30 de jun. de 2017

Você conhece a mensagem do Quadro de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro?

Dia 27 de julho  nossa Igreja celebra o dia de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, uma devoção universal, conhecida e venerada em todos os continentes do mundo, talvez a mais ampla e conhecida devoção de Nossa Senhora, especialmente no Oriente. No mundo todo são realizadas as famosas Novenas Perpétuas em honra de Nossa Senhora Mãe do Perpétuo Socorro.
Pensando nisso, achamos interessante divulgar um artigo do site Gaudium Press que explicará o significado do quadro de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.

A Mensagem do Quadro de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro
Aparentemente é um simples quadro de mais uma das inúmeras devoções à Santa Mãe de Deus, mas se nos determos em seus detalhes, veremos que a imagem de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro é cheia de simbolismos e significados.
Medindo 53 por 41,5 centímetros o ícone foi produzido no estilo bizantino em madeira sobre um fundo dourado.
Na época em que a obra foi executada, durante o Império Romano, os artistas utilizavam o ouro ou simplesmente sua cor para retratar apenas as grandes personalidades.
Segundo a tradição o quadro foi pintado por um artista até hoje desconhecido que, por sua vez, inspirou-se em uma pintura atribuída a São Lucas.
O ícone é rico em detalhes e a cada um deles é atribuído um significado, uma simbologia, uma mensagem.

Eis alguns desses detalhes:
1. Abreviação grega de “Mãe de Deus”.
2. Estrela no véu de Maria, a Estrela que nos guia no mar da vida até o porto da salvação.
3. Abreviatura de “Arcanjo São Miguel”.
4. Coroa de Ouro – O quadro original foi coroado em 1867 em agradecimento dos muitos milagres feitos por Nossa Senhora em se título preferido “Perpétuo Socorro”.
5. Abreviatura de “Arcanjo São Gabriel”.
6. São Miguel apresenta a lança, a vara com a esponja e o cálice das amarguras.
7. A boca de Maria é pequenina, para guardar silêncio, e evitar as palavras inúteis.
8. São Gabriel com a cruz e os cravos, instrumentos da morte de Jesus.
9. Os olhos de Maria, grandes, voltados sempre para nós, a fim de ver todas as nossas necessidades.
10. Túnica vermelha, distintivo das virgens no tempo de Nossa Senhora.
11. Abreviação de “Jesus Cristo”.
12. As mãos de Jesus apoiadas na mão de Maria, significando que por elas nos vêm todas as graças.
13. Manto azul, emblema das mães naquela época. Maria é a Virgem – Mãe de Deus.
14. A mão esquerda de Maria sustentando Jesus – a mão do consolo que Maria estende a todos que a ela recorrem nas lutas da vida.
15. A sandália desatada – símbolo talvez de um pecador preso ainda a Jesus por um fio – o último – a devoção a Nossa Senhora.

O fundo do quadro é de ouro, dele esplendem reflexos cambiantes, matizando as roupas e simbolizando a glória do paraíso para onde iremos, levados pelo perpétuo socorro de Maria.
Assustado pela aparição dos dois anjos, mostrando-lhe os instrumentos de sua morte, Jesus corre para os braços de sua Mãe, e com tanta pressa que desamarrou-se o cordão da sandália… Nossa Senhora abriga-o com ternura e o Menino Jesus sente-se seguro nos braços de sua Mãe. O olhar de Nossa Senhora não se dirige ao menino, mas a nós – apelando para os homens evitarem o pecado, causa do susto e da morte de Jesus. As mãos de Jesus estão na mão de Maria para lembrar que Ela é a Medianeira de todas as graças.
Por Emílio Portugal Coutinho

30/06 – Santos Protomártires da Igreja de Roma

Hoje nossa Igreja tem a celebração introduzida pelo novo calendário romano universal se refere aos Primeiros Mártires da Igreja de Roma, vítimas da perseguição de Nero, logo após o incêndio de Roma, acontecido no dia 19 de julho do ano 64. A culpa do incêndio de Roma recaiu sobre os cristãos, os quais foram cruelmente martirizados. Naquele tempo em Roma, ao lado da comunidade judaica, vivia a pequena e pacífica comunidade dos cristãos. Sobre estes pouco conhecidos, circulavam notícias caluniosas. Nero descarregou sobre eles, condenando-os a cruéis sacrifícios, as acusações feitas a ele. Nero teve a responsabilidade de haver dado início à absurda hostilidade do povo romano, que na verdade era muito tolerante em matéria de religião, em relação aos cristãos: a ferocidade com a qual atingiu os presumíveis incendiários não encontra justificação nem só supremo interesse do império. A perseguição de Nero não se limitou àquele ano fatal de 64, mas se prolongou até 67. Nos mais ilustres mártires no circo de Nero temos: o Príncipe dos Apóstolos, crucificado, onde surgiu a basílica de São Pedro, e o Apóstolo dos Gentios, São Paulo, decapitado nas Águas Salvianas e sepultado na via Ostiense. Ao celebrarmos nesta festividade conjunta dos dois Apóstolos, o novo calendário deseja celebrar a memória dos numerosos mártires que não tiveram um lugar especial na liturgia. Deus, nosso Pai, os Santos são testemunhas da ressurreição de vosso Filho Jesus. Pela fé, mostra-nos que aqueles que crêem em vós viverão para sempre, porque sois um Deus vivo e para os vivos. Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo.

