23 de jun. de 2017

Solenidade do Sagrado Coração de Jesus

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
(Mt 11, 25-30)

Naquele tempo, Jesus pôs-se a dizer: "Eu te louvo, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e entendidos e as revelaste aos pequeninos. Sim, Pai, porque assim foi do teu agrado. Tudo me foi entregue por meu Pai, e ninguém conhece o Filho, senão o Pai, e ninguém conhece o Pai, senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar.

Vinde a mim todos vós que estais cansados e fatigados sob o peso dos vossos fardos, e eu vos darei descanso. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração, e vós encontrareis descanso. Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve".
Tributar hoje, com toda a Santa Igreja, um culto de amor e devoção ao Sagrado Coração de Jesus não é mais do que render as devidas graças ao Filho de Deus pela caridade infinita que, representada neste símbolo natural que é o coração humano, Ele manifestou por nós ao longo de toda a sua missão redentora, "um mistério de amor [...] da parte de Cristo para com o Pai e [...] da augusta Trindade e do divino Redentor para com a humanidade inteira" (Pio XII, Encíclica "Haurietis Aquas", n. 20). Com efeito, sob a imagem expressiva deste Sacratíssimo Coração, ao qual adoramos no sentido forte da palavra, reconhecemos a insondável e superabundante capacidade que tem Nosso Senhor de amar com um amor ao mesmo tempo divino, por encontrar-se o seu Coração unido hipostaticamente ao Verbo, espiritual, como convém a Deus (cf. Jo 4, 24), e também sensível, capaz de sofrer e ser ferido por aqueles a quem ama. Assumindo, pois, um corpo físico e real, o Verbo de Deus quis para si um coração de carne "em tudo semelhante ao nosso" (Pio XII, op. cit., n. 21) que pudesse, efetivamente, palpitar de um amor tão puro e intenso que O levasse ao "escândalo" e à "loucura" (cf. 1Cor 1, 23) de oferecer-se em sacrifício — em caridoso holocausto —, a fim de levar a cabo a obra da nossa salvação.

Não apenas no Calvário, mas durante toda a sua vida na terra, o Coração Sacratíssimo de Nosso Senhor, prestando ao Pai um verdadeiro e digno culto de amor e adoração, ofereceu no altar de sua Alma puríssima todos os seus afetos, sentimentos e emoções sensíveis para ali serem incendiados pelo fogo abrasador do Espírito Santo. Ora, esta sua caridade inexaurível, que O faz arder por todos nós, espera agora ser correspondida e desagravada de toda indiferença e desprezo com que lhe "retribuímos". Para cumprirmos esse gravíssimo dever, que nos impele ainda mais nestes tempos em que o amor divino é tão esquecido quanto injuriado, recorramos hoje ao Imaculado Coração de Maria, que correspondeu plenamente à doçura que fez Deus fazer-se homem. Assim como Maria Santíssima não teve um coração próprio, pois o seu pertencia por inteiro ao Filho a quem deu a carne, assim também nós, meditando neste dia os mistérios encerrados no Coração de Cristo, entreguemos ao Senhor tudo o que somos e possuímos, para que Ele faça o nosso coração de pedra arder com o mesmo ardor que O fez entregar-se por nós.



Por Padre Paulo Ricardo
Fonte: https://padrepauloricardo.org

22 de jun. de 2017

Imagem do Sagrado Coração de Jesus - Significados e Simbolos

A imagem do Sagrado Coração de Jesus é a representação de uma revelação divina feita pelo próprio Jesus Cristo a Santa Margarida Maria Alacoque.

Em um momento de adoração ao Santíssimo Sacramento, Santa Margarida teve uma visão de Jesus, da forma como vemos nas imagens do Sagrado Coração de Jesus pedindo para que ela começasse a divulgar esta devoção, tratando-se de uma imagem de origem divina com significados profundos e maravilhosos.

O Coração fora do peito

Na imagem do Sagrado Coração de jesus, o primeiro símbolo que salta aos nossos olhos é o coração fora do peito de Jesus, que deu sua vida por todos nós. Sendo essa a maneira denos mostrar o quanto nos ama, como disse o próprio jesus “Eu amo você. Meu coração bate forte por você”. Pois o próprio Jesus disse: ‘Não há amor maior que dar a vida por quem se ama”.
A imagem do Sagrado Coração de Jesus é uma maneira dele Cristo nos mostrar seu amor infinito de maneira pessoal para cada um.’

Os espinhos

A imagem do Sagrado Coração de Jesus possui uma representação dos espinhos que cercam o coração, representando que toda vez que somos indiferentes a este amor e ao sacrifício nós machucamos este coração. Assim como um amor que não é correspondido e causa sofrimento. Mais do que causar sofrimento, ao negarmos o amor de Cristo nós pecamos, pois estamos indiferentes ao sacrifício feito por nós.

Os gestos com as mãos

Outra representação que nos chama a atenção na imagem do Sagrado Coração de Jesus são os gestos feitos com suas mãos, sendo a mão esquerda apontando para seu coração, e a mão direita nos convidando a nos aproximarmos. Com estes gestos Cristo está nos dizendo: “Olhe para o meu coração, olhe para o meu amor, por você e venha até mim”, sendo mesmo ele quem disse em Mateus 11,29: "Tomai meu jugo sobre vós e recebei minha doutrina, porque eu sou manso e humilde de coração e achareis o repouso para as vossas almas".

As chagas

As chagas de Cristo são visíveis na imagem do Sagrado Coração de Jesus, nos relembrando que ele assumiu sofrer por nós ao ser pregado na cruz, sendo mais uma forma de jesus mostrar seu grande amor por todos nós.

O manto vermelho e a túnica branca

Na imagem do Sagrado Coração de Jesus ele vem até nós vestido com uma túnica vermelha que nos lembra o amor vivo de Deus, o fogo do Espírito Santo que nos preenche por completo, porém também nos lembra mais uma vez o sangue do sofrimento de Jesus.
Já a túnica branca nos lembra sua bondade, santidade, e a pureza de coração do nosso senhor Jesus Cristo.

