19 de abr. de 2017

Papa: Cristo Ressuscitou dos mortos - aqui nasce a fé cristã

19/04/2017


Como habitualmente às quartas-feiras, também hoje o Papa Francisco teve a sua catequese geral na Praça de São Pedro. E como era de esperar falou de Cristo Ressuscitado tal como é apresentado na primeira Carta de São Paulo aos Coríntios. O cristianismo – disse Francisco – nasce com a Ressurreição de Cristo e “não é uma ideologia, não é um sistema filosófico, mas sim um caminho de fé que parte de uma acontecimento, testemunhado pelos primeiros discípulos de Jesus”.
Se Cristo não tivesse ressuscitado teríamos nele um exemplo de dedicação suprema, mas isto não poderia gerar a nossa fé. A fé nasce da Ressurreição – insistiu o Papa. Aceitar que Cristo morreu e que morreu na cruz, não é um acto de fé, é um acto histórico, mas acreditar que ressuscitou, sim. “A nossa fé nasce na manhã de Páscoa”.
Seguindo a Carta de Paolo aos Coríntios, o Papa faz notar que ele era um perseguidor da Igreja, um homem firme nas suas convicções, satisfeito da vida, com clara consciências dos seus deveres. Mas nesse quadro perfeito da vida, um dia acontece-lhe algo de imprevisível: a caminho de Damasco, encontra Jesus e cai do cavalo, mas não se tratou duma simples queda. Ele é apanhado por um acontecimento que muda o sentido da sua vida. E de perseguidor torna-se apóstolo. Porquê?
Porque vi Jesus vivo! Eu vi Jesus Cristo ressuscitado! Este é o fundamente da fé de Paulo, assim como da fé dos apóstolos, como a fé da Igreja, como a nossa fé”.
O Papa chamou a atenção para a beleza de o cristianismo ser essencialmente isto: não tanto a nossa procura de Deus que na realidade é titubeante, mas sim Deus que nos procura e não nos abandona. O cristianismo – disse  - é graça, é surpresa e por isso requer um coração capaz de se maravilhar…
um coração cerrado, um coração racionalístico é incapaz de se maravilhar, e não compreender o que é o cristianismo. Porque o cristianismo é graça, e a graça só é perceptível, só se encontra na maravilha do encontro
Então – continuou o Papa – se somos pecadores, todos o somos, se nos sentimos falhados, tal como aqueles que foram ao sepulcro de Jesus e viram a pedra rolada – podemos ira a nosso sepulcro interior e ver como Deus é capaz de ressuscitar também ali. E então lá onde todos pensavam que só havia tristeza, trevas, insucessos, dá-se a felicidade, a alegria, a vida. “Deus faz crescer as suas flores mais bonitas no meio de pedras áridas”.
E o Papa concluiu recordando que “ser cristãos significa não partir da morte, mas do amor de Deus para connosco” E convidou, a trazermos no coração, nestes dias de Páscoa, do grito de São Paulo “Ó morte onde está a tua vitória? Onde está ó morte o teu aguilhão”. Assim poderemos responder a quem se interroga sobre o nosso sorriso, que “Jesus ainda está aqui e continua a estar vivo no meio de nós, que Jesus está aqui na praça connosco: vivo e ressuscitado” .
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Depois da sua catequese em italiano, as palavras do Papa foram resumidas em francês, inglês, espanhol, alemão, polaco, e português, seguidas de uma saudação nessas línguas para diversos grupos de peregrinos presentes na Praça. Eis a saudação do Papa em língua portuguesa…
De coração saúdo todos os peregrinos de língua portuguesa, particularmente os grupos vindos de Portugal e do Brasil. Queridos amigos, deixai-vos iluminar e transformar pela força da Ressurreição de Cristo, para que as vossas existências se convertam num testemunho da vida que é mais forte do que o pecado e a morte. Feliz Páscoa para todos!"

(DA)

