16 de fev. de 2018

Papa pede coerência em nosso jejum

Na Missa celebrada na Capela da Casa Santa Marta, o Santo Padre exorta a evitarmos um jejum fingido, para ser visto pelos outros, mas que o nosso jejum seja "disfarçado pelo sorriso" e chegue aos outros.
Cidade do Vaticano -
Jejuar com coerência e não para aparecer. Na homilia da Missa na Casa Santa Marta, o Papa Francisco advertiu quanto ao jejum incoerente, exortando a nos questionarmos como nos comportamos com os outros.
Na primeira leitura, extraída do livro do Profeta Isaías (Is 58,1-9a), fala-se do jejum que o Senhor quer: “quebrar as cadeias injustas, desligar as amarras do jugo, tornar livres os que estão detidos, enfim romper todo tipo de sujeição”.
O jejum é uma dos deveres da Quaresma, recordou o Papa. “Se não puder fazer um jejum total, que faz sentir fome até os ossos, “faça um jejum humilde, mas verdadeiro”, pediu o Papa.
É Isaías que evidencia as inúmeras incoerências na prática da virtude: cuidar dos próprios interesses, o dinheiro, enquanto o jejum é “um pouco despojar-se”; fazer penitência em paz : “não pode, de um lado, falar com Deus e, de outro, falar com o diabo”, porque é incoerente, advertiu o Francisco.
“Não jejuem mais como fazem hoje, de modo que se ouça o barulho”, ou seja, nós jejuamos, nós somos católicos, somos praticantes; eu pertenço àquela associação, nós jejuamos sempre, fazemos penitência. Mas, vocês jejuam com coerência ou fazem a penitência incoerentemente como diz o Senhor, com barulho, para que todos vejam e digam: “Mas que pessoa justa, que homem justo, que mulher justa...” Este é um disfarce; é maquiar a virtude".
É preciso disfarçar, mas seriamente, com o sorriso, isto é, não mostrar que está fazendo penitência. “Procura a fome para ajudar os outros, mas sempre com o sorriso”, exortou o Santo Padre.
O jejum consiste também em humilhar-se e isso se realiza pensando nos próprios pecados e pedindo perdão ao Senhor.  “Mas, se este pecado que eu cometi fosse descoberto, fosse publicado nos jornais, que vergonha!” -  “Pois bem, envergonha-te!”, disse o Papa, convidando também a quebrar as cadeias injustas.
“Eu penso a tantas domésticas que ganham o pão com o seu trabalho: humilhadas, desprezadas... Nunca pude esquecer uma vez que fui a casa de um amigo quando criança. Vi a mãe dar um tapa na doméstica.  81 anos... Não esqueci aquilo. “Sim, não Pai, eu nunca dou um tapa” – “Mas como os trata? Como pessoas ou como escravos? Pagas a eles o justo? Dás a eles as férias, é uma pessoa ou um animal que te ajuda em casa?”.  Pensem somente nisto. Nas nossas casas, nas nossas instituições, existe isto. Como eu me comporto com a doméstica que tenho em casa, com as domésticas que estão em casa?”
Então, um outro exemplo nascido de sua experiência pessoal. Falando com um senhor muito culto que explorava as domésticas, o Papa o fez entender que se tratava de um pecado grave, porque são “como nós, imagem de Deus”, enquanto ele sustentava que eram “pessoas inferiores”.
O jejum que o Senhor quer – como recorda ainda a Primeira leitura – consiste em “partilhar o pão com o faminto, no acolher em casa os miseráveis, sem-teto, em vestir os nus, sem negligenciar o teu sangue”.
“Hoje – observa Francisco – se discute se damos o teto ou não àqueles que vem pedi-lo”.
E, ao concluir, exorta a fazer penitência, a “sentir um pouco a fome”, a “rezar mais” durante a Quaresma e a perguntar-se como se comporta com os outros:
O meu jejum chega a ajudar os outros? Se não chega, é fingido, é incoerente e te leva pelo caminho da vida dupla. Faço de conta ser cristão, justo.... como os fariseus, como os saduceus. Mas, por dentro, não o sou. Peça humildemente a graça da coerência. A coerência. Se eu não posso fazer algo, não a faço. Mas não fazê-la incoerentemente. Fazer somente aquilo que eu posso fazer, mas com coerência cristã. Que o Senhor nos dê esta graça”.

Rádio Vaticano 

16/2 – Santo Onésimo

O caso de Onésimo oferece-nos a oportunidade de refletir sobre alguns pontos fundamentais do cristianismo. A única fonte que temos é a carta de são Paulo a Filemon. A Filemon a quem chama de colaborador e de quem se lembra com simpatia pela sua caridade para com os outros e a fé em Jesus Cristo, são Paulo escreve palavras cheias de autoridade e repassadas de doçura: “Apesar de ter eu toda a liberdade em Jesus Cristo de te prescrever o que deves fazer, prefiro fazer apenas um apelo à tua caridade. Eu Paulo, idoso como sou, e agora preso por Jesus Cristo, venho suplicar-te por Onésimo, meu filho, que eu gerei na prisão. Ele outrora não te foi de grande utilidade, mas agora te será muito útil, tanto a mim como a ti. Eu envio-o a ti como se fosse o meu próprio coração. Quisera conservá-lo comigo, para que me servisse em teu lugar, nas prisões, em benefício do Evangelho. Mas sem o teu consentimento, nada quis fazer, para que, o benefício que então farias não fosse como que obrigado, mas sim de livre vontade.
Sem dúvida, ele se apartou de ti por algum tempo para que tu o recobrasses para sempre, mas não já como servo, e sim, em vez de servo, como irmão caríssimo, sobretudo para mim, mais ainda para ti, não só segundo as leis do mundo, mas também no Senhor.” Onésimo não foi só um escravo fugitivo, mas também um ladrão. São Paulo se declara disposto a pagar pelo escravo, se Filemon fizer questão de receber. Há quem ache que acabar com a escravidão não foi um mérito do cristianismo. Mas isso de chamar de filho e de irmão caríssimo a um escravo fugitivo é só mesmo no cristianismo. Onésimo foi um grande testemunho da ressurreição de Cristo. Foi conduzido a Roma e apedrejado até a morte, depois de ter sido bispo de Éfeso.

