20 de mai. de 2017

20/5 – São Bernardino de Sena

Taquigrafadas com um método de sua invenção por um discípulo, as Prédicas populares de são Bernardino de Sena chegaram até nós com toda a naturalidade e o estilo rápido e colorido com que eram pronunciadas nas várias praças italianas. Relendo-as hoje percebe-se a atualidade dos temas entre os quais os mais freqüentes eram aqueles sobre a caridade, humildade, concórdia e justiça. Fustigava a avareza dos novos ricos, mercadores, banqueiros, usuários etc. Comparava-os a pássaros sem asas, incapazes de levantar o voo um palmo acima de suas coisas: “Eu bem sei que as coisas que tu tens, não são só tuas, mas Deus tas deu para suprir as necessidades do homem: não são do homem, mas para as necessidades do homem.” Tinhas palavras duríssimas para os que “renegam a Deus por uma cabeça de alho” e pelas “feras de garras compridas que roem os ossos dos pobres.”
Se você tem bastante coisa e não tem necessidade e não a distribui e morre você irá para a casa quente.” “Ó você que tem muito agasalho mais do que tem a cebola, recubra a carne do pobre, quando o vê tão maltrapilho e nu, pois a carne dele e a sua são a mesma carne.” Recorria a exemplos familiares como o da cebola conservada com as folhas juntas para inculcar a necessidade da união e da concórdia. Até depois de sua morte, na cidade de Áquila em 1444, são Bernardino continuou a sua obra de pacificação.
De fato chegou moribundo a esta cidade e não pôde fazer o curso de prédicas que tinha programado. Persistindo a luta entre as facções, seu corpo dentro do caixão começou a sangrar como uma fonte e o fluxo parou somente quando os cidadãos de Áquila se reconciliaram. Em reconhecimento foi decretada a construção de um magnífico monumento sepulcral realizado depois por Silvestre di Giacomo. São Bernardino, canonizado em 1450, isto é somente seis anos após a morte, tinha nascido em 1380 em Massa Marítima da nobre família senense dos Albozzeschi. Ficou órfão de pai e mãe ainda muito jovem e foi criado em Sena por duas tias. Frequentou a universidade de Sena até aos 22 anos, quando abandonou a vida mundana para vestir o hábito franciscano. Dentro da Ordem tornou-se um dos principais propugnadores da reforma dos franciscanos observantes. Arauto da devoção ao nome de Jesus, fazia incidir o monograma “JHS” sobre tabuinhas de madeira que dava para o povo beijar no fim do discurso. São Bernardino é o patrono dos publicitários italianos.


Cléofas 

19 de mai. de 2017

Sou o Papa Francisco! Posso entrar para abençoar sua casa?


19/05/2017

Já pensou em receber uma visita tão ilustre quanto essa?

O Papa Francisco deu continuidade à inciativa “Sextas-feiras da Misericórdia”, um programa que começou no Jubileu (2015-2016) e tem o objetivo de colocar em prática as obras de misericórdia corporais e espirituais.
“Perdão pelo incômodo. Pelo menos respeitei o silêncio do horário da sesta, né?”, brincou o papa, referindo-se ao aviso escrito nas portas dos apartamentos que ele visitou, que pede silêncio aos moradores e visitantes, a fim de manter a convivência saudável e evitar transtorno entre os condôminos.
O pároco de Stella Maris, uma das seis paróquias de Ostia (arredores de Roma) tinha avisado que iria abençoar as casas de um conjunto residencial popular, onde vivem pensionistas e pessoas que não podem pagar aluguel. Estes moradores pedem ajuda à prefeitura, que lhes oferece uma casa, de acordo com o preenchimento de alguns requisitos.
As famílias sabiam que, na sexta-feira à tarde, receberiam a visita do padre, durante a tradicional bênção de Páscoa. Mas tiveram uma grande surpresa: quem tocou a campanhia no lugar do pároco foi ele, o próprio papa Francisco.
Bergoglio sempre comentou com seus amigos e conhecidos que ele nasceu para ser padre. Pois, dessa forma, ele passeou pelo bairro inteiro como “pároco” e se entreteve com 12 famílias. Todas elas receberam um terço de presente do pontífice.
Ostia tem mais de 100.000 habitantes e é uma região da capital que vive o contrates do bem-estar e da marginalidade e pobreza. As paróquias proporcionam às pessoas mais vulneráveis a chance de fazerem parte de uma verdadeira comunidade.

Via : Aleteia 

O que Deus pode mandando, a Virgem o pode rogando

Mais vale perante Deus um único suspiro de Maria, que as orações de todos os santos reunidos.



Por S. Afonso Maria de Ligório — É certo, em suma, que não há criatura alguma que obter nos possa tantas misericórdias, como esta boa advogada. Não só Deus a honra como sua serva dileta, mas sobretudo como sua verdadeira Mãe, diz Guilherme de Paris: Uma só palavra de seus lábios é quanto basta para o Filho atendê-la.
À Esposa dos Cânticos, figura da Virgem Maria, diz o Senhor: "Ó tu que habitas nos jardins, os teus amigos estão atentos: Faze-me ouvir a tua voz" (8, 13). São os santos esses amigos; quando pedem alguma graça para seus devotos, esperam obtê-la pela intercessão da sua Rainha. Pois, conforme o demonstramos, graça nenhuma é dispensada sem a intercessão de Maria. E como a obtém Maria? Uma palavra é o quanto basta ao Filho. "Faze-me ouvir a tua voz!" É bem acertado o comentário de Guilherme de Paris à mencionada passagem dos Cânticos. Imagina-se ele o Filho, dizendo à sua Mãe: Ó tu que habitas nos jardins celestes, pede com toda a confiança; pois esquecer não posso que sou teu Filho e que nada devo recusar à minha Mãe. Basta-me ouvir tua voz; para o Filho é o mesmo te ouvir como te atender.
Ainda que Maria alcance as graças rogando, contudo ela roga com certo império de Mãe. Portanto, devemos estar firmemente convictos de que tudo alcança quanto pede e deseja para nós, observa Godofredo, abade. Tendo Coriolano sitiado Roma, sua cidade natal, nem todos os rogos de seus concidadãos e amigos conseguiram demovê-lo à retirada. Mas, assim que viu a seus pés sua Mãe Vetúria, relata Valério Máximo, não pôde resistir e levantou o cerco. Mas tanto mais poderosas que as de Vetúria são as súplicas de Maria junto a Jesus, quanto mais grato e amoroso é esse divino Filho para com sua cara Mãe. Mais vale perante Deus um único suspiro de Maria, que as orações de todos os santos reunidos, escreve o dominicano Justino Micoviense. O próprio demônio esconjurado por S. Domingos o confessava, por boca de um possesso, segundo narra Pacciucchelli.
Na opinião de S. Antonino, as preces de Maria, como rogos de Mãe, têm o efeito de uma ordem, sendo impossível que fiquem desatendidas. Por esta razão S. Germano, animando os pecadores para que a ela se encomendem, assim lhes fala: Vós tendes, ó Maria, para com Deus autoridade de Mãe e por isso alcançais também o perdão aos mais abjetos pecadores. Em tudo reconhece-vos o Senhor por sua verdadeira Mãe e não pode deixar de atender a cada desejo vosso. Ouviu S. Brígida como os santos do céu diziam à Virgem: Bendita Senhora, o que há que vos não seja possível? Tudo quanto quereis, se faz. Com o que condiz o célebre verso:
O que Deus pode, mandando,
Virgem, o podeis, rogando.
E, porventura, não é coisa digna da benignidade do Senhor zelar com tanto empenho a honra de sua Mãe? Não protestou ele mesmo ter vindo à terra não para abolir, senão para observar a lei? Mas, entre outras coisas, não manda essa lei honrar os pais? S. Jorge, Arcebispo de Nicomedia, acrescenta que Jesus Cristo atende a todos os pedidos de sua Mãe, como que para saldar uma dívida para com ela, que consentiu em lhe dar o ser humano. Eis aí a origem da exclamação do Pseudo-Metódio, mártir: Alegrai-vos, ó Maria, a vós coube a dita de ter por devedor aquele Filho que a todos dá, e de ninguém recebe. Somos todos devedores a Deus de quanto possuímos, pois que tudo são dons de sua bondade. Só de vós quis o próprio Deus tornar-se devedor, encarnando-se em vosso seio fazendo-se homem. — Maria mereceu dar um corpo humano ao Divino Verbo, desse modo apresentando o preço de redenção para nossas almas. Por isso mais que todas as criaturas é ela poderosa para nos ajudar e obter a salvação eterna. Sob o nome de Teófilo, Bispo de Alexandria, deixou-nos um escritor o seguinte pensamento: O Filho estima que sua Mãe lhe peça, porque quer conceder-lhe todas as graças, em recompensa do favor que ela lhe fez dando-lhe o ser humano. Dirige, por isso, S. João Damasceno estas palavras à Virgem: Sendo Mãe de Deus, ó Maria, a todos podeis salvar por vossa intercessão, a qual a autoridade de Mãe faz poderosa.
A consideração do grande e divino benefício, pelo qual temos Maria por advogada, leva S. Boaventura a exclamar, e com ele terminamos: Ó bondade certamente imensa e admirável de nosso Deus! A vós, Senhora, quis ele nos dar por advogada para que, a vosso arbítrio, tudo nos obtivesse vossa poderosa intercessão. Ó grande misericórdia do Senhor! Sua própria Mãe, Senhora da graça, no-la deu por advogada, a fim de que não fugíssemos com receio da sentença que sobre nós há de pronunciar um dia.