Rádio Vaticano 

19/4 – Santo Expedito

santo-expeditoHoje nossa Igreja comemora o dia de Santo Expedito, Soldado Romano, traja uma capa vermelha e está com o pé em cima de um corvo, ave conhecida pelos atrasos intermináveis. O corvo grita sem fim Cras! Cras!, que significa amanhã! e, Santo Expedito que apresenta em uma das mãos, a cruz com a inscrição Hodie, que significa hoje, consegue a pronta solução de algumas questões. Na outra mão, Santo Expedito carrega uma palma, símbolo do martírio. É conhecido como padroeiro dos militares, dos estudantes, dos viajantes e patrono nas causas urgentes. A utilização do nome Expedito e o seu significado não é tão certo como a época e local em que o santo morreu, tem várias explicações: A primeira delas é que existiam duas espécies de soldados: o “expeditus” e o “impeditus”. O expeditus” recebida essa designação porque carregava um armamento leve e era desembaraçado do encargo ao qual o “impeditus” recebia. A parte formada pelos “expeditus” podia seguir a frente do exército formando um corpo inteiro na defesa do território. Coincidentemente, Santo Expedito fazia parte desse grupo e o nome “Expeditus” teria se tornado nome próprio.
Outra explicação vem da característica frequente dos romanos em apelidar as pessoas, assim, o nome Expedito foi dado devido a um traço de caráter desse santo, que é a presteza e a prontidão no cumprimento de seu dever. Ele era chefe da 12 Legião Romana, sediada em uma das províncias romanas da Armênia. O fato de ter ocupado cargo tão elevado pode ser explicado pela preferência pelos cristãos, dada pelo imperador Dioclesiano para os postos importantes na administração e no exército. Por ordem de César Galero, o imperador Diocleciano tinha obrigado os oficiais cristãos de seu exército a renunciarem a religião. Muitos oficiais já haviam pago com a vida pela recusa. Santo Expedito, a exemplo de São Sebastião, que também participou de cargos importantes em outras legiões e que se recusou a renunciar a religião, foi flagelado até derramar sangue e então teve a cabeça decepada. Acredita-se que Santo Expedito tenha nascido na cidade de Malatia, situada entre Armênia e Capadócia.
Segundo a história, a Armêniua foi considerada uma terra de predileção. A Sagrada Escritura conta que foi nas montanhas armênicas do Ararat que a Arca de Noé parou quando as águas do diluvio começaram a baixar. Também foi essa mesma região que recebeu as pregações dos Apóstolos Judas Tadeu, Simão e Batolomeu. A devoção a memória de Santo Expedito começou em sua pátria, tomando proporção maior e atingindo o Oriente, depois o Ocidente, especialmente a Alemanha. Seu nome espalhou-se pela Itália, Espanha e França. Em 1894, teve um altar dedicado a ele na capela das Religiosas Mínimas com sua estátua.

Fonte: Cléofas 

18 de abr. de 2017

18/4 – Santo Apolônio

Santo Apolônio, que é venerado de modo especial neste dia, foi um cristão Senador, dando forte testemunho de santidade no meio político em que frequentava. Santo Apolônio viveu no ano 180 e era muito culto, intelectual e eloquente, por isso respeitado por muitos. A conversão deste Senador romano deu-se devido ao testemunho heroico dos cristãos e dos mártires; amigo e instruído nas Sagradas Escrituras pelo Papa Eleutério, Apolônio recebeu o Batismo e começou a levar muitas pessoas para o verdadeiro Deus. Por ser também invejado por muitos, Apolônio foi acusado junto com um juiz como cristão, já que prevalecia ainda a lei de Nero que condenava o Cristianismo e os seus seguidores à morte. Diante das autoridades Apolônio confessou sua fé; acusou a idolatria e mostrou a falta de lógica do paganismo, e isso tudo sem temer a morte: “Eu sou cristão não só de palavras, mas de fato maior desejo é o de dar minha vida em testemunho da minha fé em Cristo”. Após exortar a muitos à conversão da real religião, o Catolicismo, aceitou o martírio e entrou na eterna felicidade junto a Deus Pai.
Santo Apolônio, rogai por nós!

Cléofas 

Por que rezamos o Regina Coeli e não o Ângelus no tempo Pascal?

Durante o tempo pascal, a Igreja Universal se une em alegria por meio da oração do Regina Coeli ou Rainha do Céu, junto à Mãe de Deus, pela ressurreição de seu Filho Jesus Cristo, acontecimento que marca o maior mistério da fé católica.
A oração da antífona do Regina Coeli foi estabelecida pelo Papa Bento XIV em 1742 e substitui durante o tempo pascal, da celebração da ressurreição até o dia de Pentecostes, a oração do Ângelus cuja meditação central é o mistério da Encarnação.
Assim como o Ângelus, o Regina Coeli é rezado três vezes ao dia: ao amanhecer, ao meio dia e ao entardecer como uma forma de consagrar o dia a Deus e à Virgem Maria.
Não se conhece o autor desta composição litúrgica que remonta ao século XII e era repetido pelos Frades Menores Franciscanos depois das completas na primeira metade do século seguinte popularizando-a e difundindo-a por todo mundo cristão.

A oração:
V.Rainha do Céu, alegrai-vos, Aleluia!
R.Porque Aquele que merecestes trazer em Vosso ventre, Aleluia!
V.Ressuscitou como disse, Aleluia!
R.Rogai por nós a Deus, Aleluia!
V.Exultai e alegrai-vos, ó Virgem Maria, Aleluia!
R.Porque o Senhor ressuscitou verdadeiramente, Aleluia!