Cléofas 

15 de fev. de 2018

Retiro Quaresmal - "Voltai para o Senhor! Rasgai o coração!"

Logo no início deste santo tempo de preparação para a Páscoa sagrada, o Senhor nos dirige Seu apelo, Sua advertência, pela boca do Profeta Joel:

“Voltai a Mim com todo o vosso coração! Rasgai o coração e não as vestes!”

Eis! O coração é o núcleo da pessoa, é o lugar onde ele diz “eu” e onde pode pronunciar ao Senhor “Tu”. Rasgar o coração é abrir-se, rasgar o coração é, de verdade, arrepender-se, colocando-se diante do Senhor Deus.

Mas, como é possível arrepender-se de verdade? Como poderemos nós, presos tantas vezes nos nossos interesses e egoísmos, tão ocupados de nós mesmos, reconhecer que somos deficientes diante do Senhor, reconhecer com sincera dor que somos pecadores e necessitamos de conversão? Isto somente nos será possível se o Altíssimo nos converter!

Por isso mesmo, a longa série das leituras do santo tempo da Quaresma começa com um apelo do Senhor: “Voltai a Mim com todo o vosso coração, com todo o vosso ser, com a inteireza toda da vossa vida, sem deixardes de fora um aspecto que seja! Quero-vos totalmente, totalmente para Mim! Sou um Deus ciumento!” - Ah, Senhor, se Tu nos chamas no profundo do coração, converter-nos-ás! Voltaremos, pesarosos, sinceros, a Ti e seremos salvos!

“Voltai!” Mudai de direção, mudai o rumo de vossa vida, o vosso modo de pensar, de agir, de julgar! Voltai para Mim! Fazei de Mim o critério, a referência, o Tudo da vossa vida!

Vede, Irmãos, que o Senhor nos deseja, faz questão do nosso amor, chama-nos a Ele! No início deste santo período, reconhece tu, reconheça eu o quando ando disperso, distante do Senhor! Reconheça eu que preciso voltar!

Compreendamos nós que a volta é urgente: para que ela fosse possível, o Senhor Deus entregou o Seu Único, o Amado: “Aquele que não cometeu pecado algum, Deus O fez pecado, isto é, fê-Lo vítima pelo pecado, por nós, para que Nele nós nos tornemos justiça de Deus”, isto é, retos diante do Senhor! Tu crês que Jesus é o Messias, o Deus feito homem por ti e pela humanidade? Crês que por ti e pela inteira criação Ele Se entregou à morte de cruz? Crês que o Pai tanto amou o mundo que entregou o Seu Amado Filho? Então, pensa na gravidade do pecado, na grandeza do amor de Deus por ti, na urgência da voltar para Ele!

Volta para o Senhor, reconhece neste Tempo que ora se inicia uma chance da misericórdia divina! “Como colaboradores de Cristo, nós vos exortamos a não receberdes em vão a graça de Deus! É agora o momento favorável, é agora o dia da salvação! Deixai-vos reconciliar com Deus”, esse Deus que vem a vós, que vos clama, que vos atrai porque vos ama e faz conta de vós e de vós tem ciúme de eternidade!

Neste início de Quaresma toma as armas:
o que tirará da comida durante os quarenta dias de penitência?
-  - o que acrescentarás à oração?
-  - o que fará de prática de caridade para com teu próximo?
- - que Livro da Escritura Santa lerás do início ao fim neste período?
-   - que vício, que mau hábito  combaterás na tua vida?

Eis as práticas, eis a justiça, eis a obra piedosa da Quaresma! Faze-a de coração contrito, faze-a com humildade, combate com coragem o combate da fé! Deixa de covardia! “Ficai atentos para não praticar a vossa justiça diante dos homens, só para serdes vistos por eles! Caso contrário não recebereis a recompensa diante do vosso Pai que está nos Céus!”

Caro Irmão, faça seu plano de Quaresma, com especial atenção ao vício que você escolherá para combater!
Vamos! Comecemos o caminho para a Terra Prometida da Páscoa!