Fonte: http://www.nossasagradafamilia.com.br

22/06 – Santos João Fischer e Tomás More

João Fischer era inglês, chamado por Deus à vida sacerdotal. Fez uma linda caminhada acadêmica até chegar a ser Arcebispo de Rochester. Foi um homem de grande influência intelectual, cultural e religiosa a partir do seu testemunho. Ele não se vendia: diante do contexto das confusões da Reforma ele já havia se declarado contra. Também escreveu e defendeu a fé católica. Henrique VIII, por causa de um envolvimento com uma amante, quis que a Igreja declarasse nulo seu casamento. Mas, ao ser analisado pelo Bispo de Rochester, viu-se que não era o caso. Mas com insistência e imposição, Henrique VIII se “auto-declarou” chefe da Igreja da Inglaterra. Em meio às confusões religiosas e políticas, o testemunho de Fischer indicou a verdade, que nem sempre é acolhida. O Papa já havia escolhido ele para Cardeal, mas Henrique VIII o condenou à morte. E ao ser apresentado para o martírio, São João Fischer deixou claro que era pela fé da Igreja Católica e de Cristo que ele estava ali. E seu sangue foi derramado em 1535. No mesmo ano, Tomás More, pai de família e de grande influência no meio universitário, era chanceler do rei, mas não se vendeu diante do ato de supremacia de Henrique VIII. Também foi martirizado. Era leal ao rei, mas acima de tudo a Deus. Em 1535 Tomás More foi decapitado. Em meio às confusões, o testemunho faz a diferença.
Santos João Fischer e Tomás More, rogai por nós!

Cléofas 

21 de jun. de 2017

O amor de São Luiz Gonzaga à sua mãe

Conheça uma linda carta escrita pelo Santo à sua mãe no século XVI…
Considerado o “Patrono da Juventude”, São Luís Gonzaga nasceu no ano de 1568 na Corte de Castiglione. Recebeu por parte de sua mãe a formação cristã. Já seu pai o motivava a ser príncipe. Sua família tinha muitas posses mas, graças ao amor de Deus, Luís – desde cedo – deixou-se possuir por esse amor.
Com dez anos de idade, na corte, frequentando aqueles meios, dava ali testemunho do Evangelho e se consagrou a Nossa Senhora. Ali descobriu seu chamado à vida religiosa e queria ser padre. Seu pai, ao saber disso, o levava para festas mundanas, na tentativa de fazê-lo desistir de sua vocação.
Renunciou ao título e à herança paternas e aos catorze anos entrou no noviciado romano da Companhia de Jesus, sob a direção de São Roberto Belarmino, esquecendo totalmente sua origem de nobreza, escolheu para si as incumbências mais humildes, dedicando-se ao serviço dos doentes, sobretudo na epidemia que atingiu Roma no ano de 1590. São Luís Gonzaga, morreu no dia 21 de junho de 1591, tendo apenas 23 anos de idade, provavelmente tendo contraído a terrível doença. Seu corpo repousa na Igreja de Santo Inácio, em Roma.
Ele tinha uma grande afeição por sua mãe. Perceba nas linhas abaixo o quanto era grande seu amor por Deus, por ela e pela Igreja.
Segue um trecho da Carta escrita por São Luís Gonzaga à sua mãe:
Ilustríssima senhora, peço que recebas a graça do Espírito Santo e a sua perpétua consolação. Quando recebi tua carta, ainda me encontrava nesta região dos mortos. Mas agora, espero ir em breve louvar a Deus para sempre na terra dos vivos. Pensava mesmo que a esta hora já teria dado esse passo. Se é caridade, como diz São Paulo, chorar com os que choram e alegrar-se com os que se alegram (cf. Rm 12,15), é preciso, mãe ilustríssima, que te alegres profundamente porque, por teus méritos, Deus me chama à verdadeira felicidade e me dá a certeza de jamais me afastar do seu temor.
Na verdade, ilustríssima senhora, confesso-te que me perco e arrebato quando considero, na sua profundeza, a bondade divina. Ela é semelhante a um mar sem fundo nem limites, que me chama ao descanso eterno por um tão breve e pequeno trabalho; que me convida e chama ao céu para aí me dar àquele bem supremo que tão negligentemente procurei, e me promete o fruto daquelas lágrimas que tão parcamente derramei.
Por conseguinte, ilustríssima senhora, considera bem e toma cuidado em não ofender a infinita bondade de Deus. Isto aconteceria se chorasses como morto aquele que vai viver perante a face de Deus e que, com sua intercessão, poderá auxiliar-te incomparavelmente mais do que nesta vida. Esta separação não será longa; no céu nos tornaremos a ver. Lá, unidos ao autor da nossa salvação, seremos repletos das alegrias imortais, louvando-o com todas as forças da nossa alma e cantando eternamente as suas misericórdias. Se Deus toma de nós aquilo que havia emprestado, assim procede com a única intenção de colocá-lo em lugar mais seguro e fora de perigo, e nos dar aqueles bens que desejamos dele receber.
Disse tudo isto, ilustríssima senhora, para ceder ao desejo que tenho de que tu e toda a minha família considereis minha partida como um feliz benefício. Que a tua bênção materna me acompanhe na travessia deste mar, até alcançar a margem onde estão todas as minhas esperanças. Escrevo isto com alegria para dar-te a conhecer que nada me é bastante para manifestar com mais evidência o amor e a reverência que te devo, como um filho à sua mãe.
Via: Equipe da Editora Cléofas

Como era a vida espiritual de Santa Teresa de Calcutá?

Entre outras coisas, ela era sempre a primeira a chegar à capela para demonstrar a Jesus quanto o amava. 