Oremos:
Ó Deus, que Vos dignastes alegrar o mundo com a Ressurreição do Vosso Filho Jesus Cristo, Senhor Nosso, concedei-nos, Vos suplicamos, que por sua Mãe, a Virgem Maria, alcancemos as alegrias da vida eterna. Por Cristo, Senhor Nosso. Amém.
Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo, como era no princípio agora e sempre. Amém. (Três vezes).

Fonte: ACI Digital 

17 de abr. de 2017

Papa: alimentar desejo de paz e aspirar ambiente livre de degradação

17/04/2017


Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco rezou a oração do Regina Caeli, nesta segunda-feira (17/04), feriado na Itália e no Vaticano, com os fiéis e peregrinos reunidos na Praça São Pedro.


O Pontífice sublinhou que “nesta segunda-feira de festa, conhecida como ‘Segunda-feira do Anjo’, a liturgia faz ressoar o anúncio da Ressurreição”, proclamado no Domingo de Páscoa: ‘Cristo ressuscitou, aleluia!
“No Evangelho de hoje, podemos ouvir o eco das palavras que o Anjo dirigiu às mulheres que correram ao sepulcro: ‘Vão depressa contar aos discípulos que ele ressuscitou dos mortos’.” 
“Sentimos como dirigido também a nós o convite a ir depressa anunciar aos homens e mulheres do nosso tempo esta mensagem de alegria e esperança. De esperança porque desde que, na aurora do terceiro dia, Jesus crucificado ressuscitou, a última palavra não é mais da morte, mas da vida! Esta é a nossa certeza. A última palavra não é o sepulcro, não é da morte, é da vida! Por isso, repetimos tanto: Cristo ressuscitou! Por que Nele o sepulcro foi vencido, e nasceu a vida.” 
“Em virtude desse evento, verdadeira e própria novidade da história e do cosmo, somos chamados a ser homens e mulheres novos, segundo o Espírito, afirmando o valor da vida. Isso é começar a ressurgir!”
“Seremos homens e mulheres de ressurreição, homens e mulheres de vida se, em meio às vicissitudes que afligem o mundo, e são muitas, em meio à mundanidade que distancia de Deus, soubermos fazer gestos de solidariedade, gestos de acolhimento, alimentar o desejo universal de paz e aspirar um ambiente livre de degradação. São sinais comuns e humanos, mas que, sustentados e animados pela fé no Senhor ressuscitado, adquirem uma eficiência bem superior às nossas capacidades. Sim, porque Cristo está vivo e operante na história por meio de seu Santo Espírito: resgata as nossas misérias, alcança todo coração humano e doa novamente esperança ao oprimido e sofredor.” 
O Papa pediu à Virgem Maria, “testemunha silenciosa da morte e da ressurreição de seu filho Jesus, para que nos ajude a ser sinais límpidos de Cristo ressuscitado entre os acontecimentos do mundo, a fim de que os que se encontram nas tribulações e dificuldades não permaneçam vítimas do pessimismo e da derrota, da resignação, mas encontrem em nós muitos irmãos e irmãs que oferecem o seu apoio e consolo”. 
“Que a nossa Mãe nos ajude a crer fortemente na ressurreição de Jesus. Jesus ressuscitou! Está vivo aqui entre nós e este é um mistério de salvação admirável com a sua capacidade de transformar os corações e a vida. Que ela interceda de modo particular pelas comunidades cristãs perseguidas e oprimidas em várias partes do mundo, chamadas a um testemunho difícil e corajoso.”
Na luz e alegria da Páscoa, o Papa Francisco convidou todos os presentes na Praça São Pedro a rezar o Regina Caeli, oração que durante cinquenta dias, até o Pentecostes, substitui o Angelus. 
Depois da oração do Regina Caeli, o Papa Francisco saudou as pessoas presentes na Praça São Pedro, famílias, grupos paroquiais, associações e peregrinos provenientes da Itália e várias partes do mundo. 
“Que vocês transcorram serenamente estes dias da Oitava de Páscoa, em que se prolonga a alegria da Ressurreição de Cristo. Aproveitem esta boa ocasião para serem testemunhas da paz do Senhor ressuscitado.” 
“Boa e Santa Páscoa a todos! Por favor, não se esqueçam de rezar por mim”, concluiu Francisco. 
(MJ)