Por Dom Herique Soares da Costa

Fonte:http://visaocristadomhenrique.blogspot.com.br/

Catequese do Papa Francisco

Boletim da Santa Sé
Tradução: Jéssica Marçal (Canção Nova) 
Queridos irmãos e irmãs, bom dia! 
Bom dia, mesmo que o dia esteja um pouco feio. Mas se a alma está em alegria sempre é um bom dia. Assim, bom dia! Hoje, a audiência será feita em duas partes: um pequeno grupo de doentes está na sala, pelo tempo e nós estamos aqui. Mas nós os vemos e eles nos veem pelo telão. Saudemos-lhes com um aplauso.
Continuamos com as catequeses sobre Missa. A escuta das Leituras bíblicas, prolongada na homilia,  responde a que? Responde a um direito: o direito espiritual do povo de Deus a receber com abundância o tesouro da Palavra de Deus (cfr Introdução ao Lecionário, 45). Cada um de nós quando vai à Missa tem o direito de receber abundantemente a Palavra de Deus bem lida, bem dita e depois bem explicada na homilia. É um direito! E quando a Palavra de Deus não é bem lida, não é pregada com fervor pelo diácono, pelo sacerdote ou pelo bispo se falta a um direito dos fiéis. Nós temos o direito de ouvir a Palavra de Deus. O Senhor fala para todos, Pastores e fiéis. Ele bate ao coração de quantos participam da Missa, cada um na sua condição de vida, idade, situação. O Senhor consola, chama, suscita brotos de vida nova e reconciliada. E isto por meio da sua Palavra. A sua Palavra bate ao coração e muda os corações! 
Por isso, depois da homilia, um tempo de silêncio permite sedimentar na alma a semente recebida, a fim de que nasçam propósitos de adesão àquilo que o Espírito sugeriu a cada um. O silêncio depois da homilia. Deve-se fazer um belo silêncio ali e cada um deve pensar naquilo que ouviu. 
Depois deste silêncio, como continua a Missa? A resposta pessoal de fé se insere na profissão de fé da Igreja, expressa no “Credo”. Todos nós recitamos o “Credo” na Missa. Recitado por toda a assembleia, o Símbolo manifesta a comum resposta a quanto, juntos, se ouviu da Palavra de Deus (cfr Catecismo da Igreja Católica, 185-197). Há um nexo vital entre escuta e fé. São unidas. Esta – a fé – de fato, não nasce da fantasia de mentes humanas, mas, como recorda São Paulo, “vem da escuta e a escuta diz respeito à palavra de Cristo” (Rm 10, 17). A fé se alimenta, portanto, da escuta e conduz ao Sacramento. Assim, a recitação do “Credo” faz com que a assembleia litúrgica “volte a meditar e professe os grandes mistérios da fé, antes de sua celebração na Eucaristia” (Instrução Geral do Missal Romano, 67). 
O Símbolo de fé vincula a Eucaristia ao Batismo, recebido “em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo”, e nos recorda que os sacramentos são compreensíveis à luz da fé da Igreja. 
A resposta à Palavra de Deus acolhida com fé se exprime depois na súplica comum, denominada Oração universal, porque abraça as necessidades da Igreja e do mundo (cfr OGMR, 69-71; Introdução ao Lecionário, 30-31). Também é chamada de Oração dos fiéis. 
Os padres do Vaticano II quiseram repropor esta oração depois do Evangelho e da homilia, especialmente aos domingos e festas, a fim de que “com a participação do povo, façam-se orações pela santa Igreja, por aqueles que nos governam, por aqueles que se encontram em várias necessidades, por todos os homens e pela salvação de todo o mundo” (Const. Sacrosanctum Concilium, 53; cfr 1 Tm 2,1-2). Portanto, sob a guia do sacerdote que introduz e conclui, “o povo, exercitando o próprio sacerdócio batismal, oferece a Deus orações pela salvação de todos” (OGMR, 69). E depois das intenções individuais, propostas pelo diácono ou por um leitor, a assembleia une a sua voz invocando: “Ouvi-nos, Senhor”. 
Recordamos, de fato, quanto nos disse o Senhor Jesus: “Se permanecerdes em mim e as minhas palavras permanecerem em vós, pedireis tudo o que quiserdes e vos será feito” (Jo 15, 7). “Mas, nós não acreditamos nisso, porque temos pouca fé”. Mas se nós tivéssemos uma fé – diz Jesus – como o grão de mostarda, teríamos recebido tudo. “Pedis o que desejais e vos será feito”. E neste momento da oração universal, depois do Credo, é o momento de pedir ao Senhor as coisas mais fortes na Missa, as coisas de que nós precisamos, aquilo que queremos. “Vos será feito”; de um ou de outro modo, mas “vos será feito”. “Tudo é possível àquele que crê”, disse o Senhor. O que respondeu aquele homem ao qual o Senhor se dirigiu para dizer esta palavra – tudo é possível àquele que crê-? Disse: “Creio Senhor. Ajuda a minha pouca fé”. Também nós podemos dizer: “Senhor, eu creio. Mas ajuda a minha pouca fé”. E devemos fazer a oração com este espírito de fé: “Creio Senhor, ajuda a minha pouca fé”. As pretensões de lógicas mundanas, em vez disso, não decolam para o céu, assim como permanecem não ouvidos os pedidos auto-referenciais (cfr Tiag 4, 2-3). As intenções pelas quais se convida o povo fiel a rezar devem dar voz às necessidades concretas da comunidade eclesial e do mundo, evitando recorrer a fórmulas convencionais e míopes. A oração “universal”, que conclui a liturgia da Palavra, nos exorta a fazer nosso o olhar de Deus, que cuida de todos os seus filhos. 

Fonte: /noticias.cancaonova.com

15/2 – São Cláudio de la Colombiere

Neste dia lembramos a santidade de vida de Cláudio que nasce na França em 1641 numa família muito religiosa. Após completar os estudos humanísticos o jovem Cláudio decidiu entrar no seminário, e pôde ouvir de sua mãe a profecia: “Meu filho, tu hás de ser um santo religioso”. Entrou no noviciado da Companhia de Jesus e em meio a muitas lutas ele conseguiu ser fiel a sua vida religiosa, por isso escreveu no seu diário: ” Os planos de Deus nunca se realizam senão à custa de grandes sacrifícios”. Lecionou até chegar a ser superior do colégio jesuíta. São Cláudio na cidade de sua missão começou a ser confessor do convento de Nossa Senhora da Visitação, onde a humilde religiosa Margarida Maria Alacoque, santamente estava recebendo aparições do Sagrado Coração de Jesus.
Cláudio foi o escolhido pelo próprio Cristo para confessor de Margarida e como ajudante na publicação das revelações. Abraçando o Sagrado Coração de Jesus fez o que pôde para fazer conhecido o apelo de Jesus que vinha numa hora própria, pois o veneno do jansenismo estava esfriando a fé e o amor do povo para com o Cristo. Cláudio por obediência foi para Londres onde viveu e sofreu no palácio real; local que difícil de evangelizar, mas possível , já que Cláudio converteu muitos ao Cristo e sua Igreja Católica. Morreu com quarenta e um anos depois de caluniado por protestantes poderosos que o santo preso e quase condenado a morte, se não fosse a providente intervenção do rei francês Luís XIV. São Cláudio fora expulso da Inglaterra e faleceu em Paray le Monial, conforme Santa Margarida havia profetizado a seu respeito, pois deste local é que iniciou-se a grande devoção ao Sagrado Coração de Jesus, no qual São Cláudio encontrou repouso eterno.
São Cláudio de La Colombiere, Rogai por nós!