Da obra Glórias de Maria (I, 6), de Santo Afonso Maria de Ligório,
3. ed. Aparecida: Santuário, 1989, pp. 155-158.

Via: https://padrepauloricardo.org 

19/5 – Agostinho Novello (Bem-Aventurado)

Mateus nasceu na cidade de Termini Imerese, antiga Terano, na Sicília, Itália, próximo do ano 1240. Era filho de um alto funcionário daquela corte, e foi enviado pelos pais à universidade de Bolonha para estudar Direito civil e eclesiástico. Um dos seus companheiros de estudos foi o futuro rei Manfredi do reino da Sicília. Este quando seu pai morreu e assumiu o trono, mandou chamar o amigo para ser seu chanceler. Nessa corte, Mateus se distinguiu pela notável cultura e humildade. Em 1266, o rei Manfredi morreu num combate, e Mateus teve de fugir, mesmo ferido como estava. Sentindo o chamado de Deus, decidiu mudar de vida, mas ocultando sua origem e cultura. Foi procurar acolhida no convento dos agostinianos de Siena, no qual vestiu o hábito como um simples irmão leigo tomando o nome de Agostinho. Frei Agostinho viveu algum tempo muito feliz no convento como um pobre analfabeto e um frade sem grande inteligência.
Mas sua identidade foi descoberta quando houve necessidade de defender os direitos do convento numa demanda jurídica. O fato chegou ao conhecimento do Geral da Ordem, então Clemente de Osimo, que pediu sua transferência para a Cúria da Ordem em Roma. Alí ordenou-se sacerdote, e logo em seguida ganhou o apelido de Novello, porque à exemplo do grande Santo Agostinho na sua época, ele se distinguia pela apurada e precisa compreensão da doutrina cristã. Pouco depois foi nomeado pelo Papa Nicolau IV para o cargo de Penitente Apostólico e seu confessor particular. Cargo e função que exerceu junto aos pontífices que se seguiram: Celestino V e Bonifácio VIII. Nesse meio tempo auxiliou a Cúria Romana na elaboração das Constituições de 1290. Eleito Geral da Ordem em 1298 permaneceu no cargo dois anos, quando pediu sua renuncia. Esse notável Superior dos agostinianos se retirou para o Ermo de São Leonardo, em Siena, continuando sua vida totalmente dedicada à serviço de Deus. No Ermo, Agostinho Novello auxiliou na fundação da Ordem dos Clérigos Hospitaleiros destinados ao serviço dos doentes terminais.
Morreu com fama de santidade no dia 19 de maio de 1309, no Ermo de São Leonardo onde foi sepultado, em Siena. A fama de sua intercessão em muitos milagres deu início ao seu culto no dia de sua morte. De tal modo que suas relíquias foram transferidas para a igreja de Santo Agostinho, na cidade de Siena. Em 1759, o Papa Clemente XIII o beatificou e manteve o dia do culto ao Beato Agostinho Novello. Em 1977 as suas relíquias foram trasladadas para a igreja construída e dedicada à ele, pelos habitantes de Termini Imerese, sua cidade natal. Beato Agostinho Neovello também foi escolhido por eles para ser o seu padroeiro celestial.