Fonte: Rádio Vaticano 

16 de abr. de 2017

Bênção Urbi et Orbi: o Pastor ressuscitado está próximo dos sofredores

16/04/2017 



Cidade do Vaticano (RV) – Após presidir a celebração da Ressurreição do Senhor na Praça São Pedro, o Papa Francisco dirigiu-se à sacada central da Basílica São Pedro para a tradicional Mensagem e Bênção Urbi et Orbi. Eis a mensagem na íntegra:



“Queridos irmãos e irmãs,
Feliz Páscoa!
Hoje, em todo o mundo, a Igreja renova o anúncio maravilhoso dos primeiros discípulos: «Jesus ressuscitou!» - «Ressuscitou verdadeiramente, como havia predito!»
A antiga festa de Páscoa, memorial da libertação do povo hebreu da escravidão, alcança aqui o seu cumprimento: Jesus Cristo, com a sua ressurreição, libertou-nos da escravidão do pecado e da morte e abriu-nos a passagem para a vida eterna.


Todos nós, quando nos deixamos dominar pelo pecado, perdemos o caminho certo e vagamos como ovelhas perdidas. Mas o próprio Deus, o nosso Pastor, veio procurar-nos e, para nos salvar, abaixou-Se até à humilhação da cruz. E hoje podemos proclamar: «Ressuscitou o bom Pastor, que deu a vida pelas suas ovelhas e Se entregou à morte pelo seu rebanho. Aleluia!» (Missal Romano, IV Domingo de Páscoa, Antífona da Comunhão).
Através dos tempos, o Pastor ressuscitado não Se cansa de nos procurar, a nós seus irmãos extraviados nos desertos do mundo. E, com os sinais da Paixão – as feridas do seu amor misericordioso –, atrai-nos ao seu caminho, o caminho da vida. Também hoje Ele toma sobre os seus ombros muitos dos nossos irmãos e irmãs oprimidos pelo mal nas suas mais variadas formas.
O Pastor ressuscitado vai à procura de quem se extraviou nos labirintos da solidão e da marginalização; vai ao seu encontro através de irmãos e irmãs que sabem aproximar-se com respeito e ternura e fazer sentir àquelas pessoas a voz d’Ele, uma voz nunca esquecida, que as chama à amizade com Deus.
Cuida de quantos são vítimas de escravidões antigas e novas: trabalhos desumanos, tráficos ilícitos, exploração e discriminação, dependências graves. Cuida das crianças e adolescentes que se veem privados da sua vida despreocupada para ser explorados; e de quem tem o coração ferido pelas violências que sofre dentro das paredes da própria casa.
O Pastor ressuscitado faz-Se companheiro de viagem das pessoas que são forçadas a deixar a sua terra por causa de conflitos armados, ataques terroristas, carestias, regimes opressores. A estes migrantes forçados, Ele faz encontrar, sob cada ângulo do céu, irmãos que compartilham o pão e a esperança no caminho comum.
Nas vicissitudes complexas e por vezes dramáticas dos povos, que o Senhor ressuscitado guie os passos de quem procura a justiça e a paz; e dê aos responsáveis das nações a coragem de evitar a propagação dos conflitos e deter o tráfico das armas.
Concretamente nos tempos que correm, sustente os esforços de quantos trabalham ativamente para levar alívio e conforto à população civil na Síria, vítima duma guerra que não cessa de semear horrores e morte. Conceda paz a todo o Médio Oriente, a começar pela Terra Santa, bem como ao Iraque e ao Iémen.
Não falte a proximidade do Bom Pastor às populações do Sudão do Sul, do Sudão, da Somália e da República Democrática do Congo, que sofrem o perdurar de conflitos, agravados pela gravíssima carestia que está a afetar algumas regiões da África.
Jesus ressuscitado sustente os esforços de quantos estão empenhados, especialmente na América Latina, em garantir o bem comum da sociedade, por vezes marcadas por tensões políticas e sociais que, nalguns casos, desembocaram em violência. Que seja possível construir pontes de diálogo, perseverando na luta contra o flagelo da corrupção e na busca de soluções pacíficas viáveis para as controvérsias, para o progresso e a consolidação das instituições democráticas, no pleno respeito pelo estado de direito.
Que o Bom Pastor ajude ucraniana, atormentada ainda por um conflito sangrento, a reencontrar a concórdia, e acompanhe as iniciativas tendentes a aliviar os dramas de quantos sofrem as suas consequências.
O Senhor ressuscitado, que não cessa de cumular o continente europeu com a sua bênção, dê esperança a quantos atravessam momentos de crise e dificuldade, nomeadamente por causa da grande falta de emprego, sobretudo para os jovens.
Queridos irmãos e irmãs, este ano, nós, os crentes de todas as denominações cristãos, celebramos juntos a Páscoa. Assim ressoa, a uma só voz, em todas as partes da terra, o mais belo anúncio: «O Senhor ressuscitou verdadeiramente, como havia predito!» Ele, que venceu as trevas do pecado e da morte, conceda paz aos nossos dias. Feliz Páscoa!”
Ao final de sua mensagem, o Santo Padre concedeu a todos a sua Bênção Apostólica, pedindo "não esqueçam de rezar por mim".  Feliz Páscoa!