Cléofas 

29 de jun. de 2017

Papa Francisco: mensagem do Ângelus


29/06/2017 



Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco celebrou a oração mariana do Ângelus, nesta quinta-feira (29/06), com os fiéis e peregrinos congregados na Praça São Pedro, Solenidade dos Santos Pedro e Paulo.
Na alocução que precedeu a oração, o Pontífice ressaltou que “os Padres da Igreja amavam comparar os Santos Apóstolos Pedro e Paulo a duas colunas, sobre as quais se apoia a construção visível da Igreja. Eles sigilaram com o próprio sangue o testemunho de Cristo com a pregação e o serviço à comunidade cristã nascente. Este testemunho é evidenciado nas leituras bíblicas da liturgia de hoje, que indicam o motivo pelo qual a sua fé, confessada e anunciada, foi coroada com a prova suprema do martírio.”
O Livro dos Actos dos Apóstolos, prosseguiu Francisco, conta o evento da prisão e libertação de Pedro. "Ele experimentou a aversão ao Evangelho em Jerusalém onde foi preso por Herodes que tinha a intenção de apresentá-lo ao povo, mas foi salvo de forma milagrosa e pode levar a termo a sua missão evangelizadora, primeiro na Terra Santa e depois em Roma, dedicando todas as suas forças ao serviço da comunidade cristã."
Paulo também experimentou hostilidades e foi libertado pelo Senhor. Enviado por Jesus à várias cidades junto às populações pagãs, “ele, reiterou o Papa,  encontrou resistências fortes por parte dos seus correligionários e também da parte das autoridades civis. Escrevendo ao discípulo Timóteo, reflecte sobre a própria vida, o percurso missionário e também sobre as perseguições sofridas por causa do Evangelho”.
“Estas duas libertações, de Pedro e de Paulo, revelam o caminho comum dos dois Apóstolos que foram enviados por Jesus a anunciar o Evangelho em ambientes difíceis e em certos casos hostis. Ambos, com as suas vidas pessoais e eclesiais, nos mostram e nos dizem, hoje, que o Senhor está sempre ao nosso lado, caminha connosco, nunca nos abandona. Especialmente no momento da provação, Deus nos estende a mão, nos ajuda e nos liberta das ameaças dos inimigos. Devemos por isso lembrar que o nosso inimigo verdadeiro é o pecado, e o maligno nos empurra para isso.”, disse o Santo Padre. 
Segundo o Papa, “quando nos reconciliamos com Deus, especialmente no Sacramento da Penitência, recebemos a graça do perdão, somos libertados dos vínculos do mal e aliviados do peso dos nossos erros. Assim, podemos continuar o nosso percurso de anunciadores alegres e testemunhas do Evangelho, mostrando que nós recebemos, por primeiro, a misericórdia”.
“A nossa oração hoje à Virgem Maria, Rainha dos Apóstolos, é sobretudo pela Igreja que vive em Roma e por esta cidade que tem como padroeiros os Santos Pedro e Paulo. Que eles  obtenham para essa cidade o bem-estar espiritual e material. A bondade e a graça de Deus sustente todo o povo romano para que viva em fraternidade e concórdia, fazendo resplandecer a fé cristã, testemunhada com coragem pelos Santos Apóstolos Pedro e Paulo”, concluiu dizendo Francisco.
Após a oração mariana do Ângelus, o Papa Francisco recordou aos presentes a missa celebrada na Basílica Vaticana:
“Esta manhã disse, aqui na praça, celebrei a Eucaristia com os cinco cardeais criados no Consistório de ontem, e abençoei os Pálios dos Arcebispos Metropolitanos nomeados neste último ano, provenientes de vários países. Saúdo e agradeço a todos eles e também àqueles que os acompanharam nesta peregrinação. Eu os encorajei a prosseguir com alegria a sua missão ao serviço do Evangelho, em comunhão com toda a Igreja. Nesta mesma celebração, acolhi com afecto os membros da delegação que veio a Roma, em nome do Patriarca Ecuménico, o querido irmão Bartolomeu. Essa presença é sinal dos laços fraternos existentes entre as nossas Igrejas.”
A seguir, o Papa saudou as famílias, grupos paroquiais, associações e os fiéis provenientes da Itália e várias partes do mundo, sobretudo da Alemanha, Inglaterra, Bolívia, Indonésia e Catar. Saudou também os estudantes das escolas católicas de Salbris, na França, de Osijek, Croácia, e Londres. 
Saudou também os fiéis de Roma na festa dos santos padroeiros da cidade. Para essa ocasião, foi promovida a tradicional festa dos tapetes florais, realizados por vários artistas e voluntários. O Papa agradeceu esta iniciativa e recordou a festa de fogos que se realizará, esta noite, na Piazza del Popolo.

