devem fazer assim, pois é proibido rezar juntos. Hoje!"

"Esta história de perseguições é o caminho do Senhor, é o caminho daqueles que seguem o Senhor que termina, no final, sempre como o caminho do Senhor: com a ressurreição, mas passando pela cruz!", disse ainda o Papa.

Francisco recordou o Pe. Matteo Ricci, evangelizador da China, que não foi entendido, mas obedeceu como Jesus. "Sempre irão existir perseguições e incompreensões, mas Jesus é o Senhor e este é o desafio e a cruz de nossa fé. Que o Senhor nos dê a graça de seguir o seu caminho e se acontecer, com a cruz das perseguições", concluiu o Santo Padre. (MJ)



Texto proveniente da página http://pt.radiovaticana.va

04 de Abr Santo Isidoro

O santo de hoje é resultado de uma família de santos, gente que buscou a vontade de Deus em tudo.
Nasceu na Espanha no ano de 560, perdeu os pais muito cedo e ficou aos cuidados dos irmãos que, recebendo dos pais uma ótima formação cristã, puderam introduzir o pequeno Isidoro a este relacionamento com Deus.
Ele se deparou com muitos limites, por exemplo, nos estudos. E fugia desse compromisso.
No entanto, com a graça divina e o esforço humano, ele transcendeu e retomou os estudos, tornando-se um dos homens mais cultos, versados e reconhecido pela Igreja como doutor.
Santo Isidoro foi um homem humilde, de oração e penitência, que buscava a salvação das almas, a edificação das pessoas.
Com o falecimento de um irmão seu, foi eleito bispo em Sevilha, consumindo-se de amor a Cristo, no povo.
Santo Isidoro, rogai por nós!

Fonte: Canção Nova

A receita do Papa Francisco para fazer o amor durar

O segredo está em entender de que amor estamos falando e em usar três palavras mágicas na vida cotidiana do casal.


Hoje em dia existe muito medo de tomar decisões definitivas, como a decasar-se, pois as pessoas consideram impossível manter o amor vivo ao longo dos anos. O Papa Francisco fala deste tema e nos convida a não nos deixarmos vencer pela "cultura do provisório", pois o amor que fundamenta uma família é um amor para sempre.

O que entendemos por "amor"?

Com a sabedoria e a simplicidade que o caracterizam, o Papa Franciscocomeça com um importante esclarecimento sobre o verdadeiro significado do amor, já que, diante do medo do "para sempre", muitos dizem: "Ficaremos juntos enquanto o amor durar".

Então, ele pergunta: "O que entendemos por 'amor'? Só um sentimento, uma condição psicofísica? Certamente, se é assim, não se pode construir nada sólido. Mas se o amor é uma relação, então é uma realidade que cresce, e também podemos dizer, por exemplo, que se constrói como uma casa. E a casa é construída em companhia do outro, não sozinhos! Não queiram construí-la sobre a areia dos sentimentos, que vão e vêm, mas sim sobre a rocha do amor verdadeiro, o amor que vem de Deus."

"O matrimônio é um trabalho de ourivesaria que se constrói todos os dias ao longo da vida. O marido ajuda a esposa a amadurecer como mulher, e a esposa ajuda o marido a amadurecer como homem. Os dois crescem em humanidade e esta é a principal herança que deixam aos filhos", acrescenta.

Três palavras mágicas para fazer o casamento durar

Papa esclarece que o "para sempre" não é só questão de duração. "Umcasamento não se realiza somente se ele dura, sua qualidade também é importante. Estar juntos e saber amar-se para sempre é o desafio dos esposos."

E fala sobre a convivência matrimonial: "Viver juntos é uma arte, um caminho paciente, bonito e fascinante (...) que tem regras que se podem resumir exatamente naquelas três palavras: 'posso?', 'obrigado' e 'desculpe'".

"'Posso?' é o pedido amável de entrar na vida de alguém com respeito e atenção. O verdadeiro amor não se impõe com dureza e agressividade. São Francisco dizia: 'A cortesia é a irmã da caridade, que apaga o ódio e mantém o amor'. E hoje, nas nossas famílias, no nosso mundo amiúde violento e arrogante, faz falta muita cortesia."

"Obrigado': a gratidão é um sentimento importante. Sabemos agradecer? (...) É importante manter viva a consciência de que a outra pessoa é um dom de Deus, e aos dons de Deus diz-se 'obrigado'. Não é uma palavra amável para usar com os estranhos, para ser educados. É preciso saber dizer 'obrigado' para caminhar juntos."

"'Desculpe': na vida cometemos muitos erros, enganamo-nos tantas vezes. Todos. Daí a necessidade de utilizar esta palavra tão simples: 'desculpe'. Em geral, cada um de nós está disposto a acusar o outro para se desculpar. É um instinto que está na origem de tantos desastres. Aprendamos a reconhecer os nossos erros e a pedir desculpa. Também assim cresce uma família cristã."

Finalmente, o Papa acrescenta, com bom humor: "Todos sabemos que não existe uma família perfeita, nem o marido ou a mulher perfeitos. Isso sem falar da sogra perfeita...".