Fonte: Cleofas 

18 de mai. de 2017

Papa: o amor de Jesus é sem medida, não sigamos 'amores' mundanos

18/05/2017



O amor de Jesus é sem medida, não como os amores mundanos que buscam poder e vaidade – disse o Papa Francisco durante a Missa, na manhã desta quinta-feira (18/05), na Casa Santa Marta.
“Assim como o Pai me amou, também eu vos amei”: o Pontífice desenvolveu sua homilia partindo da afirmação de Jesus, que destaca como o seu amor seja infinito. O Senhor, observou ainda, nos pede que permaneçamos no Seu amor “porque é o amor do Pai” e nos convida a observar os Seus mandamentos. Para Francisco, “certamente os Dez Mandamentos são a base, o fundamento, mas é preciso seguir todas as coisas que Jesus nos ensinou, os mandamentos da vida cotidiana”, que representam “um modo de viver cristão”.
Uma coisa é querer bem, outra é amar
A lista dos mandamentos de Jesus é muito ampla, afirmou Francisco, mas “o cerne é um: o amor do Pai por Ele o amor Dele por nós”:
“Existem outros amores. Também o mundo nos propõe outros amores: o amor ao dinheiro, por exemplo, o amor à vaidade, exibir-se, o amor ao orgulho, o amor ao poder, inclusive cometendo muitas injustiças para ter mais poder... São outros amores, este não é de Jesus e não é do Pai. Ele nos pede para permanecer no seu amor, que é o amor do Pai. Pensemos também nesses outros amores que nos afastam do amor de Jesus. E também, existem outras medidas para amar: amar pela metade, isso não é amar. Uma coisa é querer bem, outra é amar."
O amor de Deus é sem medida
“Amar – destacou – é mais do que querer bem”. Qual é, portanto, “a medida do amor”, se pergunta Francisco: “A medida do amor é amar sem medida”:
“E assim, realizando esses mandamentos que Jesus nos deixou, permaneceremos no Seu amor, que é o amor do Pai, é o mesmo. Sem medida. Sem este amor morno ou interesseiro. ‘Mas porque, Senhor, nos lembra dessas coisas?’, podemos perguntar. ‘Para que a minha alegria esteja em vocês e esta alegria seja plena’. Se o amor do Pai vai até Jesus, Jesus nos ensina o caminho do amor: o coração aberto, amar sem medida, deixando de lado outros amores”.
A missão do cristão é obedecer a Deus e doar alegria às pessoas
“O grande amor por Ele – acrescentou o Papa - é permanecer neste amo e se há alegria”; “o amor e a alegria são um dom”. Dons que devemos pedir ao Senhor:
“Pouco tempo atrás, um sacerdote foi nomeado bispo. Foi visitar seu pai, já idoso, para dar-lhe a notícia. Este homem idoso, aposentado, homem humilde, um operário durante toda a vida, não tinha frequentado a universidade, mas tinha a sabedoria da vida. Deu somente dois conselhos para o filho: ‘Obedeça e dê alegria às pessoas’. Este homem tinha entendido isso: obedeça ao amor do Pai, sem outros amores, obedeça a este dom e, depois, dê alegria às pessoas. E nós, cristãos, leigos, sacerdotes, consagrados, bispos, devemos dar alegria às pessoas. Mas por que? Por isso, pelo caminho do amor, sem qualquer interesse, somente pelo caminho do amor. A nossa missão cristã é dar alegria às pessoas."
O Papa concluiu: “Que o Senhor proteja, como pedimos nas orações, este dom de permanecer no amor de Jesus para poder dar alegria às pessoas”. 
Rádio Vaticano 

Absurdo querer amar Jesus sem a Igreja

Cristo fundou e remiu uma só Igreja, e é a ela que devem permanecer unidos todos os que se querem aproximar d’Ele.



Em uma das primeiras homilias de seu pontificado, o Papa Francisco recordou a todo o povo de Deus que "é uma dicotomia absurda querer amar Jesus sem a Igreja". A afirmação – que, na verdade, foi retirada do documento Evangelii Nuntiandi, do bem-aventurado Papa Paulo VI [1] – vai na contramão do senso mundano comum, para o qual seria preciso "mais Deus e menos religião", "mais Jesus e menos Igreja".
Protestos desse tipo são frutos de um particular ódio às instituições, que passam a ser vistas como agentes promotores de conflitos e divisões. Quando se fala de religião, o imaginário de muitas pessoas não consegue ir muito além dos noticiários de TV: a visão que se tem é a de vários grupos antagônicos e barulhentos, constantemente brigando por "dízimo" e "fiéis", mais preocupados com prestígio pessoal e crescimento financeiro que com uma verdadeira busca do Bem e da Verdade.
Entendida desse modo, religião realmente "não salva ninguém". Dizer, entretanto, que Jesus veio ao mundo para deixar que a Sua Palavra simplesmente corresse nas mãos de um sem número de pessoas, dizendo coisas vagas, absurdas e ao mesmo tempo dissonantes entre si, é algo que põe em xeque a própria credibilidade da Revelação.
Ora, não é verdade que "Deus não pode enganar-Se nem enganar-nos" (nec falli nec fallere potest) [2]? Contemplando, porém, a multidão de seitas que se multiplicam indefinidamente, todas dizendo pregar o Cristo, a que conclusão chegar senão que a Sua mensagem se desvirtuou?
A resposta está justamente na Igreja – que não é uma "pessoa jurídica" registrada em cartório, nem uma casinha de tijolos facilmente passível de ser derrubada pelo vento, mas a "Igreja una, santa, católica e apostólica", a única fundada por Jesus (cf. Mt 16, 18) e fora da qual não se pode achar a salvação:
"Todo o nervo da controvérsia entre católicos e protestantes reside numa questão fundamental, cuja solução definitiva decide o êxito da pendência multissecular. Onde se acha o verdadeiro cristianismo? Onde a Igreja genuína fundada pelo Salvador? Cristo instituiu um magistério vivo, infalível, autêntico, uma Igreja visível, hierárquica, indefectível, depositária incorruptível dos seus ensinamentos, encarregada de os transmitir, na sua pureza primitiva, às gerações de todos os tempos? Ou, pelo contrário, quis o divino Salvador que a sua doutrina, embalsamada nas letras mortas de um livro, flutuasse à mercê do arbítrio e das incertezas da interpretação individual; que, sem vínculo orgânico, sem harmonia de fé, sem unidade de moral, sem coesão de governo, se pulverizasse a sua Igreja, no decurso dos tempos, em mil seitas contraditórias – vasto acervo de pedras que mais assemelhassem a montão ruinoso de sistemas humanos que à majestade harmônica de um templo divino?

Se assim é, o protestantismo tem razão. Mas se, ao invés, é verdadeira a primeira hipótese, só a Igreja Católica, Apostólica, Romana reúne os verdadeiros caracteres da instituição divina de Cristo. Essa é a Igreja da qual está escrito que é coluna e firmamento da verdade; essa a Igreja, cujos ensinamentos e decisões deverão ser ouvidas pelos fiéis sob pena de serem considerados como pagãos e pecadores; essa a Igreja, que nas promessas divinas tem o penhor de imortalidade: contra ela não hão de prevalecer as portas do inferno, com ela estará o Salvador todos os dias até à consumação dos séculos." [3]
Unida a seu Salvador, a Igreja existe neste mundo para viver e atualizar a vida de Cristo, desde o Seu nascimento até a Sua morte na Cruz. No fim, para elevar à perfeição a semelhança entre Cristo e a Igreja, também esta ressuscitará, vivendo para sempre junto de Seu Esposo, no Céu.
Nela, de fato, tudo aponta para Cristo: o Batismo salva as pessoas e as coloca no caminho da salvação; a Eucaristia atualiza a presença do Redentor, que é oferecido diariamente para a adoração e o alimento dos fiéis; o Papa é o "vigário de Cristo" que, nos passos de São Pedro, foi constituído para ser pescador de homens (cf. Mt 4, 19); os Santos, no Céu, intercedem pelos santos da terra, que vivem neste mundo visível com os olhos fixos nas realidades invisíveis (cf. 2 Cor 4, 18) – lá onde a sua vida está escondida com Cristo, em Deus (cf. Cl 3, 3).
Quando se nega, portanto, todas essas coisas – os Sacramentos, o primado do Papa e a comunhão dos santos –, não impressiona que se parta para o abandono de Cristo.
Primeiro, porque foi Ele próprio quem disse aos Apóstolos: "Quem vos ouve, a Mim ouve; quem vos rejeita, a Mim rejeita" (Lc 10, 16), isto é, "tudo o que é dito pelos santos apóstolos deve ser aceito, porque quem os escuta, escuta a Cristo. Inevitável é, pois, a pena dos hereges, que rejeitam as palavras dos apóstolos" [4].
Segundo, porque a Igreja é o corpo místico de Cristo (cf. Cl 1, 24). Ora, como é possível amar a cabeça e desprezar o corpo? A caminho de Damasco, o temente Saulo de Tarso descobriu que a experiência com Deus está intimamente ligada à pessoa de Jesus Cristo, e esta, por sua vez, é indissociável da Igreja (cf. At 9, 4-5). Cristo está realmente presente naqueles que O amam e comungam de Seu Corpo e Sangue, na Eucaristia, como Ele mesmo prometeu: "Se alguém me ama, guardará a minha palavra; meu Pai o amará, e nós viremos e faremos nele a nossa morada" (Jo 14, 23); "Se não comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós" (Jo 6, 53).
Além disso, sem a Igreja, Jesus figuraria apenas como um homem do passado, uma personagem distante da história, com a qual a modernidade sequer precisaria ter contato. Suas histórias não passariam de algumas lendas contidas em páginas amareladas, que as pessoas às vezes escutam para se entreter umas com as outras. A missão de Nosso Senhor, porém, não admite esse tipo de tratamento. Ele realmente veio para salvar todos os homens e comprá-los, todos, com o Seu sangue derramado na Cruz. Não se limitou a ensinar algumas lições bonitas e instruir os homens de Seu tempo, mas agiu efetivamente para dar vida divina a toda a humanidade (cf. 2 Pd 1, 4) e conduzi-la ao Céu.
Para tanto, Ele mesmo instituiu os Sacramentos, através dos quais o Seu sangue redentor é aspergido sobre os seres humanos: no Batismo, eles nascem; na Confirmação, crescem; na Eucaristia, se alimentam; na Penitência, se renovam e purificam; na Unção, se fortalecem; e, na Ordem e no Matrimônio, se santificam. Por meio dessas sete "portas de salvação", pessoas de todos os tempos e lugares podem dizer que estão verdadeiramente em comunhão com Cristo, atestando o cumprimento da Sua promessa de que permaneceria com os Seus discípulos todos os dias, até o fim dos tempos (cf. Mt 28, 19-20).
A esta única Igreja Cristo se uniu; por esta única Igreja ofereceu o Seu sacrifício de amor (cf. Ef 5, 25). É, pois, também a ela que deve permanecer unido quem quer que se queira aproximar de Nosso Senhor.
Por Equipe Christo Nihil Praeponere
Fonte: https://padrepauloricardo.org