Rádio Vaticano 

16/4 – Santa Bernadete Soubirous

No dia 11 de fevereiro comemora-se a festividade de Nossa Senhora de Lourdes, honrada com uma particular celebração litúrgica, lembrando-nos as aparições da Virgem Maria a uma menina de 14 anos que não sabia ler nem escrever, mas rezava todos os dias o rosário. Bernadete Soubirous nasceu em Lourdes em 1844 de pais muito pobres. Por meio dela Nossa Senhora fez jorrar a fonte do milagre, junto à qual peregrinos vindo de todas as partes do mundo reanimam sua fé e sua esperança. Muitos regressam de Lourdes curados também dos males físicos. A Senhora durante as aparições lhe havia dito: “Não lhes prometo a felicidade neste mundo, mas no outro. “Bernadete não se interessou por glória humana. O dia em que o bispo de Lourdes, na presença de 50.000 peregrinos, colocou a estátua da Virgem sobre a rocha de Massabielle, Bernadete foi obrigada a ficar em sua cela de freira, atingida por um ataque de asma. Quando a dor física se tornava mais insuportável, ela suspirava: “Não, não procuro alívio, mas somente força e paciência. “Sua breve existência transcorreu na humilde aceitação do sofrimento físico, como uma generosa resposta ao convite da Imaculada de pagar com a penitência o resgate de tantas almas que vivem prisioneiras do mal.
Enquanto ao lado da gruta das aparições se estava construindo um vasto santuário para acolher os numerosos peregrinos e os enfermos para aliviá-los, Bernadete pareceu sumir na sombra. Após ter passado de Nevers, foi admitida ao noviciado das mesmas irmãs em Nevers. Seu ingresso foi adiado por motivo de saúde. Na profissão religiosa recebeu o nome de irmã Maria Bernarda. Nos 15 anos de vida conventual não conheceu privilégio algum a não ser o do sofrimento. As próprias superioras tratavam-na com frieza, como por um desígnio da Providência que fecha às almas eleitas a compreensão e muitas vezes a benevolência das almas medíocres. Por primeiro exerceu as funções de enfermeira no interior do convento, depois de sacristã, até que o agravar-se do mal obrigou-a a ficar na cama, durante 9 anos entre a vida e a morte. A quem a confortava respondia com um sorriso radiante dos momentos de bem-aventurança em que estava com a branca Senhora de Lourdes: “Maria é tão bonita que todos os que a veem gostariam de morrer para revê-la.” Bernardete, humilde, pastora que contemplou com os próprios olhos o rosto da Virgem Imaculada, morreu a 16 de abril de 1879. No dia 8 de dezembro de 1933 Pio XI elevou-a à honra dos altares.

Cléofas 

O que é e como nasceu a Páscoa?

As coisas nem sempre são fáceis, mas Deus nos mostrou na História – e nos mostra hoje – que é preciso ter perseverança e fidelidade a Ele.

Muitos pensam que a Páscoa nasceu com a morte e ressurreição de Cristo. Mas esta é uma festa bem mais antiga do que imaginamos.

Hoje é fácil sabermos em que dia vai cair a Semana Santa, basta olharmos para o calendário. Melhor ainda se for uma daquelas agendas bíblicas que já marcam o dia certinho! Mas nem sempre foi assim.

Quando a Páscoa surgiu não havia um calendário como nós temos hoje, que é chamado de calendário gregoriano (cristão) – está baseado no movimento da Terra. Os judeus utilizavam uma espécie de calendário baseado nas estações do ano, conhecido como calendário lunar (hebraico) – está baseado no movimento da lua.

A data da Páscoa foi definida, para os judeus, no mês conhecido como Nisan, que era o tempo da primavera e da lua cheia. Nesta época a cevada estava madura. Então era tempo de fazer pão com a cevada antiga para que, quando a nova fosse colhida, o sabor desta fosse realçado.

Na primavera as cevadas mais belas ficavam no alto dos montes, por isso o pastor tinha que levar as ovelhas para pastar lá encima; e então ele aproveitava para trazer alguns feixes de cevada para casa. Durante a dura viagem o pastor pedia ajuda para Deus a fim de que Ele protegesse suas ovelhas. E, em forma de agradecimento, o pastor sacrificava uma ovelha para o Senhor.