E conclui: "Existimos nós, os pecadores. Jesus, que nos conhece bem, ensina-nos um segredo: que um dia não termine nunca sem pedir perdão, sem que a paz volte à casa. Se aprendemos a pedir perdão e a perdoar aos outros, o matrimônio durará, seguirá em frente."
Fonte: http://www.aleteia.org/pt/estilo-de-vida/artigo/a-receita-do-papa-francisco-para-fazer-o-amor-durar-5308079516155904
sources: LaFamilia.info

A gravidade da traição no namoro

Sinal de imaturidade e de falta de responsabilidade.


Embora no namoro não exista o compromisso definitivo como no casamento, e não seja um sacramento, a traição realizada nesse relacionamento não deixa de ser uma falta grave, especialmente se envolveu um relacionamento sexual com outra pessoa. Neste caso, além da falta da traição, há o grave pecado de fornicação, sexo antes ou fora do casamento vivido por duas pessoas que não são casadas. Não custa lembrar o que disse São Paulo sobre a gravidade desse pecado: “Nem nos entreguemos à fornicação, como alguns deles se entregaram, de modo a perecerem [...]” (1 Cor 10,8).

Mas, mesmo que não tenha havido fornicação e a traição tenha sido de outra forma, por exemplo, começar a namorar outra pessoa sem terminar o primeiro namoro, a falta é grave, pois trair alguém é ferir profundamente a pessoa que lhe confiou a intimidade e de certa forma a vida. Toda traição, por menor que seja, deixa marcas e traumas no coração da pessoa enganada.

Muitos jovens têm medo de partir para um novo namoro porque experimentaram a dor de uma traição e temem ser novamente traídos e enganados e sofrem muito por isso. “Será que eu não serei decepcionado (a) novamente?”.

É preciso dizer a essas pessoas que foram duramente machucadas, que lutem contra esse sentimento de medo e de derrota e que enfrentem um novo relacionamento com coragem e sensatez. Não é porque você foi traído uma vez que obrigatoriamente o será novamente; não; as pessoas são diferentes. Aproveite a experiência que você acumulou com essa traição; sabemos que mesmo do pior mal Deus sabe tirar algum bem para os que O amam.  [cpa_namoro]

namoro é um tempo de conhecimento e de escolha, no qual cada um precisa se revelar ao outro e mostrar de certa forma o seu interior. Mas isso há que ser feito num ambiente de fidelidade para que possa acontecer com sinceridade e transparência.

compromisso de namoro pode ser rompido de comum acordo ou mesmo somente por apenas uma das partes, pois não é uma aliança definitiva.

Penso, contudo, que, como todo pecado, a traição também possa ser perdoada se, de fato, o culpado se arrepender sinceramente e der provas disso, mas precisa saber que “o vaso de cristal foi trincado”; a confiança do outro não será mais a mesma porque a marca ficou gravada no coração. Sempre poderá surgir no pensamento da pessoa traída a pergunta: “Será que ele (a) não me trairá novamente?”

Então, se desejamos um namoro belo e íntegro, neste deve haver fidelidade; não pode ser comprometido com sinalizações afetivas para com outra pessoa, mesmo de maneira disfarçada. Ninguém é obrigado a namorar, mas todo (a) namorado (a) é obrigado (a) moralmente a ser fiel ao outro, sob pena de se diminuir diante de si mesmo; é uma questão de caráter, algo que infelizmente hoje não é muito cultivado.

Quem trai no namoro é alguém que não sabe ainda a importância desse relacionamento e que, por isso, faz dele apenas um meio de diversão ou de busca de prazer ou outras aventuras. Traição é sinal de imaturidade e de falta de responsabilidade. É prova de que não se sabe amar; é sinal de egoísmo que aceita destruir o sentimento do outro para viver uma nova aventura amorosa.

Se alguém acha que não está satisfeito com o namoro, então, este pode romper com o compromisso, sem problemas, mesmo que a outra parte queira continuar o relacionamento. Mas o que não deve acontecer é a traição.

Prof. Felipe Aquino

Fonte  (Cléofas)

3 de abr. de 2014

Poema a Virgem - Padre José de Anchieta Escrito pelo Padre nas areias da Praia de Iperoig em Ubatuba.