    Rádio Vaticano 

Solenidade de S. Pedro e Paulo, Padroeiros de Roma

29/06/2017




Cidade do Vaticano (RV) – A Praça São Pedro amanheceu em festa hoje, quinta-feira, dia 29 de Junho de 2017, colorida com tapetes de flores de várias confrarias e comunidades que vieram celebrar a Solenidade de São Pedro e Paulo, padroeiros de Roma e alicerces da Igreja Católica.
O Papa Francisco celebrou a missa com os 36 arcebispos metropolitanos nomeados no último ano. Na cerimónia, o Papa abençoou e entregou o pálio aos novos arcebispos. Desde 2015, esta faixa não é mais colocada pessoalmente pelo Papa nos ombros dos arcebispos; a imposição é realizada nas respectivas arquidioceses pelo Núncio Apostólico no país.
O pálio é o símbolo do serviço e da promoção da comunhão na própria Província Eclesiástica e em comunhão com a Sé Apostólica. Elaborado com lã branca, tem cerca de 5cm de largura e dois apêndices – um na frente e outro nas costas. Possui seis cruzes bordadas em lã preta.
É confeccionado pelas monjas beneditinas do Mosteiro de Santa Cecília, em Roma, utilizando a lã de dois cordeiros que são oferecidos ao Papa no dia 21 de Janeiro de cada ano na Solenidade de Santa Inês.
O pálio passou a ser usado pelos Metropolitanos a partir do século VI, tradição que perdura até aos nossos dias. Nos primeiros séculos do Cristianismo, era exclusivo dos Papas.  
A liturgia de hoje, disse Francisco, na homilia,  oferece três palavras essenciais para a vida do apóstolo: confissão, perseguição, oração.
“Quem sou Eu para ti?” é, prosseguiu o Papa, a pergunta que Jesus dirige a todos nós e, de modo particular, a nós Pastores. É a pergunta decisiva, face à qual não valem respostas de circunstância, porque está em jogo a vida: e a pergunta da vida pede uma resposta de vida”.
Daí a questão fundamental de saber se, disse o Santo Padre, somos ‘Seus’ não só por palavras, mas com os fatos e a vida:
“Somos cristãos de parlatório, que conversamos sobre como andam as coisas na Igreja e no mundo, ou apóstolos em caminho, que confessam Jesus com a vida, porque O têm no coração?” questionou Francisco advertindo que quem confessa Jesus, faz como Pedro e Paulo: segue-O até ao fim; não até um certo ponto, mas até ao fim, e segue-O pelo seu caminho, não pelos nossos caminhos.  
O Papa passou em seguida à segunda palavra: perseguições.
“Também hoje, disse, em várias partes do mundo, por vezes num clima de silêncio – e, não raro, um silêncio cúmplice –, muitos cristãos são marginalizados, caluniados, discriminados, vítimas de violências mesmo mortais, e não raro sem o devido empenho de quem poderia fazer respeitar os seus direitos sagrados”.
A terceira palavra é oração. Francisco disse:
“A vida do apóstolo, que brota da confissão e desagua na oferta, flui dia-a-dia na oração. A oração é a água indispensável que alimenta a esperança e faz crescer a confiança. A oração faz-nos sentir amados e permite-nos amar. Faz-nos avançar nos momentos escuros, porque acende a luz de Deus na escuridão da nossa vida. Na Igreja, é a oração que nos sustenta a todos e nos faz superar as provações.  
Afirmando que “a oração é a força que nos une e sustenta, é o remédio contra o isolamento e a auto-suficiência que levam à morte espiritual”, o Papa exortou:  “Como é urgente haver hoje, na Igreja, mestres de oração, mas antes de tudo, homens e mulheres de oração, que vivem a oração!”.
Concluindo a sua homilia, Francisco assegurou aos cardeais e arcebispos que o Senhor estará perto de todos “na opção de viver para o rebanho imitando o Bom Pastor”, e saudou a delegação do Patriarcado Ecumênico enviada pelo, disse, “querido Irmão Bartolomeu” em sinal de comunhão apostólica.

Rádio Vaticano 

29/06 – São Pedro e São Paulo

A solenidade de São Pedro e de São Paulo é uma das mais antigas da Igreja, sendo anterior até mesmo à comemoração do Natal. Já no século IV havia a tradição de, neste dia, celebrar três missas: a primeira na basílica de São Pedro, no Vaticano; a segunda na basílica de São Paulo Fora dos Muros e a terceira nas catacumbas de São Sebastião, onde as relíquias dos apóstolos ficaram escondidas para fugir da profanação nos tempos difíceis. E mais: depois da Virgem Santíssima e de São João Batista, Pedro e Paulo são os santos que têm mais datas comemorativas no ano litúrgico. Além do tradicional 29 de junho, há: 25 de janeiro, quando celebramos a conversão de São Paulo; 22 de fevereiro, quando temos a festa da cátedra de São Pedro; e 18 de novembro, reservado à dedicação das basílicas de São Pedro e São Paulo. Antigamente, julgava-se que o martírio dos dois apóstolos tinha ocorrido no mesmo dia e ano e que seria a data que hoje comemoramos. Porém o martírio de ambos deve ter ocorrido em ocasiões diferentes, com são Pedro, crucificado de cabeça para baixo, na colina Vaticana e são Paulo, decapitado, nas chamadas Três Fontes. Mas não há certeza quanto ao dia, nem quanto ao ano desses martírios. A morte de Pedro poderia ter ocorrido em 64, ano em que milhares de cristãos foram sacrificados após o incêndio de Roma, enquanto a de Paulo, no ano 67. Mas com certeza o martírio deles aconteceu em Roma, durante a perseguição de Nero. Há outras raízes ainda envolvendo a data. A festa seria a cristianização de um culto pagão a Remo e Rômulo, os mitológicos fundadores pagãos de Roma. São Pedro e São Paulo não fundaram a cidade, mas são considerados os “Pais de Roma”. Embora não tenham sido os primeiros a pregar na capital do império, com seu sangue “fundaram” a Roma cristã. Os dois são considerados os pilares que sustentam a Igreja tanto por sua fé e pregação como pelo ardor e zelo missionários, sendo glorificados com a coroa do martírio, no final, como testemunhas do Mestre. São Pedro é o apóstolo que Jesus Cristo escolheu e investiu da dignidade de ser o primeiro papa da Igreja. A ele Jesus disse: “Tu és Pedro e sobre esta pedra fundarei a minha Igreja”. São Pedro é o pastor do rebanho santo, é na sua pessoa e nos seus sucessores que temos o sinal visível da unidade e da comunhão na fé e na caridade. São Paulo, que foi arrebatado para o colégio apostólico de Jesus Cristo na estrada de Damasco, como o instrumento eleito para levar o seu nome diante dos povos, é o maior missionário de todos os tempos, o advogado dos pagãos, o “Apóstolo dos Gentios”. São Pedro e são Paulo, juntos, fizeram ressoar a mensagem do Evangelho no mundo inteiro e o farão para todo o sempre, porque assim quer o Mestre.


