21 de fev. de 2018

21 de Fevereiro - São Pedro Damião

São Pedro Damião
1007-1072

Pedro nasceu em Ravena, em 1007. Teve uma infância muito sofrida, ficou órfão muito cedo e foi criado de forma improvisada pelos irmãos que eram em grande número. Mesmo assim, o irmão mais velho, Damião, acabou por se responsabilizar sozinho por seus estudos. Estudou em Ravena, Faenza e Pádua e depois de ter ensinado em Parma, ingressou no mosteiro camaldulense de Fonte Avelana, na Úmbria, que se tornou o centro de suas atividades reformadoras. Pedro, em retribuição à seu irmão Damião, assumiu também o seu nome ao se ordenar sacerdote. 

Pedro Damião, aos vinte e um anos, então na Ordem Camaldulense, por seus méritos logo tornou o superior diretor. As regras da Ordem já eram duras, mas ele as tornou mais rígidas ainda. Passou a criticar severamente conventos onde não havia pobreza e sua influência se estendeu por mosteiros da Itália e da França, entre eles Montecassino e Cluny, que passaram a seguir seus conceitos. Com seu reformismo, trabalhou incansavelmente para devolver à vida religiosa seu sentido de consagração total a Deus, na austeridade da solidão e da penitência. 

Pedro Damião era um sacerdote contemplativo, de vida simples, adepto à vida monástica e desse modo singular atacava o luxo dos cardeais. Citava os apóstolos Pedro e Paulo como exemplos, pois percorreram o mundo para evangelizar, sendo magros e andando descalços, ou seja, para levar a Palavra de Deus, era necessário sobretudo se despojar dos apegos materiais. Foi desse modo que solidificou a austeridade religiosa e como viveu toda sua existência terrena.

Seu trabalho não parou aí. Havia, na época, a venda de títulos, funções e cargos da Igreja, como se fazia com os títulos feudais. A essa troca de favores se deu o nome de simonia clerical. O ato de comprar ou vender benesses espirituais, era antigo e esse nome deriva de Simão, o Mago, que procurou comprar dos Apóstolos graças espirituais. Dessa forma, cargos da Igreja acabavam ocupados por pessoas despreparadas e indignas que se rebelavam contra a disciplina exigida deles, principalmente com relação ao celibato. 

A Igreja, assim dilacerada, vitimada pelas discórdias e cismas, tinha necessidade de homens cultos e austeros como padre Pedro Damião. Por isso, ele foi chamado à Santa Se para auxiliar nesses combates. Esteve ao lado de seis papas, como viajante da paz, e em particular colaborou com o cardeal Hildebrando, o grande reformador que se tornou o Papa Gregório VII. 

Pedro Damião após várias peregrinações à cidade de Milão, à França e à Alemanha, se tornou cardeal e foi designado para a diocese de Óstia. Seus escritos, após a sua morte, prosseguiram doutrinando religiosos importantes. Aos poucos, a situação da Igreja foi se normalizando. Já velho, foi enviado à Ravena para recompor a questão do antipapa. Morreu em 1072, na cidade italiana de Faenza, quando voltava de uma missão de paz. 

A fama de sua santidade em vida se cristalizou junto aos fiéis, que então passaram a venerá-lo como santo. Em 1828 o papa Leão XII declarou Santo Pedro Damião e o proclamou também doutor da Igreja, por seus numerosos escritos teológicos e pela incansável e eficiente atuação para a unidade da Santa Mãe, a Igreja Católica de Roma.

Outros santos e beatos:
Santos Alexandre, Vérulo, Secundino, Sorício, Félix, Sérvulo, Saturnino, Fortunato e companheiros — martirizados em 434, no norte da África, durante a perseguição dos vândalos.
Santo Avito II (†689) — um dos grandes bispos de Clermont, na França, promoveu a formação do clero neste país.
Santos Daniel e Vanda — persas martirizados em 344.
São Félix de Metz — terceiro bispo da cidade francesa (época pós-apostólica).
Santos Germano e Randoaldo — beneditinos assassinados pelo duque de Val Moutier.
São Gumberto (†676) — bispo franco de Sens; ao retirar-se, fundou a abadia beneditina de Senones.
São Jorge de Amastri (†825) — eremita do monte Sirik, próximo ao mar Negro; mais tarde, bispo de Amastri, cidade que defendeu corajosamente contra os sarracenos.
Beato Noel Pinot — martirizado durante a Revolução Francesa, em 1794.
São Patério (†606) — monge romano, escritor, bispo de Bréscia.
São Pedro, o Escriba — martirizado em Damasco, em 743.
São Roberto Southwell (1561-1595) — poeta e literato, um dos 40 mártires da Inglaterra, em Tyburn. Foi canonizado em 1970.
São Severiano — bispo de Citópolis, na Galiléia; martirizado em 452, foi assassinado pelos hereges enquanto regressava do Concílio de Calcedônia.
Santos Severo e 62 companheiros — martirizados ao fim do século III, em Sírmio, na Panônia.
São Valério (†695) — monge espanhol, abade de São Pedro dos Montes, autor de livros ascéticos.