A Madre Teresa de Calcutá era a primeira a chegar à capela de sua casa às 5h para começar o dia em oração. A Missa diária e a confissão semanal foram os elementos básicos da vida espiritual da futura santa.
Na véspera da sua canonização, a irmã Mary Prema, segunda sucessora da Beata como superiora das Missionárias da Caridade, e o postulador de sua causa, Pe. Brian Kolodiejchuk, estiveram na sexta-feira no Vaticano e revelaram vários detalhes da intensa relação de Madre Teresa com a oração.
“Na vida das religiosas, o amor de Jesus era sempre colocado em prática. Durante a oração, às 5 da manhã, ela era sempre a primeira a chegar à capela para demonstrar a Jesus quanto o amava”, explicou Irmã Prema.
“Depois da oração e da Missa, ela estava preparada para ajudar a todos. Dedicava todo o seu tempo a dar instruções às irmãs de como viver de modo prático esta experiência de espiritualidade, de abandono frente ao Senhor”, acrescentou.
“Cada vez que fracassávamos em algo, ela sempre nos exortava a continuar. Eu sempre senti esta proximidade dela, sempre nos levava cada vez mais perto de Jesus e da Virgem Maria”.
Por sua parte, o Postulador da Causa, o Pe. Brian Kolodiejchuk, expressou que “é justo que Madre Teresa seja canonizada neste Ano da Misericórdia, porque ela era consciente da misericórdia de Deus e da pobreza”.
“Este Ano nos recorda que frente a Deus todos procuramos misericórdia, somos como mendicantes que temos necessidade de amor, perdão e misericórdia”.
O sacerdote revelou que “ela se confessava regularmente pelo menos uma vez por semana”. “Não via a confissão como uma rotina, mas a importância deste encontro da misericórdia. Conhecia as debilidades humanas e devo dizer que era particularmente agradecida pelo fato de que seus pecados e debilidades pudessem ser perdoadas graças ao amor de Deus”.
Sobre a sua crise de fé, explicou que, graças à “escuridão que sofreu, começou a depender da misericórdia de Deus e, ao saber que havia experimentado esta misericórdia, era consciente de ter que dá-la aos outros”.
“Fez votos de nunca rechaçar Jesus. Compreendia o que significava a escuridão para ela”, assegurou.
Irmã Prema também falou sobre a “noite escura” ou crise de fé que a Madre Teresa sofreu durante algum tempo, assim como muitos santos. “Ela não falava desta experiência de escuridão, pelo menos para mim, mas não nos surpreende porque o amor e a profundidade deste abandono a Deus eram uma experiência muito importante e pessoal. Para ela, abandonar-se a Deus era muito importante”.
Irmã Prema acrescentou que “seu sorriso era o melhor presente para Jesus e para nós mesmas. As pessoas, ao verem este sorriso, não sentiam tristeza no coração e entendiam que dela derivava uma esperança e amor pelo Senhor”.
A respeito de como vivia sua pobreza, a superiora explicou que “era muito simples, muito atenta a não ter nada em particular, nada extra”. “Sempre era muito obediente e, quando o médico receitava alguns remédios para ela, obedecia às indicações”.
“Ela pensava que todos fomos criados para amar e ser amados” e isto “o demonstrava às pessoas”.

Papa na Audiência geral: podemos ser santos na vida de cada dia

21/06/2017 




Quarta-feira, 21 de junho: audiência com Papa Francisco na Praça de S. Pedro. Partindo da Carta aos Hebreus, caps 11 e 12, Francisco prosseguiu o ciclo das suas catequeses sobre a esperança cristã. Os santos são, para nós – sublinhou Francisco - testemunhas e companheiros de esperança mostrando-nos que a vida cristã não é um ideal inatingível; são companheiros da nossa peregrinação nesta vida; partilharam as nossas lutas e fortalecem a nossa esperança de que o ódio e a morte não têm a última palavra na existência humana.
Por isso, invocamos o auxílio dos santos nos sacramentos, disse o Papa, primeiro no dia do nosso Baptismo, quando pouco antes da unção com o óleo dos catecúmenos, o sacerdote convidou toda a assembleia a rezar pelos baptizandos invocando a intercessão dos santos:
“Essa era a primeira vez que, no curso da nossa vida, nos era doada esta companhia de irmãos e irmãs "mais velhos", que passaram pela mesma estrada, que conheceram as mesmas canseiras e vivem para sempre no abraço de Deus. A Carta aos Hebreus chama esta companhia que nos rodeia com a expressão "multidão de testemunhas”.
Os cristãos, prosseguiu Francisco, não se desesperam na luta contra o mal, porque cultivam uma incurável confiança: que as forças negativas e destrutivas não podem prevalecer, a última palavra na história do homem não é ódio, não é a morte, não é guerra, pois em cada momento da vida, nos assiste a mão de Deus e a presença discreta daqueles que nos precederam com o sinal da fé e que, pela acção do Espírito Santo, estão envolvidos nas questões dos que ainda vivem aqui.
E o Pontífice citou também o caso do matrimónio, quando dois namorados consagram o seu amor e é novamente invocada para eles a intercessão dos santos. Uma invocação, reiterou o Papa, que é fonte de confiança para os jovens que partem para a "viagem" da vida conjugal. Na verdade, para ter a coragem de dizer "para sempre", o cristão sabe que precisa da graça de Cristo e da ajuda dos santos.
“E nos momentos difíceis, devemos ter a coragem de elevar os olhos para o céu, pensando em muitos cristãos que passaram pela tribulação, e conservaram brancas as suas vestes baptismais, lavando-as no sangue do Cordeiro”.
Deus nunca nos abandona, sublinhou ainda o Papa, sempre que precisarmos virá o seu anjo para nos levantar e infundir consolação. Também os sacerdotes conservam a memórias de uma invocação dos santos pronunciada sobre eles no momento da ordenação, quando toda a assembleia, guiada pelo Bispo, invoca a intercessão dos santos.
O candidato sabe que conta com a ajuda de todos os que estão no Paraíso para poder suportar o peso da missão que lhe é confiada, disse Francisco, acrescentando que não estamos sozinhos, e que os santos nos lembram que, apesar das nossas fraquezas, a graça de Deus é maior nas nossas vidas.
Por isso, devemos manter sempre viva a esperança de ser santos, pois este é o maior presente que podemos dar ao mundo.
“Que o Senhor nos dê a esperança de sermos santos. É o grande presente que cada um de nós pode fazer ao mundo”.
O Papa Francisco, como habitualmente, também se dirigiu aos fiéis de língua portuguesa, tendo saudado em particular os provenientes de Jundiaí, São Carlos e Santo André, convidando a todos a não ter medo mas, com a ajuda dos que já estão no céu, a deixar-se transformar pela graça misericordiosa de Deus:
“Saúdo cordialmente todos os peregrinos de língua portuguesa, de modo particular os fiéis de Jundiaí, São Carlos e Santo André. Queridos amigos, o mundo precisa de santos e todos nós, sem exceção, somos chamados à santidade. Não tenhamos medo! Com a ajuda daqueles que já estão no céu, deixemo-nos transformar pela graça misericordiosa de Deus que é mais forte do que qualquer pecado. E que Ele sempre vos abençoe!”
Nas saudações ao grupo de língua italiana o Papa acolheu cordialmente os diáconos do Pontifício Colégio Urbano da Propaganda Fide, as Clarissas Franciscanas Missionárias do SS. Sacramento e os missionários de Scheut, por ocasião dos respectivos Capítulos gerais, exortando-os a viver a missão com os olhos atentos às periferias humanas e existenciais.
Uma cordial saudação também para a comunidade Amor e Liberdade, que o Papa encorajou a apoiar pelos seus esforços em favor da educação dos jovens na República Democrática do Congo. E sobre o Dia do Refugiado que ontem se celebrou o Papa acrescentou:
“Por ocasião do Dia Mundial do Refugiado, que a comunidade internacional comemorou ontem, na segunda-feira passada eu quis encontrar uma representação de refugiados que são hospedados pelas paróquias e instituições religiosas de Roma. Queria aproveitar esta ocasião do Dia de ontem para exprimir o meu sincero apreço pela campanha para a nova lei migratória: "Eu era estrangeiro – A Humanidade que faz bom", que conta com o apoio oficial da Caritas italiana, a Fundação Migrantes e de outras organizações católica”
E por último, uma cordial saudação aos jovens, os doentes e os recém-casados, a quem o Papa convidou a participar na Eucaristia para que, alimentados por Cristo, sejam famílias cristãs tocadas pelo amor do Coração divino de Cristo. E a concluir o Papa recordou próxima sexta-feira é a Solenidade do Sacratíssimo Coração de Jesus, o dia em que a Igreja apoia com a oração e afecto todos os sacerdotes.
Pai Nosso …
O Papa Francisco a todos deu a sua bênção.
Rádio Vaticano 