17 de mai. de 2017

18/5 – São João I – Papa

Muitas e graves, conforme o juízo dos homens, as tuas culpas de homem e de rei: avidez de possuir e de destruir, muita tolerância da ferocidade e cobiça dos teus sequazes, arrogância e impostura…”. Assim, pela boca de um anjo, João Papino apostrofa Teodorico no seu Juízo universal; apaixonada é a réplica: “Eu era o chefe de uma destas turmas de famintos nômades e toda a minha autoridade de capitão e de rei não podia transformá-la num momento num rebanho de salmistas e genuflexos… Romanos robustecidos e godos paganizados teriam de fundir-se num povo único e forte, capaz de dar novamente à Itália o primeiro lugar sobre a terra. Não foi somente minha a culpa se aquele generoso sonho ficou só um sonho.” A memória de são João I está unida ao drama político-religioso de Teodorico. Toscano de nascimento, João havia sucedido ao papa Hormisda a 15 de agosto de 523. Há quem o identifique com o João Diácono, autor de uma Epístola ad Senarium, importante pela história da liturgia batismal, porque é talvez o único documento que ateste a tradição da Igreja romana de erigir e consagrar no sábado santo sete altares e de derramar no cálice uma mistura de leite e mel. João Diácono é reconhecido também como autor do tratado A Fé Católica, transmitido pelos antigos entre as obras de Severino Boécio.
Quando o filho de Constâncio se tornou papa, há apenas cinco anos Hormisda e o imperador Justino, tio de Justiniano, tinham feito cessar o cisma entre Roma e Constantinopla, estourado em 484 pelo Henoticon do imperador Zenão, que havia tentado um impossível compromisso entre católicos e monofisitas. Como a jogada obtivera também interesses resultados políticos e os godos eram arianos, lá pelo fim de 524, Justino publicou um edito com o qual ordenava o fechamento das igrejas arianas de Constantinopla e a exclusão dos hereges de toda a função civil e militar. Teodorico então obrigou o papa João I a ir a Constantinopla para solicitar do imperador a revogação do decreto: as manifestações de atenção foram excepcionais: 15.000 saíram-lhe ao encontro com círios e cruzes e o papa presidiu as solenes funções do Natal e da Páscoa. Justino aderiu ao pedido de restituir aos arianos as igrejas confiscadas, mas insistiu na privação dos direitos dos arianos convertidos ao catolicismo que novamente se tornassem arianos. Foi o suficiente para o suspeito Teodorico mandar matar Boécio e Símaco. Lançado na prisão em Ravena, o papa João I ali morreu aos dezoito de maio de 526.

Cléofas 

Entregue suas preocupações a estes 3 santos

Eles nos ensinam a viver o pleno amor a Deus

Os escritos destes três santos sempre são um consolo e uma fonte de esperança para mim naqueles momentos em que necessito que meu espírito tome um pouco de força e volte a recuperar a fé e a confiança. Tenho que dizer que deixar tudo nas mãos de Deus, que às vezes é difícil de entender, não é nada fácil (todos sabemos), mas ler e nos alimentar do testemunho destes santos – que foram homens como nós e não tiveram uma vida fácil – nos enche de ânimo e de vontade de continuar adiante, com a certeza de que, com Deus ao nosso lado, não precisamos ter medo.
Como eles têm me ajudado (e são meus grandes amigos), apresento-os a vocês também, para que vocês possam se encontrar com eles e possam absorver um pouco das virtudes que eles têm e o amor deles para com Deus.

1.      Santa Teresinha do Menino Jesus

“Sou uma alma muito pequena, que só pode oferecer coisas muito pequenas ao Nosso Senhor”
Santa Teresinha é uma santa pequena, muito pequena, mas com um espírito enorme. No Carmelo, viveu dois mistérios: a infância de Jesus e sua paixão. Por isso, quis ser chama de Irmã Teresa do Menino Jesus.
“Sempre quis ser santa, mas, infelizmente, sempre constatei que entre os santos e eu havia a mesma diferença que existe entre uma montanha, cujo cume se perde no céu, e o grão de areia pisoteado. Ao invés de desanimar, disse para mim mesma: o bom Deus não pode inspirar desejos que não podem ser realizados, por isso eu posso, apesar de minha pequenez, aspirar à santidade; ser maior, para mim, é impossível, terei de me suportar tal como sou, com todas as minhas imperfeições. No entanto, quero buscar o meio para ir ao Céu por um caminho reto, muito breve, um pequeno caminho completamente novo. Quisera eu também encontrar um ascensorista para elevar-me até Jesus, porque sou demasiadamente pequena para subir a dura escada da perfeição”, disse a religiosa.
Aos 23 anos, ela teve tuberculose. Morreu um ano depois em seu amado Carmelo. Nos últimos momentos de sua vida, trocou correspondências com padres missionários e os acompanhou constantemente em suas orações. Por isso, Pio XII quis associá-la, em 1927, a São Francisco Xavier, como padroeira das missões.