Fonte :  Portal paulinas 

20 de fev. de 2018

Fátima: Igreja Católica celebra pela primeira vez festa dos Santos Francisco e Jacinta Marto

«Que o exemplo da sua vida nos toque», pediu o reitor do Santuário de Fátima.



Fátima, 20 fev 2018 (Ecclesia) – A Igreja Católica celebra hoje, pela primeira vez, a festa litúrgica dos Santos Francisco e Jacinta Marto, videntes de Fátima que foram canonizados a 13 de maio de 2017 pelo Papa Francisco.
“Ao longo deste dia, demos graças a Deus por este dom maravilhoso desta santidade reconhecida dos Santos Francisco e Jacinta, pelo exemplo que a Igreja nos apresenta nas suas vidas. E recorramos também à sua intercessão, para que saibamos viver uma vida de oração mais intensa, estar atento aos outros”, pediu o reitor do Santuário de Fátima, ao presidir à Missa votiva desta festa, na Basílica da Santíssima Trindade.
“Que o exemplo da sua vida nos toque”, acrescentou o padre Carlos Cabecinhas, no final da celebração.
O programa no Santuário de Fátima continua às 14h00, num encontro com crianças, na mesma Basílica, seguido da oração do Rosário; pelas 16h00 haverá uma visita aos túmulos dos Pastorinhos, na Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima.
Este momento de veneração será acompanhado musicalmente pela Schola Cantorum Pastorinhos de Fátima, e culmina com as vésperas, marcadas para as 17h30.
A canonização aconteceu no início da Missa da primeira peregrinação aniversária do Centenário das Aparições, quando Francisco proferiu a fórmula de canonização, em português: “Declaramos e definimos como Santos os Beatos Francisco Marto e Jacinta Marto e inscrevemo-los no Catálogo dos Santos, estabelecendo que, em toda a Igreja, sejam devotamente honrados entre os Santos. Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo”.
O momento foi sublinhado com duas salvas de palmas pelas centenas de milhares de pessoas presentes no recinto de oração da Cova da Iria.
Antes da ladainha dos santos, o bispo de Leiria-Fátima apresentou uma breve biografia de ambos, falando em vidas “entregues a Deus”.
“Na primeira aparição, em 13 de maio de 1917, a Santíssima Virgem fez-lhes um convite: «Quereis oferecer-vos a Deus?». Com sua prima, Lúcia, responderam: «Sim, queremos». A partir dessa data viveram as suas vidas entregues a Deus e aos Seus desígnios de misericórdia”, referiu D. António Marto.
“Os traços de espiritualidade dos dois irmãos assumem uma vocação inseparavelmente contemplativa e compassiva, que os leva a ser espelho da luz de Deus na prática das boas obras”, sublinhou ainda.
Francisco Marto e Jacinta Marto eram os mais novos dos sete filhos de Manuel Pedro Marto e Olímpia de Jesus, naturais do lugar de Aljustrel, Fátima.
Francisco nasceu a 11 de junho de 1908 e foi batizado no dia 20 desse mês, na igreja paroquial de Fátima; Jacinta Marto nasceu a 5 de março de 1910, tendo sido batizada no dia 19 desse mês, também na igreja paroquial de Fátima.
As duas crianças começaram a pastorear o rebanho da família ainda muito novos, juntamente com sua prima Lúcia.
São Francisco Marto, “o mais contemplativo dos três videntes”, morreu a 4 de abril de 1918; a sua irmã Santa Jacinta morreu a 20 de fevereiro de 1920, no Hospital Dona Estefânia, em Lisboa, data da festa litúrgica dos videntes.
Francisco e Jacinta Marto foram beatificados por São João Paulo II, em Fátima, a 13 de maio de 20000; 17 anos depois, tornavam-se assim os mais jovens santos não-mártires da história da Igreja Católica, por decisão do Papa Francisco.
A canonização é a confirmação, por parte da Igreja, que um fiel católico é digno de culto público universal (no caso dos beatos, o culto é diocesano) e de ser dado aos fiéis como intercessor e modelo de santidade.