21/06 – São Luís Gonzaga

São Luís Gonzaga, nasceu no dia 09 de março de 1568, em Mântua, Itália. Seu pai, Ferrante Gonzaga, marquês de Castiglione delle Stiviere e irmão do duque de mântua, gostaria que seu primogênito, seguisse seus passos de soldado e comandante no exército imperial. Com apenas 5 anos de idade, ele já vestia uma couraça, com escudo, capacete, cinturão e espada e marchava atrás do exército do pai, aprendendo o uso das armas com os rudes soldados. Recebeu educação esmerada e frequentou os ambientes mais sofisticados da alta nobreza italiana: Corte dos Médici, em Florença; Corte de Mântua; Corte de Habsburgos, em Madri. Mas aquele menino daria fama à família Gonzaga com armas totalmente diferentes e quando foi enviado a Florença na qualidade de pajem do grão-duque da Toscana, aos dez anos de idade, Luís imprimiu em sua própria vida uma direção bem definida, voltando-se à perpétua virgindade. Em sua viagem para a Espanha, onde ficou alguns anos como pajem do Infante Dom Diego, serviu-lhe para estudo da filosofia na universidade de Alcalá de Henares e a leitura de livros devotos. Após ter recebido a primeira comunhão das mãos de São Carlos Borromeu, decidiu para surpresa de todos, pela vida religiosa, entrando para a Companhia de Jesus, derrubando por terra os interesses nele depositados pelo seu pai, que o despachou para as cortes de Ferrara, Parma e Turim. Mais tarde, São Luís Gonzaga escreveu: “Também os príncipes são pó como os pobres: talvez, cinzas mais fedidas”. Renunciou ao título e à herança paternas e aos catorze anos entrou no noviciado romano da Companhia de Jesus, sob a direção de São Roberto Belarmino, esquecendo totalmente sua origem de nobreza, escolheu para si as incumbências mais humildes, dedicando-se ao serviço dos doentes, sobretudo na epidemia que atingiu Roma no ano de 1590. São Luís Gonzaga, morreu no dia 21 de junho de 1591, tendo apenas 23 anos de idade, provavelmente tendo contraído a terrível doença. São Luís Gonzaga é considerado “Patrono da Juventude”, e seu corpo repousa na Igreja de Santo Inácio, em Roma.


Cléofas 

Papa na audiência exprime apreço pela campanha para a lei migratória

21/06/2017


Um novo apelo para os migrantes fê-lo o Papa Francisco, nesta quarta-feira (21/06), durante a audiência geral quando manifestou o seu apreço pela campanha para a nova lei migratória “Era estrangeiro – a humanidade que faz bem”, apoiada pela Caritas Italiana, a Fundação Migrantes e outras instituições católicas. Eis, a propósito, as palavras de Francisco durante a audiência geral:


alidade é que em cada três segundos uma pessoa foge de sua casa por causa de guerras, violência ou perseguição.
Um número enorme de pessoas precisam de protecção. As estimativas divulgadas no Dia Mundial do Refugiado falam de pessoas em fuga de um mundo marcado por violência e guerra, com as crianças que representam a metade dos refugiados e com a Síria, Colômbia e Sudão do Sul a serem os países de origem da maior parte dos refugiados.
O número de refugiados no mundo, 22 milhões e 500 mil, tornou-se o mais elevado registrado até agora. Os deslocados dentro do próprio país subiram para 40 milhões e 300 mil, o número de requerentes de asilo no mundo foi de 2 milhões e 800 mil. Os sem nacionalidade ou apátridas são cerca de 10 milhões de pessoas.
Não obstante esses dados, o secretário-geral da ONU, António Guterres, afirmou que os refugiados “nunca perderam os sonhos para seus filhos” ou a vontade de melhorar o mundo. O chefe das Nações Unidas disse que “nunca houve tantas pessoas como agora vivendo o pesadelo de fugir de guerras, desastres naturais ou perseguição”.
Segundo ele, as histórias dessas pessoas são de partir o coração, incluem dificuldades, separação e morte.
Ao mesmo tempo, Guterres afirmou que os refugiados pedem muito pouco em troca, querem apenas o apoio da comunidade internacional neste momento de maior necessidade e também solidariedade. Para o secretário-geral, “é inspirador ver que os países que têm menos recursos são os que mais ajudam os refugiados”. (BS)

Rádio Vaticano 

20 de jun. de 2017

Você sabe o que significam JHS e IHS?