2.     Padre Pio

“Quero ser apenas um frade que reza…”
O Padre Pio é um dos maiores místicos de nosso tempo; é amado no mundo inteiro. Ele nos ensinou a viver um amor radical ao coração de Jesus e à sua Igreja. A vida dele era de oração, sacrifício e pobreza.
Padre Pio conseguiu uma profunda união com Deus, em meio à dor e à alegria – duas experiências que sempre marcaram sua vida e que o ajudaram a compreender que o melhor era colocar sua vida nas amorosas mãos de Deus.
 “Reze, espere e não se preocupe. A preocupação é inútil. Deus é misericordioso e ouvirá sua oração… A oração é a melhor arma que temos, é a chave do coração de Deus. Você deve falar com Jesus, não somente com seus lábios, mas também com o coração. Na verdade, em umas ocasiões, deve falar somente com o coração”, expressou o padre certa vez.
Padre Pio teve uma saúde frágil, foi caluniado e exposto a grandes humilhações por causa de Cristo. Mas sempre se manteve fiel em seu amor a Deus, apesar de tudo. Foi um confessor e um conselheiro incansável, amou profundamente a Virgem e seus irmãos.
“Não atormenteis vossos corações; crede em Deus.” O beato sempre recorria a esta exortação de Cristo, e costumava repetir: “Entregai-vos plenamente ao Coração Divino de Cristo, como uma criança aos braços de sua mãe”. Que este convite penetre também em nosso espírito como fonte de paz, serenidade e alegria. Por que ter medo, se Cristo é para nós o caminho, a verdade e a vida? Por que não confiar em Deus, que é Nosso Pai? (Homilia de São João Paulo II na beatificação de Padre Pio)

3. São Rafael Arnaiz Barón

“Sou um homem feito para amar, mas não as criaturas, e, sim, a Ti, meu Deus, e a ellas em Ti”
São Rafael é um santo jovem e ainda pouco conhecido. Seu coração, desde a juventude, esteve bem disposto a ouvir Deus, que o convidada a uma consagração especial à vida contemplativa. Ele tinha conhecido a ordem religiosa de San Isidro de Dueñas e se sentiu atraído, porque achou que tinha encontrado o lugar que correspondia aos seus íntimos desejos. Assim, em 1933, interrompeu seus cursos na universidade e entrou no mosteiro de San Isidro.
Depois dos primeiros meses como noviço e da primeira Quaresma vividos com muito entusiasmo diante da austeridade da ordem, Deus quis prová-lo misteriosamente com uma diabetes aguda, que o obrigou a abandonar o mosteiro e a voltar à casa de seus pais para ser cuidado adequadamente. Ele tentou voltar várias vezes ao mosteiro, mas a doença o impedia.
Rafael foi santificado na heroica fidelidade à sua vocação, pela aceitação amorosa dos planos de Deus, do mistério da cruz, da busca pelo rosto de Deus. Ele era fascinado pela contemplação ao Absoluto, tinha terna devoção à Virgem Maria – à “Senhora”, como ele gostava de chamá-la. Faleceu na madrugada de 26 de abril de 1938, com 27 anos. Foi sepultado no cemitério do mosteiro e depois transferido para a abadia.
Você conhece outros santos que falem sobre este tema? Compartilhe conosco.

Por Luisa Restrepo
Artigo publicado por Catholic Link, traduzido e adaptado ao português

Via: Aleteia 

Papa - Cada homem é uma história de amor que Deus escreve na Terra

17/05/2017 



Nesta quarta-feira, 17 de Maio, o Papa Francisco teve, como habitualmente, a sua audiência geral na Praça de São Pedro, repleta de fiéis de várias partes do mundo. Ainda na órbita do mistério pascal – como disse – Francisco continuou a sua catequese sobre a esperança cristã. E hoje falou de Maria Madalena, Apóstola da esperança.
O Papa partiu da passagem bíblica do evangelista João que narra a conversa de Jesus com Madalena em frente do túmulo vazio. “Disse Jesus: “Mulher, porque choras? Quem é que procuras”. Ela pensando que se tratava do guarda do jardim disse-lhe: “Senhor, se o levaste embora, diz-me onde é que o puseste e eu vou busca-lo”. Jesus disse-lhe: Maria!” Maria Madalena virou-se e lhe disse em hebraico: “Rabbuni” que significa: “Mestre!”.
O Papa descreveu a seguir o contexto que levou as mulheres ao túmulo de Jesus para completar o rito fúnebre que não tinha sido terminado no dia anterior por ser sábado. E a primeira a chegar é Maria Madalena. Ela encontra o túmulo vazio e a primeira coisa que pensa é que alguém roubou o corpo de Jesus. O seu primeiro anuncio aos apóstolos é, portanto, de roubo, não de ressurreição. Mas, cabeçuda como era - disse o Papa - não se convencia disso e volta outra vez ao túmulo duplamente triste: pela morte de Cristo e pelo inexplicável desaparecimento do seu corpo. E com esta preocupação e tristeza não se dá conta de que o homem que está ali perto não é o guarda do jardim, mas sim Jesus. É só quando Jesus a chama pelo seu próprio nome é que ela se dá conta de que Cristo ressuscitou.
O Papa sublinha a beleza deste primeiro encontro do Ressuscitado de forma pessoal, alguém que nos chama por nome, que conhece os nossas aflições e anseios. Isto para dizer que em volta de Jesus havia muitas pessoas que procuravam Deus, mas que é antes de mais Deus que se preocupa da nossa vida.
“Cada ser humano é uma história de amor que Deus escreve sobre a Terra. Ele chama cada um de nós pelo próprio nome: conhece-nos por nome, olha para nós, nos espera, nos perdoa, é paciente connosco. É verdade, ou não é verdade? Cada um de nós tem esta experiencia
Os evangelhos – continuou o Papa – descrevem a felicidade de Maria Madalena ao sentir-se chamada pelo próprio nome, pois a ressurreição de Jesus não é uma alegria dada com conta-gotas: é algo que envolve profundamente. E isto é belo! – exclamou o Papa Bergoglio fazendo notar que Jesus não se adapta ao mundo, é um sonhador, sonha transformá-lo e fá-lo com o mistério da Ressurreição.
O Papa explica ainda que a vontade de Maria Madalena era abraçar o Senhor, mas Jesus tinha pressa de ir para o Pai celeste e, assim, Maria que antes de encontrar Jesus estava sob o domínio do maligno, torna-se agora a apóstola da nova e maior esperança do mundo.
E o Papa concluiu invocando a intercessão de Maria Madalena para que nos ajude a viver nós também esta experiencia:
Na hora do pranto, na hora do abandono, escutar Jesus Ressuscitado que nos chama por nome, e com o coração cheio de alegria ir anunciar: “Vi o Senhor!”. Mudei de vida porque vi o Senhor. Agora sou diferente de antes, sou uma outra pessoa. Mudei porque vi o Senhor. Esta é a nossa força e esta é a nossa esperança.”
Como sempre, depois da reflexão teológico-pastoral, o Papa dirigiu-se em italiano aos peregrinos em diversas línguas, saudando-os, saudações precedidas duma síntese da sua catequese nessas línguas: a saber: francês, inglês, espanhol, alemão, polaco, árabe e português.
De coração saúdo todos os peregrinos de língua portuguesa, particularmente os brasileiros vindos da Bahia, de Fortaleza e Brasília. Queridos amigos, o Senhor sempre está ao nosso lado, mesmo nos momentos mais escuros da nossa vida. Deixemo-nos iluminar pela presença do Senhor Ressuscitado e nos tornemos suas testemunhas no mundo. Que Deus vos abençoe”.
A finalizar, o Papa saudou de forma especial os jovens, doentes e recém-casados presentes na Praça. Hoje – disse – “celebramos a memória litúrgica de São Pasqual Bylon, padroeiro das Associações Eucarísticas. O seu amor pela Eucaristia vos indique, caros jovens, a importância da fé na presença real de Jesus. O Pão eucarístico vos ajude, caros doentes, a enfrentar com serenidade a provação e seja o nutrimento para vós, caros jovens esposos, no crescimento humano e espiritual da vossa nova família” 
(DA) 
Rádio Vaticano 