Este é um ato reservado ao Papa, desde o século XII, a quem compete inscrever o novo Santo no cânone.
OC


Fonte: http://www.agencia.ecclesia.pt

19 de fev. de 2018

Papa responde perguntas de jovens romenos

O Papa Francisco responde que há "por quês? que não têm resposta. “Por exemplo: por que as crianças sofrem? Quem pode responder a isso? Ninguém. Seu "por quê?" é um daqueles que não têm uma resposta humana, mas só divina.
Cidade do Vaticano
Foi publicado nesta segunda-feira (19) pela Sala de Imprensa vaticana o conteúdo da conversa que o Papa Francisco manteve com alguns jovens romenos ajudados pela ONG “FDP protagonistas na educação”, recebidos em audiência no último dia 4 de janeiro. A Associação, nascida na Romênia graças à amizade com voluntários da Associação italiana AVSI e crescida no carisma de Padre Giussani, depois de ter-se dedicada inicialmente às crianças de um orfanato na periferia de Bucarest, hoje está comprometida com pessoas que correm risco de serem excluídas da sociedade.
Na introdução de suas palavras o Papa Francisco disse que iria responder às perguntas como podia, “porque nunca se pode responder completamente a uma pergunta que vem do coração. “Nas questões de vocês, a palavra que vocês mais usam é "por quê?": Há muitos "por quês?". Para alguns desses "por quês?" eu posso dar uma resposta, a outros não, só Deus pode dar. Na vida há muitos "por quês?" aos quais não podemos responder. Só podemos olhar, sentir, sofrer e chorar”.
Na primeira pergunta feita ao Papa, “por que a vida é tão difícil e, entre nós amigos brigamos frequentemente? E enganamos uns aos outros? Vocês sacerdotes nos dizem para ir à Igreja, mas imediatamente, quando saímos, erramos e cometemos pecados. Então, por que eu entrei na Igreja? Se eu considero que Deus está na minha alma, por que é importante ir à igreja?”
Francisco respondeu: “o seus "por quês?" têm uma resposta: é o pecado, o egoísmo humano: por isso - como você diz - "muitas vezes brigamos", "nos machucamos, nos enganamos". Você mesmo reconheceu isso, que, mesmo indo à igreja, depois erramos novamente, permanecemos sempre pecadores. Então, você se pergunta: a que serve ir à igreja? Serve para nos colocarmos diante de Deus como somos, sem "maquiagem", assim como somos diante de Deus, sem maquiagem. Para dizer: "Aqui estou, Senhor, eu sou um pecador e peço perdão. Tenha piedade de mim". Se eu vou à igreja para fingir que sou uma boa pessoa, isso não serve. Se eu vou a igreja porque gosto de ouvir música ou porque me sinto bem, não serve. Serve se no início, quando entro na igreja, posso dizer: "Aqui estou Senhor. Tu me amas e eu sou um pecador. Tenha piedade de nós. Jesus nos diz que se fizermos isso, nós voltamos para casa perdoados. Acariciados por Ele, mais amados por Ele, sentindo essa carícia, esse amor. Assim aos poucos, Deus transforma nosso coração com a sua misericórdia, e também transforma a nossa vida. Não ficamos sempre iguais, somos "trabalhados". Deus trabalha o nosso coração e somos trabalhados como argila nas mãos do oleiro; e o amor de Deus toma o lugar do nosso egoísmo. É por isso que creio seja importante ir à igreja: não só olhar para Deus, mas para deixar-se olhar por Ele.
Em outro momento um jovem  pergunta por que há pais que amam as crianças saudáveis e aqueles com problemas de saúde não? Eu diria isso, respondeu o Papa: “diante das fragilidades dos outros, como as doenças, há alguns adultos que são mais fracos, não têm forças para suportar as fragilidades. E isso porque eles mesmos são frágeis. Se eu tenho uma pedra grande, não posso colocá-la encima de uma caixa de papelão, porque a pedra esmagaria o papelão. Há pais que são frágeis. Não tenham medo de dizer isso, pensar assim. Há pais que são frágeis, porque são sempre homens e mulheres com seus limites, seus pecados e fragilidades que carregam dentro, e talvez eles não tiveram a sorte de serem ajudados quando eram pequenos. E assim, com essas fragilidades vão avante na vida, porque não foram ajudados, não tiveram a oportunidade de encontrar uma pessoa amiga que os pegasse pela mão e os ensinasse a crescer e fortalecer para superar essa fragilidade. É difícil obter ajuda de pais frágeis e às vezes somos nós que precisamos ajudá-los. Em vez de repreender a vida porque me deu pais frágeis e eu não sou tão frágil, por que não mudar a questão e dizer obrigado a Deus, obrigado à vida, porque posso ajudar a fragilidade dos meus pais para que a pedra não esmague a caixa de papelão.