O monograma IHS está em várias partes: escudos, altares, toalhas de mesa, portas de sacrários e até inscrito na hóstia. Também aparece o JHS, que tem a mesma denotação.
Mas qual é o significado dessas letras?
O monograma IHS é a transcrição do nome abreviado de Jesus em grego, Ιησούς (em maiúsculas, ΙΗΣΟΥΣ). O “J” corresponde à pronúncia do “I” na antiguidade, assim como o “V” era empregado como “U”.
As letras já deram lugar a várias interpretações. A única aceita é a abreviação da frase em latim: “Iesus Hominum Salvator” (Jesus Salvador dos Homens).
Algumas pessoas interpretam erroneamente as três letras como “Jesus Homem Salvador” ou “Jesus Hóstia Santa”.
O monograma foi adotado por Santo Inácio de Loyola, fundador da Companhia de Jesus, como emblema dos jesuítas. O papa Francisco, membro dos jesuítas, tem este monograma em seu escudo episcopal.
Retirado de Aleteia

Papa: Don Mazzolari nos exorta a ser Igreja dos pobres, buscando os distantes

20/06/2017



Tem lugar nesta terça-feira a peregrinação do Papa Francisco ao túmulo de dom Primo Mazzolari, em Bozzolo e, em seguida, de don Lorenzo Milani, em Barbiana. A Igreja nunca mais ignore pastores como don Primo Mazzolari, sacerdote "incómodo", porque era próximo dos pobres e sempre em busca dos "distantes", disse Francisco em Bozzolo, na igreja paroquial de San Pedro, em que foi  pároco don Mazzolari, e onde o Papa se deteve para rezar no túmulo deste sacerdote de Cremona. Hoje, disse na sua saudação o bispo de Cremona, Dom Antonio Napolioni, sentimos aqui  o "mesmo perfume do Evangelho" que se respirava com don Mazzolari. Em seguida, o prelado anunciou o início do processo de beatificação de don Primo, em 18 de setembro.
O Papa Francisco, no seu apaixonado discurso sobre don Primo Mazzolari, reconheceu antes de tudo que os traços deixados por sacerdotes como don Mazzolari são "luminosos", "embora incómodos " e reiterou que "os párocos", quando “são o rosto de um clero não-clerical",  são "a força da Igreja na Itália". Don Primeiro, disse Francisco, foi definido o "pároco da Itália" recordando, assim as palavras de Paulo VI, que admitiu quanto era difícil "manter o passo"  a um profeta como o pároco de Bozzolo. E em seguida o Papa salientou a actualidade da sua mensagem, usando três "cenários que todos os dias enchiam" os olhos e o coração de don Mazzolari: "o rio, a quinta e a planície”
"A sua palavra pregada ou escritas – disse o Papa – tirava clareza de pensamento e força persuasiva da fonte da Palavra do Deus vivo, no Evangelho" celebrado "em gestos sacramentais que ele nunca reduzia a mero ritual". Don Mazzolari, acrescentou o Papa, "nunca se protegeu do rio da vida, do sofrimento da sua gente”:
Don Mazzolari tentou mudar o mundo sem nostalgia do passado
A sua profecia, disse ainda Francisco, consistia em "ligar-se à vida das pessoas que ele enccontrava, em aproveitar qualquer possibilidade para anunciar  a misericórdia de Deus”:
"Don Mazzolari não foi um nostálgico pela Igreja do passado, mas procurou mudar a Igreja e o mundo através do amor apaixonado e a dedicação incondicional. No seu escrito "A paróquia", ele propõe um exame de consciência sobre os métodos do apostolado, convencido de que as faltas da paróquia do seu tempo eram devidas a um defeito de encarnação”.
E o Papa destacou três estradas que desviam da direcção evangélico: antes de tudo, o "deixar andar ", o "não sujar-se as mãos" olhando  o mundo através da janela. "Esta atitude deixa a consciência limpa, mas não tem nada de cristão". O segundo método errado, observou o Papa, é o do '' activismo separatista". "Todo o empenho é em criar instituições católicas", tais como bancos e cooperativas, mas se corre o risco de estar com "uma comunidade cristã elitista" que favorece "interesses e clientelas com uma etiqueta católica”. O terceiro erro, disse ainda o Pontífice, é o "sobrenaturalismo desumanizador", a tentação do espiritualismo que prefere as devoções ao apostolado.
Don Mazzolari foi o "pároco dos distantes" porque sempre os procurou com amor
Francisco falou em seguida da quinta ressaltando que, na época de Don Primo Mazzolari, era uma "família de famílias". A quinta, a casa - disse o Papa - dão-nos a ideia de Igreja que guiava  don Mazzolari". Também ele, disse Francisco, "pensava numa igreja em saída", quando dizia aos sacerdotes que "é preciso sair de casa e da Igreja, se o povo de Deus já não vem”.
"Don Mazzolari era um pároco convencido de que "os destinos do mundo amadurecem na periferia”, e fez da própria humanidade um instrumento da misericórdia de Deus, à maneira do pai da parábola evangélica, muito bem descrita no livro ‘A mais bela aventura’ . Ele foi justamente definido o "pároco dos distantes" porque sempre os amou e procurou, se preocupou não de definir sobre a mesa um método de apostolado válido para todos e para sempre, mas de propor o discernimento como via para interpretar o espírito de cada homem”.
E daí o olhar misericordioso do pároco de Bozzolo que pedia para não massacrar "os ombros das pobres pessoas". Um apelo que o Papa repetiu com firmeza, dando-o como exortação para os sacerdotes italianos e de todo o mundo. "E se, por essas aberturas, era chamado à obediência – observou Francisco - ele vivia-a de pé, como um adulto, e ao mesmo tempo de joelhos, beijando a mão do seu bispo, que nunca deixava de amar”.
A Igreja torna-se pobre, sem medo de passar por zonas de sombra
O terceiro cenário, disse Francisco, "é o da vossa grande planície", por onde precisa avançar sem medo, porque é entre as pessoas que se "encarna a misericórdia de Deus”:
"Encorajo-vos, irmãos sacerdotes, a escutar o mundo, aqueles que vivem e trabalham nele, para assumir todos os pedidos de sentido e de esperança, sem medo de atravessar desertos e zonas de  sombra. Assim, podemos tornar-nos Igreja pobre, para e com os pobres, a Igreja de Jesus. Don Primo define a existência dos pobres uma “existência incómoda” e a Igreja precisa de se converter ao reconhecimento da sua vida para amá-los assim como eles são”.
Em seguida Francisco colocou o acento no testemunho de don Mazzolari que viveu "como um sacerdote pobre, não como um pobre sacerdote". E o Papa ressaltou que "a credibilidade do anúncio passa pela simplicidade e pobreza da Igreja". Só assim se poderá  trazer de volta "a pobre gente" na sua Casa e não fazendo proselitismo, atitude que não é "cristã":
Capitalizar a lição de don Mazzolari, nunca mais ignorar pastores assim
"Sede orgulhosos – disse, pois, o Pontífice referindo-se directamente à comunidade de Bozzolo – por terdes gerado 'sacerdotes assim', e nunca vos canseis de serdes também vós sacerdotes e cristãos assim, mesmo que isso exija lutar consigo mesmo, chamando por nome as tentações que nos rodeiam, e deixando-nos curar pela ternura de Deus”:
"Se tivésseis de reconhecer que não aprendestes a lição de don Mazzolari, convido-vos hoje a recolher este tesouro. O Senhor, que sempre despertou na santa Mãe Igreja pastores e profetas segundo o seu coração, nos ajude hoje a não ignorá-los novamente. Porque eles viram muito longe, e segui-los, nos teria poupado sofrimentos e humilhações”.
E Francisco concluiu, pois, o seu discurso retomando uma oração de don Mazzolari sobre a  misericórdia de Deus: "Ninguém está fora da salvação, oh Senhor, porque ninguém está fora do teu amor, que não se espanta nem diminui pelas nossa oposições e as nossas recusas".  Depois do discurso, Francisco visitou a sacristia da paróquia, o humilde estúdio de don Mazzolari, onde lhe foram mostradas algumas lembranças e obras de don Primo, antes de deixar Bozzolo rumo a Barbiana, tendo saudado e abençoado os muitos fiéis reunidos na praça em frente da paróquia de Don Primo Mazzolari.