Esta é a primeira Páscoa, quando o pastor precisa fazer a pesha (passagem) da planície para o monte e, como agradecimento pela ajuda de Deus na “passagem”, sacrifica um cordeiro.

A segunda Páscoa é aquela que relembramos no Sábado Santo. A Páscoa do “povo escolhido”. Aqui temos presente o livro do Êxodo (12, 1-18): só será salvo quem tiver aspergido o sangue do cordeiro na porta de casa e estiver em paz com o vizinho. Mas como assim “em paz com o vizinho”? A passagem bíblica diz que era para dividir o cordeiro com o vizinho. Mas os judeus tinham um negócio chamado “comunhão de mesa”. Você só senta à mesa com o fulano se estiver em paz com ele. É o mesmo princípio da Missa, é salvo aquele que estiver com Cristo (Cordeiro de Deus) e em paz com o próximo.

Não basta, porém, ser aspergido com o sangue e não ter inimizade com as pessoas. É preciso sair de casa e ir para o deserto, em busca da terra prometida. Esta é a segunda páscoa: saio do Egito para ir ao deserto. É a pesha de um lugar seguro para um lugar desconhecido e perigoso, que me deixa com apenas uma escolha: confiar em Deus.

E a terceira páscoa e definitiva é aquela que Cristo, o Cordeiro de Deus, trouxe. Lembremo-nos do início da Celebração do Sábado Santo, quando o Sírio Pascal entra na igreja. Cristo vai à frente (como o Sírio) e nós todos vamos atrás. Ele vai sozinho, no meio do escuro. E, nós seguimos o Senhor, porque sabemos que não tem buraco algum, apenas escuridão. Ele foi primeiro. Esta é a pesha, a passagem das trevas para a luz, do pecado para o amor supremo.

Na nossa vida constantemente somos chamados a deixar a comodidade da nossa casa e subir a montanha, deixar o Egito e ir para o deserto e deixar Nazaré e ir pra Cruz. Mas, esse não é o fim pra nós que somos cristãos. Vamos à montanha, mas descemos com comida nova; vamos para o deserto, mas chegamos à terra prometida e, vamos para a cruz, mas ressuscitamos.

As coisas nem sempre são fáceis, mas Deus nos mostrou na História – e nos mostra hoje – que é preciso ter perseverança e fidelidade a Ele e, quando menos esperarmos, um novo dia vai surgir em nossa vida.
Fr. Thiago Pereira, SCJ
http://www.aleteia.org/

Papa na Missa de Páscoa: A Igreja não cessa de proclamar: Cristo ressuscitou!

16/04/2017



Cidade do Vaticano (RV) –  A certeza na ressurreição, mesmo diante das dores, das tragédias, daquilo que não entendemos. Na Missa presidida na Praça São Pedro neste Domingo de Páscoa, o Papa Francisco exortou os fiéis a repetirem em casa: “Cristo ressuscitou!”, mesmo diante das vicissitudes da vida.



“O caminho em direção ao sepulcro é a derrota, é o caminho da derrota”, disse o Papa, falando de forma espontânea. E remetendo-se à cena de Pedro, João e as mulheres diante do sepulcro vazio, observou que “foram com o coração fechado pela tristeza, a tristeza de uma derrota, o Mestre, o seu Mestre, aquele que tanto amavam, foi derrotado”.