Em outra pergunta outro jovem recordou que no ano passado um dos amigos que permaneceu no orfanato morreu. Ele morreu na Semana Santa, quinta-feira santa. Um padre ortodoxo disse que morreu pecador e por isso ele não iria para o Céu. O Papa Francisco disse que talvez aquele padre não soubesse o que estava dizendo, talvez naquele dia aquele padre não estivesse bem, ele tinha algo em seu coração que o fazia responder assim. “Nenhum de nós pode dizer que uma pessoa não foi para o céu. Digo uma coisa para você – continuou o Papa - que talvez surpreenda você: nem mesmo de Judas podemos dizer isso. Você se lembrou do seu amigo que morreu. E você lembrou que ele morreu na Quinta-feira Santa. Parece muito estranho para mim o que você ouviu daquele sacerdote, deveríamos entender melhor, talvez não tenha sido bem entendido ... No entanto, eu digo que Deus quer levar todos para o paraíso, ninguém excluído, e que na Semana Santa nós celebramos precisamente isso: A Paixão de Jesus, que como Bom Pastor deu sua vida por nós, que somos suas ovelhas. E se uma ovelha se perde, ele a procura até encontrá-la.
Outra pergunta de um dos jovens órfãos foi: por que tivemos esse destino? Por quê? Que sentido há? O Papa Francisco responde que há "por quês? que não têm resposta. “Por exemplo: por que as crianças sofrem? Quem pode responder a isso? Ninguém. Seu "por quê?" é um daqueles que não têm uma resposta humana, mas só divina. Não posso dizer por que você teve "esse destino". Nós não conhecemos o "porquê" no sentido do motivo. O que eu fiz de errado para merecer esse destino? Nós não sabemos. Mas nós sabemos o "porquê" no sentido do fim que Deus quer dar ao seu destino, e o fim é cura - o Senhor sempre cura -, a cura e a vida. Jesus diz isso no Evangelho quando encontra um cego desde o nascimento. E ele certamente se perguntava: "Mas por que nasci cego?". Os discípulos perguntam a Jesus: "Por que ele é assim? Por culpa dele ou de seus pais? " E Jesus responde: "Não, não é culpa dele nem culpa de seus pais, mas é assim para que se manifestem as obras de Deus ". Isso significa que Deus, diante de tantas situações ruins em que podemos nos encontrar desde pequenos, quer curar, quer trazer vida onde há morte. Isto é o que Jesus faz, e isso fazem também os cristãos que estão verdadeiramente unidos com Jesus.
Um dos jovens presentes contou algo sobre sua vida: quando tinha dois meses sua mãe o deixou em um orfanato. Aos 21 anos, procurou a mãe e ficou com ela por 2 semanas, mas ela não se comportou bem e ele foi embora. O pai já falecera. “Que culpa – perguntou – “eu tenho se minha mãe não me quer? Por que ela não me aceita?” Francisco disse que queria ser sincero e que quando leu a sua pergunta, “antes de dar instruções para fazer o discurso, eu chorei. Eu estive perto de você com algumas lágrimas. Porque eu não sei, você me deu tanto. Quando falamos de mãe, sempre há algo... e naquele momento você me fez chorar. O seu "por quê"? assemelha-se à outra pergunta, sobre os pais. Não é uma questão de culpa, é uma questão de grande fragilidade dos adultos, devido no caso de vocês, a tanta miséria, a tantas injustiças sociais que esmagam os pequenos e os pobres, e também a tanta pobreza espiritual. Sim, a pobreza espiritual endurece os corações e provoca o que parece impossível, que uma mãe abandone seu próprio filho: isso é fruto da miséria material e espiritual, resultado de um sistema social errado e desumano, que endurece os corações, que faz cometer erros, faz com que não encontremos o caminho certo. Mas sabe, isso levará tempo: você procurou algo mais profundo do que seu coração. Sua mãe ama você, mas não sabe como fazê-lo, ela não sabe como expressá-lo. Não pode porque a vida é difícil, é injusta. E esse amor que está fechado nela não sabe como expressá-lo e como acariciar você. Eu prometo rezar para que um dia ele possa fazer você ver esse amor. Não seja cético, tenha esperança.