Cléofas 

28 de jun. de 2017

A força do cristão é o Evangelho - Papa na Audiência Geral

28/06/2017




Na manhã desta quarta-feira, o Papa Francisco recebeu em audiência, às 9 horas, na Aula Paulo VI, os delegados da Confederação Italiana dos Sindicatos dos Trabalhadores, CISL. A seguir deslocou-se à Praça de São Pedro para a Audiência Geral da semana. Cerca de 20 mil pessoas se encontravam ali para ouvir as suas palavras nesta última audiência geral antes da pausa de verão – as audiências serão retomadas no próximo mês de agosto.
Na sua catequese, Francisco falou da esperança cristã como força dos mártires. Partiu do Evangelho de São Mateus em que Jesus dá a entender aos doze apóstolos que os mandava como ovelhas para o meio dos lobos. Recomendou-lhes que fossem prudentes como as serpentes e simples como as pombas. Sereis odiados por causa de mim – disse-lhes - mas quem tiver perseverado até ao fim será salvo.
Os cristãos amam, mas nem sempre são amados. A profissão da fé acontece, em grau maior ou menor - num clima de hostilidade. E Jesus leva os seus discípulos desde o início a ter isto presente – disse o Papa, que adiantou:
 “Os cristãos são, portanto, homens e mulheres “contracorrente”. E isto, a seu ver, é normal, pois que o mundo está marcado pelo pecado que se manifesta em várias formas de egoísmos e injustiças. Quem segue Cristo caminha em direcção contrária, fiel à lógica do Reino de Deus que é a lógica da esperança e se traduz no estilo de vida baseado nas indicações de Jesus”.
E a primeira indicação é a pobreza, a humildade, o desapego das riquezas e do poder, mas sobretudo desapego de si próprio. “O cristão caminha pelas vias deste mundo com o essencial para a caminhada, mas com o coração repleto de amor. Sem foices, sem grilhões, sem armas: “como cordeiros no meio de lobos”. “
Nunca fazer uso da  violência. Para derrotar o mal, não se pode adoptar os métodos do mal. A única força do cristão é o Evangelho. Em tempos de dificuldades, é preciso acreditar que Jesus está perante nós, e não cessa de acompanhar os seus discípulos”
O Papa continuou dizendo que a perseguição não está em contradição com o Evangelho, pois que se perseguiram Jesus, como podemos esperar que não o façam também connosco. Mas – recomendou - nunca desesperar, porque Deus vê e, seguramente protege e resgata.
Os cristãos devem, por isso, estar sempre do lado oposto de quem pratica injustiças, oprime os outros, age de forma mafiosa, tece tramas obscuras, faz lucro na pele dos desesperados… Os cristãos não podem ser “perseguidores, mas perseguidos, não arrogantes, mas simples, não vendedores de fumo, mas submetidos à verdade, não impostores, mas honestos. “
Esta fidelidade ao estilo de Jesus” – que é um estilo de esperança – continuou Francisco  - foi designado pelos primeiros cristãos com o belo nome de “martírio” que significa “testemunho”, um nome que perfuma de discipulado. Com efeito, os mártires não vivem, nem aceitam os sofrimentos em nome próprio, mas por fidelidade ao Evangelho.
Mas o martírio – advertiu o Papa – não é o ideal supremo da vida cristã, pois acima dele está a caridade, como aliás recorda São Paulo no hino à caridade:
“Mesmo que eu desse em pasto todos os meus bens e entregasse o meu corpo para me vangloriar, mas não praticasse a caridade, de não serviria.”
Repugna aos cristãos a ideia de que aqueles que provocam atendados suicidas possam ser chamados “mártires”: não há nada nos seus objectivos que possa ser comparado com as atitudes dos filhos de Deus.
O Papa disse ainda que lendo as histórias de tantos mártires de ontem e de hoje – que são mais numerosos do que os mártires dos primeiros tempos – ficamos admirados perante a força com que enfrentaram as provações.
“Esta força é sinal da grande esperança que os animava: a esperança certa de que nada e ninguém os podia separar do amor de Deus que nos foi dada em Jesus Cristo.
E Francisco concluiu pedindo a Deus para nos dar sempre a força de sermos seus testemunhos e nos permita viver na esperança cristã, sobretudo no martírio escondido de fazer bem e com amor os nossos deveres de cada dia. 
(DA)