Minha alma, por que tu te abandonas ao profundo sono?
Por que no pesado sono, tão fundo ressonas?
Não te move à aflição dessa Mãe toda em pranto,
Que a morte tão cruel do FILHO chora tanto?
E cujas entranhas sofre e se consome de dor,
Ao ver, ali presente, as chagas que ELE padece?
Em qualquer parte que olha, vê JESUS,
Apresentando aos teus olhos cheios de sangue.
Olha como está prostrado diante da Face do PAI,
Todo o suor de sangue do seu corpo se esvai.
Olha a multidão se comporta como ELE se ladrão fosse,
Pisam-NO e amarram as mãos presas ao pescoço.
Olha, diante de Anás, como um cruel soldado
O esbofeteia forte, com punho bem cerrado.
Vê como diante Caifás, em humildes meneios,
Aguenta mil opróbrios, socos e escarros feios.
Não afasta o rosto ao que bate, e do perverso
Que arranca Tua barba com golpes violento.
Olha com que chicote o carrasco sombrio
Dilacera do SENHOR a meiga carne a frio.
Olha como lhe rasgou a sagrada cabeça os espinhos,
E o sangue corre pela Face pura e bela.
Pois não vês que seu corpo, grosseiramente ferido
Mal susterá ao ombro o desumano peso?
Vê como os carrascos pregaram no lenho
As inocentes mãos atravessadas por cravos.
Olha como na Cruz o algoz cruel prega
Os inocentes pés o cravo atravessa.
Eis o SENHOR, grosseiramente dilacerado pendurado no tronco,
Pagando com Teu Divino Sangue o antigo crime!
 (Pecado Original cometido pelos primeiros pais)
Vê: quão grande e funesta ferida transpassa o peito, aberto
Donde corre mistura de sangue e água.
Se o não sabes, a Mãe dolorosa reclama
Para si, as chagas que vê suportar o FILHO que ama.
Pois quanto sofreu aquele corpo inocente em reparação,
Tanto suporta o Coração compassivo da Mãe, em expiação.
Ergue-te, pois e, embora irritado com os injustos judeus
Procura o Coração da MÃE DE DEUS.
Um e outro deixaram sinais bem marcados
Do caminho claro e certo feito para todos nós.
ELE aos rastros tingiu com seu sangue tais sendas,
Ela o solo regou com lágrimas tremendas.
A boa Mãe procura, talvez chorando se consolar,
Se as vezes triste e piedosa as lágrimas se entregar.
Mas se tanta dor não admite consolação
É porque a cruel morte levou a vida de sua vida,
Ao menos chorarás lastimando a injúria,
Injúria, que causou a morte violenta.
Mas onde te levou Mãe, o tormento dessa dor?
Que região te guardou a prantear tal morte?
Acaso as montanhas ouvirão Teus lamentos?
Onde está a terra podre dos ossos humanos?
Acaso está nas trevas a árvore da Cruz,
Onde o Teu JESUS foi pregado por Amor?
Esta tristeza é a primeira punição da Mãe,
No lugar da alegria, segura uma dor cruel,
Enquanto a turba gozava de insensata ousadia,
Impedindo Aquele que foi destruído na Cruz.
Mãe, mas este precioso fruto de Teu ventre
Deu vida eterna a todos os fieis que O amam,
E prefere a magia do nascer à força da morte,
Ressurgindo, deixou a ti como penhor e herança.
Mas finda Tua vida, Teu Coração perseverou no amor,
Foi para o Teu repouso com um amor muito forte!
O inimigo Te arrastou a esta cruz amarga,
Que pesou incomodo em Teu doce seio.
Morreu JESUS traspassado com terríveis chagas
ELE, formoso espírito, glória e luz do mundo;
Quanta chaga sofreu e tantas LHE causaram dores;
Efetivamente, uma vida em vós era duas! 
(Natureza Humana e Divina do SENHOR)
Todavia conserva o Amor em Teu Coração, e jamais
Evidentemente deixou de o hospedar no Coração,
Feito em pedaços pela morte cruel que suportou
Pois à lança rasgou o Teu Coração enrijecido.
O Teu Espírito piedoso e comovido quebrou na flagelação,
A coroa de espinhos ensanguentou o Teu Coração fiel.
Contra Ti conspirou os terríveis cravos sangrentos,
Tudo que é amargo e cruel o Teu FILHO suportou na Cruz.
Morto DEUS, então porque vives Tu a Tua vida?
Porque não foste arrastada em morte parecida?
E como é que, ao morrer, não levou o Teu espírito,
Se o Teu Coração sempre uniu os dois espíritos?
Admito, não pode tantas dores em Tua vida
Suportar, aguentando se não com um amor imenso;
Se não Te alentar a força do nascimento Divino
Deixará o Teu Coração sofrendo muito mais.
Vives ainda, Mãe, sofrendo muitos trabalhos,
Já te assalta no mar onda maior e cruel.
Mas cobre Tua Face Mãe, ocultando o piedoso olhar:
Eis que a lança em fúria ataca pelo espaço leve,
Rasga o sagrado peito ao teu FILHO já morto,
Tremendo a lança indiferente no Teu Coração.
Sem dúvida tão grande sofrimento foi à síntese,
Faltava acrescentá-lo a Tuas chagas!
Esta ferida cruel permaneceu com o suplício!
Tão penoso sofrimento este castigo guardava!
Com O querido FILHO pregado a Cruz Tu querias
Que também pregassem Teus pés e mãos virginais.
ELE tomou para SI a dura Cruz e os cravos,
E deu-Te a lança para guardar no Coração.
Agora podes, ó Mãe, descansar, que possui o desejado,
A dor mudou para o fundo do Teu Coração.
Este golpe deixou o Teu corpo frio e desligado,
Só Tu compassiva guarda a cruel chaga no peito.
Ó chaga sagrada feita pelo ferro da lança,
Que imensamente nos faz amar o Amor!
Ó rio, fonte que transborda do Paraíso,
Que intumesce com água fartamente a terra!
Ó caminho real com pedras preciosas, porta do Céu,
Torre de abrigo, lugar de refúgio da alma pura!
Ó rosa que exala o perfume da virtude Divina!
Jóia lapidada que no Céu o pobre um trono tem!
Doce ninho onde as puras pombas põem ovinhos,
E as castas rolas têm garantia de suster os filhotinhos!
Ó chaga, que és um adorno vermelho e esplendor,
Feres os piedosos peitos com divinal amor!
Ó doce chaga, que repara os corações feridos,
Abrindo larga estrada para o Coração de CRISTO.
Prova do novo amor que nos conduz a união! 
(Amai uns aos outros como EU vos amo)
Porto do mar que protege o barco de afundar!
Em TI todos se refugiam dos inimigos que ameaçam:
TU, SENHOR, és medicina presente a todo mal!
Quem se acabrunha em tristeza, em consolo se alegra:
A dor da tristeza coloca um fardo no coração!
Por Ti Mãe, o pecador está firme na esperança,
Caminhar para o Céu, lar da bem-aventurança!
Ó Morada de Paz! Canal de água sempre vivo,
Jorrando água para a vida eterna!
Esta ferida do peito, ó Mãe, é só Tua,
Somente Tu sofres com ela, só Tu a podes dar.
Dá-me acalentar neste peito aberto pela lança,
Para que possa viver no Coração do meu SENHOR!
Entrando no âmago amoroso da piedade Divina,
Este será meu repouso, a minha casa preferida.
No sangue jorrado redimi meus delitos,
E purifiquei com água a sujeira espiritual!
Embaixo deste teto (Céu) que é morada de todos,
Viver e morrer com prazer, este é o meu grande desejo.