Rádio Vaticano 

Papa no Congresso da diocese de Roma: adolescência não è patologia

20/06/2017



"Uma cultura desenraizada, uma família desenraizada é uma família sem história, sem memória, sem raízes" – disse o Papa, na tarde desta segunda-feira (19/06), no Congresso da diocese de Roma. E depois, um convite para estar ao lado dos adolescentes, recordando que esta fase da vida é um "tempo difícil", mas "não é uma patologia”
Oração em dialecto romano
O Congresso diocesano este ano é dedicado ao tema: acompanhar os pais na educação dos filhos adolescentes. E o Papa diz que "a complexidade da capital não admite sínteses redutivas", a vida das famílias e a educação dos adolescentes não pode ser levada "de ânimo leve" e, dirigindo-se às famílias, disse: "Vós viveis as tensões desta grande cidade": o trabalho, a distância dos afectos, o tempo cada vez mais limitado, o dinheiro que nunca é suficiente. Por isso, para simplificar,  "a reflexão, a oração, podeis fazê-la em ‘romanesco’ (dialecto romano), com rostos bem concretos e pensando como vos podeis ajudar entre vós  a formar os vossos filhos nesta realidade”.
Atenção à sociedade desenraizada
A cidade de Roma corre o risco do desenraizamento. Francisco fala do "fenómeno crescente da sociedade desenraizada". As "famílias” gradualmente vão perdendo os seus laços, aquele tecido vital assim tão importante para nos sentirmos parte uns dos outros, compartilhando com os outros um projecto comum. É a experiência de saber que 'pertencemos' aos outros (no sentido mais nobre do termo). É importante ter consciência deste clima de desenraizamento, porque pouco a pouco passa nos nossos olhares e especialmente na vida dos nossos filhos. Uma cultura desenraizada, uma família desenraizada é uma família sem história, sem memória, sem raízes, de facto”.
E assim, diz Francisco, "muitas vezes exigimos dos nossos filhos uma formação excessiva em alguns campos que consideramos importantes para o seu futuro. Nós os fazemos estudar uma quantidade de coisas, para que possam dar o 'máximo'. Mas não damos igual importância ao facto de que eles conheçam a sua terra, as suas raízes". Um convite, pois, para não marginalizar os avós.
Adolescência, fase de crescimento para os jovens
O Papa definiu a adolescência como "um tempo precioso na vida dos vossos filhos. Um tempo difícil, sim. Um tempo de mudanças e de instabilidade, sim. Uma fase que apresenta grandes riscos, sem dúvida. Mas, acima de tudo, é um tempo de crescimento para eles e para toda a família. A adolescência não é uma patologia e não podemos enfrentá-la como se fosse tal”.
Pertanto, “l’adolescenza non è una patologia che dobbiamo combattere. Fa parte della crescita normale, naturale della vita dei nostri ragazzi”. Così, i nostri ragazzi cercano di essere e vogliono sentirsi – logicamente – protagonisti”, “loro cercano in molti modi la ‘vertigine’ che li faccia sentire vivi. Dunque, diamogliela! Stimoliamo tutto quello che li aiuta a trasformare i loro sogni in progetti…. Proponiamo loro mete ampie, grandi sfide e aiutiamoli a realizzarle, a raggiungere le loro mete”.
Portanto, "a adolescência não é uma doença que devemos combater. Faz parte do crescimento normal, natural da vida dos nossos filhos".  Assim, os nossos meninos procuram ser e querem sentir-se - logicamente - protagonistas", eles procuram em muitos modos a 'vertigem' que os faz sentir vivos. Portanto, demos a eles esta ‘vertigem’! Estimulemos tudo aquilo que os ajuda a transformar os seus sonhos em projectos .... Proponhamos-lhes metas amplas, grandes desafios e ajudemo-los a realizá-los, a alcançar os seus objectivos”.