Rádio Vaticano 

Papa aos Ortodoxos: Pedro e Paulo sinal de unidade na diversidade

27/06/2017




“Muito obrigado por terem vindo aqui, na festa dos Santos Pedro e André, Padroeiros principais clientes desta Igreja de Roma; sois bem-vindos. Agradeço de coração a Sua Santidade o Patriarca Ecumênico Bartolomeu e o Santo Sínodo, por terem enviado a vós, queridos irmãos, como seus representantes, para partilhar connosco a alegria desta festa”.
Com estas palavras Francisco recebeu em audiência, na manhã desta terça-feira (27/06), a delegação do Patriarcado Ecumênico de Constantinopla. No seu discurso Francisco salientou as figuras de Pedro e Paulo, discípulos e apóstolos de Jesus Cristo que serviram ao Senhor, disse,  com estilos diferentes e de maneira diferente e no entanto, apesar de suas diferenças, ambos deram testemunho do amor misericordioso de Deus Pai do qual cada um deles, à sua maneira, teve profunda experiência, ao ponto de oferecer em sacrifício a própria vida, tornando-se assim sinal de unidade na diversidade.
Em seguida o Pontífice referiu-se ao intercâmbio de delegações entre a Igreja de Roma e a Igreja de Constantinopla, por ocasião das respectivas festas patronais que, disse, aumenta em nós o desejo de restabelecer plenamente a comunhão entre católicos e ortodoxos, que já antecipamos no encontro fraterno, na oração partilhada e no serviço comum ao Evangelho. E o Pontífice referiu-se à experiência do I milênio do Cristianismo como ponto de referência e inspiração para o presente:
“A experiência do primeiro milênio, em que os cristãos do Oriente e do Ocidente participavam da mesma mesa eucarística, por um lado guardando juntos as mesmas verdades da fé e por outro cultivando várias tradições teológicas, espirituais e canônicas compatíveis com o ensinamento dos Apóstolos e dos Concílios ecumênicos, é ponto de referência necessário e fonte de inspiração na busca do restabelecimento da plena comunhão nas condições actuais, uma comunhão que não seja uniformidade homologada”.
Francisco teve também a oportunidade de recordar que este ano ocorre o quinquagésimo aniversário da visita do Beato Paulo VI no Fanar em julho de 1967, e da visita do Patriarca Atenágoras em Roma, em outubro do mesmo ano. O exemplo destes Pastores corajosos nos encoraja a continuar o nosso caminho rumo à plena unidade, pois as duas visitas foram eventos que despertaram imensa alegria e entusiasmo nos fiéis das Igrejas de Roma e Constantinopla e contribuíram para fazer amadurecer a decisão de enviar delegações para as respectivas festas patronais, sublinhou o o Papa, que também acrescentou:
“Estou profundamente agradecido ao Senhor, porque também a mim Ele continua a dar oportunidade de me encontrar com o meu amado irmão Bartolomeu. Em particular, conservo uma grata e benéfica recordação do nosso recente encontro no Cairo, onde pude constatar mais uma vez a profunda consonância de visão sobre alguns desafios que tocam a vida da Igreja e o mundo contemporâneo”.
Sobre a reunião do Comité de Coordenação da Comissão Mista Internacional para o Diálogo Teológico entre a Igreja Católica e a Igreja Ortodoxa que terá lugar no próximo mês de Setembro em Leros, na Grécia, o Papa desejou que este encontro, aconteça em clima de escuta à vontade do Senhor e conscientes do caminho feito em conjunto por muitos fiéis católicos e ortodoxos em várias partes do mundo, para que seja rico de bons resultados para o futuro do diálogo teológico.
E a terminar:
“Queridos irmãos, a unidade de todos os seus discípulos foi o pedido insistente que Jesus Cristo apresentou ao Pai pouco antes da sua paixão e morte. O cumprimento desta oração está confiado a Deus, mas também passa pela nossa docilidade e obediência à sua vontade. Rezemos uns pelos outros para que o Senhor nos conceda de sermos instrumentos de comunhão e de paz, confiando na intercessão dos Santos Pedro e Paulo e de Santo André”
Também eu vos peço, por favor, que continueis a rezar por mim – concluiu Francisco. (BS)
Rádio Vaticano 