Fonte: http://apostoladosagradoscoracoes.angelfire.com/

Francisco: a oração é uma luta com Deus, que transforma o nosso coração

 2014-04-03


Cidade do Vaticano (RV) – A oração é uma luta com Deus e deve ser feita com liberdade e insistência, como um diálogo sincero entre amigos: palavras de Francisco na missa presidida esta manhã na Casa Santa Marta.

O diálogo de Moisés com Deus no Monte Sinai esteve no centro da homilia do Papa. Deus quer punir seu povo porque fizeram um ídolo, o bezerro de ouro. Moisés suplica ao Senhor para que reveja sua punição. “Esta oração – explicou Francisco - é uma verdadeira luta com Deus para salvar o seu povo.” Para o Pontífice, a oração deve ser também “uma negociação com Deus”, com “argumentações”. No final, Moisés convence o Senhor, que desiste do castigo com o qual havia ameaçado o povo. O Papa então se questiona: quem mudou de opinião? “Não creio que seja o Senhor”:

Quem mudou foi Moisés, porque ele acreditava que o Senhor destruiria o seu povo e busca, na sua memória, as coisas boas que havia feito para ele, como libertá-lo da escravidão do Egito, e levado avante a sua promessa. E com essas argumentações, tenta convencer Deus. Todavia, neste processo, ele encontra a misericórdia de Deus. O nosso Deus é misericordioso. Sabe perdoar. Volta atrás em suas decisões. É um Pai. 

Moisés sabia de tudo isso, mas não estava plenamente consciente, e na oração redescobre este aspecto. E é isso que a oração faz por nós, explicou o Pontífice:

A oração muda o nosso coração. Nos faz entender melhor como é o nosso Deus. Mas para isso é importante falar com o Senhor, não com palavras vazias, mas com a realidade: ‘Olha, Senhor, que estou com este problema, na família, com meu filho... o que se pode fazer? Olha, que o Senhor não pode me deixar assim’. Esta é a oração!, disse o Papa, recordando que rezar toma tempo. Pois é o tempo necessário para conhecer melhor Deus, como se faz com um amigo, porque Moisés – diz a Bíblia – rezava com o Senhor como dois amigos conversam entre si:

A Bíblia afirma que Moisés falava com o Senhor face a face, como um amigo. Assim deve ser a oração: livre, insistente, com argumentações. E também repreendendo um pouco o Senhor: ‘O Senhor me prometeu isso, mas não cumpriu... Abrir o coração. Moisés desceu da montanha revigorado: ‘Conheci melhor o Senhor, e com a força que a oração lhe havia dado, retoma o seu trabalho de conduzir o povo rumo à terra prometida. Porque a oração revigora. Que o Senhor dê a todos nós a graça, porque rezar é uma graça.
(BF) 




Texto proveniente da página http://pt.radiovaticana.va

São José de Anchieta


Cidade do Vaticano (RV) – Anchieta é santo. Na manhã desta quinta-feira, 03 de abril, o Papa Francisco recebeu em audiência, no Vaticano, o Prefeito da Congregação das Causas dos Santos, Card. Angelo Amato.