cléofas 

13 de fev. de 2018

Papa e o Patriarca Youssef: solidariedade a um povo que sofre

Na missa concelebrada com o Patriarca dos greco-melquitas, o Papa manifestou solidariedade aos católicos no Oriente Médio e na diáspora.
Cidade do Vaticano -
Na manhã desta terça-feira, o Papa celebrou a missa na Casa Santa Marta, mas não pronunciou a homilia. Com o Pontífice, concelebrou o Patriarca da Igreja de Antioquia dos Greco-Melquitas, Youssef Absi.
Durante a celebração, Francisco pronunciou as seguintes palavras:
“Esta missa com o nosso irmão, patriarca Youssef, fará a apostolica communio: ele é pai de uma Igreja, de uma Igreja antiquíssima e vem abraçar Pedro, para dizer “eu estou em comunhão com Pedro”. Isso é o que significa a cerimônia de hoje: o abraço do pai de uma Igreja com Pedro. Uma Igreja rica, com a própria teologia dentro da teologia católica, com a própria liturgia maravilhosa e com um povo, neste momento grande parte deste povo está crucificado, como Jesus. Oferecemos esta missa pelo povo, pelo povo que sofre, pelos cristãos perseguidos no Oriente Médio, que dão a vida, dão os bens, as propriedades porque são expulsos. E oferecemos também a missa pelo ministério do nosso irmão Youssef.”
Ao final da Santa Missa, o Patriarca agradeceu ao Santo Padre em francês:
"Santidade, gostaria de agradecer-lhe por esta bela missa de comunhão, em nome de todo o Sínodo da nossa Igreja greco-melquita católica. Pessoalmente, estou realmente comovido por Sua caridade fraterna, pelos gestos de fraternidade, de solidariedade que demonstrou à nossa Igreja no decorrer desta missa. Prometemos levá-lo sempre em nossos corações, no coração de todos nós, clero e fiéis, e recordaremos sempre este evento, esses instantes históricos, este momento que não consigo descrever por ser tão belo: esta fraternidade, esta comunhão que une todos os discípulos de Cristo."
Obrigado, Santidade.
A convite do Papa, o Patriarca concedeu com o Santo Padre a bênção final.

Rádio Vaticano 

Festa de Devoção à Sagrada Face de Cristo

“Quero que Minha FACE seja honrada com uma festa própria na Terça-feira da Quinquagésima (terça-feira de carnaval) e que esta festa seja preparada por uma novena durante a qual todos os fiéis façam Comigo reparação”.