17/5 – São Pascoal Baylon

Nascido no dia de Pentecostes, 16 de maio de 1540, em Torre Hermosa no reino espanhol de Aragona e morto nas proximidades de Valência, em Villa Real a 17 de maio de 1592, dia de Pentecostes, este humilde “irmão leigo”, que não se julgou digno do sacerdócio, foi realmente “pentecostal” isto é, favorecido extraordinariamente pelos dons do Espírito Santo, entre os quais o da sabedoria infusa. Pascoal Baylon, iletrado, passou os anos de vida religiosa exercendo a modesta função de porteiro, mas é considerado o teólogo da eucaristia, não só pelas disputas que sustentou contra os calvinistas da França durante uma viagem sua a Paris, mas também por seus escritos que nos deixou, uma espécie de compêndio dos maiores tratados sobre esse assunto. Acima das doutas dissertações, a eucaristia foi o centro da sua intensa vida espiritual e mereceu ser proclamado pelo papa Leão XIII patrono das obras eucarísticas e mais tarde patrono dos congressos eucarísticos internacionais. Os seu biógrafos contam que durante as exéquias, no momento da elevação da hóstia e do cálice, o irmão já enrijecido da morte reabriu os olhos para fixar o pão e o vinha da mesa eucarística e prestar seu último testemunho de amor ao divino sacramento.
Os seus pais, muito pobres, o haviam encaminhado ao trabalho em tenra idade, mandando pastorear as ovelhas de família e mais tarde a servir de empregado de um rico criador. Longe do convívio humano e da Igreja, passava horas inteiras em oração, privando-se do pouco alimento para mortificar o próprio corpo, que seguidamente submetia flagelações. Aos dezoito anos fez o pedido de ser admitido no voncento de santa Maria de Loreto dos franciscanos reformados, mas a resposta foi claramente negativa. Ele por sua vez rejeitou uma rica herança que lhe ofereceu um grande criador daquela região, Martino Garcia. Enfim a fama da santidade e de alguns prodígios operados abriram-lhe as portas do convento, onde pôde emitir os votos religiosos a 2 de fevereiro de 1564, como “irmão leigo” pois não se julgava digno de aspirar ao sacerdócio. Enquanto apascentava o rebanho pouco distante do convento, antes de ser admitido, caía em êxtase ao som da campainha da elevação. Este impulso de devoção eucarística foi também a característica da sua vida religiosa, durante a qual acrescentou as mortificações ao corpo, debilitando-o até o limite da capacidade e da resistência. Morreu jovem, com a idade de cinqüenta anos. Vinte e seis anos depois, a vinte e nove de outubro de 1618, era proclamado bem-aventurado, e em 1690, santo.

Cléofas 

16 de mai. de 2017

Papa: a paz de Deus não se pode comprar, sem Cruz não é verdadeira paz

16/05/2017


Cidade do Vaticano (RV) - A verdadeira paz não podemos fabricá-la nós mesmos. Foi o que afirmou o Papa Francisco na Missa da manhã de terça-feira (16.05), na Casa Santa Marta. O Pontífice destacou que “uma paz sem Cruz não é a paz de Jesus” e lembrou que só o Senhor pode nos dar a paz no meio das tribulações.


“Deixo-vos a paz, dou-vos a minha paz”. Francisco desenvolveu a sua homilia, partindo das palavras de Jesus aos seus discípulos na Última Ceia. O Papa se deteve em seguida sobre o significado da paz dada pelo Senhor. A passagem dos Atos dos Apóstolos da Primeira Leitura de hoje, - destacou o Papa -, fala das muitas tribulações sofridas por Paulo e Barnabé em suas viagens para proclamar o Evangelho. “Esta é a paz que Jesus dá?”, pergunta-se o Papa. E em seguida observou que a paz que Ele dá não é aquela que o mundo dá.
O mundo quer uma paz anestesiada para não nos fazer ver a Cruz
“A paz que nos dá o mundo – comentou - é uma paz sem tribulações; oferece-nos uma paz artificial” uma paz que se reduz à “tranquilidade”. É uma paz, - disse ainda -, “que somente olha para seus próprios interesses, suas próprias certezas, que não falte nada”, um pouco como era a paz do homem rico. Uma tranquilidade que nos torna “fechados”, que não se vê “além”:
“O mundo nos ensina o caminho da paz com a anestesia: nos anestesia para não ver outra realidade da vida: a Cruz. Por isso Paulo diz que se deve entrar no Reino dos céus através do caminho com tantas tribulações. Mas se pode ter paz na tribulação? De nossa parte, não: nós não somos capazes de fazer uma paz de tranquilidade, uma paz psicológica, uma paz feita por nós porque há tribulações: há quem tenha uma dor, uma doença, uma morte ... existem. A paz que Jesus dá é um presente: é um dom do Espírito Santo. E esta paz está no meio das tribulações e segue em frente. Não é uma espécie de estoicismo, o que faz o faquir: não. É outra coisa”.
A paz de Deus não se pode comprar, sem Cruz não é verdadeira paz
A paz de Deus, - retomou o Papa - é “um dom que nos faz seguir em frente”. Jesus, depois de ter dado a paz aos discípulos, sofre no Jardim das Oliveiras e ali “oferece tudo à vontade do Pai e sofre, mas não falta o consolo de Deus”. O Evangelho, de fato, narra que “lhe apareceu um anjo do céu para consolá-lo”.
“A paz de Deus é uma paz real, que está na realidade da vida, que não nega a vida: a vida é assim. Há sofrimento, há os doentes, há tantas coisas ruins, há guerras... mas a paz de dentro, que é um dom, não se perde, mas se vai em frente carregando a Cruz e o sofrimento. Uma paz sem Cruz não é a paz de Jesus: é uma paz que se pode comprar. Podemos fabricá-la nós mesmos. Mas não é duradoura: termina”.
Peçamos a graça da paz interior, dom do Espírito Santo
Quando alguém fica com raiva, - observou Francisco -, “perde a paz”. Quando meu coração “fica turbado - acrescentou - é porque não está aberto à paz de Jesus”, porque eu não sou capaz de “levar a vida como ela vem, com as cruzes e as dores que vêm”. Em vez disso, devemos ser capazes de pedir a graça, de pedir ao Senhor a Sua paz:
“Devemos entrar no Reino de Deus através de muitas tribulações. A graça da paz, de não perder a paz interior. Um Santo dizia, falando sobre isso: 'A vida do cristão é um caminho entre as perseguições do mundo e as consolações de Deus' (Santo Agostinho, De Civitate Dei XVIII, 51 nota). O Senhor nos faça compreender como é esta paz que Ele nos dá com o Espírito Santo”. 
(SP)