Depois de ouvir o relatório sobre a vida e a obra do “Apóstolo do Brasil”, o Pontífice assinou o decreto que reconhece a figura e a grandeza do missionário, colocando assim seu testemunho como exemplo para os cristãos de todo o mundo.

O primeiro pedido de canonização foi feito há exatos 417 anos. Já o último ocorreu em outubro passado, por iniciativa da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Em dezembro, como revelou o Presidente da CNBB à Rádio Vaticano, o Card. Raymundo Damasceno Assis recebeu um telefonema pessoal do Santo Padre, respondendo positivamente ao pedido.

Trata-se do primeiro santo de 2014 e o segundo jesuíta a ser canonizado pelo Papa Francisco. Antes dele, em dezembro do ano passado foi a vez de Pedro Fabro.

“A santidade do grande homem de Deus foi reconhecida”, declarou logo após a assinatura do decreto o Vice-Postulador da Causa, Pe. Cesar Augusto dos Santos, que também é responsável pelo Programa Brasileiro da Rádio Vaticano.

No entanto, a canonização de José de Anchieta se insere num contexto mais amplo, de reconhecimento da santidade de outros dois evangelizadores da América: a Ir. Maria da Encarnação e o Bispo Francisco de Montmorency-Laval– dois franceses que viveram no Canadá.

Não se trata de um caso, pois os três novos santos foram beatificados juntos pelo Papa João Paulo II, em 22 de junho de 1980. Naquela mesma cerimônia, também foram beatificados Pedro de Betancur e jovem indígena Catarina Tekakwitha – ambos já canonizados. Portanto, faltava o reconhecimento dos outros três – o que aconteceu na manhã desta quinta-feira.

Anchieta e os Papas

A importância de Anchieta e seu papel fundamental para a evangelização do Brasil já eram conhecidos pelos Pontífices. Na sua cerimônia de beatificação, João Paulo II se referiu a Anchieta como “um incansável e genial missionário”:

“Seu zelo ardente o move a realizar inúmeras viagens, cobrindo distâncias imensas no meio de grandes perigos. Mas a oração contínua, a mortificação constante, a caridade fervente, a bondade paternal, a união íntima com Deus, a devoção filial à Virgem Santíssima — que ele celebra em um longo poema de elegantes versos latinos —, dão a este grande filho de Santo Inácio uma força sobre-humana, especialmente quando deve defender contras as injustiças dos colonizadores os seus irmãos indígenas. Para eles compõe um catecismo, adaptado à sua mentalidade e que contribuiu grandemente para a sua cristianização. Por tudo isto ele bem mereceu o título de «apóstolo do Brasil”.

Por sua vez, o Papa Bento XVI, na mensagem para a 28ª Jornada Mundial da Juventude, apresentou o sacerdote jesuíta como um modelo para os jovens: “Penso, por exemplo, no Beato José de Anchieta, jovem jesuíta espanhol do século XVI, que partiu em missão para o Brasil quando tinha menos de vinte anos e se tornou um grande apóstolo do Novo Mundo”.

Anteriormente, em discurso aos Bispos dos Regionais Norte 1 e Noroeste, em visita ad Limina Apostolorum em outubro de 2010, Bento XVI disse: “Ao pensar nos desafios que esta proposta de renovação missionária supõe para vós, Prelados brasileiros, vem-me à mente a figura do Beato José de Anchieta. Com efeito a sua incansável e generosíssima atividade apostólica, não isenta de graves perigos, que fez com que a Palavra de Deus se propagasse tanto entre os índios quanto entre os portugueses – razão pela qual desde o momento de sua morte recebeu o epíteto de Apóstolo do Brasil – pode servir de modelo para ajudar as vossas Igrejas particulares a encontrar os caminhos para empreender a formação dos discípulos missionários no espírito da Conferência de Aparecida”.

Já Francisco escolheu a praia de Copacabana, na missa pela 28ª JMJ no Rio de Janeiro, para falar do sacerdote jesuíta, com estas palavras: “A Igreja precisa de vocês, do entusiasmo, da criatividade e da alegria que lhes caracterizam! Um grande apóstolo do Brasil, o Bem-aventurado José de Anchieta, partiu em missão quando tinha apenas dezenove anos! Sabem qual é o melhor instrumento para evangelizar os jovens? Outro jovem! Este é o caminho a ser percorrido por vocês!”.



Texto proveniente da página http://pt.radiovaticana.va/de_anchieta/bra-786800
do site da Rádio Vaticano 

Por que 'Apóstolo do Brasil?'

2014-04-03 


 
Cidade do Vaticano (RV) - Humildade, testemunho de fé inabalável em Deus, esperança e caridade: são estas as virtudes que fizeram de Anchieta um santo. Nascido na Ilha de Tenerife, no arquipélago das Canárias, na Espanha, Padre José de Anchieta chegou ao nosso país muito novo. Tinha apenas 19 anos em julho de 1553, e havia entrado para a Companhia de Jesus dois anos antes.

O jovem e doente jesuíta havia já professado seus votos de pobreza, castidade e obediência perpétuas e naquelas terras, tomava consciência de que era finalmente um missionário. Em menos de um ano, dominava o tupi com perfeição.