Antes da abertura do Congresso, o Papa Francisco havia encontrado algumas famílias de refugiados hóspedes de 38 paróquias romanas.
Participaram do encontro o Cardeal Agostino Vallini e o director da Caritas diocesana, Mons. Enrico Feroci, e o Pontífice fez uma saudação em relação ao Dia Mundial do Refugiado, que se celebra esta terça-feira (20/06) e às comunidades paroquiais que aderiram ao seu apelo durante o Angelus de 6 de setembro de 2015.
Diocese responde com dois programas inovadores
Naquela ocasião, o Papa exortou todas as paróquias e institutos religiosos do mundo a acolher famílias de refugiados de guerras e violências. A partir deste apelo, a Caritas de Roma promoveu dois projectos de acolhimento extensivo: “Era estrangeiro e vocês me hospedaram” e “Pró-tecto: refugiado em minha casa”, que criam oportunidades de hospitalidade de requerentes de asilo e refugiados em paróquias, institutos religiosos e famílias romanas.
O acolhimento extensivo é um novo modo de receber que se baseia no princípio de que a integração começa pela construção de redes sociais, além de relações de amizade e de solidariedade. É uma prática que permite a todos os envolvidos entrar realmente em contacto com o outro, que assim, deixa de ser ‘hóspede’ e se apresenta com suas características individuais, necessidades, aspirações e objectivos. Toda a comunidade ‘abraça’ o recém-chegado e colectivamente se encarrega do seu acompanhamento, recebendo em troca a participação activa da pessoa acolhida.
Por ocasião do Dia Mundial do Refugiado, a Caritas de Roma realizou um Dossier informativo sobre o tema abordando aspectos problemáticos menos conhecidos, como a saúde e os traumas psicológicos das vítimas de tortura, o programa de reinserção nos países europeus, especialmente dos menores não acompanhados; o cenário mundial com movimentos de populações por causa de conflitos, catástrofes e crises humanitárias. (BS/CM)
Rádio Vaticano 

20/06 – Beata Margarida Ebner

Margarida pertencia à família Ebner, muito rica e respeitada, da aristocracia alemã. Ela entrou no Mosteiro de Maria Santíssima em Medingen, da diocese de Augusta, e tinha apenas quinze anos de idade quando vestiu o hábito dominicano. Depois, de 1314 até 1326, sofreu diversas e graves enfermidades, as quais quase a levaram ao fim da vida. Mais tarde, por causa da guerra, a comunidade monástica dispersou-se e Margarida voltou para a casa paterna, na qual continuou a viver totalmente reclusa, dedicada à oração e à penitência. Quando tudo retornou ao normal, ela voltou para a clausura daquele mesmo mosteiro. Em 1332, conheceu o sacerdote Henrique Susso, hoje também santo, que logo se tornou o seu diretor espiritual. As duras provações físicas por que passou lhe proporcionaram adquirir os dons das revelações, das visões e das profecias. Tanto assim que ela escreveu em seu diário que no dia 1o de novembro de 1347 foi recebida em matrimonio espiritual por Jesus. Margarida Ebner foi, sem dúvida, a figura central do movimento espiritual alemão dos “amigos de Deus”. A sua espiritualidade segue o ano litúrgico e concentra-se na pessoa de Jesus Cristo.
O seu diário espiritual, escrito de 1312 até 1348, que chegou até os nossos dias, revela a vida humilde, devotada, caritativa e confiante em Deus de uma religiosa provada por muitas penas e doenças. Ela que viveu e morreu no amor de Deus, fiel na certeza de encontrar-se em plena comunhão com seu Filho Jesus, como sempre dizia: “Eu não posso separar-me de ti em coisa alguma”. A beleza dessa alma inocente foi toda interior. A santa humanidade de Jesus foi o divino objeto da sua constante e amorosa contemplação e nela reviveu os vários mistérios no exercício da virtude, no holocausto ininterrupto dela mesma, no sofrimento interno e externo, todo aceito e ofertado com Jesus, para Jesus e em Jesus. Margarida Ebner morreu no dia 20 de junho de 1351, no Mosteiro de Medingen, onde foi sepultada. Sem dúvida, entre os grandes místicos dominicanos do século XIV, brilha a suave figura desta religiosa de clausura que conquistou o apelido de “Imitadora Fiel da Humanidade de Jesus”. Em 1979, o papa João Paulo II ratificou o seu culto com sua beatificação, cuja festa “ad imemorabili” o mundo católico reverencia no dia do seu trânsito.

Cléofas 

19 de jun. de 2017

5 Mitos sobre a Virgem Maria que muita gente ainda acredita (talvez você também)

A Mariologia é um dos aspectos mais controversos do catolicismo para os protestantes. Infelizmente, também é um dos mais mal interpretados.

Estes são 5 mitos mais comuns sobre a Virgem Maria que muita gente ainda acredita, e talvez até você!