Rádio Vaticano 

19/2 – São Conrado de Placência

Os ecologistas talvez não simpatizem muito com este santo, pois durante uma caçada de lebres e faisões pôs fogo numa floresta. Os colonos se revoltaram porque tiveram muito prejuízos. O governador, Galeazzo Visconti, condenou à morte o primeiro suspeito, que na ocasião estava no bosque. O verdadeiro culpado, Conrado Confalonieri, quando soube que um inocente pagaria por ele, confessou-se culpado e se propôs a pagar tudo. Assim fez, tornando-se muito pobre. Mas ninguém conhece os caminhos do Senhor. O caçador incendiário ingressou na Ordem Terceira de S. Francisco. Em 1315 abandonou a esposa, Eufrosina, que não quis perder para o marido e se fechou no convento franciscano de santa Clara de Placência.
Ele continuou, também como frade, sua vida de cigano, trocando de mosteiro a cada momento. Mas era muito bom e piedoso. Passou para além do estreito de Messina, em 1343 chegou a Siracusa e estabeleceu-se na cidade de Noto. Escolheu como habitação uma cela ao lado da igreja do Crucifixo. A fama de sua santidade seguia-o como a sombra e comprometia a paz e o silêncio de que tanto gostava.
Quando percebeu que as muitas visitas perturbavam sua vida de oração, frei Conrado levantou acampamento e foi humildemente para uma solitária gruta dos Pizzoni, que foi depois chamada de gruta de são Conrado. Aí morreu a 19 de fevereiro de 1351.
Pela veneração que os notoenses têm para com o eremita, oriundo de sua terra natal (Placência) a morar no meio deles, frei Conrado foi sepultado na mais bela entre as esplêndidas igrejas de Noto: a igreja de São Nicolau que em 1844 tornou-se a catedral da nova diocese. Assim Conrado abandonou a vida de incendiário de floresta e teve a vida toda incendiada no amor de Deus e para o bem das almas.

Cléofas 

Papa: "Quaresma é um tempo de penitência, mas não de tristeza"

Antes de rezar o Angelus, Francisco frisou que "somente Deus pode nos dar a verdadeira felicidade: é inútil perder tempo procurando-a em outros lugares, em riquezas, prazeres, poder ou carreira".

Cidade do Vaticano
Sob muita chuva, mas com a Praça São Pedro repleta de fiéis, turistas e romanos, o Papa Francisco rezou a oração do Angelus este domingo (18/02) e a precedeu com algumas palavras de reflexão sobre a Quaresma.
Inspirado no Evangelho de Marcos, Francisco propôs os três temas mencionados na leitura do dia: tentação, conversão e Boa Nova.
Assim como Jesus se preparou 40 dias no deserto, posto à prova por Satanás, para vencer as tentações nós devemos fazer o nosso ‘treinamento’ espiritual, disse o Papa.
“Somos chamados a enfrentar o mal mediante a oração para sermos capazes, com a ajuda de Deus, de derrotá-lo em nosso dia a dia. Infelizmente, o mal está à obra em nossa existência e ao nosso redor, aonde existem violências, negação do próximo, fechamentos, guerras e injustiças”.
Boa Nova exige do homem conversão e fé 
“Em nossa vida, precisamos sempre de conversão; não somos suficientemente orientados a Deus e devemos continuamente dirigir nossa mente e nosso coração a Ele. Para isto, é preciso ter a coragem de rechaçar tudo o que nos conduz fora do caminho, os falsos valores que atraem o nosso egoísmo”.

Frisando que “a Quaresma é um tempo de penitência, mas não de tristeza”, o Papa lembrou que é um compromisso alegre e sério para nos despojarmos de nosso egoísmo e de velhos ranços, e renovarmo-nos na graça do Batismo.

“ Somente Deus pode nos dar a verdadeira felicidade: é inútil perder tempo procurando-a em outros lugares, em riquezas, prazeres, poderes, carreira. ”
"O reino de Deus é a realização de todas as nossas aspirações mais profundas e autênticas porque é, ao mesmo tempo, salvação do homem e glória de Deus”.
O apelo de Jesus à conversão.
“Que Maria Santíssima nos ajude a viver esta Quaresma com fidelidade à Palavra de Deus e com oração incessante, como fez Jesus no deserto. Não é impossível! Trata-se de viver os dias desejando intensamente acolher o amor que vem de Deus e que quer transformar nossa vida e o mundo inteiro!”.

Rádio Vaticano 

Natividade de São João Batista: o maior dos profetas

A natividade de  São João Batista  é  uma solenidade muito importante no ano litúrgico, porque nesse dia lembramos o maior dos profetas, com...