Tendo assimilado perfeitamente as tradições e valores locais, ensinava os preceitos cristãos utilizando celebrações musicadas ao ritmo de tambores, em aulas ao ar livre. Educava e catequizava; defendia os indígenas dos abusos dos colonizadores portugueses.
A pé ou de barco, Anchieta viajou pelo País inaugurando missões e dando aulas de catequese, gramática e conhecimentos gerais aos índios, colonos e por vezes, até padres.

Das mãos de Pe. Manoel da Nóbrega, o jovem noviço, poucos meses depois da chegada, recebeu a incumbência de fundar um colégio no planalto, com o objetivo de expandir a missão mais adentro da selva. Anchieta logo partiu juntamente com outros companheiros jesuítas. No dia 25 de janeiro de 1554, festa litúrgica da conversão do apóstolo São Paulo, os jesuítas celebraram pela primeira vez a Eucaristia no chamado Planalto de Piratininga. O novo colégio foi dedicado ao Apóstolo dos Gentios. E São Paulo se tornou uma das maiores cidades do mundo.

Os 44 anos em que Anchieta viveu no Brasil foram repletos de dificuldades. Começando pela enfermidade, sua missão implicou em inúmeros riscos de morte. Uma das situações mais arriscadas da vida de Anchieta foi o exílio que viveu em Iperoig, atual cidade de Ubatuba. Em maio de 1563, com o apoio dos franceses, a tribo dos Tamoios se rebelou contra a colonização portuguesa. O jovem missionário se ofereceu como refém enquanto seu superior, Pe. Manoel da Nóbrega, partiu para São Vicente, para negociar um utópico, mas alcançado tratado de paz. Naquele lugar, o apóstolo, aos 29 anos de idade, experimentou um dos momentos mais difíceis de sua existência. Durante seu cativeiro na praia, recebia frequentes ameaças de morte e tentações contra a castidade; era comum aos índios oferecerem mulheres aos prisioneiros, antes de sua morte. Naquele momento de imensa solidão, o jesuíta fez uma promessa a Nossa Senhora: escreveria o mais belo poema já feito em sua homenagem se conseguisse sair casto do cativeiro. Como prova da fé, começou a escrever os versos na areia da praia e assim surgiu o “Poema à Virgem”, em que relata a história da Mãe de Deus. Após cinco meses de confinamento, Anchieta foi libertado. Sem ter cedido à tentação.

Foi ele quem enviou jesuítas para as missões do Rio da Prata que deram origem as famosas reduções do Paraguai no século XVIII. Era um incansável apóstolo que encontrava a Deus nas situações aparentemente mais banais da vida e fazia questão de relatá-las detalhadamente em suas cartas.

Em 1569, fundou a povoação de Reritiba (atual Anchieta), no Espirito Santo. De 1570 a 1573, dirigiu o Colégio dos Jesuítas do Rio de Janeiro. Em 1577, foi nomeado Provincial da Companhia de Jesus no Brasil, função que exerceu por dez anos, sendo substituído em 1587, a seu pedido. Antes, porém, teve de dirigir o Colégio dos Jesuítas em Vitória, no Espírito Santo.

Em 1595, obteve dispensa dessa função e retirou-se para Reritiba, sua querida aldeia no Estado do Espírito Santo, cidade que hoje leva o seu nome onde faleceu em 9 de junho 1597. Aos 63 anos de idade, terminava sua travessia por este mundo o incansável missionário José de Anchieta.



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Anchieta: Histórico da Causa de canonização

 2014-04-03

 Cidade do Vaticano (RV) - Em 9 de junho de 1957, morria em Reritiba, aos 63 anos de idade, o Padre José de Anchieta, Apóstolo do Brasil, Defensor da liberdade dos índios, Taumaturgo do Novo Mundo, de virtudes em Grau Heróico, declaradas pela Santa Sé. Foi o primeiro propagador da Imaculada Conceição no Brasil, autor de seu Officium Parvum, cantor de suas glórias no Poema de Beata Vergini. Foram necessários 417 anos - um longo percurso marcado por percalços de toda ordem, mas também, sempre acompanhado pela graça – para chegarmos a este momento.

Logo após a sua morte com fama de santidade, os jesuítas começaram a movimentar-se para iniciar o processo de sua canonização, não somente pela fama de santidade de Anchieta, mas também incentivados pela forte manifestação de afeto dos índios.

37 anos após o início deste processo, os jesuítas depararam-se com um primeiro obstáculo. O Papa Urbano VIII assinou um decreto em que os Processos das Causas dos Santos só poderiam ser examinados 50 anos após a morte do fiel cristão. Assim, somente a partir de 1647 a documentação de Anchieta poderia ser investigada.

Com um decreto do Papa Inocêncio X, a Causa foi retomada, começando pela Declaração da 'Não Existência de Culto Público'. Assim, no ano de 1652, Anchieta era declarado Servo de Deus.