Esta santa devoção teve origem com a impressão milagrosa do Rosto de Cristo no lenço de Verônica, uma tradição muito respeitada na Igreja. O Papa Bento XVI fez questão de venerar o Véu de Verônica na cidade de Manoppello na Itália, em setembro de 2006. Durante sua visita ao santuário, Bento XVI foi o primeiro Papa a poder novamente venerar a relíquia, meio milênio após seu desaparecimento da Basílica de São Pedro.
Esta devoção cresceu muito também por causa da importância que a Divina Face teve na vida de Santa Teresinha do Menino Jesus e da Sagrada Face. Outro fato que fortaleceu a devoção foram os surpreendentes estudos da figura de JESUS no santo Sudário de Turim; além das revelações à Irmã M. Pierina de Micheli (†1945), a mensageira da Sagrada Face dos últimos tempos.
Em maio de 1938, a Virgem Santíssima mostrou (em visão mística) à Irmã Pierina, um escapulário formado de dois paninhos. Num ela viu a Face de JESUS com as palavras ao redor: “Ilumina, Domine, vultum tuum super nos” (“Senhor, fazei resplandecer a Vossa Face sobre nós”). No outro estavam escritas em volta de uma hóstia as palavras: “Mane nobiscum, domine” (Senhor ficai conosco). Lentamente Nossa Senhora se aproximou e disse:
“Escuta bem e transmite ao teu confessor que este escapulário é uma arma de defesa, escudo de fortaleza e penhor de misericórdia que JESUS quer dar ao mundo nestes tempos de sensualidade e de ódio contra DEUS e a Igreja. São poucos os verdadeiros apóstolos. É necessário um remédio divino e este remédio é a FACE de meu Filho.
Todos aqueles que usarem o escapulário, e sendo lhes possível, cada terça feira visitar o Santíssimo Sacramento fazendo “Uma Hora Santa”, para reparar os ultrajes que recebeu e continua recebendo meu Filho, cada dia, no Sacramento Eucarístico, serão fortificados na Fé, estarão prontos para defendê-la e hão de suportar todas as dificuldades internas e externas. Além disso morrerão serenamente sob o olhar de meu Filho”.
Semanas mais tarde JESUS apareceu também e disse:
“Quero que Minha FACE seja honrada com uma festa própria na Terça-feira da Quinquagésima (terça-feira de carnaval) e que esta festa seja preparada por uma novena durante a qual todos os fiéis façam Comigo reparação”.
Em vez de fazer escapulários a Irmã Pierina mandou cunhar medalhas. Preocupada por isso recorreu à Nossa Senhora que novamente lhe apareceu dizendo:
“Minha filha, não se preocupe, pois, o escapulário é substituído pela medalha com todas as promessas e favores. Só resta difundi-la mais ainda. Ora, interessa-me muito a festa da Sagrada FACE de meu Filho. Diga ao Papa que esta festa muito me interessa”.
Irmã M. Pierina falou três vezes ao Papa e o Sumo Pontífice, ciente do pedido do Céu, não se fez esperar. No dia 15 de março de 1957, havendo já aprovado a propagação da medalha, facultou a celebração da festa, isto é, aos Beneditinos Sivestrinos de Roma. Em 10 de janeiro de 1959 o Papa João XXIII concedeu a mesma licença, a todos os Bispos do Brasil.
Para merecer as graças prometidas é necessário:
Usar a medalha, contemplar com amor, muitas vezes a Sagrada FACE, zelar pela devoção, fazendo a Hora Santa, nas Terças-feiras, promover anualmente a novena em preparação à festa na terça-feira de carnaval, e seguindo o exemplo dos grandes devotos da Sagrada FACE, ler e meditar diariamente o Novo Testamento. Todos os dias rezar:
5 Pai Nossos; 5 Ave Marias; 5 Glórias; em honra das cinco chagas de Nosso Senhor JESUS CRISTO, rezando também a oração composta por Pio IX, e a aspiração que a segue:
“Ó meu JESUS, lançai sobre nós um olhar de misericórdia! Volvei Vossa Face para cada um de nós, como fizestes à Verônica, não para que A vejamos com os olhos corporais, pois não o merecemos. Mas volvei-A para os nossos corações, a fim de que, amparados sempre em Vós, possamos haurir nesta fonte inesgotável, as forças necessárias para nos entregarmos ao combate que temos que sustentar. Amém.
Senhor, mostrai-nos a Vossa Face e seremos salvos!”
Nota: No livro ORAÇÕES DE TODOS OS TEMPOS DA IGREJA (Ed. Cléofas) há outras orações desta devoção: A Ladainha da Sagrada Face; a Oração de Consagração à Sagrada Face; Novena à Sagrada Face; e outras orações.
Prof. Felipe Aquino

Fonte: Canção Nova 

13/2 – São Martiniano

martinianoNasceu no século IV, em Cesareia, na Palestina. Muito jovem, discerniu sua vocação à vida eremita, retirou-se a um lugar distante para se entregar à vida de sacrifício e de oração pela salvação das pessoas e também pela própria conversão. Ele vivia um grande combate contra o homem velho, aquele que tem fome de pecado, que é desequilibrado pela consequência do pecado original que atingiu a humanidade que todos nós herdamos. Mas foi pela misericórdia, pela força do Espírito Santo que ele se tornou santo. Sua fama foi se espalhando e muitos procuravam Martiniano. Embora jovem, ele era cheio do Espírito Santo para o aconselhamento, a direção espiritual, até apresentando situações de enfermidades, na qual ele clamava ao Senhor Jesus pela cura e muitos milagres aconteciam. Através dele, Jesus curava os enfermos. Homem humilde, buscava a vontade de Deus dentro deste drama de querer ser santo e ter a carnalidade sempre presente. Aconteceu que Zoé, uma mulher muito rica, mas dada aos prazeres carnais e também às aventuras com um grupo de amigos, fez uma aposta de que levaria o santo para o pecado. Vestiu-se com vestes simples, pobres, pediu para que ele a abrigasse por um dia. Eles dormiram em lugares distantes, mas ela, depois, vestiu-se com uma roupa bem sedutora e foi ser instrumento de sedução para Martiniano.
Conta-nos a história que ele caiu na tentação. Os santos não foram homens e mulheres de aço, pelo contrário, ao tomar consciência daquele pecado, ele se prostrou, arrependeu-se, penitenciou-se, mergulhou o seu coração e a sua natureza na misericórdia de Deus. Claro que o Senhor o perdoou. Só há um pecado que Deus não nos perdoa, aquele do qual não somos capazes de nos arrepender. São Martiniano arrependeu-se e retomou o seu propósito. Ele foi um instrumento de evangelização para aquela mulher que, de tal forma, também acolheu a graça do arrependimento, entrou para a vida religiosa e consagrou-se, fazendo parte do mosteiro das religiosas de Santa Paula e ali se santificou. O Santo, depois, foi para uma ilha; em seguida para Atenas, na Grécia, e, no ano 400, partiu para a glória tendo recebido os sacramentos. Santo não é aquele que nunca pecou. Com exceção de Nosso Senhor Jesus Cristo e da Virgem Maria, todos os demais santos, de ontem e também de hoje, não são chamados a pecar. Mas a oração, a vigilância e o mergulho da miséria na misericórdia divina é o que nos santifica.
São Martiniano, rogai por nós!
Cléofas 

12 de fev. de 2018

Papa: paciência não é resignação, é dialogar com os próprios limites

Na primeira Missa da semana na Casa Santa Marta o Papa Francisco disse que a paciência é a virtude de quem está em caminho.
Cidade do Vaticano -
“A fé, colocada à prova, produz paciência.” O Papa Francisco inspirou sua reflexão na Primeira Leitura do dia, de São Tiago Apóstolo.