“Mas o Anjo diz a eles: “Não está aqui, ressuscitou!”. É o primeiro anúncio, ressuscitou! E depois a confusão, o coração fechado, as aparições”, completou Francisco.
E diante de nossas derrotas, de nossos corações amedrontados, fechados, a Igreja não cessa de repetir: “Pare! O Senhor ressuscitou!”.
“Mas se o Senhor ressuscitou, como acontecem estas coisas? – questiona-se Francisco. Como acontecem  tantas desgraças doenças, tráfico de pessoas, guerras, destruições, mutilações, vinganças,  ódio? Onde está o Senhor?”.
O Papa ilustra esta dúvida que percorre o coração de tantos de nós em meios às vicissitudes da vida, contando o telefonema a um jovem italiano na tarde de sábado, acometido de uma doença grave, para dar um sinal de fé:
“Um jovem culto, um engenheiro.  Disse a ele: “Mas, não existem explicações para aquilo que acontece contigo. Olhe para Jesus na Cruz. Deus fez isto com o seu Filho e não existe outra explicação!”. E ele me respondeu: “Sim! Mas perguntou ao Filho e o Filho disse que sim. Mas eu não fui perguntado se eu desejava isto!”.
“Isto nos comove – disse Francisco. A ninguém de nós é perguntado: “Mas, estás contente com aquilo que acontece no mundo?  Estás disposto a carregar esta Cruz?”. E esta Cruz acompanha. E a fé em Jesus se arrefece”!
“Mas hoje – reitera o Pontífice - a Igreja continua a dizer: “Pare! Jesus Ressuscitou!” E isto não é uma fantasia, a Ressurreição de Cristo não é uma festa com muitas flores. Isto é bonito, mas não é só, é mais do que isto. É o mistério da pedra descartada que torna-se o alicerce da nossa existência. Cristo Ressuscitou, este é o significado”.
“Nesta cultura do descarte, onde o que não serve segue pelo caminho do “usa e joga fora”, onde o que não serve é descartado, aquela pedra  descartada torna-se fonte de vida”:
“E nós, também nós, pedrinhas por terra, nesta terra de dor, tragédias, com a fé em Cristo Ressuscitado, temos um sentido, em meio à tanta calamidade. O sentido de olhar além, o sentido de dizer: “Olha, não existe uma parede; existe um horizonte, existe  a vida,  existe a alegria, existe a Cruz com esta ambivalência. Olha em frente. Não se feche! Tu, pedrinha, tens um sentido na vida porque és uma pedrinha junto àquela pedra, aquela pedra que a maldade do pecado descartou”.
“O que nos diz a Igreja hoje diante de tanta tragédia?  Simplesmente isto. A pedra descartada não resulta descartada. As pedrinhas que creem e que se apegam àquela pedra não são descartados, tem um sentido, e com este sentimento a Igreja repete, mas de dentro do coração: “Cristo ressuscitou!”.
Ao concluir, o Papa Francisco pediu a cada um de nós:
“Pensemos um pouco, cada um de nós, nos problemas cotidianos, nas doenças que temos e que alguns de nossos parentes têm, nas guerras, nas tragédias humanas. E simplesmente, com voz humilde, sem flores, sozinhos, diante de nós mesmos:  “Não sei como vai acabar isto, mas estou certo de que Cristo Ressuscitou. Eu aposto nisto! Irmãos e irmãs, isto é o que me vem de dizer para vocês. Em casa hoje, repitam no coração de vocês, Cristo ressuscitou!”. (JE)

Rádio Vaticano 

Papa: Jesus quer ressurgir nos rostos que sepultaram a esperança e os sonhos

15/04/2017





Cidade do Vaticano (RV) – O Senhor “está vivo e quer ressurgir em tantos rostos que sepultaram a esperança, sepultaram os sonhos, sepultaram a dignidade. E, se não somos capazes de deixar que o Espírito nos conduza por esta estrada, então não somos cristãos. Vamos e deixemo-nos surpreender por esta alvorada diferente, deixemo-nos surpreender pela novidade que só Cristo pode dar”.
Na noite do Sábado Santo o Papa Francisco presidiu a celebração da Vigília Pascal na Basílica de São Pedro. Eis sua homilia na íntegra:
“«Terminado o sábado, ao romper do primeiro dia da semana, Maria Madalena e a outra Maria foram visitar o sepulcro» (Mt 28, 1). Podemos imaginar aqueles passos: o passo típico de quem vai ao cemitério, passo cansado da confusão, passo debilitado de quem não se convence que tudo tenha acabado assim. Podemos imaginar os seus rostos pálidos, banhados pelas lágrimas. E a pergunta: Como é possível que o Amor tenha morrido?
Ao contrário dos discípulos, elas ali vão, como já acompanharam o último respiro do Mestre na cruz e, depois, a sepultura que Lhe deu José de Arimateia; duas mulheres capazes de não fugir, capazes de resistir, de enfrentar a vida tal como se apresenta e suportar o sabor amargo das injustiças. Ei-las chegar diante do sepulcro, divididas entre a tristeza e a incapacidade de se resignarem, de aceitarem que tudo tenha sempre de acabar assim.