Mito 1: Os católicos adoram Maria

Verdade: Isto nem sequer está perto da verdade; sem dúvidas, é a acusação mais comum feita por protestantes. Na realidade, os católicos creem que Maria é uma criatura que foi salva pela graça de Jesus como o resto de nós. (Ver o mito 2)
Mas se alguém tem dúvidas disto, o Concílio Vaticano II no capítulo 8 da Lumen Gentium é bastante claro ao afirmar que “nenhuma criatura se pode equiparar ao Verbo encarnado e Redentor.”(LG 62]

Mito 2: Os católicos creem que Maria não precisou de um Salvador

Verdade: Os católicos creem que Maria foi salva pela graça de Jesus como todos os demais seres humanos. Os protestantes (ou qualquer outra pessoa) que pense o contrário, provavelmente não entendem bem o Dogma da Imaculada Conceição.
O Dogma da Imaculada Conceição diz que Maria “no primeiro instante de sua criação e infusão no corpo, foi preservada imune da mancha do pecado original”. Em consequência, a Igreja crê que ela foi redimida da maneira mais sublime”. (Ineffabilis Deus)
Em outras palavras, o fato da Virgem Maria ter sido concebida sem pecado original, e depois disso nunca ter cometido pecado, ocorreram graças a Graça de Jesus Cristo. Por isso, nas Escrituras, Maria verdadeiramente pode dizer “me alegro em Deus meu Salvador” (Lucas 1, 47).

Mito 3: A Mariologia Católica contradiz a Bíblia

Verdade: É falso dizer que a Bíblia contradiga a Mariologia Católica; na verdade, a reforça. Muito pode ser dito, mas aqui estão alguns exemplos:
Respeito a Virgindade perpétua de Maria: a Bíblia nunca disse que Maria teve outros filhos, e os “irmãos e irmãs” de Jesus são interpretados (inclusive por protestantes) como uma simples referência a parentes próximos, como primos.
Sobre a oração “Ave, Maria”:  as primeiras linhas desta oração são retiradas da Bíblia: “Ave, Maria! Cheia de graça” é a saudação do anjo Gabriel durante a anunciação; “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do seu ventre” é o que Santa Isabel, cheia do Espírito Santo, exclamou quando Maria a visitou (Lucas 1).

Mito 4: A Mariologia é uma invenção da Idade Média

Verdade: A Mariologia, como todas as áreas da teologia, se desenvolveram e amadureceram com o tempo, os protestantes podem ficar bastante surpresos se descobrirem que os Padres da Igreja viam Maria como a “Nova Eva”.

Mito 5: Maria tira a importância de Jesus

Verdade: É exatamente o contrário: a vida inteira da Virgem Maria foi render honras a Jesus.
Na Sagrada Escritura, assim que Santa Isabel, cheia do Espírito Santo, saúda Maria ao vê-la (“Bendita é tu entre as mulheres e bendito é o fruto do seu ventre. Quem sou eu para que a mãe do meu Senhor venha visitar-me?” Lc 1, 42-43), Maria imediatamente desviou a glória para Deus: “minha alma engradece e glorifica ao Senhor, meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador, porque Ele olhou para sua pobre serva”. (Lucas 1, 46-48)
A Bíblia tira a importância de Jesus ao nos contar esta história de fé? É óbvio que não! Recordar as vidas dos santos homens e mulheres que serviram a Deus pela Graça de Jesus é uma forma de honrar e amar mais a Deus. Isto acontece de maneira especial com Maria, o exemplo perfeito de fé e Mãe de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Santa Maria mãe de Deus, rogai por nós!


Fonte: http://pt.churchpop.com

Francisco: rezar o Terço traz paz à Igreja e ao mundo

19/06/2017 




Cidade do Vaticano (RV) - O Terço é um instrumento poderoso que traz paz aos nossos corações, à Igreja e ao mundo. É o que afirma o Papa Francisco em uma vídeo mensagem enviada a Dom Mario Grech, Bispo da Diocese de Gozo, Malta, por ocasião da inauguração dos mosaicos do Santuário da Virgem de Ta Pinu. Os mosaicos são três, e representam a Virgem com o Menino, São João Batista e São Paulo. As três obras foram colocadas na entrada principal do Santuário e foram feitas pelo Centro Aletti.


Em um grande “abraço de mosaicos estão esperando por você Jesus e a sua Mãe”. O Papa Francisco descreve assim a obra inaugurada no Santuário da Virgem de Ta Pinu. Uma imagem que, sublinha, “põe diante dos nossos olhos a beleza de uma oração contemplativa simples, acessível a todos, jovens e idosos: a oração do Terço”:
“Eu muitas vezes recito o Terço diante de um mosaico: um pequeno mosaico de Nossa Senhora com o Menino, onde parece que no centro está Maria, enquanto na verdade Ela, usando as suas mãos, torna-se uma espécie de escada através da qual Jesus pode descer até nós. O centro é sempre Jesus, que se abaixa para caminhar com nós homens, para que possamos subir ao céu com Ele”.
Na oração do Terço, continua o Papa na vídeo mensagem, “nós nos dirigimos à Virgem Maria, para que nos conduza sempre mais perto do seu Filho, Jesus, para conhecê-Lo e amá-Lo sempre mais”. Observou ainda que, enquanto meditamos sobre as etapas da vida de Cristo nos detemos também sobre a nossa vida “porque nós caminhamos com o Senhor”. Esta simples oração, na verdade, “ajuda-nos a contemplar tudo o que Deus em seu amor fez por nós e pela nossa salvação, e faz-nos perceber que nossa vida está unida à vida de Cristo”:
“Rezando, nós levamos tudo a Deus: os cansaços, as feridas, os medos, mas também as alegrias, os dons, os entes queridos... tudo a Deus. Rezando, nós permitimos a Deus entrar em nosso tempo,  acolher e transfigurar tudo o que vivemos. Usem frequentemente este instrumento poderoso que é a oração do Terço, porque traz a paz aos corações, às famílias, à Igreja e ao mundo”. (SP)
    Rádio Vaticano 

Natividade de São João Batista: o maior dos profetas

A natividade de  São João Batista  é  uma solenidade muito importante no ano litúrgico, porque nesse dia lembramos o maior dos profetas, com...