Após sofrer nova interrupção, desta vez por falta de recursos, a Causa foi retomada em 1702. Em 1732, os escritos foram examinados e aprovados no ano seguinte, sendo publicados por Roma com o título "Autos sobre as Virtudes deste Apóstolo". Três anos após, com a publicação do Decreto das Virtudes em Grau Heróico, a santidade de Anchieta era definitivamente reconhecida pela Igreja, passando então a receber o título de 'Venerável'. Foram 21 os Processos realizados e repetidos no Brasil, Portugal e Estados Pontifícios e em sete cidades: Bahia, São Paulo, Rio de Janeiro, Olinda, Évora, Lisboa e Roma.

Em 1760 os jesuítas foram expulsos do Brasil pelo Marquês de Pombal e em 1773 o Papa Clemente XIV suprimiu a Companhia de Jesus, provocando nova interrupção da Causa. Somente 110 anos após, em 1883, a Causa foi retomada. Em 1903, todos os processos anteriores foram declarados válidos.

O episcopado brasileiro, em três séculos e meio, foi ininterruptamente constante e pastoralmente fiel nos apelos dirigidos aos Sumos Pontífices, por meio de cartas postulatórias em prol da Beatificação de Anchieta. Uma coleção destas cartas pertencem aos Bispos da Bahia, Olinda e Rio de Janeiro, acrescidas pelas dos Bispos de Portugal e Espanha, e pertencem aos séculos XVII e XVIII.

Cartas decisivas, porém, que impressionaram o Papa Paulo VI e acabaram frutificando no Pontificado de João Paulo II, foram as redigidas e assinadas pelo Presidente e Bispos da CNBB, nas Assembléias de 1969, 1974 e 1977.

Em outubro de 1976, em Aparecida, Pe. Moutinho, novo Vice-Postulador da Causa, consagrou a Causa a Nossa Senhora Aparecida, argumentando com a Virgem que ela tinha uma dívida de gratidão com Anchieta pelas obras 'O Poema da Virgem', o 'Pequeno Ofício' ou 'Horas da Imaculada Conceição'. Assim, em 1980, após ouvir o pedido do Vice-Postulador, João Paulo II beatificou José de Anchieta, reconhecendo sua fama de santidade e de "milagreiro".

Tendo sido beatificado, era necessário ainda um esforço final para a sua canonização. Um pedido da Conferência dos Bispos do Brasil, acompanhado pelos de cardeais, arcebispos, bispos, padres, representantes dos poderes públicos e também dos leigos representantes de vários segmentos da sociedade, foi encaminhado ao Papa Francisco para que inscrevesse o nome de José de Anchieta no Catálogo dos Santos, estendendo seu culto para a Igreja espalhada por todo o mundo. (JE)



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03 de Abril - São Luís Scrosoppi


São Luís Scrosoppi
1804-1884
Fundou a Congregação
das Irmãs da Providência
Luís nasceu em 4 de agosto de 1804, em Udine, cidade do Friuli, no Norte da Itália. Foi o último dos filhos de Antônia e Domingos Scrosoppi, cristãos fervorosos que educaram os filhos dentro dos preceitos da fé e na caridade. Aos doze anos, Luís ingressou no seminário diocesano de Udine, e, em 1827, foi ordenado sacerdote.

A região do Friuli, a partir de 1800, mergulhou na miséria em conseqüência das guerras e epidemias, o que serviu ao padre Luís de estímulo para cuidar dos necessitados. Dedicou-se, com outros sacerdotes e um grupo de jovens professoras, à acolhida e à educação das "derelitas", as mais sozinhas e abandonadas jovens de Udine e dos arredores. A elas ele disponibilizou todos os seus bens, suas energias e seu afeto, sem economizar nada de si. Quando foi preciso, ele não hesitou em pedir esmolas. A sua vida foi, de fato, uma expressão palpável da grande confiança na Providência Divina.

Com essas senhoras, chamadas de "professoras", hábeis no trabalho de costura e de bordado, que estavam aptas à alfabetização, dispostas a colocarem suas vidas nas mãos do Senhor para servi-lo e optando por uma vida de pobreza, padre Luís Scrosoppi fundou a Congregação das Irmãs da Providência. Mas notou que necessitava de algo mais para dar continuidade a essa obra. Por isso, aos quarenta e dois anos de idade, em 1846, tornou-se um "filho de são Felipe" e, através do santo, aprendeu a mansidão e a doçura, qualidades que lhe deram mais idoneidade na função de fundador e pai da nova família religiosa.

Todas as obras feitas por padre Luís refletiram sua opção pelos mais pobres e necessitados. Ele profetizou certa vez: "Doze casas abrirei antes da minha morte", e sua profecia concretizou-se. Foram, realmente, doze casas abertas às jovens abandonadas, aos doentes pobres e aos anciãos que não tinham família. Porém Luís não se dedicava apenas às suas obras de caridade. Ele também oferecia seu apoio espiritual e econômico a outras iniciativas sociais de Udine, realizadas por leigos de boa vontade. Era dele, também, a missão de sustentar todas as atividades da Igreja, em particular as destinadas aos jovens do seminário de Udine.