Paciência não é resignação ou derrota

 

Mas o que significa ser paciente na vida e diante das provações? Certamente não é fácil entender, observou Francisco, que logo distingue a paciência da resignação e da derrota, mostrando a paciência, ao invés, como a “virtude” de “quem está em caminho”, não de quem está “parado” e “fechado”:
"E quando se vai em caminho acontecem tantas coisas nem sempre boas. É tão significativo para mim a paciência como virtude em caminho, a atitude dos pais quando têm um filho doente ou deficiente, nasce assim. “Mas graças a Deus está vivo!”: assim são os pacientes. E criam toda a vida aquele filho com amor, até o fim. E não é fácil levar por anos e anos e anos um filho com necessidades especiais, um filho doente… Mas a alegria de ter aquele filho dá a eles a força de levar avante e isso é paciência, não é resignação: isto é, é a virtude que vem quando uma pessoa está em caminho".

O impaciente rejeita e ignora os próprios limites

 

Ao invés, o que nos ensina a etimologia da palavra “paciência”, se pergunta o Papa? O significado  traz consigo o sentido de responsabilidade, porque o “paciente não deixa o sofrimento, o suporta”, e o faz “com alegria, ‘perfeita alegria’, diz o apóstolo”:
“A paciência significa “suportar” e não confiar a um outro para que carregue o problema, que carregue a dificuldade: “Carrego eu, esta é a minha dificuldade, é o meu problema. Faz-me sofrer? Eh, certo! Mas eu a carrego. Suportar. E também a paciência é a sabedoria de saber dialogar com o limite. Existem tantos limites na vida, mas a impaciência não os quer, os ignora porque não sabe dialogar com os limites. Há uma fantasia de onipotência ou de preguiça, não sabemos...”.

Deus com paciência nos acompanha e nos espera

 

A história da salvação nos mostra “a paciência de Deus, nosso Pai”, que conduziu e levou em frente o seu “povo cabeça-dura”, toda vez que “construía um ídolo e ia de uma parte a outra”.
Mas paciência é também aquela que o Pai tem com cada um de nós, “acompanhando-nos” e “esperando os nossos tempos”. Deus que mandou depois seu Filho para “ser paciente” e oferecer-se à paixão “com decisão”:
E aqui eu penso em nossos irmãos perseguidos no Oriente Médio, expulsos por serem cristãos... e eles fazem questão de ser cristãos: são pacientes como o Senhor é paciente. Com estas ideias, talvez, possamos hoje rezar, rezar pelo nosso povo: “Senhor, dá ao teu povo paciência para suportar as provações”. E também rezar por nós. Tantas vezes somos impacientes: quando uma coisa não dá certo, reclamamos... “Mas, pare um pouco, pense na paciência de Deus Pai, tenha paciência como Jesus”. É uma bela virtude a paciência, peçamos-la ao Senhor”.

Rádio Vaticano 

12 de Fevereiro - Santa Eulália

Eulália, nasceu nas proximidades da cidade de Barcelona, no ano 290. Pertencia a uma família da nobreza espanhola e seus pais viviam numa vasta propriedade na periferia daquela movimentada corte. Cobriam a menina Eulália com todo amor, carinho e mimos, quase sufocando a pequena que já na tenra idade resplandecia em caráter. 

Humilde, sábia, prudente e muito inteligente era a caridade em pessoa. Dedicava um extremo amor à Jesus Cristo, para o qual despendia muitas horas do dia em virtuosas orações. Costumava ficar no seu modesto quarto, reunida com suas amiguinhas, entoando cânticos e hinos de louvor ao Senhor, depois saiam para distribuir seus melhores pertences às crianças pobres das imediações, que sempre batiam à sua porta. 

Entrou para a adolescência, aos treze anos, no mesmo período em que chegava à Barcelona a notícia da volta à terrível perseguição contra os cristãos, decretada para todos os domínios do Império. Quando os sanguinários dos imperadores romanos Diocleciano e Maximiano, souberam da rápida e veloz propagação da fé cristã, nas longínquas terras espanholas, onde até então era rara esta fé, decidiram e mandaram o mais cruel e feroz de seus juízes, chamado Daciano, para acabar com aquela "superstição". 

Temendo pela vida de Eulália, seus pais decidiram leva-la para uma outra propriedade mais afastada, onde poderia ficar longe dos soldados que andavam pelas ruas caçando os cristãos denunciados.

Eulália considerou covardia fugir do poder que exterminava os irmãos cristãos. Assim, altas horas da noite e sem que sua família soubesse, fugiu e se apresentou espontaneamente ao temido juiz, como cristã. Consta inclusive que teria dito: "Querem cristãos? Eis uma". 

Como queria, na impetuosidade da adolescência, foi levada a julgamento. Ordenaram novamente que ela adorasse um deus pagão, dando-lhe sal e incenso, para que depositasse ao pé do altar. Eulália, ao invés, derrubou a estátua do deus pagão, espalhando para longe os grãos de incenso e sal. A sua recusa a oferecer os sacrifícios deixou furioso Daciano, que mandou chicoteá-la até que seu corpo todo ficasse em chagas e sangrando. Depois foi queimada viva com as tochas dos carrascos. Era 12 de fevereiro de 304.

Seu corpo foi sepultado na igreja de Santa Maria das Arenas, mais tarde destruída durante um incêndio. Mas suas relíquias se mantiveram intactas e foram ocultadas durante a dominação dos árabes muçulmanos, quando o culto cristão era proibido. 

O culto à Santa Eulália foi mantido principalmente em Barcelona onde é muito antigo. De lá, acabou se estendendo por toda Espanha atravessando as fronteiras, para além da França, Itália, África enfim atingiu todo o mundo cristão, oriental e ocidental. Ela costuma ser festejada na diocese de Mérida em 10 de dezembro, cidade de seu martírio. Santa Eulália é co-padroeira da cidade de Barcelona, ao lado da Virgem das Mercês.