Rádio Vaticano 

16/5 – São João Nepomuceno

É quase infalível encontrar o nome deste santo em todos os livros de apologética no capítulo referente às confissões. De fato, ele tem sido considerado um mártir da confissão, e os habitantes de Praga têm uma grande veneração por este santo que o rei Venceslau fez encarcerar e, depois de o torturar, mandou afogá-lo no rio Moldávia, na vigília da Ascensão de 1393. Nasceu em Pomuk, na Boêmia, em 1330; daí o seu nome de Nepomuceno; seus pais eram pobres, e estavam em idade avançada quando tiveram este filhos pela intercessão da Santíssima Virgem. Para sempre se lembrar da afeição que devia ter para com Nossa Senhora, deram-lhe o nome de João. Enviado em boa hora à escola, ali aprendeu primeiramente os responsos da missa. Desde que os soube, ia todas as manhãs à Igreja dos Cistercienses, fora da cidade, e lá servia todas as missas que se rezavam. As pessoas sábias auguravam desde então qualquer coisa de grande.
À piedade mais terna, ajuntava um espírito muito vivo. Seus pais o mandaram estudar a língua latina em Staaze, considerável cidade do país. Ai estudou humanidades, sobretudo a retórica, com maior distinção. Foi mandado para Praga, a fim de estudar teologia. Carlos IV, imperador da Alemanha e rei da Boêmia, acabava de fundar a universidade de Praga sob o modelo das de Paris, Bolonha e Pádua. Atraíra mestres hábeis de todas as partes da Europa, e os havia contratado, prometendo-lhes magníficas recompensas. A nova universidade ficou célebre desde o seu início. Para lá se dirigiu João Nepomuceno e colou grau de doutor em teologia e direito canônico. Desde os primeiros anos sentiu forte inclinação para o sacerdócio e para isso havia destinado todos os seus estudos. Não se apresentou ao bispo senão depois de ter passado um mês em retiro e purificado a alma pela oração, jejum e mortificação. Assim que recebeu a unção sacerdotal, ordenaram-lhe fizesse valer o rato talento que tinha pela pregação. A sua fama de orador sacro conduziu-o à Corte, onde ocupava os cargos de capelão e confessor. Venceslau, o rei, era um indivíduo de mau caráter.
Era dado às caçadas e possuía grande número de vícios. A imperatriz Joana, filha de Alberto da Baviera, era uma princesa ornada de todas as virtudes. Tocada pela unção que acompanhava os discursos de João Nepomuceno, escolheu-o para diretor espiritual. Tinha necessidade de tal guia em meio aos desgostos que lhe advinham da parte do imperador. Quanto aos fatos em si, que levaram são João Nepomuceno ao martírio, ainda não são bem conhecidos, e dificilmente virão a ser. Narra-se que o rei exigira dela a violação do segredo da confissão da rainha, ao que ele, como bom sacerdote, se opôs. Deste fato, porém, só se fala pela primeira vez na Crônica Imperial do ano de 1449. Ao que parece, baseado em notícias mais antigas, João teria querido defender os direitos da Igreja contra as pretensões do rei, que desejava a constituição de um novo episcopado na Boêmia. Logo que o imperador o mandou afogar nas águas do Moldávia à noite (para esconder do povo o crime), Deus tornou público o crime pelos milagres que cercaram o cadáver, envolto numa grande luz. Sucederam-se depois muitos outros milagres. Foi canonizado em 1729.

Cléofas 

Por que os católicos amam tanto Nossa Senhora?

Nós, católicos, realmente amamos muito Nossa Senhora, e temos muitas razões para isso.