Depois de 1850, a Itália unificou-se, num clima anticlerical, e os fatos políticos representaram um período difícil para Udine e toda a região do Friuli. Uma das conseqüências foi o decreto de supressão da "Casa das Derelitas" e da Congregação dos Padres do Oratório, de Udine. Após uma verdadeira batalha, conseguiu salvar as "Casas", mas não conseguiu impedir a supressão da Congregação do Oratório.

Já no fim da vida, padre Luís transferiu a direção de suas obras às irmãs, que aceitaram a missão com serenidade e esperança. Quando sentiu chegar o fim, dirigiu suas últimas palavras às irmãs, animando-as para os revezes que surgiriam, lembrando-as: "... Caridade! Eis o espírito da vossa família religiosa: salvar as almas e salvá-las com a caridade". Morreu no dia 3 de abril de 1884. Toda a população de Udine e das cidades vizinhas foram vê-lo pela última vez e pedir-lhe ajuda do paraíso celeste.

No terceiro milênio, as irmãs da Providência continuam a obra do fundador nos seguintes países: Romênia, Moldávia, Togo, Índia, Bolívia, Brasil, África do Sul, Uruguai e Argentina.
Padre Luís Scrosoppi foi proclamado santo pelo papa João Paulo II em 2001. Nessa solenidade estava presente um jovem sul-africano que foi curado, em 1996, da Aids. Por esse motivo, esse mesmo pontífice declarou São Luis Scrosoppi padroeiro dos portadores do vírus da Aids e de todos os doentes incuráveis. O jovem sul-africano que se curou desse vírus entrou no Oratório de São Felipe Néri, tomando o nome de Luís.

Fonte: Portal Paulinas

João XXIII, um Papa a serviço da Humanidade!

Cônego de Portugal destaca feitos de João XXIII destacando que ele se dirigia a todos os “homens de boa vontade”
Cônego Francisco Senra Coelho
joao_XXIIIA bondade e a santidade de João XXIII reúnem consenso. A sua vida e a sua atuação manifestaram novos conceitos e atitudes na convivência eclesial e social. Muitos papas foram estimados e admirados, mas este foi querido e acompanhado por multidões de pessoas crentes e não crentes.
João XXIII conviveu com a modernidade sem a temer. Não escondeu o seu amor à vida, esforçava-se por contactar com todos os homens seus contemporâneos. Chamavam-lhe o “Bom Papa João” e o Vaticano passou a ser a “casa paterna”.
Ângelo Roncalli nasceu em Sotto il Monte, Norte da Itália (25.11.1881). Na sua diocese foi professor de História da Igreja no seminário e secretário episcopal. Entre 1921 e 1925 assumiu, na Itália, a direção da Obra da Propagação da Fé.
Em 1925, Pio XI enviou-o à Bulgária, país de maioria cristã-ortodoxa. Da Bulgária foi transferido em 1934 para a Turquia islâmica. Em 1928, em Sófia escreveu: “Nada há de heroico em tudo o que me aconteceu e em tudo o que julguei que tinha de fazer. Uma vez que se renunciei a tudo, (…) qualquer audácia resulta a coisa mais simples e natural do mundo”. Concretizava assim o lema do seu episcopado: “Obedientia et Pax”.
Fruto desta audácia assumiu atitudes inequivocamente ousadas. É de 1932 esta anotação significativa: “Tempos novos, novas necessidades, formas novas” e por ocasião do falecimento de Pio XII escreve no seu Diário: “Estamos na Terra não para guardar um museu, mas para cultivar um jardim cheio de vida e destinado a um futuro glorioso”.
Em 1953 foi elevado a cardeal e três dias depois a arcebispo e patriarca de Veneza. Aí à maneira de S. Carlos Borromeu (1538-1584), visitou todas as paróquias da sua diocese. Entre muitas realizações, fundou cinquenta e nove paróquias e um seminário menor.
Como Papa (1958-1963), João XXIII valorizou o ministério de bispo de Roma. Na Itália, procurou a autonomia da Igreja. A decisão de colocar o Evangelho acima dos partidos políticos explica o respeito com que foi acolhida a sua atuação durante a crise dos mísseis de Cuba (Outubro de 1962).
Para João XXIII a amplitude e a novidade da contemporaneidade exigiam a realização de um concílio, um novo Pentecostes capaz de reanimar a riqueza interior da Igreja. Daqui o perfil do Concílio Vaticano II (1962-1965), apresentado como acontecimento pastoral e centrado no anúncio do Evangelho.
Através das suas oito encíclicas, João XXIII dirigiu-se a todos os “homens de boa vontade”. A duas semanas da sua morte, insistiu que devia servir o homem enquanto tal e não apenas os católicos. Que devia defender sempre os direitos humanos e não só os da Igreja, sublinhando que a Igreja deve preferir a misericórdia à severidade. De João XXIII ao Papa Francisco, a Igreja de sempre!
Fonte :http://noticias.cancaonova.com/

Natividade de São João Batista: o maior dos profetas

A natividade de  São João Batista  é  uma solenidade muito importante no ano litúrgico, porque nesse dia lembramos o maior dos profetas, com...