Francisco: não à gerontocracia na Igreja, sejamos sonhadores para os jovens

27/06/2017 


O Papa Francisco celebrou os seus 25 anos de ordenação episcopal com uma Missa concelebrada com os Cardeais presentes em Roma na Capela Paulina, do Vaticano. De brasileiros, estavam presentes os Cardeais João Braz de Aviz, Cláudio Hummes, Raymundo Damasceno Assis e Sérgio da Rocha.
Na sua homilia, comentando a primeira leitura, o Pontífice falou de três imperativos inseridos no diálogo entre Deus e Abraão: levantar-se, olhar e esperar. Expressões que marcam não só o caminho que Abraão deve percorrer, mas também a sua atitude interior.
Levantar-se significa não ficar parado, realizar a missão em caminho e o símbolo é a tenda. Olhar é fixar o horizonte, cuja mística consiste em estar cada vez mais distante enquanto se avança. Esperar é a força de ir avante, com o ânimo de um “escoteiro”. “A esperança não tem muros”, disse o Papa.
“O Senhor hoje nos diz o mesmo: levante-se, olhe e espere. Essa palavra de Deus vale também para nós, que temos quase a mesma a idade de Abraão”, brincou Francisco, que pediu aos Cardeais não fechem a sua vida e a sua história:
“Quem não nos quer bem, diz: ‘somos a gerontocracia da Igreja’. É uma zombaria, não sabe o que diz. Não somos gerontes, somos avós. E se não sentimos isso, devemos pedir a graça de senti-lo. Avôs para quais os netos olham e esperam de nós a experiência sobre o sentido da vida. Avôs não fechados. Para nós, ‘levante-se, olhe e espere’ se chama sonhar. Somos avôs chamados a sonhar e dar o nosso sonho à juventude de hoje, que necessita disso, porque tirarão dos nossos sonhos a força para profetizar e levar avante a sua missão.”
O Senhor, acrescentou o Papa, pede aos avôs da Igreja que tenham a vitalidade para dar aos jovens, sem se fechar, para oferecer à juventude o melhor, para levar avante a profecia e o trabalho.
“Peço ao Senhor que dê a todos nós esta graça, também para quem ainda não é avô, como o presidente do Brasil (referindo-se ao presidente da CNBB, Dom Sérgio da Rocha), que é um jovenzinho, mas você chegará lá. A graça de ser avós, a graça de sonhar e dar esse sonho aos nossos jovens, eles precisam disso.”
Antes da bênção final, o Papa Francisco agradeceu aos Cardeais “por esta oração comum neste aniversário”, pedindo o perdão pelos seus pecados e a perseverança na fé, na esperança e na caridade.
Ordenação em Buenos Aires
O Padre Jorge Mario Bergoglio soube que seria Bispo Auxiliar de Buenos Aires no 13 de maio de 1992, notícia que foi aprovada oficialmente por João Paulo II uma semana depois, no dia 20.
No dia 27 de junho daquele mesmo ano, 1992, recebeu a ordenação episcopal na Catedral de Buenos Aires das mãos do Cardeal Antonio Quarracino, então Arcebispo da capital argentina. (BS/SJ)
Rádio Vaticano 

28/06 – Santo Irineu

Santo Irineu nasceu por volta do ano 130/135, provavelmente em Esmirna, na Ásia Menor. Pacificador de nome e de fato, pois o nome “Ireneu” vem do grego e significa pacífico e pacificador, como também significa “paz”. Era chamado: Zelador do Testamento de Cristo, tendo vivido na época dilacerada por heresias que colocavam em risco a unidade da Igreja na fé. Ele aconselhou ao Papa Vítor, respeitosamente a não excomungar as Igrejas da Ásia que não queriam celebrar a Páscoa na mesma data das outras comunidades cristãs. Este homem ponderado se aproximou dos bispos das outras comunidades cristãs para o triunfo da concórdia e da unidade, sobretudo exortando que se mantivessem ancorados na tradição apostólica para combater o racionalismo gnóstico. Foi discípulo de São Policarpo – que havia conhecido pessoalmente o Aposto São João e outras testemunhas oculares de Jesus – Santo Ireneu foi sem dúvida o escritor cristão mais importante do século II. De seus escritos nos restam intactos os cinco livros do Contra os hereges, nos quais Ireneu aparece não só como o teólogo equilibrado e penetrante da Encarnação redentora, mas também como um dos pastores mais completos que serviram a Igreja. Foi para Lião onde sucedeu no ano 118, ao nonagenário bispo e mártir, São Fotino, e governou a Igreja de Lião até a morte. Foi uma verdadeira testemunha de fé num período de dura perseguição para a Igreja; seu campo de ação foi muito vasto. Sua morte ocorreu no ano 200.



Cléofas 

27 de jun. de 2017

Papa: não precisamos de horóscopos, vamos ao encontro das surpresas de Deus


26/06/2017

papa

O Papa Francisco celebrou a missa, nesta segunda-feira (26/06), na Capela da Casa Santa Marta, e sublinhou que não precisamos de horóscopos ou adivinhos para conhecer o futuro: verdadeiro cristão não é quem se instala e permanece parado, mas aquele que confia em Deus e se deixa guiar para as surpresas do Senhor.
Citando a Primeira Leitura, extraída do Livro do Géneses, Francisco reflectiu sobre Abraão, pois nele “há o estilo da vida cristã, o estilo nosso como povo”, baseado em três dimensões: o despojamento, a promessa e a bênção. “O Senhor exorta Abraão a sair do seu país, da sua pátria, da casa de seu pai”, recordou o Papa:
“O ser cristão tem sempre esta dimensão do despojamento que encontra a sua plenitude no despojamento de Jesus na Cruz. Sempre há um vai, um deixa, para dar o primeiro passo: ‘Sai da tua terra, da tua família e da casa do teu pai’. Se fizermos memória veremos que nos Evangelhos a vocação dos discípulos é um ‘vai’, ‘deixa’ e ‘vem’. Também nos profetas, não é? Pensemos a Eliseu, trabalhando a terra: ‘Deixa e vem’.”
“Os cristãos”, acrescentou o Papa, “devem ter a capacidade de serem despojados, caso contrário não são cristãos autênticos, como não são aqueles que não se deixam despojar e crucificar com Jesus. “Abraão “obedeceu pela fé”, partindo para a terra a ser recebida como herança, mas sem saber o destino preciso:
“O cristão não tem um horóscopo para ver o futuro. Não procura a necromante que tem a bola de cristal, para que leia a sua mão. Não, não. Não sabe aonde vai. Deve ser guiado. Esta é a primeira dimensão de nossa vida cristã: o despojamento. Mas, por que o despojamento? Para uma ascese parada? Não, não! Para ir em direcção a uma promessa. Esta é a segunda. Somos homens e mulheres que caminham para uma promessa, para um encontro, para algo, uma terra, diz a Abraão, que devemos receber como herança.”
No entanto, enfatizou Francisco, Abraão não edifica uma casa, mas “levanta uma tenda”, indicando que “está a caminho e confia em Deus”, portanto, constrói um altar “para adorar ao Senhor”. Então, “continuar a caminhar” é estar “sempre em caminho”:
“O caminho começa todos os dias na parte da manhã; o caminho de confiar no Senhor, o caminho aberto às surpresas do Senhor, muitas vezes não boas, muitas vezes feias – pensemos em uma doença, uma morte - mas aberto, pois eu sei que Tu me irás conduzir a um lugar seguro, a um terra que preparaste para mim; isto é, o homem em caminho, o homem que vive em uma tenda, uma tenda espiritual. Nossa alma, quando se ajeita muito, se ajeita demais, perde essa dimensão de ir em direcção da promessa e em vez de caminhar em direcção da promessa, carrega a promessa e possui a promessa. E não deve ser assim, isso não é realmente cristão”.
“Nesta semente de início da nossa família” cristã, observou o Papa, aparece outra característica, a da bênção: isto é, o cristão é um homem, uma mulher que “abençoa”, que “fala bem de Deus e fala bem dos outros” e que “é abençoado por Deus e pelos outros” para ir para frente. Este é o esquema da “nossa vida cristã”, porque todo mundo, “também” os leigos, devemos “abençoar os outros, falar bem dos outros e falar bem a Deus dos outros”. Muitas vezes, acrescenta o Pontífice, estamos acostumados “a não falar bem” do próximo, quando - explica – “a língua se move um pouco como quer”, em vez de seguir o mandamento que Deus confia ao nosso pai” Abraão, como “síntese da vida”: de caminhar, deixando-se “despojar” pelo Senhor e confiando em suas promessas, para sermos irrepreensíveis. Enfim, concluiu Francisco, a vida cristã é “tão simples”. (BS-MJ-SP)