E, se fizermos um esforço de imaginação, no rosto destas mulheres podemos encontrar os rostos de tantas mães e avós, os rostos de crianças e jovens que suportam o peso e o sofrimento de tanta desumana injustiça. Nos seus rostos, vemos refletidos os rostos de todos aqueles que, caminhando pela cidade, sentem a tribulação da miséria, a tribulação causada pela exploração e o tráfico humano. Neles, vemos também os rostos daqueles que experimentam o desprezo, porque são imigrantes, órfãos de pátria, de casa, de família; os rostos daqueles cujo olhar revela solidão e abandono, porque têm mãos com demasiadas rugas.
Refletem o rosto de mulheres, de mães que choram ao ver que a vida dos seus filhos fica sepultada sob o peso da corrupção que subtrai direitos e quebra tantas aspirações, sob o egoísmo diário que crucifica e sepulta a esperança de muitos, sob a burocracia paralisadora e estéril que não permite que as coisas mudem. Na sua tristeza, elas têm o rosto de todos aqueles que, ao caminhar pela cidade, vêem a dignidade crucificada.
No rosto destas mulheres, há muitos rostos; talvez encontremos o teu rosto e o meu. Como elas, podemos sentir-nos impelidos a caminhar, não nos resignando com o facto de que as coisas devem acabar assim. É verdade que trazemos dentro uma promessa e a certeza da fidelidade de Deus. Mas também os nossos rostos falam de feridas, falam de muitas infidelidades – nossas e dos outros –, falam de tentativas e de batalhas perdidas. O nosso coração sabe que as coisas podem ser diferentes; mas, quase sem nos apercebermos, podemos habituar-nos a conviver com o sepulcro, a conviver com a frustração. Mais ainda, podemos chegar a convencer-nos de que esta seja a lei da vida anestesiando-nos com evasões que nada mais fazem que apagar a esperança colocada por Deus nas nossas mãos. Muitas vezes, são assim os nossos passos, é assim o nosso caminhar, como o destas mulheres, um caminhar por entre o desejo de Deus e uma triste resignação. Não morre só o Mestre; com Ele, morre a nossa esperança.
«Nisto, houve um grande terremoto» (Mt 28, 2). De improviso, aquelas mulheres receberam um forte tremor, algo e alguém fez tremer o solo sob os seus pés. Mais uma vez, alguém vem ao encontro delas dizendo: «Não tenhais medo», mas desta vez acrescentando: «Ressuscitou, como tinha dito». E tal é o anúncio com que nos presenteia, de geração em geração, esta Noite Santa: Não tenhamos medo, irmãos! Ressuscitou como tinha dito. A vida arrancada, destruída, aniquilada na cruz despertou e volta a palpitar de novo (cf. R. GUARDINI, Il Signore, Milão 1984, 501). O palpitar do Ressuscitado é-nos oferecido como dom, como presente, como horizonte. O palpitar do Ressuscitado é aquilo que nos foi dado, sendo-nos pedido para, por nossa vez, o darmos como força transformadora, como fermento de nova humanidade. Com a Ressurreição, Cristo não deitou por terra apenas a pedra do sepulcro, mas quer fazer saltar também todas as barreiras que nos fecham nos nossos pessimismos estéreis, nos nossos mundos conceptuais bem calculados que nos afastam da vida, nas nossas obcecadas buscas de segurança e nas ambições desmesuradas capazes de jogar com a dignidade alheia.
Quando o sumo sacerdote, os chefes religiosos em conivência com os romanos pensaram poder calcular tudo, quando pensaram que estava dita a última palavra e que competia a eles estabelecê-la, irrompe Deus para transtornar todos os critérios e, assim, oferecer uma nova oportunidade. Uma vez mais, Deus vem ao nosso encontro para estabelecer e consolidar um tempo novo: o tempo da misericórdia. Esta é a promessa desde sempre reservada, esta é a surpresa de Deus para o seu povo fiel: alegra-te, porque a tua vida esconde um germe de ressurreição, uma oferta de vida que aguarda o despertar.
Eis o que esta noite nos chama a anunciar: o palpitar do Ressuscitado, Cristo vive! E foi isto que mudou o passo de Maria de Magdala e da outra Maria: é o que as faz regressar às pressas e correr para dar a notícia (Mt 28, 8); é o que as faz voltar sobre os seus passos e sobre os seus olhares; regressam à cidade para se encontrar com os outros.
Como entramos com elas no sepulcro, assim vos convido a irmos também com elas, a regressarmos à cidade, a voltarmos sobre os nossos passos, sobre os nossos olhares. Vamos com elas comunicar a notícia, vamos…  a todos aqueles lugares onde pareça que o sepulcro tenha a última palavra e onde pareça que a morte tenha sido a única solução. Vamos anunciar, partilhar, revelar que é verdade: o Senhor está Vivo. Está vivo e quer ressurgir em tantos rostos que sepultaram a esperança, sepultaram os sonhos, sepultaram a dignidade. E, se não somos capazes de deixar que o Espírito nos conduza por esta estrada, então não somos cristãos.
Vamos e deixemo-nos surpreender por esta alvorada diferente, deixemo-nos surpreender pela novidade que só Cristo pode dar. Deixemos que a sua ternura e o seu amor movam os nossos passos, deixemos que o pulsar do seu coração transforme o nosso ténue palpitar”.

Rádio Vaticano 

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