Outros santos e beatos:
Santo Antônio Cáuleas (829-901) — patriarca de Cons-tantinopla, sucessor de Fócio, a cujo cisma tentou pôr cobro.
São Bento Revelli (†900) — eremita beneditino na ilha de Gallinara; a seguir, bispo de Albenga.
Santos Damião e Damião — dois mártires: um na França, outro em Roma, em época incerta.
Santo Etelvaldo (†740) — abade na Escócia; em seguida, bispo de Lindisfarne.
São Gaudêncio de Verona (†456) — bispo sepultado na Basílica de Santo Estêvão.
São Goslino (†1153) — segundo abade do Convento de São Solutore, próximo a Turim.
São Julião, o Hospitaleiro — popular na Idade Média. Segundo um relato lendário, visto ter provocado por engano a morte dos próprios pais, foi a Roma com a esposa para pedir a absolvição. No caminho de volta, construiu uma hospedaria nas margens de um rio; por isso é invocado como padroeiro dos barqueiros.
São Ludano (†1202) — peregrino escocês, falecido na Alsácia.
São Melécio (†381) — bispo armênio de Sebaste; a seguir, patriarca de Antioquia, várias vezes enviado ao exílio pelos arianos. 
São Modesto (†304) — diácono martirizado na Sardenha, venerado em Benevento, local o qual foram conduzidos seus despojos em 785. 
Santos Modesto e Amônio — martirizados em Alexandria do Egito, em época incerta.
Santos Modesto e Juliano — martirizados em 160, respectivamente em Cartago e Alexandria do Egito.
Beatos Tomás de Foligno, Antônio da Saxônia, Gregório de Traú, Nicolau, o Húngaro, e Ladislau de Poscega — franciscanos martirizados, na aldeia de Vidin, na península balcânica, em 1369.
Santa Umbelina (1092-1135) — abadessa beneditina, irmã caçula de são Bernardo. Visto ter tido um convívio conjugal não muito edificante, depois de visitar o irmão na abadia de Claraval, solicitou o consentimento do marido para entrar no convento das beneditinas negras de Jully-les-Nonnais. Logo foi eleita abadessa. Morreu asssitida pelo santo irmão.

Fonte: https://www.paulinas.org.br

11 de fev. de 2018

Papa no Angelus: “Nenhuma doença é causa de impureza"

Francisco recordou que neste domingo celebra-se o Dia Mundial dos Enfermos, memória de Nossa Senhora de Lourdes
Silvonei José - Cidade do Vaticano
“Nestes domingos, o Evangelho, segundo a narração de Marcos, nos apresenta Jesus que cura os doentes de todos os tipos. Neste contexto, se insere bem o Dia Mundial dos Enfermos que se celebra precisamente hoje, 11 de fevereiro, memória de Nossa Senhora de Lourdes. Portanto, com o olhar do coração dirigido à gruta de Massabielle, contemplamos Jesus como o verdadeiro médico dos corpos e das almas, que Deus Pai enviou ao mundo para curar a humanidade, marcada pelo pecado e suas consequências”. Com essas palavras o Papa Francisco iniciou a sua alocução que precedeu a oração mariana do Angelus com os fiéis reunidos na Praça São Pedro, no Vaticano.
O estigma social jamais deve nos afastar daqueles que sofrem. “Nenhuma doença é causa de impureza: a doença certamente envolve toda a pessoa, mas de modo algum afeta ou impede seu relacionamento com Deus. Pelo contrário, uma pessoa doente pode estar ainda mais unida a Deus”, disse o Papa Francisco.
“O pecado, esse sim nos torna impuros!”, disse o Pontífice enfatizando que “o egoísmo, o orgulho, o entrar no mundo da corrupção, essas são doenças do coração das quais é preciso sermos purificados, dirigindo-se a Jesus como o leproso: ‘Se queres, tens o poder de purificar-me'. “Ao ouvir isso - recordou o Papa – Jesus sente compaixão, muito importante para fixar a atenção sobre essa ressonância interna de Jesus, como fizemos longamente durante o Jubileu da Misericórdia. Não se entende a obra de Cristo, não se entende o próprio Cristo, se não entrarmos no seu coração cheio de compaixão. É isso que o leva a estender a mão ao homem que sofre de lepra, tocá-lo e dizer-lhe: “Eu quero, fica purificado”.
“No Antigo Testamento – recordou Francisco - era considerado uma grave impureza e comportava a separação do leproso da comunidade. A sua condição era realmente dolorosa, porque a mentalidade do tempo o fazia sentir-se impuro diante de Deus e dos homens”.
Segundo o Papa, “o fato mais perturbador é que Jesus toca o leproso, porque isso era absolutamente proibido pela lei mosaica. Tocar um leproso significava ser também contagiado também dentro, no espírito, isto é, tornar-se impuros. Mas, neste caso, o influxo não vai do leproso a Jesus para transmitir o contágio, mas de Jesus ao leproso para dar-lhe a purificação. Nesta cura, admiramos, além da compaixão, também a audácia de Jesus, que não se preocupa nem com o contágio, nem com as prescrições, mas é movido somente pela vontade de libertar aquele homem da maldição que o oprime”.
Então o Papa pediu aos fiéis presentes na Praça São Pedro para fazerem um exame de consciência e depois repetir com ele as palavras do leproso: ‘Se queres, tens o poder de purificar-me'. “Toda vez que nos aproximamos do sacramento da Reconciliação com o coração arrependido, o Senhor – explicou Francisco - repete também a nós: “Eu quero, fica purificado!”. Assim a lepra do pecado desaparece, voltamos a viver com alegria o nosso relacionamento filial com Deus e somos readmitidos plenamente na comunidade”.
Francisco concluiu invocando a intercessão da Virgem Maria, Nossa Mãe Imaculada: “peçamos ao Senhor, que trouxe aos enfermos a saúde, que cure também as nossas feridas internas com a sua infinita misericórdia, para assim nos dar novamente a esperança e a paz do coração”.
Fonte: Rádio Vaticano

O sorriso de Nossa Senhora



O incrédulo pediu à menina Bernadete, vidente de Lourdes, que tentasse imitar o sorriso de Maria. E então...