Rádio Vaticano 

27/06 – Nossa Senhora do Perpétuo Socorro

Foi no ano de 1870 que a devoção a Nossa Senhora do Perpétuo Socorro começou a ser propagada e espalhou-se por todo o mundo. A pintura do quadro é do século XIII, no estilo bizantino. Desde o ano de 1499 é venerada na Igreja de São Mateus, que segundo contam, veio de Creta, Grécia, pelas mãos de um negociante. O quadro foi levado num oratório dos padres Agostinianos em 1812, quando o velho Santuário foi totalmente demolido. No ano de 1866, os Redentoristas obtiveram das mãos do Papa Pio IX o quadro da imagem milagrosa. O quadro de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro foi colocado na Igreja de Santo Afonso, em Roma. Ela é a Senhora da morte e a Rainha da Vida, o Auxílio de nós cristãos, nosso porto seguro quando invocamos seu auxílio com amor filial. Com um semblante melancólico, Nossa Senhora traz no braço esquerdo o Menino Jesus, ao qual o Arcanjo Gabriel apresenta quatro cravos e uma cruz. Não desprezeis as minhas súplicas, és Mãe do Filho de Deus humanado, mas dignai-vos de as ouvir propícia, e de me alcançar o que vos rogo. Amém! Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, socorrei-nos! Amém.