Os católicos precisamos admitir: realmente, nós falamos muito de Nossa Senhora; realmente, nós rezamos muito a ela e somos (extremamente) devotos dos mistérios que envolvem a sua vida; realmente, as nossas casas estão cheias de imagens de Nossa Senhora; realmente, nós usamos todo tipo de adereços para mostrar que a amamos: terços, escapulários, broches, correntinhas, chaveiros, estampas... O que não nos faltam são sinais para demonstrarmos que, de fato, todo católico é mariano e a Igreja Católica está intimamente ligada à pessoa de Nossa Senhora.
Reconhecer isso é muito importante para mantermos um debate saudável e frutuoso com os protestantes. Quando eles nos acusam de "carregar nas tintas" com Maria, quando criticam as nossas procissões, ladainhas e novenas, quase sempre insinuando um "exagero" de nossa parte, não devemos ter medo de afirmar a nossa verdadeira identidade. Ao invés de ficarmos nos desculpando — como muitas vezes fazemos, respondendo às frases decoradas do adversário —, é preciso que estudemos com profundidade a nossa fé, para que estejamos em condições de dar a quem quer nos peça as razões de nossa devoção à Virgem Maria.
Mas voltemos ao nosso ponto inicial. Realmente, nós amamos muito Nossa Senhora. Mas isso tem uma razão de ser, que se chama Jesus Cristo. Quem quer que compreenda um pouco o mistério da pessoa de Cristo é incapaz de permanecer indiferente ou apático à Virgem Maria.
Antes de mais nada, é preciso que tenhamos em mente o que aconteceu naquele grande dia, narrado pelo Evangelho de São Lucas, quando o arcanjo Gabriel anunciou a Maria que ela seria a mãe de Jesus. Para entendermos bem o que se passou naquela data, vamos nos servir também de outros trechos das mesmas Escrituras, extraindo daí as conclusões necessárias para a nossa vida cristã.
Após a saudação, Gabriel revela a Maria algo extraordinário que irá acontecer: "Eis que conceberás e darás à luz um filho, e lhe porás o nome de Jesus" (Lc 1, 31). A frase é impressiva porque, conforme Maria dirá mais adiante (cf. Lc 1, 34), ela não conhece homem algum, é virgem. Ora, que uma virgem conceba e dê à luz um filho, já é algo extraordinário. Mas coisa ainda maior do que isso está para ser revelada.
"Ele será grande — continua o anjo — e chamar-se-á Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de seu pai Davi; e reinará eternamente na casa de Jacó, e o seu reino não terá fim" (Lc 1, 32-33). O que São Lucas evangelista condensa na expressão "Filho do Altíssimo", São João o explica com detalhes no prólogo de seu Evangelho (cf. Jo 1, 1ss): "O Verbo se fez carne, e habitou entre nós", ele diz, o Verbo "que estava desde o princípio junto de Deus" e que "era Deus". Isso significa que Maria, sendo virgem, não seria mãe simplesmente de um homem, mas do próprio Deus encarnado.
Talvez já tenhamos passado muitas vezes por essa passagem dos Evangelhos — às vezes até sem lhe dar a devida atenção —, mas, agora, eu convido você a prestar mais atenção ao que está sendo dito pelo Autor Sagrado.
Antes mesmo que os fatos narrados na Bíblia acontecessem, as pessoas sabiam quem era Deus. Através das coisas que existem na natureza, elas eram capazes de perceber, com a sua razão, a existência de um criador, do que os filósofos anteriores a Cristo chamaram de "o ato puro" e "o primeiro motor imóvel". Os judeus, por sua vez, foram escolhidos por esse ente transcendente para receber algo a mais sobre a Sua identidade: aprenderam não somente que Deus existia e que era eterno e infinito, mas também que Ele era um ser pessoal, que amava as Suas criaturas e Se preocupava com elas, a ponto de Se comunicar com seres de carne e osso — os patriarcas e os profetas — para revelar a Sua vontade aos homens.
"Muitas vezes e de muitos modos Deus falou outrora aos nossos pais, pelos profetas", diz o autor da Carta aos Hebreus. "Nestes dias, que são os últimos, falou-nos por meio do Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas e pelo qual também criou o universo" (Hb 1, 1-2). O que acontece no episódio da Anunciação é de uma grandeza absolutamente fora do comum: o Criador dos céus e da terra, não satisfeito em falar com os homens, quer tornar-se um deles; não contente em enviar mensageiros, deseja mandar ao mundo o Seu próprio Filho.
Que Ele "queira" e "deseje" fazer-se homem, no entanto, precisa ser bem entendido: como não existe "mudança de planos" em Deus, como Ele é "o mesmo ontem, hoje e sempre" (Hb 13, 8), o decreto pelo qual escolheu vir ao mundo não está inserido no tempo, é eterno; do mesmo modo, tampouco o meio e as circunstâncias que Ele escolheu para descer ao mundo estavam sujeitos a alguma hesitação. Por isso, também é possível dizer que Maria foi predestinada, desde sempre, a ser a mãe de Deus feito homem.
Os protestantes não aceitam que se chame Maria de "Mãe de Deus", mas a coisa é muitíssimo clara: ela o é! Como criatura humana, obviamente, ela não deu origem à natureza divina, mas gerou a carne humana de Cristo, que está hipostaticamente unida à Segunda Pessoa da Santíssima Trindade — e isso é suficiente para que a chamemos de "Mãe de Deus". Se não pudermos fazê-lo, tampouco poderemos dizer que temos uma mãe, afinal, nem mesmo as nossas mães nos deram tudo o que somos. Os seres humanos somos formados de corpo e alma e os nossos pais dão origem apenas à nossa parte material (nossa alma espiritual é criada diretamente por Deus). Mesmo assim, quando perguntam o nome da mãe de alguma pessoa, ninguém fica fazendo estas distinções: "Ele não tem mãe, só o corpo dele, o resto veio de Deus". Se alguém perguntasse de quem Jesus era filho, igualmente, mesmo quem acreditasse em Sua divindade não perderia tempo nessas minúcias. Basta tomar como exemplo Santa Isabel, que, à visita de Maria, não hesitou em chamá-la de "Mãe do meu Senhor" (μήτηρ τοῦ Κυρίου μου, no original grego) (Lc 1, 43).
De qualquer modo, ainda que os protestantes não reconheçam o dogma da maternidade divina de Nossa Senhora, tal como proclamada no antiquíssimo Concílio de Éfeso, em 431, isso não muda os fatos narrados no Evangelho de São Lucas: que Deus, saindo da eternidade, escolhe Maria como instrumento para entrar na história dos homens e salvá-los.
Isso, por si só, explica dois outros importantes versículos do mesmo Evangelho.
O primeiro é a saudação do anjo Gabriel a Maria, chamando-a de "cheia de graça" (Lc 1, 28). Essa plenitude de graça, que é a santidade de Maria, foi concedida a ela por Deus justamente por causa de sua maternidade divina, como reconheceu o Papa Pio IX, ao proclamar o dogma da Imaculada Conceição: "A beatíssima Virgem Maria (…), em vista dos méritos de Jesus Cristo, Salvador do gênero humano, foi preservada imune de toda mancha de pecado original" [1]. A expressão "Salvador do gênero humano" é importante porque mostra que também Maria, sendo criatura humana, precisou ser salva. Isso não está em questão, pois é ela mesma quem canta, em seu Magnificat: "Meu espírito exulta em Deus, meu Salvador" (Lc 1, 47). A salvação de que gozou a Santíssima Virgem, no entanto, não foi como a ação restituidora e atrasada de um remédio, mas como a ação protetora e preservante de uma vacina.
O segundo versículo é a afirmação contida no mesmo cântico mariano, de que "todas as gerações, de agora em diante, me chamarão feliz, porque o Poderoso fez para mim coisas grandiosas" (Lc 1, 48-49) — coisas grandiosas, poderíamos dizer, que não foram operadas na vida de nenhuma outra criatura; coisas grandiosas e de uma ordem absolutamente superior a quaisquer benefícios que Deus conceda aos homens; "maravilhas", diz uma outra tradução, que fazem a Igreja venerá-la acima de todos os anjos e santos do Céu, com culto especial, como explica Santo Tomás de Aquino:
"Como a Virgem bem-aventurada é uma simples criatura racional, não lhe é devida uma adoração de latria, mas unicamente uma veneração de dulia; de forma mais eminente, contudo, do que às outras criaturas, por ser a mãe de Deus. Por isso, se diz que lhe é devido não um culto de dulia qualquer, mas de hiperdulia." [2]
Chega a ser um insulto, portanto, dizer (ou até mesmo insinuar) que Maria foi uma mulher qualquer — insulto esse que não atinge apenas a Virgem Maria, mas a própria Pessoa Trinitária do Filho, que por um decreto eterno a escolheu e a honrou como Sua mãe. O fato de Maria estar intimamente ligada ao mistério da união hipostática reveste-a de uma dignidade sublime, maior do que a de todos os santos e santas do Céu… juntos! A que outra mulher, de fato, Deus enviou um anjo do Céu para comunicar que ela seria mãe de Seu Filho? A quem mais é possível chamar de "mãe do meu Senhor", como declarou Santa Isabel a Maria? Em que personagem bíblica ou mesmo da história humana Deus realizou uma obra tão estupenda quanto esta?
Essas são, portanto, as verdadeiras perguntas que precisam ser respondidas.
Não adianta abrir Êxodo 20 e acusar, com o dedo da outra mão em riste, que católicos são idólatras porque "fazem imagens", porque, tomando ao pé da letra o texto bíblico, toda fotografia é uma imagem: para cumprir o preceito divino, de acordo com a exegese iconoclasta, álbuns de família precisariam ser rasgados e fotos de perfil do Facebook deletados — sem falar da arca da aliança, enfeitada de querubins por ordem do mesmo Deus que deu as tábuas da Lei a Moisés (cf. Ex 25, 18).
O que Deus proíbe desde sempre é que se preste culto de adoração à criatura em vez do Criador; tanto não impede, porém, a honra e a veneração às criaturas à medida em que participam de Seu senhorio, que Ele manda, na mesma passagem de Êxodo 20, que os homens honrem os seus pais, sob a promessa recompensatória de uma longa vida sobre a terra (cf. Ex 20, 12).
Jesus de Nazaré, a propósito, modelo perfeito de obediência à Lei, é retratado também por São Lucas sendo submisso aos seus pais (cf. Lc 2, 51). O próprio Jesus honrou Maria Santíssima. Se Ele o fez — e o faz até hoje, pois não deixou de ser seu filho —, tampouco nós deixaremos de amá-la.
Por Equipe Christo Nihil Praeponere

Fonte: https://padrepauloricardo.org

Natividade de São João Batista: o maior dos profetas

A natividade de  São João Batista  é  uma solenidade muito importante no ano litúrgico, porque nesse dia lembramos o maior dos profetas, com...