Trazemos o seguinte excerto do texto do pe. Francisco Alves em sua obra “Tesouro de Exemplos”:
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Quatro anos após a definição do dogma da Imaculada Conceição, Nossa Senhora se dignou baixar à terra para confirmar de um modo estupendo a declaração do Papa Pio IX, de santa memória.
Foi em Lourdes, na França, que Nossa Senhora apareceu repetidas vezes à inocente Bernadete e na última aparição disse: Eu sou a Imaculada Conceição.
Quem refere o seguinte episódio não é nenhum devoto, nem sequer bom cristão. Ele escreve:
“Quando já se falava muito das aparições de Lourdes, achava-me em Cauterets, povoação próxima de Lourdes, mais para distrair-me do que para curar-me. Achei graça ao ouvir que a Virgem sorrira para Bernadete e resolvi ir a Lourdes para ver a vidente e surpreendê-la na mentira. Fui à casa dos Soubirous e encontrei Bernadete sentada à porta, cerzindo meias. Pareceu-me o seu rosto bastante vulgar; apresentava sinais de enfermidade crônica ao par de muita doçura. A instâncias minhas, contou-me as aparições com toda a simplicidade e convicção.
– Mas é verdade que a Virgem sorriu?
– Sim, sorriu.
– E como sorria?
A menina olhou-me com ar de espanto e disse:
– Mas, senhor, seria preciso ser gente do céu para repetir aquele sorriso!
– Não o poderia repetir para mim? Sou incrédulo e não creio nas aparições.
O rosto de Bernadete tornou-se triste e severo.
– Então julga o senhor que menti?
Senti-me vencido. Não, aquela menina tão cândida não podia mentir. Ia pedir-lhe desculpas quando ela acrescentou:
– Bem, se o senhor é um pecador, tentarei imitar o sorriso de Nossa Senhora.
A menina ergueu-se lentamente, juntou as mãos e um reflexo celeste iluminou seu rosto. Um sorriso divino, que jamais vi em lábios mortais, encantou os meus olhos… Sorria ainda quando caí de joelhos, vencido pelo sorriso da Imaculada nos lábios da ditosa vidente.
Desde aquele dia, nunca mais se me apagou da imaginação aquele sorriso divino. Passaram-se muitos anos, mas a sua recordação enxugou-me muitas lágrimas ao perder minha esposa e minhas duas filhas… Parece-me estar só no mundo e vivo no sorriso da Virgem”.
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Pe. Francisco Alves, em “Tesouro de Exemplos”


Fonte: Aleteia 

11/2 – Nossa Senhora de Lourdes

Foi no ano de 1858 que a Virgem Santíssima apareceu, nas cercanias de Lourdes, França, na gruta Massabielle, a uma jovem chamada Santa Marie-Bernard Soubirous ou Santa Bernadete. Essa santa deixou por escrito um testemunho que entrou para o ofício das leituras do dia de hoje.
“Certo dia, fui com duas meninas às margens do Rio Gave buscar lenha. Ouvi um barulho, voltei-me para o prado, mas não vi movimento nas árvores. Levantei a cabeça e olhei para a gruta. Vi, então, uma senhora vestida de branco; tinha um vestido alvo com uma faixa azul celeste na cintura e uma rosa de ouro em cada pé, da cor do rosário que trazia com ela. Somente na terceira vez, a Senhora me falou e perguntou-me se eu queria voltar ali durante quinze dias. Durante quinze dias lá voltei e a Senhora apareceu-me todos os dias, com exceção de uma segunda e uma sexta-feira. Repetiu-me, vária vezes, que dissesse aos sacerdotes para construir, ali, uma capela. Ela mandava que fosse à fonte para lavar-me e que rezasse pela conversão dos pecadores. Muitas e muitas vezes perguntei-lhe quem era, mas ela apenas sorria com bondade. Finalmente, com braços e olhos erguidos para o céu, disse-me que era a Imaculada Conceição”.
Maria, a intercessora, modelo da Igreja, imaculada, concebida sem pecado, e, em virtude dos méritos de Cristo Jesus, Nossa Senhora, nessa aparição, pediu o essencial para a nossa felicidade: a conversão para os pecadores. Ela pediu que rezássemos pela conversão deles com oração, conversão, penitência.
Isso aconteceu após 4 anos da proclamação do Dogma da Imaculada Conceição. Deus quis e Sua Providência Santíssima também demonstrou, dessa forma, a infalibilidade da Igreja. Que chancela do céu essa aparição da Virgem Maria em Lourdes. E os sinais, os milagres que aconteceram e continuam a acontecer naquele local.
Lá, onde as multidões afluem, o clero e vários Papas lá estiveram. Agora, temos a graça de ter o Papa Francisco para nos alertar sobre este chamado.
Nossa Senhora de Lourdes, rogai por nós!

Via: Cléofas 

Natividade de São João Batista: o maior dos profetas

A natividade de  São João Batista  é  uma solenidade muito importante no ano litúrgico, porque nesse dia lembramos o maior dos profetas, com...