Via: Cléofas 

26 de jun. de 2017

Ir em missão, não é fazer turismo. Não ter medo de sofrimentos

25/06/2017

Como já hábito, também neste domingo 25 de Junho, o Papa Francisco assomou ao meio dia à Janela do Palácio Apostólico para rezar o Ângelus com os peregrinos reunidos na Praça de São Pedro e com quantos o escutavam através dos media.
A oração foi precedida duma reflexão sobre o Evangelho deste domingo, em que São Mateus fala da forma como Jesus preparou os seus discípulos para a missão ad gentes.
Ir em missão – frisou logo o Papa – "não é fazer turismo", e ser enviado por Cristo não garante sucesso aos apóstolos. Poderão encontrar dificuldades. Então, Jesus recomenda-lhes que não tenham medo das pessoas, que não tenham medo daqueles que matam o corpo, mas não têm o poder de matar a alma. Eles, os apóstolos, devem, portanto ter presente  que poderão ter que enfrentar recusas e perseguições, falências e sofrimentos.  Isto – disse Francisco – assusta um pouco, mas é a verdade!
Os discípulos são chamados a conformar a sua vida com a de Cristo que foi perseguido pelos homens, passou pela recusa, pelo abandono e pela morte na cruz – disse Francisco que acrescentou:
Não existe a missão cristã sob o signo da tranquilidade; não existe a missão cristão sob o signo da tranquilidade; as dificuldades e as tribulações fazem parte da obra de evangelização e nós somos chamados a encontrar nelas a ocasião para verificar a autenticidade da nossa fé e da nossa relação com Jesus. Devemos considerar essas dificuldades como uma possibilidade para ser ainda mais missionários e para crescer naquela confiança em Deus, nosso Pai que nunca abandona os seus filhos na hora da tempestade”.
No Evangelho deste domingo, Jesus repete três vezes aos apóstolos: “Não tenhais medo!”  Isto recorda-nos  - insistiu Francisco - que somos sempre assistidos pela solicitude amorosa do Pai.
O Papa recordou depois que também hoje “a perseguição contra os cristãos está presente
“Nós rezamos pelos nossos irmãos e irmãs que são perseguidos, e louvamos a Deus porque, não obstante isto, continuam a dar testemunho da sua fé com coragem e fidelidade
Bergoglio pediu a Deus para que o exemplo desses cristãos perseguidos nos ajude a dar, com coragem no dia-a-dia,  o nosso testemunho mesmo em situações aparentemente tranquilas.
Com efeito, uma forma de provação pode ser também a ausência de hostilidades e de tribulações. Para além de nos enviar como “cordeiros no meio de lobos”, o Senhor, mesmo no nosso tempo, nos manda como sentinelas para o meio das pessoas que não querem ser acordadas do torpor mundano, que ignoram a palavra da Verdade do Evangelho, construindo as suas próprias efémeras verdades. E se nós vamos ou vivemos nesses contextos e proclamamos a Palavra do Evangelho, isto incomoda e não nos verão de bons olhos”.
Mas em qualquer situação – sublinhou mais uma vez o Papa – Cristo continua a dizer-nos para não termos medo, uma palavra que não devemos esquecer – recomendou Francisco:  mesmo em situações de perseguição, sofrimento, tribulações – “escutemos a voz de Cristo no coração: “Não tenhais medo, não ter medo, vai para a frente!, Eu estou contigo!”
Não ter medo – continuou o Papa de quem troça de vós, de quem vos maltrata, de quem vos ignora, ou em frente vos honra,  mas atrás combate o Evangelho. “Todos os conhecemos!”  - disse – mas Jesus nunca nos deixa sós, porque somos preciosos para Ele, e Ele nos acompanha.
E o Papa concluiu a sua reflexão sobre o Evangelho deste domingo pedindo a Nossa Senhora, modelo de humilde e corajosa adesão à Palavra de Deus, para nos ajudar a compreender que no testemunho da fé, não contam os secessos, mas sim a fidelidade, a fidelidade a Cristo.
Palavras depois do Ângelus 
Após a recitação da oração das Avé Marias, o Papa exprimiu a sua proximidade em relação às populações da aldeia chinesa de Xinmo, atingida sábado de manhã por um desabamento de terreno causado por fortes chuvas.
O Papa disse que reza pelos defuntos e pelos feridos e por quantos perderam a própria casa. Pediu a Deus para que conforte as famílias e sustenha os socorristas. “Estou muito próximo de vós”, repetiu o Papa, fazendo um silencio seguido do aplauso do público.
Depois, o Papa recordou que neste domingo é proclamado beato em Vilnius, na Lituânia, o bispo Teófilo Matulionis, martirizado devido à sua fé em Cristo, em 1962, quando já tinha 90 anos.
Louvemos a Deus pelo testemunho deste árduo defensor da fé e da dignidade do homem. Saudemos com um aplauso a ele e a todos o povo lituano.”
A seguir, Francisco saudou a todos os peregrinos presentes, de Roma e não só. Evocou de modo particular o arcebispo  Maior, os Bispos, os sacerdotes e os fieis da Igreja greco-católica da Ucrânia, assim como os peregrinos da Bielorússia, que estão a comemorar os 150 anos da canonização de São Josafat. O Papa disse que se unia a eles na Missa que dali a pouco iam celebrar na Basílica de São Pedro em memória deste santo, e invocou do Senhor, para cada um deles, “a coragem do testemunho cristão e o dom da paz para a cara terra da Ucrânia.” 
Depois, uma saudação aos ministrantes de Komorow (Polónia) e outros fieis polacos, referindo-se também à peregrinação ao Santuário Mãe de Deus de Gietrzwald.
E, finalmente, uma referência aos fieis chilenos de Santiago do Chile, Rancágua e Copiapó, assim como os fieis franceses de Montpelier e da Córsica.
Não faltou uma saudação aos crismandos italianos de Tombolo e aos peregrinos da Ordem dos Mínimos de São Francisco de Paula.
A todos, o Papa desejou bom domingo e pediu que não nos esqueçamos de rezar por ele. 
(DA)
Rádio Vaticano 

26/06 – Santos João e Paulo

Existe uma Paixão que narra os feitos dos Santos João e Paulo, irmãos de sangue e de fé, decapitados secretamente em sua casa no Célio e aí sepultados, na noite de 26 de junho de 362, durante a perseguição reavivada pelo imperador Juliano, o Apóstata. João e Paulo eram dois irmãos ricos e generosos para com os pobres. Juliano, que havia planejado pôr as mãos em seus bens, que lhes tinham sido confiados por Constantina, filha de Constantino, convidou os irmãos à corte. Mas ambos rejeitaram decididamente por causa da impiedade dele. O chefe da guarda imperial. Terenciano, foi então à casa deles no Célio com a intimação de oferecerem dentro de dez dias incenso à estátua de Júpiter. Ao esgotar o décimo dia de espera, Terenciano após uma última e vã tentativa de convencê-los de idolatria, como narra a Lenda áurea,” mandou que fossem degolados secretamente e fossem sepultados em sua própria casa. “O sucessor de Juliano, o imperador Joviniano, encarregou o senador Bizante de procurar os corpos dos irmãos João e Paulo e de construir uma igreja sobre seu túmulo. Parece todavia que a perseguição de Juliano Apóstata atingiu só os cristãos do Oriente, onde Juliano residia, e não os cristãos de Roma; alguns estudiosos acham por isso que se deva antecipar o martírio dos dois irmãos de mais de meio século e colocá-lo no tempo da perseguição de Diocleciano.


Cléofas 

Natividade de São João Batista: o maior dos profetas

A natividade de  São João Batista  é  uma solenidade muito importante no ano litúrgico, porque nesse dia lembramos o maior dos profetas, com...